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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pesquisa revela que um a cada três jovens dirige sob efeito de álcool

54% dos acidentes foram causados por jovens entre 18 e 35 anos. Levantamento considera período de agosto de 2011 a junho de 2012.

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) mostra um dado preocupante: um em cada três universitários faz uso de bebidas alcoólicas e saem de carro depois, o que tem contribuído para o crescente número de acidentes de trânsito envolvendo jovens. De acordo com o levantamento de uma seguradora, 54% dos acidentes entre agosto de 2011 e junho de 2012 foram causados por jovens entre 18 e 35 anos. Uma das explicações para esses números é a imprudência, mas o risco aumenta quando se combina a direção com bebidas alcoólicas.
A realidade pode ser confirmada em todos os plantões da Santa Casa. Segundo o médico traumatologista Ricardo de Castro, os jovens têm abusado cada vez mais e têm sofrido mais acidentes. “Cada vez mais eles chegam alcoolizados após um acidente de trânsito, como causador ou vítima do acidente”, disse Castro. “Com isso, a gravidade das fraturas e as sequelas aumentam”, completou.
Acidentes de trânsito é maior entre os jovens que bebem (Foto: Wilson Aiello/EPTV)Alguns estudantes contam que já dirigiram embriagados. Um deles teve o carro destruído em um acidente após ter bebido. “Eu bati na traseira de outro carro e destruí os dois. Honestamente não me lembro muito bem como aconteceu, só acordei na delegacia da polícia”, contou Daniel Corbo, estudante de engenharia de materiais. Agora dizem que tomam mais cuidado, alugam vans para ir e voltar das festas ou elegem alguém que não vai beber para ser o motorista.
Dados da PM
Segundo dados da Polícia Mlitar, no ano passado, 14 mil motoristas, não só jovens, mas de todas as idades, foram autuados no Estado de São Paulo por dirigirem sob efeito do álcool. Desses, 2,7 mil e foram presos em flagrante. Neste ano, só até agosto, foram 19 mil autuações e 2,3 mil prisões de motoristas que dirigiam embriagados.

Fonte: 27/09/2012 15h25 - Atualizado em 27/09/2012 15h50

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Após inquérito do MP, CET diz que limite de 60 km/h reduziu acidentes

MP investiga se objetivo da prefeitura foi arrecadar mais.

CET defende parâmetro afirmando ainda que número de multas caiu.
Avenida dos Bandeirantes, onde limite caiu de 70 km/h para 60 km/h (Foto: Juliana Cardilli/G1)A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou na tarde desta quinta-feira (20) que a redução do limite de velocidade para 60 km/h em vias da capital paulista fez aumentar o respeito por parte dos motoristas e ainda diminuiu o número de acidentes de trânsito.

O comunicado divulgado pela companhia foi uma resposta à divulgação por parte do Ministério Público de que abriu um inquérito para investigar possíveis irregularidades na diminuição do limite de velocidade em vias da capital paulista de 70 km/h para 60 km/h. O objetivo, segundo o MP, é averiguar se a mudança na velocidade máxima ocorre com o único objetivo de evitar acidentes ou se há intenção de maior arrecadação com multas pela Prefeitura de São Paulo.
MP investiga redução no limite de velocidade em ruas de SP pela CETCET uniformiza velocidade máxima em mais 6 vias de SP nesta segundaA CET nega a tese de indústria da multa. O Programa de Padronização da Velocidade é implantado desde 2010 e já atingiu mais de 270 vias da cidade, que passaram a ter o limite de 60 km/h. Um dos dados apresentados pela CET diz respeito a multas. Foram 5,6 milhões neste ano, até julho. Desse total, 1,7 milhão por excesso de velocidade - no mesmo período do ano passado foram cerca de 2 milhões.
A CET também divulgou dados que mostram a redução no número de acidentes em diversos eixos. Em um deles, o Leste/Oeste, que abrange as avenida como Francisco Matarazzo, Elevado Arthur da Costa e Silva e Avenida Antônio Estevão de Carvalho, entre outras, houve redução de 14% no número de acidentes e atropelamentos no corredor. Foram registrados 2.179 acidentes entre os meses de abril e novembro de 2010, ante 1.870 no mesmo período de 2011.
Inquérito

O promotor Valter Santin pede esclarecimentos ao município sobre a sinalização de vias, sobre os critérios para a fixação da velocidade, índice de congestionamento antes e depois da mudança e ainda a quantidade de veículos multados por excesso de velocidade nos últimos cinco anos e os valores arrecadados por essas autuações.
A CET afirma que prestou todas as informações solicitadas pelo Ministério Público.

