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quinta-feira, 29 de julho de 2010

DIFERENÇAS AO VOLANTE

O sexo das multas
Enquanto a multa mais aplicada às mulheres é por excesso de velocidade, homens são mais punidos por alterar o carro. Eles se preocupam com a beleza de seus carros. Elas pisam fundo. O resultado disso é um saldo de 76,3 mil multas aplicadas no Estado em 2010. A inversão de estereótipos revelada por um levantamento sobre as autuações registradas no primeiro semestre deste ano surpreende especialistas e preocupa autoridades.
As mulheres estão mostrando uma outra face – bem menos prudente do que se imaginava. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a infração número 1 entre as condutoras gaúchas é o excesso de velocidade. Isso significa, segundo a psiquiatra Carla Bicca, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, que as mulheres podem estar buscando, também no trânsito, a igualdade entre os sexos. E estão fazendo isso de uma forma perigosa.
Os homens, embora continuem sendo multados por acelerar além da conta, tornaram-se campeões em personalizar seus carros sem respeitar a lei. Se no passado os motoristas turbinavam motores, hoje o investimento tem foco na estética. Muitos optam por rodas esportivas, películas escuras e suspensão rebaixada e alteram as características do veículo, o que é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro.
– Ao mesmo tempo em que as mulheres ficaram mais agressivas na direção, os homens estão mais preocupados em ter um carro bonito, cheio de detalhes. É o reflexo das mudanças em curso na nossa sociedade – explica Carla.
Nessa guerra dos sexos às avessas, os homens ainda são mais imprudentes do que as mulheres. Apesar de representarem cerca de 70% dos 3,8 milhões de condutores habilitados, eles respondem por 88% das infrações registradas nos seis primeiros meses de 2010.
"O automóvel é o carrinho de brinquedo que cresceu”
João Santanna, pilotoPara o piloto João Santanna, cinco vezes campeão das 12 horas de Tarumã e dono de oficinas, personalizar faz parte da cultura da brasileiro:
Zero Hora – Os gaúchos recebem mais multas por alterar as condições dos seus veículos do que por exceder a velocidade permitida. Essa informação surpreende o senhor?
João Santanna – Não. O automóvel é o carrinho de brinquedo que cresceu. É cultural. O brasileiro gosta de personalizar seu veículo. Isso não é de hoje.
Zero Hora – Algumas alterações não são permitidas. Além de multa, podem prejudicar a segurança do veículo. Qual é a medida certa?
Santanna – É preciso respeitar o que diz a legislação. Eu também personalizo meus carros, gosto de uma roda esportiva, por exemplo, mas cuido para não ultrapassar a linha do paralama. Assim, fico dentro da lei. Motoristas mais novos estão menos atentos a isso.
Zero Hora – No dia a dia, o senhor nota essa tendência?
Santanna – Na pintura, sim. Lá, o cliente que vai consertar um veículo sinistrado, já aproveita para fazer algo diferente na lataria ou instalar algum acessório. As montadoras estão atentas a esse desejo dos brasileiros.
Excesso de vaidade

A vaidade masculina está por trás de 28% das infrações cometidas pelos gaúchos em 2010. Das 235 mil multas registradas até junho no Estado, 66 mil estão relacionadas à circulação de veículos com acessórios proibidos pelo Código de Trânsito Brasileiro ou dispositivos de segurança e identificação fora dos padrões legais. Já os flagrantes por excesso de velocidade, captados por radares e lombadas eletrônicas, ficaram em segundo lugar no ranking das autuações, elaborado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Nas últimas décadas, os gaúchos passaram a investir na personalização estética de suas máquinas. Rodas e escapamentos esportivos, suspensão rebaixada, películas escuras são as modificações mais comuns. E as que mais se convertem em multas nos prontuários desses motoristas.
– O homem é mais vaidoso com seu carro. A mulher é vaidosa com ela mesma. O problema é que, muitas vezes, o condutor não respeita a legislação – avalia o psicólogo Paulo Afonso da Rosa Santos Filho, chefe da Coordenadoria Psicológica e Médica do Detran.
No trânsito, porém, a vaidade estaria acompanhada da vontade de transgredir. Mesmo sabendo que o veículo mexido pode ser autuado na esquina de casa, os condutores insistem em investir em mudanças que desrespeitam as normas de segurança.
– É como se dissessem: eu transgrido, e daí?! Isso já não acontece tanto com as mulheres, até por uma questão de formação – afirma a psiquiatra Nina Furtado.
Os motoristas e suas infrações
NÚMEROS DE CONDUTORES
Homens 2.745.244 (70,76%)
Mulheres 1.139.390 (29,3%)
Total 3.884.634
(*) Dados do Detran, em junho de 2010
NÚMEROS DE MULTAS EM 2010*
Homens 235.274 (88,4%)
Mulheres 31.274 (11,6%)
Total 266.290
(*) Dados do Detran, de 1º de janeiro a 30 de junho
MULTAS ESTRANHAS REGISTRADAS EM 2010
- 1 por andar devagar (abaixo da metade da velocidade máxima permitida)
- 12 por arremessar objetos em pedestres
- 16 por usar luz alta em via iluminada
- 32 por não dar passagem a veículos de urgência, como ambulâncias
- 75 por buzinar de forma irregular
- 95 por furar bloqueio policial
- 103 jogar objetos na via
- 114 por andar em marcha ré
- 349 por dirigir ameaçando pedestres
“As mulheres estão sobrecarregadas”
Cristina Rosito, pilotoApaixonada por velocidade, a piloto Cristina Rosito, 42 anos, acredita que as mulheres estão correndo demais em função de um novo espaço que começaram a ocupar na sociedade e por excesso de compromissos:
Zero Hora – A principal causa de multas entre as mulheres é o excesso de velocidade. Como você avalia isso?
Cristina Rosito – Acho que as mulheres estão sobrecarregadas. Além do trabalho, cuidam da casa e dos filhos. Para conseguir fazer tudo, correm mais. Fora isso, os carros de hoje são muito potentes. As mulheres precisam tomar cuidado para não acelerar demais.
ZH – Você enfrentou preconceito quando decidiu pilotar?
Cristina – Sim, direto. Muitas vezes ganhei corridas, e os pilotos não queriam subir no pódio comigo. Há 20 anos, os caras se achavam muito machos. Tive de ganhar muitas vezes para que passassem a me respeitar.
ZH – Que conselho você dá para as mulheres que gostam de pisar fundo?
Cristina – Quem gosta de correr deve procurar um desses circuitos de kart indoor ou mesmo escolinhas de pilotagem, que existem no Velopark e em Tarumã. São locais especiais para isso. É mais seguro.
Excesso de velocidade

