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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Acidentes de trânsito: maior causa de morte entre adolescentes

Todo ano cerca de 1,2 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito. Um terço dessas vítimas são jovens, com menos de 25 anos. Por que os jovens são tão vulneráveis e o que se pode fazer para poupar suas vidas?
Prasad Ganesh estava a caminho da sua casa quando foi atirado longe da sua bicicleta por um caminhão em excesso de velocidade numa rua movimentada de Hyderabad, na Índia. O jovem estudante não teve a menor chance.
A família enlutada de Prasad – cuja história consta em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulado “Rostos por trás dos números: o que dizem as vítimas das colisões de trânsito e suas famílias” – não está sozinha. A cada hora, quarenta pessoas com menos de 25 anos morrem em acidentes de trânsito em todo o mundo. Segundo a OMS, essa é a segunda principal causa da morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos de idade.
O Banco de Dados de Mortalidade da OMS afirma que mais de 90% de todos os acidentes de trânsito fatais ocorrem em países com renda baixa ou média, onde o planejamento viário muitas vezes não leva em conta pedestres e ciclistas, que são obrigados a compartilhar o espaço nas vias públicas com carros, caminhões e ônibus, o que aumenta a possibilidade de se envolverem em uma colisão.
Quando ocorre um acidente, o usuário não motorizado sempre sai perdendo. A maioria dos jovens que morrem em acidentes de trânsito fazem parte da lista dos usuários mais vulneráveis das vias públicas: pedestres, ciclistas e motociclistas.

Pequenos demais para verem e serem vistos
As crianças, em especial, não possuem as habilidades ou o conhecimento para lidar com o caos das ruas. O fato de não serem tão atentas quanto os adultos – ao contrário, são cheias de energia e impulsivas – pode fazer com que elas saiam correndo de repente para a rua atrás de uma bola, por exemplo.
Outro fator que também desempenha um papel vital é que as crianças não são altas o suficiente para ter uma visão abrangente do tráfego à sua volta, e os demais usuários da via pública podem não vê-las pelo mesmo motivo.
No caso de adolescentes e jovens adultos ao volante, outros fatores bem diferentes contribuem para aumentar o risco de se envolverem em um acidente. Além do comportamento mais arriscado, a inexperiência, a falta de uso do cinto de segurança ou capacete, dirigir alcoolizado e com excesso de velocidade aumentam as probabilidades de colisão entre motoristas jovens.

Segurança no trânsito: acidente zero
Melhorar a segurança no trânsito para as crianças exige uma combinação de diferentes medidas e ações. Como o comportamento das crianças é moldado desde cedo, surte efeito incluir a educação de trânsito no currículo escolar, dando aos professores, por exemplo, recursos para ensinar as crianças no curso primário sobre os perigos do trânsito.
Para produzir os melhores resultados em termos de segurança no trânsito, a ONG GRSP (Global Road Safety Partnership) aconselha uma combinação de diversas abordagens, como treinar motoristas e fornecer um ambiente e uma infraestrutura viária seguros.
Providenciar faixas de cruzamento seguras, ciclovias e vias para pedestres, além de usar recursos que diminuam a intensidade do tráfego, como lombadas e rotatórias, estão entre as muitas possibilidades. Medidas adicionais incluem uma estrita fiscalização das normas de segurança viária e o apoio ao comportamento seguro dos motoristas. Se todos usassem cintos de segurança, por exemplo, a redução dos acidentes fatais seria de 50%.

Use a cabeça, use capacete
A forma mais eficaz, considerada isoladamente, para evitar ferimentos na cabeça e mortes por colisão de bicicleta ou motocicleta é o capacete. Segundo a agência norte-americana de segurança viária NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), os capacetes reduzem em 30% o risco de morte em uma colisão de motocicleta e em 40% o risco de ferimentos fatais na cabeça.
Na Índia, país com o maior número de acidentes fatais, os veículos de duas rodas são um meio de transporte essencial. Todo ano milhares de jovens morrem ou sofrem ferimentos em colisões de trânsito que poderiam ser evitados com o uso do capacete.
Em função disso, diversas organizações lançaram campanhas para promover o uso do capacete na Índia e incentivar sua obrigatoriedade em todos os estados do país, uma medida que normalmente eleva o uso do capacete para 90% ou 100%.
Nem essa iniciativa nem qualquer outra medida de segurança viária poderão devolver a vida do jovem Prasad ou a de outras crianças mortas em acidente de trânsito. E, a não ser que se tomem medidas drásticas para conter essa tendência em ascensão, o número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito continuará a crescer nos próximos anos.