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Fonte: 20/09/2012 19h33 - Atualizado em 20/09/2012 19h33

sábado, 15 de setembro de 2012

ONG Alerta faz palestra na Viação Belém Novo.


A Viação Belém Novo S.A. nasceu da paixão de Edgard Dutra Pinheiro pelo transporte coletivo e do sonho em se tornar um dos mais sólidos empresários do ramo. Fundada em 27 de novembro de 1962, com a primeira garagem para ônibus urbano de Porto Alegre, iniciou suas atividades com o empenho de Edgard e seus sócios:
Allmeida e Erany os quais optaram em concentrar as atividades de transporte na zona sul da capital. Anteriormente a fundação da Belém Novo, Edgard e seus sócios trabalhavam no transporte coletivo da Vila Santa Isabel, principal núcleo habitacional da cidade de Viamão, no qual se concentrava a maioria da população.
 A campanha do candidato a vereador Tapir Rocha, pelo PTB, tendo como tema principal o preço das passagens de ônibus, assustou os jovens empresários: “Era como um rastilho de pólvora”, relembra Edgard, o qual foi aconselhado por seu contador a trabalhar em outra região.
 Outro fator que levou o trio a trocar Viamão pela zona sul de Porto Alegre foi a decisão do prefeito José Loureiro da Silva, ao iniciar seu segundo mandato, em 1960, de “dar um jeito no Departamento Autônomo de Transportes Coletivos – DATC, o que resultou na entrega de linhas exploradas pelo município à particulares. “Resolvemos concentrar tudo na zona sul de Porto Alegre, até porque lá as ruas já eram pavimentadas”, diz Edgard. Encerradas as atividades do DATC, a Prefeitura entregou à Viação Belém Novo as linhas Lami e Cantagalo.
As linhas Vila Nova, Belém Velho e Campo Novo foram entregues aos permissionários da Parque Madepinho. Entretanto, não deu certo. Nenhum ônibus encostado aparecia no dia em que estava escalado para operar na linha Belém Velho Rincão – distante e carente de passageiros. Quem estivesse na escala dava um jeito de fazer o motor estragar, ou simplesmente não aparecia.
Os problemas logo provocaram uma divisão entre os permissionários. A Rui Ferreira coube as linhas Belém Velho, Vila Nova e Campo Novo, as quais mais tarde foram vendidas à Belém Novo. Atualmente, a Viação Belém Novo S.A. é administrada pela família Pinheiro. Localizada da Av. Beira Rio, 175, bairro Belém Novo, conta também com uma garagem de apoio localizada na Estrada Monte Cristo, nº. 470 – Bairro Vila Novo.
Constituída de uma frota de 98 veículos e com aproximadamente 400 colaboradores em seu quadro funcional, opera 09 linhas principais transportando cerca de 01 milhão de passageiros por mês. Hoje, 04 décadas depois, a família trás consigo os ensinamentos de Edgard Dutra Pinheiro resumidos em uma frase que ele usava para definir a paixão que começou num longínquo dia de 1956: “O transporte coletivo é um desafio, mexe contigo e, se tu gostas, todo dia tem coisa nova”. 2004 © Viação Belém Novo S.A. - Av. Beira Rio, 175 - Bairro Belém Novo - Porto Alegre - RS - Brasil - Fone: (51) 3245-8200

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Justiça decide punir com mais rigor quem mata ao volante