O mito de que as mulheres são mais cautelosas ao volante ficou para trás – estatisticamente. Segundo números do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), elas estão pisando mais no acelerador, e as consequências da imprudência já começaram a aparecer: nos últimos seis meses, as multas por excesso de velocidade atingiram o topo do ranking das infrações entre as motoristas gaúchas.
Na raiz do comportamento de risco, especialistas identificam um processo mais amplo de mudanças. A origem do fenômeno, conforme a psiquiatra Carla Bicca, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, está nas fileiras da revolução feminina e remonta às décadas de 1960 e 70.
Elas conquistaram o mercado de trabalho e conseguiram acumular economias para comprar o próprio carro, até então uma exclusividade dos homens. Na primeira década do século 21, elas já representam 30% dos 3,8 milhões de condutores brasileiros.
– O reflexo desse processo está nas meninas de hoje. Fazem tudo que os homens fazem, inclusive correr de carro – afirma Carla.
Para a psicóloga Maria Luísa Pereira de Oliveira, as mulheres estão cada vez mais sobrecarregadas. A imprudência, nesse caso, seria reflexo de uma contingência.
Para Eduardo Cortez Balreira, consultor do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) do Estado, a tendência é preocupante:
– Pode ser necessária uma mudança nos CFCs. As mulheres merecem atenção.
francisco.amorim@zerohora.com.br
juliana.bublitz@zerohora.com.br
FRANCISCO AMORIM E JULIANA BUBLITZ
Fonte: Zero Hora, 29/07/2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Como educar os motoristas gaúchos

Especialistas apontam educação contínua e fiscalização mais rígida para pacificar ruas e estradas do Estado
Acabar com a sensação de impunidade por meio de uma fiscalização implacável é o melhor caminho para civilizar o trânsito gaúcho, conforme especialistas. A expectativa de que infrações não resultarão em castigo é apontada por psiquiatras e profissionais de segurança viária como uma das razões para a imagem negativa dos condutores rio-grandenses demonstrada por uma pesquisa divulgada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Publicado por ZH no sábado, o levantamento revela que 88% dos entrevistados consideram que os condutores são imprudentes, e mais da metade diz se sentir inseguro porque os demais motoristas não respeitam as leis, são imprudentes ou mal-educados. O problema, segundo os dados, é que esses mesmos entrevistados se mostram incapazes de perceber os próprios erros – 69,1% garantiram cumprir as regras à risca.
Esse paradoxo, segundo o engenheiro civil e especialista em trânsito e transporte João Fortini Albano, acaba reduzindo o impacto de campanhas de conscientização.
– O motorista não se sente atingido porque acha que o problema não é ele. Mudar isso exige ações de longo prazo. Para o curto prazo, a única saída é uma fiscalização efetiva. Mudar o comportamento na marra, pelo medo de ser mexido no bolso – afirma.
A fiscalização eficiente também é apontada por outros especialistas (ao lado) como estratégia para romper a ilusão dos motoristas de que são obedientes às leis, enquanto os outros é que descumprem as normas. O psiquiatra Fernando Lejderman receita educação permanente no trânsito e um exercício pessoal de reflexão:
– Não podemos esquecer da reflexão sobre as nossas pequenas infrações, que revelam a consideração que temos com o outro.
Participaram desta reportagem Joana Marins, Kamila Almeida e Marcelo Gonzatto
Soluções possíveis
MOTORISTAS APOSTAM EM:
Condutores e especialistas apontam medidas diferentes para pacificar o trânsito:
- Ações educativas (57,2%)
- Fiscalização (54,1%)
- Campanhas publicitárias (46,6%)
ESPECIALISTAS DEFENDEM:
- Reforço na fiscalização e punição
- Educação para o trânsito (do nível infantil até a universidade)
- Ações que estimulem a opção pelo transporte público
- Campanhas de conscientização contínuas
Fonte: ZH 26/07/10

sábado, 24 de julho de 2010

Ong Alerta participa da semana SIPAT da Top Service 2010


Ong Alerta faz palestra sobre trânsito na Semana Interna Prevenção de Acidente (SIPAT) a convite de Mateus Tramontin Coordenador de Contas, Gestão de Frotas sede de São Leopoldo, RS.
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2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Terceira pista posta em xeque

