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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

OBSERVATÓRIO cria peças para reforçar atitudes seguras no trânsito.





A Semana Nacional de Trânsito é determinada pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e acontece todos os anos de 18 a 25 de setembro. Esse ano, o tema determinado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) é “Década Mundial de Ações para a Segurança no trânsito – 2011/2020 #Eusou+1por1trânsitomais seguro!', inspirado no ‘#Eusou+1 por um trânsito mais humano', que alavancou a edição de 2016 do Movimento Maio Amarelo, coordenada pelo OBSERVATÓRIO, que tem como finalidade a busca pela mudança do comportamento de todos que transitam.

Segundo dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, perderam a vida em acidentes de trânsito no Brasil em 2014, cerca de 44 mil pessoas. Sem contar que, em função de acidentes, um contingente expressivo de pessoas passa a conviver com sequelas irreversíveis. Em média, cerca de 60% dos leitos hospitalares disponibilizados no Brasil hoje estão ocupados por vítimas de traumas causados pelo trânsito.

Para José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO, a prevenção é a maior arma que temo para reverter esse quadro, e ressalta ainda que, nenhuma morte em acidente de trânsito é aceitável, portanto cada um deve fazer sua parte para um país seguro em matéria de trânsito.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Um em cada cinco para-atletas do Brasil sofreu acidente de automóvel.




Praticamente um em cada cinco atletas da equipe brasileira que competirá nos Jogos Paraolímpicos do Rio tem deficiência causada por um problema crônico do Brasil: os acidentes de automóvel.
Levantamento feito pela reportagem, com base em dados do CPB (Comitê Paralímpico do Brasil), aponta que ao menos 50 para-atletas da delegação brasileira foram vítimas de colisão de veículos ou atropelamentos. Eles representam 18% da delegação.
Foram levadas em conta informações de 282 do total de 287 para-atletas (com o veto à Rússia na Paraolimpíada, mais cinco brasileiros foram integrados ao grupo, e a reportagem não teve acesso aos dados desses que entraram por último).
O Brasil é um dos líderes mundiais em ocorrências e mortes nas ruas e estradas. Foram 43.075 mortes no trânsito do país em 2014, segundo informações preliminares do Datasus (Departamento de informática do Sistema Único de Saúde).

Origem da deficiência:
26%- Nascimento;
21%- Sequela de doença;
18%-  Acidente automobilístico
13% -Outros acidentes
12%- Complicações no parto
04%-Arma de fogo
05%- Outros

Levantamento: 282 atletas (Total da delegação: 287)
Média de idade dos atletas paraolímpicos brasileiros: 31 anos
Média de idade dos atletas olímpicos brasileiros: 28 anos
*Incluem ocorrências em casa, no trabalho ou em atividades de lazer
**No relatório de 3% dos atletas, a origem da deficiência não foi apresentada. No caso de 2%, são outras causas além das citadas acima.


   De acordo com o último relatório global da OMS (Organização Mundial de Saúde), com dados processados até 2013, o Brasil foi o quarto país das Américas com mais mortes em acidentes automobilísticos a cada 100 mil habitantes (23,4). Só fica atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela.
O time paraolímpico brasileiro reflete assim a intensidade desses traumas no país.
A avaliação dos dados também evidencia problemas de outras tipos. Considerando os acidentes em geral, o percentual sobe para 35%.
Em pelo menos 12 casos, o equivalente a 4%, a razão da deficiência foi um acidente com arma de fogo.
Outros 37 (13%) se feriram em episódios que incluem ocorrências no trabalho, em casa ou em alguma atividade de lazer.
Do total de atletas da delegação brasileira na Paraolimpíada, 38% têm deficiência congênita ou a adquiriram após complicações no parto.

REABILITAÇÃO
A quantidade expressiva de atletas com deficiência no grupo por consequência de acidentes automobilísticos se explica muito por conta da frequência com que a prática esportiva integra a reabilitação das vítimas.
Os centros de recuperação no país costumam incluir o esporte em seus programas.
"Quem adquiriu a deficiência depois precisa se readaptar e redescobrir o corpo novo que tem", diz Elisabeth de Mattos, professora da Escola de Educação Física da USP.
De acordo com Paulo Guimarães, engenheiro e diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária, ainda não há, porém, um sistema padronizado de recuperação de acidentados no SUS.
Na saúde pública, segundo ele, o tratamento para as vítimas ainda costuma esbarrar na insuficiência de leitos hospitalares para emergência e de profissionais.
Outra dificuldade é a reinserção social das pessoas com deficiência. Para Guimarães, o esporte pode "trazer acolhimento social e integrar a pessoa a outros grupos. Apesar de termos problemas, é algo que deve ser buscado".
"A prática esportiva ajuda a autoestima e permite que a pessoa se torne produtiva e descubra novas potencialidades", afirma a professora.

TOP 5
Independentemente da origem da deficiência, os brasileiros buscam feito histórico nos Jogos Paraolímpicos, que começam na quarta (7).
A meta traçada pelo CPB é que a delegação termine a Paraolimpíada entre as cinco melhores da classificação geral, utilizando como critério o total de medalhas de ouro.
Em Londres-2012, os brasileiros ficaram em sétimo, com 43 medalhas (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes).
Diferentemente do que acontece no universo olímpico, o país já é considerado uma potência paraolímpica.Com 287 para-atletas, o contingente nacional que competirá no Rio constitui recorde –em Londres, por exemplo, foram 189 atletas.