A justiça decidiu levar a júri popular o motorista de um carro de luxo que, em setembro do ano passado, provocou uma série de acidentes em São Paulo e matou uma pessoa.  
 Nesta semana, a Justiça decidiu levar a júri popular o motorista de um carro de luxo que, em setembro do ano passado, provocou uma série de acidentes em São Paulo e matou uma pessoa. Segundo a perícia, Felipe Arenzon saía de uma casa noturna embriagado e estava a mais de 120 quilômetros por hora num lugar onde a velocidade máxima é de 60 quilômetros por hora.
A decisão de punir com mais rigor quem mata ao volante é uma nova tendência entre os juízes brasileiros, como mostra a reportagem especial de Sônia Bridi e Paulo Zero. “A Izabella foi feliz durante os 11 anos de vida dela. Se existiu alguém feliz foi ela”, lembra Argélia Gauto, mãe de Izabella. “A gente saía, e tinha aquelas máquinas de tirar fotografia.
 A última foi essa que eu peguei o cabelo dela e fiz como se fosse o bigode”, mostra Chico Caruso, pai de Izabella. As imagens feitas por Argélia deveriam ser de uma breve despedida. Izabella, a filha dela com o cartunista Chico Caruso, ia passar o ano novo na praia com a família da amiguinha. Mônica, a motorista, com a babá no banco da frente. Izabella atrás, entre os filhos de Mônica. Eles nunca chegaram ao destino. “Eu falei: 'Não é possível, a morte não combina com ela, a morte não combina com ela'.
 Mas era verdade”, diz Chico. O acidente foi bem perto da Praia de Búzios, no litoral do Rio. O policial militar André Luiz Fernandez vinha dirigindo na direção contrária à de Mônica. Foi jogado para fora da estrada por uma camionete que forçou uma ultrapassagem. “O ônibus jogou pra lá também, porque não tinha muita pista pra jogar, por causa do poste. E eu vim parar no mato.
Fui atrás dele para poder fazer o que eu tinha que fazer, entendeu? Dar voz de prisão”, conta Fernandez. Mas era impossível seguir a camionete a mais de 140 quilômetros por hora na estrada cheia de curvas. Ele só ouviu a batida. “Como se tivesse botado uma bomba.
 Foi um barulho seco, seco”, lembra o policial. Na camionete o motorista levava a filha pequena no banco da frente, sem cinto de segurança. Ele perdeu o controle na curva e bateu em cheio na Scenic dirigida por Mônica. Ela e Izabella morreram na hora.
O motorista da camionete se feriu levemente. A filha dele teve traumatismo craniano, mas sobreviveu. “Não me lembro de nada, graças a Deus”. Três meses em coma, e seis anos de vai e vem a hospitais. A babá Rita de Cássia Antônio ficou cega de um olho.
Tem um implante no quadril. E ainda precisa de uma cirurgia para corrigir a fratura no pulso. “Eu fazia faxina a semana toda. Cada dia numa casa, de subir, descer escada, limpar parede, lavar cozinha, hoje em dia não tenho mais condições de fazer isso”, lamenta a babá. Rita passa roupa para fora para complementar a aposentadoria de um salário mínimo por invalidez.
 “Quando minha prima Argélia perguntou: 'O que vai acontecer com ele?'. Eu disse: 'Vai pagar uma cesta básica ou um trabalho comunitário, só isso'”, conta a advogada Jussara Gauto. “No momento que eu entendi tudo, fui buscar a Justiça. Porque eu não aceitava. Ninguém ia me dar cesta básica”, relata Argélia. A prima advogada foi buscar a pena de prisão para o motorista. “Eu havia dito para a Argélia: 'É uma tese que ainda não foi usada'.
 Em 2006, isso aí era como um tiro na Lua”, conta a prima. Historicamente no Brasil, a morte no trânsito é tratada como homicídio culposo. É quando o acidente é provocado por descuido, imperícia, imprudência, ou o motorista não previu o risco, mesmo dirigindo embriagado ou em alta velocidade. A pena máxima é de quatro anos e pode ser convertida em serviços comunitários. Na maioria dos casos, o condenado escapa da cadeia doando cestas básicas.
 Já no dolo eventual, ou homicídio doloso, a Justiça entende que o motorista assumiu o risco de matar ao andar em alta velocidade, embriagado ou participando de um racha, por exemplo. Nesse caso, o acusado vai para o banco dos réus e é o júri popular que determina se ele é culpado.
 A pena vai de seis a 20 anos de prisão. E foi essa a interpretação da Justiça no caso da morte de Izabella. No mês passado, Juamir Dias Nogueira Junior foi condenado a oito anos de cadeia pelas mortes de Izabella e Mônica. Procurado pelo Fantástico, se recusou a comentar a sentença. “No fundo, há uma luta entre o bem e o mal, e o que resultou disso? A aprovação do crime doloso para crime de trânsito”, conta Chico Caruso.