MEGACOLISÃO
Ao arrastar e destruir outros 12 veículos que estavam parados, um caminhão bitrem (com dois reboques), carregado com 31 toneladas de arroz, protagonizou um acidente impressionante ontem no final da manhã. O mega-engavetamento, que ocorreu na rodovia Porto Alegre-Novo Hamburgo (BR-116), paralisou Canoas por mais de três horas e produziu um congestionamento de mais de 15 quilômetros que se prolongou até Sapucaia do Sul.
Próximo ao ponto em que termina a terceira pista criada para desafogar o trânsito na BR-116, caminhão se desgoverna, colide em outros 12 veículos, provoca um engarrafamento de quase três horas e lança dúvidas sobre a segurança de alteração.
A sucessão de batidas aconteceu justamente onde foi instalada, há 50 dias, uma terceira faixa para dar agilidade ao trânsito no trecho, considerado mais crítico da região. O acidente gigantesco acendeu o sinal vermelho e coloca em xeque o maquiagem feita na estrada, que aboliu o acostamento e estaria pondo em risco a segurança dos motoristas.
A confusão se iniciou às 11h50min no sentido Interior-Capital, próximo à Estação Niterói da Trensurb. No trecho, a terceira pista termina em seguida e os veículos são obrigados a reduzir a velocidade para se ajustarem às duas faixas. O caminhão, no entanto, não conseguiu parar. O empreiteiro Marco Fonseca, 39 anos, que dirigia um Chevette, foi o primeiro a ser atingido.
– O trânsito parou, e a carreta tentou frear, mas não deu tempo de parar. O bitrem entortou. Ele andava na pista do meio e ficou igual a um joão-bobo, batendo e voltando. Nasci de novo – relatou.
Após bater no Chevette, o caminhão colidiu na traseira de um Gol, que ficou encurralado junto à mureta central e foi arrastado pelo veículo de carga, que bateu em outros seis carros, um furgão e outros três caminhões. Quando a carreta parou, o cenário era de destruição total. Apesar da violência, não houve mortes. Seis pessoas se feriram, mas nenhuma delas em estado grave. Elas foram encaminhadas para hospitais de Canoas e da Capital.
Polícia constata mais acidentes
Proprietário do caminhão, João Rosa disse que o veículo havia saído de Dom Pedrito e levaria a carga até Minas Gerais. Segundo ele, o motorista teria parado em Canoas para ver a família e iniciava a viagem.
Para a Polícia Rodoviária Federal, a pista extra criou um problema, pois o alargamento permite maior fluidez no trânsito e isso induz os motoristas a rodarem em alta velocidade. Segundo o chefe substituto da PRF no Vale do Sinos, Leandro Maciel, a nova pista passará por uma avaliação.
– Sentimos que houve um aumento do número de acidentes e que eles estão sendo mais graves. Com o acostamento, os motoristas tinham mais segurança, mas não tinham tanta fluidez. Isso terá de ser verificado – afirmou.
O relatório da PRF deverá ser encaminhado para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O supervisor do Dnit no Vale do Sinos, Adalberto Pitta Pinheiro, afirmou ontem que, apesar do acidente, a ampliação da terceira faixa seguirá sem alterações (veja entrevista na página 5).
De acordo com ele, o prolongamento não foi executado em razão de um pilar do viaduto de acesso ao bairro Rio Branco, que obriga os motoristas a voltar a circular em duas faixas. O projeto, que está em planejamento, prevê o afastamento das muretas centrais para dar mais espaço e segurança aos veículos.
Fonte: zero hora: gustavo.azevedo@zerohora.com.br , 22/07/2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cissa

Cissa
Escrevo sob forte emoção. Acabei de saber da morte do filho da Cissa Guimarães, que foi atropelado essa manhã (de ontem) no Rio de Janeiro. Tinha 18 anos, o Rafael. Eu o conheci no apartamento da Cissa, em 2009, quando fizemos uma primeira reunião para discutir sobre a peça Doidas e Santas, baseada em livro meu, que ela estava encenando atualmente no Teatro Leblon.
Semana passada, ela ainda me telefonou para dizer que a temporada havia sido prorrogada por mais três meses e brincou: “Sou ou não sou a Cissa Torpedão?”. Com aquela gargalhada gostosa que todos conhecem, ela arrematou: “Estou na melhor fase da minha vida, guria”. Estamos sempre na melhor fase da nossa vida.
Este ano, Cissa esteve duas vezes aqui em casa, onde pudemos conversar com mais tranquilidade – ainda que ela seja tudo, menos tranquila – e confirmei o que já percebia pela tevê: é uma mulher que esbanja vitalidade. Para ela não há tempo ruim: diante de um problema, transforma a dor em energia e toca adiante. Não sei como vai ser agora.
Conheço muitas pessoas que já sentiram essa dor virulenta. Há mais de 10 anos, publiquei uma crônica sobre perda de filhos (“Imitação de vida”) e muitas mães entraram em contato, certas de que eu já havia passado pela experiência e dizendo-se confortadas pelo que eu havia escrito. Nunca passei por essa tragédia, e lembro de ter ficado constrangida por ter me atrevido a um assunto tão delicado.
Se aquelas mães desfalcadas de seus filhos haviam se sentido confortadas por palavras de quem nunca havia vivenciado o mesmo drama, talvez se sentissem ainda mais confortadas por quem realmente passou, e então tive a ideia de escrever um livro reunindo depoimentos de várias mulheres e suas mutilações particulares, para que servisse de amparo para quem viveu essa fatalidade (não estou desmerecendo de forma alguma a dor de um pai – é que eu tinha mais intimidade com as mulheres que pensei em entrevistar).
Só que não consegui levar a ideia adiante. Por mais bem-intencionada que estivesse, daria a impressão de estar explorando a dor alheia, sem falar que ficaria demolida ao ouvir os relatos. Desisti por covardia.
Havia preparado uma outra crônica para hoje, mas o tema anterior se tornou irrelevante. Tudo se torna irrelevante diante da perda de um filho, ainda mais quando é o filho de alguém que valoriza a família acima de tudo – como nós, aliás.
Eu, que vinha passando por uns dias ruins, agora me pergunto: do que mesmo eu estava reclamando? Cada um sabe o que lhe dói, e todas as dores são respeitáveis, mas às vezes é importante a gente lembrar que a única coisa de que precisamos é ter ao nosso lado as pessoas que amamos, o resto é negociável, e isso vale para artistas, balconistas, diaristas e todos que vivem em alta velocidade, sem perceber que, no balanço das horas, tudo pode mudar.
Fonte: zero hora, MARTHA MEDEIROS, 21/07/2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Filho de Cissa Guimarães morre atropelado no Rio

