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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Educação para o trânsito começa na porta das escolas



RESPEITO À FAIXA
Educação para o trânsito começa na porta das escolas
ZH acompanhou a rotina em quatro escolas para ver o comportamento de pais ao deixar seus filhosAo avistar a filha em frente à escola, às 12h10min de ontem, uma mãe estaciona o carro sobre a faixa de segurança e grita pelo vidro entreaberto:– Apura!Com cadernos e livros nos braços, a garota então parte da calçada em direção à porta traseira do veículo e embarca.
A partir do mau exemplo, o trânsito para atrás do carro.A cena observada por Zero Hora em frente ao Colégio Marista Rosário, na esquina da Avenida Independência com a Praça Dom Sebastião, na Capital, é rotineira.
E não apenas ali: nos horários de embarque e desembarque de alunos, a reportagem flagrou o mesmo tipo de infrações em outros três colégios, o que comprova uma prática disseminada na cidade.– É assim todo dia, os pais têm pressa.
Na falta de lugar, param onde não pode – afirma Rosa Maria Martinez Bueno, 15 anos, do 2° ano do Ensino Médio do Rosário.A falta de espaço para embarque e desembarque gera, ainda, outras infrações.
Pais chegam a formar fila tripla na Avenida Independência para pegar os filhos de carro. Junto ao colégio, ontem, uma moto e um micro-ônibus escolar sobre a faixa eram mais dois obstáculos aos pedestres.Mas a culpa não é exclusiva da falta de lugar para parar.
Em frente ao Colégio Anchieta, na Avenida Nilo Peçanha, por exemplo, mesmo com alternativas de estacionar o carro antes ou depois da faixa e em um estacionamento interno, a área de travessia é a preferida.No mesmo local, além de veículos obstruindo a faixa destinada aos pedestres, alguns motoristas não dão preferência a quem está esperando para cruzar a via.
Para um grupo de estudantes, nem a mão estendida para os carros facilitou na hora de cruzar a avenida. O sinal, que está no centro da campanha de trânsito lançada na semana passada pela prefeitura, foi ignorado pelos motoristas.Os alunos só conseguiram cruzar a via quando os carros pararam devido ao congestionamento.
Ainda assim, tiveram de seguir em zigue-zague em meio a carros até outro ponto da Nilo.
– O problema é a falta de educação mesmo. É como se não existisse a faixa. Na sinaleira, eu só cruzo quando o sinal está no vermelho e depois de todos os carros pararem – conta a empresária Maria Inês Peña, 41 anos, que leva diariamente os três filhos ao Anchieta.A série de infrações dos pais se repetiu em frente ao Colégio Santa Marta, na Rua Marcílio Dias, bairro Azenha.
Sem espaço para estacionar, alguns pais não hesitaram em parar sobre a faixa para que os filhos embarcassem ao fim do turno da manhã.Em frente à Escola Estadual Presidente Roosevelt, no bairro Menino Deus, para não fugir à regra, alguns pais recorreram ao espaço destinado à travessia para parar o carro.
– Alguns pais pensam que isso não causa problema, que são só cinco segundos parado, mas imagine 500 pais fazendo o mesmo na porta do mesmo colégio. Isso se torna péssimo para o coletivo – avalia a engenheira civil Christine Nodari, especialista em segurança viária e professora e pesquisadora do Laboratório de Sistemas de Transporte da UFRGS.

3 comentários:

ONG ALERTA disse...

Educação para o trânsito começa em casa com bom exemplo de quuem dirige pois a criança observa tudo.

Mariana disse...

Realmente educação para o trânsito DEVE começar em Casa.
Acho q os filhos devem aprender "fora" e ensinar os seus pais.

Ricardo Conceição disse...

Pena os pais deveriam dar exemplo...fazer certo.