 A luta é também no campo das ideias. Uma corrente jurídica considera que dolo não se aplica a crimes de trânsito. “Em geral, os crimes de trânsito são culposos. No dolo, o agente afirma pra si mesmo: 'Aconteça o que acontecer, vou continuar dirigindo em excesso de velocidade'.
 E na culpa: 'Eu dirijo em excesso de velocidade porque sou um exímio motorista e posso evitar o acidente', explica o jurista Juarez Tavares. “Se ele participa de um racha, de um pega, se ele dirige o veículo embriagado a meu ver, em tese, ele está assumindo. Ele pode não querer matar ninguém. Até presume-se que não queira, mas ele está assumindo um risco”, avalia o desembargador José Muiños Piñero. Essa é a interpretação que está ganhando força.
A Justiça gaúcha quer botar no banco dos réus, por 17 tentativas de homicídio doloso, o motorista que em uma esquina de Porto Alegre se envolveu em uma disputa com ciclistas que faziam uma manifestação.
 E produziu cenas de violência que chocaram o país e correram o mundo. A Justiça entendeu que ao acelerar pra cima dos ciclistas, o economista Ricardo José Neis assumiu o risco de matar ou machucar. Ele se defende dizendo que estava cercado e ameaçado pelos ciclistas e que, diante disso, teve que fugir. Fantástico: O senhor se arrepende de ter acelerado? Ricardo José Neis: É a mesma coisa que você perguntar se eu me arrependo de estar vivo, de ter preservado a vida do meu filho. Se eu quisesse eu teria machucado eles realmente, se fosse a minha intenção. “Eu acho que nós tivemos muita sorte nisso e ele também.
Porque eu não queria estar na consciência desse cara hoje”, diz o técnico de palco Marcos Rodrigues. A maioria dos réus que a Justiça manda para o júri popular recorre para ser julgado por culpa, não por dolo. Os processos se arrastam durante anos.
 A nova tendência da Justiça, de mandar para a cadeia quem mata no trânsito, é uma reação a números assustadores. Só em 2010, quase 43 mil pessoas foram mortas nas ruas e estradas do Brasil. Se continuar nesse ritmo, até 2015, vai ter mais gente morta por carros, ônibus, motos, e caminhões no país, do que a tiros, facadas, pancadas, ou seja, todas as outras formas de homicídio. “O Brasil tem uma guerra nacional decorrente de acidentes de trânsito. Isso tem que ser de certa forma tolhido, diminuído ou erradicado”, observa o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp. O ministro Gilson Dipp foi o presidente da comissão de juristas que elaborou a proposta do novo Código Penal, que está sendo analisada no Senado.
Para facilitar a punição no trânsito, foi criado um novo tipo de culpa, a gravíssima ou temerária. É para quando não for comprovado que o agente quis matar, nem assumiu o risco, mas agiu com temeridade. A pena passa para quatro a oito anos de prisão. A proposta de lei enquadra como culpa gravíssima dirigir embriagado ou participar de racha.
 O racha seria punido com dois a quatro anos de prisão. E embriaguez, de um a três anos. Assim, quem mata no trânsito poderia pegar penas maiores, e ir para a cadeia, sem passar pelo júri popular - o que ainda encontra resistência entre muitos juízes. No Rio, o juiz mudou o processo contra Rafael Bussamra, que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, o filho da atriz Cissa Guimarães. Em vez de júri popular, ele vai responder por homicídio culposo.
 Segundo testemunhas, Bussamra e o amigo Gabriel de Souza Ribeiro entraram num túnel fechado para obras para fazer um racha. Rafael andava de skate com amigos na boca do túnel e foi arremessado a 60 metros de distância.
O juiz alegou que o atropelador não agiu com indiferença, porque ligou para a polícia e a ambulância. “ Os pais, o pai e o irmão foram lá para corromper essa polícia que eles chamaram para ajudar?”, afirma Cissa Guimarães, mãe de Rafael.
 Pouco depois do acidente, Rafael Bussamra, o irmão e o pai foram flagrados por câmeras de segurança corrompendo policiais militares para esconder as provas do crime. Os policiais já foram condenados a cinco anos de prisão, em regime semi-aberto, por corrupção passiva. Mais do que a pena máxima a que Bussamra está sujeito por homicídio culposo. Rafael Bussamra, o pai, o irmão, e o advogado deles não quiseram falar ao Fantástico.