O mais novo dos três filhos da atriz Cissa Guimarães, Rafael Mascarenhas, de 18 anos, morreu nesta terça-feira (20) após ser atropelado no Túnel Acústico, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Segundo a CET-Rio, ele estava andando de skate com amigos quando foi atingido.
Rafael foi levado pela ambulância do Corpo de Bombeiros e chegou às 2h30 no Miguel Couto ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a assessoria do hospital, ele chegou já em estado de choque, com politraumatismos na cabeça, tórax, abdômen e membros. Rafael chegou a ser operado por mais de cinco horas, mas morreu aproximadamente às 8h.
A 15ª DP (Gávea) está investigando já que ainda não há informações sobre o motorista que teria atropelado Rafael. A Companhia de Engenharia e Tráfego (CET-Rio) confirmou que o túnel estava fechado para manutenção no momento do acidente, que aconteceu por volta de 1h30 da madrugada.
Segundo a titular da 15ª DP, Bárbara Lomba, o atropelamento ocorreu no sentido Barra-zona sul, que estava fechado para manutenção. A outra pista estava liberada. Dois carros entraram em alta velocidade, fizeram o retorno pegando a pista interditada e então um dos veículos atingiu Rafael. A delegada acredita que os motoristas estivessem participando de um "pega", embora ela diga que a 15ª DP nunca registrou este tipo de ocorrência.
Um dos amigos de Rafael, cujo nome não foi divulgado, prestou depoimento pela manhã na delegacia. A pedido da polícia, a CET-Rio está encaminhando as imagens das câmeras da via e informações dos radares para auxiliar nas investigações. O corpo de Rafael ainda está no hospital, mas já foi liberado e está aguardando remoção para o Instituto Médico Legal.
Filho do músico Raul Mascarenhas, Rafael estava prestes a embarcar para a Europa, onde faria um curso de música. Cissa Guimarães também é mãe de Thomaz, de 31 anos, e João, de 27, frutos de seu relacionamento com Paulo César Pereio.
Fonte: g1, 20/07/2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Água na pista pode ser a causa

19 de julho de 2010 N° 16401AlertaVoltar para a edição de hoje
TRAGÉDIA EM OSÓRIO
Romildo Oliveira Rodrigues, proprietário de um comércio em frente ao local do acidente, testemunhou a tragédia e ajudou a tirar Cassiane das ferragens do Gol, antes que o socorro chegasse.
Ele conta que já presenciou diversos acidentes causados pela chuva na Estrada do Mar. Segundo ele, a pista acumula muita água no trecho onde houve o acidente, sendo comum os motoristas perderem o controle.
Ainda não foi confirmada a causa do acidente, mas a hipótese de o Gol ter deslizado na pista é a mais provável, segundo a Polícia Rodoviária Estadual e os peritos que foram ao local.
Rolano Ritzel, que viajava no banco de trás do Uno, diz não ter visto o que ocorreu por causa da chuva que caía na hora. Ele viajava com a mulher e a filha, enquanto o genro dirigia a caminhonete e levava os netos de Solano. A família, de Santa Maria, passaria o fim de semana em Capão da Canoa.
As quatro vítimas foram sepultadas às 16h30min de ontem, no Cemitério Municipal de Osório.
Mais vítimas
- Igrejinha – Às 3h de sábado, Gilson Rodrigo Fontoura, 32 anos, morreu atropelado por um automóvel Focus no km 5 da rodovia Taquara-Gramado (ERS-115).
- Gramado Xavier – Um motoqueiro morreu em um acidente na noite de sábado, no Vale do Rio Pardo. Por volta das 19h, Vítor Couto, 32 anos, perdeu o controle de sua moto e bateu em um caminhão que estava estacionado na Avenida Santa Cruz, no centro da cidade. Chovia muito no momento da colisão.
- Pelotas – Uma saída de pista no km 61 da estrada Rio Grande-Pelotas (BR-392) matou um homem e deixou outras quatro pessoas feridas na madrugada de domingo, no sul do Estado. Por volta das 2h, o Prêmio conduzido por Simei Tabordes Gonçalves, 30 anos, não conseguiu vencer a curva após a ponte do Canal São Gonçalo e caiu em um banhado. No acidente, morreu o passageiro Eliel Laco Gonçalves, 57 anos, pai do motorista.
- Sananduva – Oberdan Dalazen, motorista de uma Belina, morreu na colisão frontal com um Palio que vinha no sentido contrário, na tarde de sábado, no km 102 da estrada Sananduva-Lagoa Vermelha (ERS-126).
Fonte: zero hora, 19/07/2010

domingo, 18 de julho de 2010

Charge ll...

Fonte: zero hora, 07/2010

sábado, 17 de julho de 2010

Charge...

Fonte: zero hora, 14/07/2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cuidado com o gelo na pista

ABAIXO DE 0ºC
Na manhã de ontem, os motoristas que transitaram pela estrada Caxias do Sul-São Marcos (BR-116), na Serra, tiveram de ter atenção redobrada. Em função do frio, a água que desceu dos paredões de pedras, localizados às margens da rodovia, congelou sobre a pista e deixou o asfalto escorregadio.
Para evitar acidentes, policiais rodoviários jogaram sal em cima da estrada. De acordo com os patrulheiros, isso evitaria a formação de gelo no local. Os pontos mais críticos foram registrados no km 143, no perímetro urbano de Caxias do Sul, e no km 135, perto de São Marcos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a formação de uma camada de gelo sobre as estradas é comum em dias de temperaturas muito baixas, como as registradas ontem.
Em dias de muito frio, uma perigosa camada de água congelada pode se formar sobre ruas e estradas:
COMO OCORRE
1. Quando faz muito frio, a umidade do ar (vapor dágua) pode se condensar, convertendo-se em água. Quanto mais perto de 0*C estiver a temperatura, maior é a condensação.
2. A água se acumula sobre as superfícies.
3. Quando a temperatura da superfície(que pode ser asfalto) atinge 0*C ou menos, a água congela, e uma camada de gelo se forma.
O PERIGO
Na maioria das vezes, a camada de gelo é muito fina e não é percebida. A pista fica escorregadia.
COMO EVITAR ACIDENTES
O VEÍCULO
As condições do freio e dos pneus saõ decisivas. Se o pneu estiver careca o carro deslizará mais.
O QUE FAZER SE O CARRO COMEÇAR A DESLIZAR
Mantenha as duas mãos firmes no volante e faça força no sentido contrário aquele para o qual o carro está sendo puxado.
A CONDUTA DO MOTORISTA
A primeira recomendação é reduzir a velocidade. Maior velocidade significa menor contato do pneu com o solo, o que aumenta o risco de o veículo deslizar.
Mantenha uma velocidade constante até passar o gelo. Acelerar ou frear pode fazer o carro resvalar.

