Falta sinalização em paradas de ônibus

CADÊ OS NÚMEROS
Usuários da Região Metropolitana têm dificuldades para identificar abrigos
Seguindo uma numeração iniciada no centro de Porto Alegre, as paradas de ônibus das principais avenidas de Viamão, Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí servem como localização para moradores dessas cidades.Com o passar dos anos, entretanto, algumas paradas perderam os números, outras os próprios abrigos, e têm aquelas que só existem no papel e para quem mora no local, pois não têm identificação visual.Na terça-feira, repórteres percorreram mais de cem paradas de ônibus nas cinco cidades e mostram, abaixo, a situação em cada local.aline.custodio@diariogaucho.com.br
Alvorada
Das 21 paradas da Avenida Presidente Getúlio Vargas, 13 não têm números em pelo menos um dos lados da via. Em uma delas, a 59, não há nem sequer a indicação de que existe uma parada no sentido Centro-Bairro. A técnica de Enfermagem Cátia Godinho, 54 anos, moradora do bairro Piratini, encontrou uma forma de identificar o local.

– Sempre falo para as pessoas se basearem no comércio mais próximo – afirma.Já o estoquista Elemar Friedrich (foto à direita), 40 anos, no bairro Tijuca há duas semanas, ainda tem dúvidas se mora na 62 ou na 63, pois não há indicação.

Conforme o secretário de Mobilidade e Segurança Urbana de Alvorada, Vânio Presa, uma equipe da prefeitura fará o levantamento das paradas com falta de numeração, e elas serão identificadas até o final deste mês.
Cachoeirinha
Das cidades visitadas, Cachoeirinha foi a única que passou no teste. As 16 paradas da Avenida Flores da Cunha estão numeradas e em perfeitas condições de uso (foto abaixo).Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, a manutenção é feita anualmente.
Gravataí
Das 24 paradas da Avenida Dorival Cândido Luiz de Oliveira, 12 não têm número em pelo menos um dos lados da via. De todas, a 74-A é a que mais desperta a atenção de quem percorre a região por ser a única em formato diferente (de plástico) e sem numeração.

– Conheço bem a região, mas é ruim para quem vem de longe – disse Luis Antônio Rodrigues (foto), 42 anos, do Bairro São Geraldo.A Sogil, responsável pelas paradas, diz trabalhar na recuperação de 13 paradas no Eixo Central.
Viamão
Apenas as cinco primeiras paradas das 29 da Avenida Senador Salgado Filho (RS-040) não têm numeração. Há seis anos na Vila Santa Cecília, a dona de casa Marilene Pimentel, 58 anos, ainda não sabe o número da parada onde mora.

Para facilitar a vida de entregadores e dos visitantes, ela diz que mora na “parada do colégio”:– Não sei se estou na Parada 32 ou 33 – afirmou.O diretor municipal de Transportes, Ubirajara Camargo, informou que a primeira parada do trecho se inicia no número 31 e que ela e as outras quatro ficaram sem reforma no ano passado porque estavam em boas condições. Então, a verba foi aplicada nos abrigos dos bairros. Elas deverão entrar no cronograma de obras de 2010.

Fonte: Zero Hora, 10/09/09