 Cissa recorreu: “Eu vou até o final, pela memória do meu filho. Mas acima de tudo para acabar com essa impunidade que me dá enjoo. Que me dói”. Há 12 anos, o advogado Luiz Felizardo Barroso tenta mandar para a cadeia os homens que ele considera responsáveis pela morte do filho. “Toda justiça que tarda é a negação da própria justiça. E a nossa, no Brasil, infelizmente, tarda muito”, diz Barroso.
 No escritório, o neto, que tinha oito anos quando ficou órfão, ocupa a mesa do pai, Ricardo de Camargo Barroso. Amanhecia na véspera de Natal no ano 2000. Ricardo ia surfar. À sua frente, em outro carro, um amigo surfista, que nunca esqueceu daquela manhã. Tinha um carro tombado no meio da pista.
 Ele e Ricardo deixaram os carros no acostamento, com o pisca alerta ligado. Ricardo tentava tirar o motorista preso nas ferragens. “Nisso, o Peugeot começou a pegar fogo. Quando eu estou abaixado pegando o extintor de incêndio, eu escuto um barulho de freada forte e uma batida. Tinha um carro que tinha batido, com a frente toda levantada. E 'cadê o Ricardo? Cadê o Ricardo?', aquela confusão, poeirada danada”.
Ricardo, outro voluntário que ajudava no socorro do primeiro acidente e a vítima, que até então estava apenas ferida, morreram na hora. Na denúncia à Justiça, o Ministério Público diz que o carro que matou Ricardo e mais duas pessoas corria a mais de 110 quilômetros por hora, dentro da cidade, e participava de um pega.
Os dois acusados - André Garcia Neumayer, que dirigia o carro que bateu, e Juliano Bataglia Ferreira, que participava do pega - foram mandados a júri popular, mas recorreram até o Superior Tribunal de Justiça, que confirmou a decisão. O advogado dos acusados ainda vai pedir embargo no Supremo Tribunal Federal. “Não houve pega, em primeiro lugar.
 E segundo, nós vamos ter que considerar que esses garotos são suicidas, eles assumiram o risco de ceifar suas próprias vidas a partir do momento que eles batem no outro carro”, defende o advogado. Se conseguirem impedir o júri popular, os dois acusados não serão julgados por nada. Depois de 12 anos nos corredores da Justiça, a acusação por homicídio culposo já está prescrita. Araçatuba, interior de São Paulo. Dois casos, duas decisões distintas.
 O carro em alta velocidade, fazendo pega, avança o sinal, provoca o acidente e deixa com sequelas um universitário brilhante. O motorista, filho de um fazendeiro, é indiciado por homicídio doloso, foge, e é capturado numa fazenda no Mato Grosso. Mas a sensação de que a Justiça de Araçatuba seria mais rigorosa com os crimes do trânsito durou pouco.
Menos de três meses depois, o promotor encarregado da acusação se envolveu em um acidente numa rodovia que dá acesso à cidade. Provocou a morte de três pessoas. Mas ele não vai a júri popular. Alessandro, Alessandra e o filho dela, Adriel, de sete anos, morreram na hora. Na camionete do promotor foram encontradas bebidas.
Na delegacia, um médico atestou a embriaguez, mas ele se negou a colher material para exame. “Se fosse eu, estaria preso. Como ele é promotor e tem dinheiro,está lá”, lamenta Alberto dos Santos, pai de Alessandro. O Ministério Público transferiu o promotor Wagner Rossi para São Paulo e o denunciou por homicídio culposo.
 Cinco anos depois do acidente, o foro especial do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o promotor a quatro anos de prisão, convertidos em serviços comunitários, suspensão da carteira de motorista por quatro anos e indenização de R$ 15 mil às famílias das vítimas.
 O advogado dele vai recorrer. Fantástico: O senhor considera que essa pena foi dura? Advogado: Claro que foi. Foi duríssima, foi duríssima. A palavra acidente existe porque acidentes acontecem. Ao distinguir entre um acidente inevitável, e o comportamento arriscado e violento que mata no trânsito - a Justiça brasileira não só vai punir, mas prevenir tragédias.
 “A vida da minha filha não tem preço. A gente não quer isso. A gente quer um mundo melhor, onde as pessoas possam sair se divertir, passear, brincar, e voltar pra casa”, pede Argélia.
 Fonte: g1 10/08/2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ong Alerta circulando...