PRESTE ATENÇÃO
Cuidado com as pontes, Elas são uma armadilha em dias de baixa temperatura. Como estão envoltas por ar, baixam de temperatura mais depressa do que o asfalto, congelando antes. Um motorista que vem em alta velocidade pode encontrar de súbito a estrutura coberta por gelo, ficando sujeito a um acidente.
Fonte:Doutor em física Cássio Stein Moura, professor da PUCRS, meterologista Estael Sias e Sandro Biazzetto professor da trânsito SEST/SENAT
Fonte: zero hora, 15/07/2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Acidente na BR-369 deixa três mortos e três feridos

Duas carretas e um carro se envolveram na batida. Segundo policial rodoviário, no carro foram achadas latas de cerveja e um galão funciova
Três pessoas morreram em um acidente na BR-369, entre Alfenas e Areado, no sul de Minas, na noite desta terça-feira (13). Uma carro com placa de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, bateu de frente com uma carreta, com placa de Arcos. O motorista de outra carreta, de Varginha, que vinha atrás, não conseguiu frear e também se envolveu no acidente.
Dos quatro ocupantes do carro, dois morreram na hora.De acordo com o policial rodoviário Sérgio Antônio da Silva, no carro foram encontradas várias irregulidades, como pneu carreca e um galão era usado no lugar do tanque de combustível.
A suspeita é que as pessoas que estavam no veículo teriam ingerido bebida alcoólica. Ainda segundo o policial, foram achadas latas de cerveja dentro do carro e uma testemunha, ouvida informalmente no local do acidente, disse ter visto as pessoas que estavam no carro bebendo em um posto momentos antes.
O motorista da carreta com placa de Varginha morreu ao dar entrada no hospital. No acidente, três pessoas ficaram feridas e duas permanecem internadas.
Fonte: g1, 14/07/2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mortes no trânsito se equiparam aos crimes

VOLANTE COMO ARMA
Estudo do Detran aponta que número de vítimas em colisões e atropelamentos no semestre ficou próximo ao de assassinatos
Se você teme morrer nas mãos de bandidos ao sair de casa, saiba que o volante se transformou em uma arma tão perigosa como revólveres e pistolas no Estado.
É o que indica um estudo do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) sobre os acidentes com vítimas fatais no primeiro semestre: o número de mortes em colisões e atropelamentos é muito próximo ao total de homicídios registrados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Ao longo dos primeiros 180 dias do ano, foram 846 óbitos no trânsito e 848 assassinatos. Na prática, é como se diariamente morressem quatro pessoas em acidentes e outras quatro assassinadas.
Ao cruzar estatísticas, fica evidente que os gaúchos preocupados com assaltos devem redobrar a atenção na hora de pegar a direção. Cerca de 43% das mortes ocorrem em acidentes em vias urbanas e aproximadamente 55% dos óbitos, entre as 19h e as 7h.
– À noite, as pessoas acreditam estar sozinhas nas ruas, sentem-se menos ameaçadas. Por isso, tornam-se desatentas, especialmente quando estão em vias urbanas – explicou o professor de trânsito e transporte da Unisinos João Hermes Junqueira.
A comparação entre os dois tipos de morte se torna ainda mais assustadora quando se leva em conta o perfil das vítimas de homicídios no Estado. Cerca de 70% dos casos estão relacionados ao tráfico, seja devido a acertos de contas entre criminosos e usuários ou ainda a disputas por bocas-de-fumo, segundo o delegado Bolívar Llantada, titular da Delegacia de Homicídios. Diferentemente dos óbitos no trânsito, onde não há motivação para a morte.
– Falta conscientização para os motoristas de que trânsito mata. E muito. As pessoas se cuidam por um tempo, quando há uma campanha educativa, por exemplo, mas logo voltam ao comportamento antigo. E explode novamente a violência no trânsito – acredita o ortopedista Nelson Tombini, especialista em medicina de tráfego.
francisco.amorim@zerohora.com.br
FRANCISCO AMORIM
Fonte: Zero Hora 12/07

domingo, 11 de julho de 2010

Levantamento do Detran: 132 pessoas se ferem diariamente no trânsito gaúcho

Média já supera os números do ano passado
Dados divulgados pelo Detran indicam que a violência no trânsito está aumentando no Rio Grande do Sul neste ano na comparação com 2009. Os números colocam as autoridades em alerta: de janeiro a junho de 2010, quase 24 mil pessoas ficaram feridas em todo o Estado, uma média de 132 por dia.
15.288 dentro das cidades e 8.599 nas rodovias. No ano passado, a média diária foi de 128 feridos. Na avaliação do diretor de trânsito da EPTC, Vanderlei Capelari, o grande problema a ser enfrentado é o excesso de velocidade. Dentro das cidades, os acidentes costumam ser menos graves do que nas rodovias devido a grande circulação de veículos.
Quase metade dos feridos em acidentes no Estado tem de 18 a 29 anos. Os homens são maioria: 16.960 contra 6.927 do sexo feminino.Fonte: RÁDIO GAÚCHA, 10/07/2010 12h34min

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Acidentes desta sexta elevam para 800 número de mortes no trânsito do RS no ano

Dois taxistas e um motociclista morreram nos acidentes de hoje
Três mortes em acidentes nesta sexta-feira elevaram para 800 o número de óbitos no trânsito gaúcho desde o início do ano. Os dados são do levantamento realizado pela Rádio Gaúcha e Zerohora.com. Nas ocorrências de hoje, dois taxistas acabaram morrendo, ambos na região norte do Estado. Os três acidentes envolveram caminhões.
O primeiro caso foi uma colisão frontal entre um Corsa e um caminhão na manhã de hoje na estrada Ronda Alta-Rondinha (ERS-404). Morreu o taxista Érico Heming, 58 anos. Nesta a tarde, o taxista Pablo Galvani, de 24 anos, morreu ao colidir o GM Zafira que dirigia em um caminhão na RS-324 em Passo Fundo.
A outra morte também foi na tarde de hoje. Uma motocicleta foi atingida por um caminhão na ERS-124, em Montenegro. A vítima foi identificada como Valdemir Flores, de 32 anos, condutor da moto.
Abaixo, o relatório das mortes, mês a mês:
Janeiro: 114
Fevereiro: 121
Março: 127
Abril: 148
Maio: 125
Junho: 126
Julho: 39 (até as 18h desta sexta-feira)
Fonte: RÁDIO GAÚCHA E ZEROHORA.COM, 09/07/2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ficou pronto, mas já estragou

Os prazos de conclusão não são os únicos problemas nas obras de DUPLICAÇÃO DA BR-101 Sul. Trechos prontos, em toda a extensão, já apresentam defeitos como trincas, asfalto irregular e buracos.
Em menor ou maior escala, as pistas duplicadas e liberadas para os motoristas na BR-101 Sul já estão com problemas. Com apenas três anos de utilização, muitos trechos apresentam irregularidades conhecidas como trincas e trilhas de rodas. Situação que só deveria aparecer após oito anos de uso.
O professor Glicério Trichês, que há 26 anos dá aulas no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), percorreu o trecho em obras junto com a reportagem do Diário Catarinense para identificar os defeitos. Em todos os pontos de parada, o especialista em pavimentação e construção rodoviária encontrou problemas nas pistas.
Segundo Trichês, testes de desempenho para medir, por exemplo, quanto uma rodovia pode suportar de carga, poderiam ter evitado o problema:
– No Brasil, utilizamos equipamentos antigos para fazer esses testes, da década de 1940. Atualmente, apenas seis centros de pesquisas universitários, entre eles a UFSC, contam com máquinas novas. Mas o problema é que a metodologia brasileira ainda não contempla esses ensaios. O que nos coloca em uma situação de atraso em relação a outros países da Europa e aos Estados Unidos.
Trichês conta que durante os anos de elaboração dos projetos para a duplicação, entre 1998 e 1999, o Departamento de Engenharia Civil da UFSC sugeriu alternativas para a construção das novas pistas com misturas asfálticas modificadas.
– Tentamos implantar algo inovador, fruto de conhecimento adquirido em experiências acadêmicas discutidas em congressos nacionais e internacionais. Nossa ideia era acompanhar a produção. Há dois anos tentamos de novo introduzir alternativas tanto para a pista nova, quanto para a antiga. Mas a construção desta rodovia não contou com nenhum experimento. E pior, o tradicional também não gerou o que se esperava – lamenta.
Excesso de peso dos caminhões e falta de fiscalização em pontos estratégicos
O excesso de carga nas rodovias também é apontado pelo professor como um dos causadores destes problemas. Ele cita a falta de fiscalização e de balanças ao longo do trecho:

– Só temos duas balanças e ainda estão mal localizadas. Uma em Garuva, que pega os caminhoneiros que estão saindo do Estado e outra em Araranguá, que pega os caminhoneiros depois que eles já percorreram uma enorme distância.
Os problemas que agora são visíveis já eram previstos há pelo menos três anos. Em 2007, o trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil da UFSC, feito pela estudante Gisele Toccolini, apontava o futuro das novas pistas da rodovia. Gisele analisou resultados obtidos durante o processo construtivo e fez ensaios em laboratórios.
O trabalho acadêmico concluiu que surgiriam trincamentos a partir do terceiro ano de utilização da BR-101 Sul.
De acordo com o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, a recuperação das pistas ainda é responsabilidade das empreiteiras.
– A lei das licitações exige uma garantia das obras contratadas. Somente depois do termo de entrega e aceitação dos trabalhos, que eu ainda não fiz em nenhum dos lotes, este prazo de cinco anos começa a contar. Durante este período, a responsabilidade ainda é da empresa. O ideal quando se constrói uma rodovia é fazer a terraplanagem e depois de um ano dar prosseguimento ao trabalho. Isso permitiria a acomodação do solo – garante Pagot.
nanda.gobbi@diario.com.br
NANDA GOBBI
Trilhas de roda
Os problemas nas pistas duplicadas na região entre Sangão e Içara, conhecidos como trilhas de rodas, estão associados ao desempenho da mistura asfáltica utilizada durante a construção da rodovia.
Perigo em dias de chuva
A trilha de roda pode ser provocada por falhas na mistura para fazer o asfalto, da qualidade dos materiais (asfalto e agregados) e da própria obra. Em dias de chuva, trafegar pela rodovia nesse estado é perigoso. A água acumulada pode provocar a aquaplanagem dos automóveis e acidentes. A recuperação da pista pode ser feita com a colocação de uma nova camada asfáltica de melhor desempenho, como os asfaltos rígidos de concreto ou asfalto borracha.
Contraponto
O que dizem as empreiteiras
Das sete empresas que trabalham na duplicação do trecho Sul da BR-101, quatro não atenderam à solicitação de entrevista da reportagem do DC.
A Construtora Triunfo (lote 26), a Construcap (lotes 24 e 28) e a Constran (lote 30) alegaram que a comunicação a respeito da obra deve ser feita pelo Dnit.
A Ivaí Engenhaira de Obras (lote 23) não respondeu aos telefonemas e e-mails.
O presidente da Sulcatarinense (lote 22), José Carlos Portella, disse que desconhece o problema das trincas e afirmou que está executando o trabalho de acordo com o projeto aprovado pelo Dnit. “O tráfego na rodovia é mesmo muito violento. Há de se considerar o aumento da estrutura e da espessura das camadas de revestimento que vão ser feitas e podem sofrer colapsos”, destacou Portella.
O diretor presidente da Blokos Engenharia (lote 25), Pedro Alcântara, disse desconhecer o problema das trincas.
A assessoria de imprensa da Queiroz Galvão (lote 27) informou, por meio de e-mails, que a obra foi realizada obedecendo às especificações e normas técnicas vigentes ao projeto básico e respeitando a melhor engenharia aplicável em obras desse porte. A nota ainda afirma que a construtora está analisando tecnicamente os aspectos da obra para encontrar a causa do ocorrido e que cumprirá com as determinações legais pertinentes ao caso.
Fonte: Diário Catarinense, 06/07/2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