Quem deveria dar exemplo informar, alertar, educar, no tränsito tira proveito do poder, estacionam em cima de faixa proibidas, em esquina, acham que por serem azuis pode! Náo tem desculpa, que estacionem o carro e façam seu serviço a pé!.
Abuso do poder neste país esta sem controle!
Porto Alegre, 09, 2012.

sábado, 1 de setembro de 2012

Tecnologia ajuda a aumentar a segurança no trânsito de São Paulo

Autoridades de trânsito de São Paulo estão usando a tecnologia para punir motoristas infratores. O repórter Alan Severiano mostra como funcionam essas novidades.
A esquerda não é o lado dele, mas quando o caminhoneiro quer voltar, já é tarde. Trava a estrada bem no trecho de serra. Contra infrações desse tipo, um equipamento especial foi instalado na rodovia que liga São Paulo a Santos.
Fios de cobre no chão detectam o tamanho do veículo que passa pela faixa da esquerda. Se for um grandão, como caminhão ou ônibus, o radar fotografa.
“Nós tivemos 83% de redução de acidentes nesses cinco meses de operação, acidentes envolvendo veículos pesados”, afirma José Carlos Cassaniga, diretor da Ecovias.
A vigilância eletrônica levou policiais das estradas pra salas de controle. Nos centros de controle de oito rodovias que circundam São Paulo, os olhos dos guardas são 341 câmeras.
“A viatura, normalmente no trecho em que ela está, ela consegue ver um quilômetro a frente, um quilômetro atrás. Já a distância, pelo monitoramento, ele já tem visão total do sistema”, explica Newton Michelazzo, com. Polícia Rodoviária/SP.
Um motorista rodou quatro quilômetros de ré pelo acostamento. Os policiais que assistiam à distância acionaram os colegas para o flagrante olho no olho.
Nas ruas da cidade, o big brother das infrações ganhou, esse ano, um reforço carregado a tiracolo. O alvo do radar-pistola são os motoqueiros.
“Mira, no caso pro veículo, a moto, e aperta o gatilho ele registra a velocidade. Se ele tiver acima da velocidade, a foto é tirada automaticamente”, mostra Sérgio Rodrigues, agente de trânsito.
Portátil, o radar pode ser direcionado pra onde o agente de trânsito quiser. Assim, fica mais fácil identificar a placa de quem trafega acima da velocidade permitida. É literalmente uma arma pra surpreender o infrator.
Os seis radares trocam de lugar a cada dia, e flagram motoristas em 65 pontos diferentes da cidade. As placas de sinalização de radares não são mais obrigatórias no país, mas em São Paulo elas ainda existem. Mesmo assim, por dia são 350 infrações que viram multa.
A CET, que paga R$450 mil por ano pelas pistolas, defende o investimento. “O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidente e, óbvio, de mortes no trânsito. Então o principal objetivo é a mudança de comportamento do condutor”, observa Dulce Lutfalla, assessora de fiscalização.

Fonte: g1, 01/09/2012 20h37 - Atualizado em 01/09/2012 20h37