“As várias exigências para as obras deixaram Santa Catarina sem saída”

Em agosto de 2009, o diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, visitou Santa Catarina e afirmou que a obra de duplicação era prioridade do governo federal. Quase um ano depois, o que se observa ao longo dos 238,5 quilômetros são apenas 18 novos quilômetros entregues aos motoristas.
Pagot está à frente do órgão há três anos e administra um dos maiores orçamentos do segundo escalão do governo. Nesta entrevista, ele revela que, em 2008, sugeriu ao Grupo do PAC o retorno ao projeto original no Morro dos Cavalos, que previa a construção de mais uma faixa de pista ao lado da atual. Mas foi voto vencido.
“Existem processos, mas não punições”
Diário Catarinense – Por que as obras dos túneis do Morro dos Cavalos, em Palhoça, do Morro do Formigão, em Tubarão, e a ponte de Laguna não foram licitadas junto com as outras obras da duplicação, em 2004?
Luiz Antônio Pagot – Porque elas não faziam parte das obras de duplicação da 101. Elas entraram depois que nós fizemos os contratos. Foi uma exigência ambiental. Nós tivemos que refazer os projetos e o Ibama exige o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) pela complexidade das obras. No caso do Morro dos Cavalos, nossa ideia inicial não era abandonar a faixa de domínio da rodovia. Mas, para isso, seria necessário fazer aterros grandes e cortes em rochas e o Ibama achou que não era conveniente para a região.
DC – Na sua opinião, o projeto do túnel duplo do Morro dos Cavalos é a melhor solução para região?
Pagot – A minha proposta era que se revisse o projeto para que não fosse feito este túnel em Palhoça. Porque se abriu uma discussão interminável com arqueólogos e comunidades indígenas que vivem naquela região. Estamos com problemas para obter o licenciamento. Toda vez que a gente pensa que está chegando no final, aparecem mais exigências e o processo todo atrasa novamente.
Temos que ter anuência do ICMBio, do Instituto Palmares, Funai, Iphan (patrimônio cultural) e, finalmente, Ibama. É uma verdadeira corrida de obstáculos. Não se consegue licenciar uma obra deste porte em menos de dois anos. A solução seria o projeto original que, na minha opinião, causaria menos impacto ambiental.
DC – Mas se o projeto original foi alterado por causa de uma exigência ambiental e o novo projeto está com dificuldades para conseguir a licença ambiental, o senhor não acha que há uma contradição?
Pagot – Os licenciamentos ambientais são muito importantes e nós sempre cumprimos todas as exigências que são feitas neste sentido. Mas, neste caso, eles deixaram sem saída o povo de Santa Catarina e não nós, que somos um órgão gestor.
Eu te pergunto: por que é preciso fazer estudo geopolítico para implantar uma nova rodovia? Por que eu tenho que fazer plano diretor de todas as cidades que estão ao longo da rodovia? Isso é um absurdo. Mas nós estamos cumprindo o que nos pedem. Não é mais possível que um órgão que quer implantar uma estrada tenha que enfrentar tamanha exigência. Uma hora isso vai mudar.
EMPREITEIRAS
DC – Quando a licitação de duplicação da BR-101 Sul foi lançada, as construtoras que participaram da concorrência apresentaram, em média, descontos de 33% sobre os valores apresentados pelo Dnit. Depois, elas solicitaram alterações de projetos para baratear os custos, que foram negadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Esta prática é comum?
Pagot – Essa é uma característica das obras mais antigas. Era uma época em que as empresas estavam com pouco serviço, estavam todas afoitas para ganhar a licitação e entraram na disputa com considerável deságio. A consequência, agora, é uma falta de eficiência para dar continuidade às obras.
O LOTE MAIS ATRASADO
DC – No caso do lote 29, que está sendo relicitado, o desconto chegou a 40%. Não é função do Dnit avaliar as propostas e descartar as que não podem ser executadas?
Pagot – O resultado do trabalho no lote 29 não é satisfatório. Por isso, procuramos o Ministério dos Transportes para cancelar o contrato com a empreiteira e fazer uma revisão do projeto antes de licitar novamente aquele lote. Antes disso, cumprimos todos os aspectos e etapas do processo vigente na lei 8.666, a Lei das Licitações.
Se tivesse algum problema, o Tribunal de Conta da União, teria determinado a paralisação da obra. Não era possível romper o contrato antes. A primeira empresa que estava trabalhando no lote quebrou e, de acordo com a lei, nós chamamos a segunda colocada para executar as obras ainda com os valores antigos. Mas vimos que o orçamento ficou inexequível.
CONSTRUTORA TRIUNFO
DC – Mas a segunda colocada, no caso a Construtora Triunfo, também responsável pelas obras no lote 26, em Tubarão, tem vários processos de cobranças em andamento na Justiça. Nesta situação, ela poderia ter assumido outra obra pública?
Pagot – Na época em que a contratamos ela não devia nada para ninguém. E há uma regra: a empresa não pode estar inadimplente para participar das obras públicas. Ela não pode nem sequer assinar contrato se não estiver com todas as certidões em dia e, na ocasião, ela estava em dia.
LEI DESATUALIZADA
DC – Se o Dnit não pode descartar uma proposta com valores que tornam a execução da obra impraticável, então o problema estaria na própria lei? O critério do menor preço é o ideal?
Pagot – Com certeza, a lei precisa de modificações e ajustes urgentes. É uma lei boa, mas, às vezes, ela dá abertura demais ao mercado, principalmente no caso das obras de grande porte, como é a BR-101.
Com isso, muitas empresas ganham uma concorrência por apresentar menor preço, porém, não estão habilitadas tecnicamente para a execução dos serviços na sua totalidade. O Ministério dos Transportes já encaminhou ao Congresso solicitações para mudar a lei. Ela está superada e precisa ser atualizada.
DC – O senhor teria, então, alguma sugestão para deixar a lei das licitações mais eficiente do que é hoje?
Pagot – Nós sugerimos que haja uma classificação das empresas. Com certeza, muitos problemas que o Dnit tem hoje deixarão de existir se isso for realmente feito. Mas este não é um assunto simples e tem muitas opiniões diferentes e discussões intermináveis. Na minha opinião, ela não atende mais o Brasil de hoje, que tem bilhões e bilhões de investimento em infraestrutura.
PUNIÇÃO
DC – Os acordos realizados entre o Dnit e as empreiteiras destas obras não estabelecem punições em casos de descumprimento de prazos?
Pagot – Existe toda uma questão de notificações e processos. Quando surgem problemas contratuais, normalmente eles são levados à procuradoria da esfera especializada. Temos garantias, como retenções cautelares e cauções da empresa.
DC – Alguma empresa já foi punida?
Pagot – Existem processos em andamento, mas não houve nenhuma punição.
Fonte: Diário Catarinense, 05/07/2010

domingo, 4 de julho de 2010

SP: motorista que matou 3 confessa embriaguez

O motorista Iremar de Souza Lima, de 40 anos, que atropelou e matou três pessoas que estavam no acostamento do quilômetro 12 da Rodovia dos Imigrantes, que liga a capital paulista ao litoral sul do Estado, na noite de sábado, confessou ter ingerido bebida alcoólica. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), o teste do bafômetro confirmou a embriaguez. Lima foi preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo na direção de veículo e embriaguez ao volante.
A Kombi conduzida por Lima atropelou o empresário Eduardo Flausino Cardoso, 43 anos, o policial rodoviário estadual Rodrigo Pereira e o motorista do guincho da concessionária Ecovias Nilson Ribeiro. Os três morreram na hora.
Segundo o boletim de ocorrência, o acidente aconteceu por volta das 19h15, quando Pereira e Ribeiro prestavam socorro ao empresário, que estava parado no acostamento por causa de problemas mecânicos em seu carro.
O motorista da Kombi foi encaminhado ao pronto-socorro de Diadema e depois de receber os primeiros socorros foi ao 97º Distrito Policial para se submeter ao teste do bafômetro. Em seguida, foi encaminhado ao Hospital Público de Diadema, onde segue internado sob escolta da Polícia Militar, ainda segundo a SSP.
Fonte: g1, 04/07/2010 17h16 - Atualizado em 04/07/2010 17h16

sábado, 3 de julho de 2010

Flagrantes de embriaguez no ano já equivalem a 76,5% dos casos de 2009 em Porto Alegre

Os 11 motoristas autuados em um dia na Avenida Cristóvão Colombo representam o total de junho na cidade
Desde o início do ano, em Porto Alegre, pelo menos 75 motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro que confirmou a combinação de álcool e direção. Os números apontam 53 flagrantes até maio, 11 em junho e mais 11 em julho. O total em sete meses representa 76,5% dos casos do ano passado, que chegaram a 98, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Uma operação conjunta da EPTC e Brigada Militar (BM) elevou a estatística hoje ao abordar 11 pessoas dirigindo embriagadas na Avenida Cristóvão Colombo, em Porto Alegre. Esse total de apenas um dia equivale ao número de flagrantes de embriaguez ao volante registrado em todo o mês de junho.
Nove dos 11 motoristas foram detidos e levados à Delegacia de Delitos de Trânsito. Dez carros foram recolhidos.
— Em dois dos condutores, o bafômetro apontou abaixo de 0,29 decigramas por litro de ar expelido e não foi considerado crime. Eles foram autuados em R$ 957,70 e terão o direito de dirigir suspenso por 12 meses. Nos demais casos, deu acima de 0,30, o que é considerado crime de trânsito — explica o gerente de fiscalização e operação de trânsito da EPTC, Paulo Gomercindo Machado.
Nova abordagem
Chamou a atenção a maneira como a operação foi realizada hoje. Policiais militares à paisana se infiltraram em bares da região para observar se os condutores bebiam e depois saíam dirigindo dos locais. Em seguida, os PMs abordaram os motoristas, que tiveram de fazer o teste do bafômetro.
Machado comemorou o resultado positivo da ação, que é inédita na Capital, segundo ele.
— Foi uma operação especial. Acompanhamos o motorista desde o momento que ele saiu do bar, entrou no carro e dirigiu alcoolizado, o que foi comprovado pelo teste do bafômetro — disse.
— As pessoas perceberam que nem sempre quem está agindo de forma errada vai sair sem ser penalizado. Faremos novas ações semelhantes em outras festas — completou.
Confira gráfico sobre os efeitos do álcool no motorista:
Fonte: zero hora, 02/07/2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Aumenta número de mortes no trânsito gaúcho no primeiro semestre

Foram 96 casos a mais na comparação com o mesmo período do ano passado
O primeiro semestre de 2010 terminou com 761 mortes em acidentes de trânsito no Estado. São 96 a mais em relação ao mesmo período de 2009, quando o levantamento da Rádio Gaúcha apontou 665 óbitos.
O número de mortes aumentou nas estradas, mas diminuiu dentro de cidades. Nas rodovias, a elevação é puxada pelos acidentes em estradas federais com 63 mortes a mais este ano. Já nas estradas estaduais o acrécimo foi de 45 óbitos.
Segundo o Comandante Rodoviário da Brigada Militar, tenente coronel Edar Borges, nas estradas os acidentes normalmente são mais violentos.
— Nas cidades o número de acidentes pode até ser maior, mas nas rodovias a consequência dos acidentes é mais grave devido a velocidade dos veículos — explica.
Em relação ao veículo ocupado pelas vítimas, aumentou o número de mortes com carros e motos. Enquanto isso, houve redução nos óbitos de ciclistas e por atropelamentos.
Primeiro semestre de 2009:
Rodovias Federais: 203
Rodovias Estaduais: 254
Perímetros urbanos: 208
Total: 665
Primeiro semestre de 2010:
Rodovias Federais: 266
Rodovias Estaduais: 299
Perímetros urbanos: 196
Total: 761
Fonte: RÁDIO GAÚCHA,Trânsito 01/07/2010 16h46min zerohora.com