Quatro em cada dez crianças e jovens que morrem por ferimentos são vítimas de acidentes com carros ou outros veículos.

Por Miki Yokoyama

Fonte:-- http://sustentabilidade.allianz.com.br/

terça-feira, 28 de junho de 2011

"A morte de um filho é uma gravidez às avessas"

Vocalista do Biquíni Cavadão canta e recita poesia para o filho em missa

O vocalista da banda Biquíni Cavadão, Bruno Gouveia, homenageou o filho Gabriel, de dois anos, cantando a música "Vento Ventania" durante missa de sétimo dia do menino, que foi uma das sete vítimas do acidente com um helicóptero, ocorrido no último dia 17, em Porto Seguro (BA).

Realizada na noite desta sexta-feira (24) na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na zona sul, a cerimônia prestou homenagens também a outras três pessoas que morreram no acidente: a jornalista Jordana Kfuri Cavendish, o seu filho Luca Kfuri de Magalhães Lins e a irmã Fernanda Kfuri.

Ele afirmou ter composto o poema durante a semana "em meio a uma tarde triste" por não poder levar o filho à creche.

A participação de Bruno foi o momento de maior emoção na missa, que reuniu cerca de 500 pessoas. O músico contou que, há duas semanas, esteve na mesma igreja com o filho e lhe apresentou a casa do "papai do céu".

Leia abaixo a poesia escrita por Bruno em homenagem a Gabriel:

"A morte de um filho
é uma gravidez às avessas
volta pra dentro da gente
para uma gestação eterna

aninha-se aos poucos
buscando um espaço
por isso dói o corpo
por isso, o cansaço

E como numa gestação ao contrário
a dor do parto é a da partida
de volta ao corpo pra acolhida
reviravolta na sua vida

E já começa te chutando, tirando o sono
mexendo os órgãos, lembrando o dono
que está presente, te bagunçando o pensamento
te vazando de lágrimas e disparando o coração,

A morte de um filho é essa gravidez ao contrário
mas com o tempo, vai desinchando
até se transformar numa semente de amor
e que nunca mais sairá de dentro de ti."

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/vocalista+do+biquini+cavadao+canta+e+recita+poesia+para+o+filho+em+missa/n1597045832387.html

sábado, 25 de junho de 2011

PELO FIM DA IMPUNIDADE NO TRÂNSITO

Os acidentes de trânsito nas cidades brasileiras vem sendo responsável pela morte de, aproximadamente, 35 mil pessoas, anualmente, ou seja, são mortas, em média, 96 pessoas a cada dia. Isso corresponde à queda de um Boeing 737, a cada dois dias. O Ministério da Saúde estima que pelo menos metade desses acidentes sejam causados pelo uso abusivo de álcool por parte dos motoristas.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, 500 mil pessoas ficam feridas em acidentes de trânsito, sendo que 100 mil pessoas ficam com lesões permanentes. Esses acidentes custam para o Sistema Único de Saúde (SUS) o montante de R$ 5 bilhões, anualmente, mas o custo social desses acidentes pode onerar os cofres públicos em R$ 25 bilhões, segundo algumas entidades não oficiais.

Os principais fatores que favorecem essa tragédia urbana são a imprudência, a irresponsabilidade, a incompetência dos motoristas, a falta de educação e de fiscalização, a corrupção policial, a precariedade das sinalizações e das vias urbanas e a impunidade.Não consigo entender por que existem tantas dificuldades para a aprovação de leis rigorosas para punir os motoristas comprovadamente responsáveis por acidentes com vítimas fatais.

A quem poderia interessar essa impunidade? Parece que isso poderá mudar rapidamente, pois a Comissão de Constituição e Justiça do Senado está prestes a votar o Projeto de Lei 613/07, do senador Cristovam Buarque, que estabelece penas de até 12 anos de prisão para quem provocar a morte de outra pessoa por dirigir embriagado, sem habilitação, ou participar de rachas.Penso que não bastará aumentar a pena e modificar a lei existentes, se a falta de fiscalização e a punição continuarem nas cidades brasileiras.
Na verdade, precisamos da efetiva aplicação das leis existentes ou novas, senão o quadro atual jamais será modificado e a impunidade continuará a reinar absoluta no país.

Fonte: http://www.jblog.com.br

sábado, 18 de junho de 2011

Prefeitura terá de indenizar pedestre

  • CALÇADAS (TECLA! TECLA!)

    Dona Maria, vamos chamá-la assim, está prestes a receber R$ 32,5 mil. Não se trata de prêmio, mas de justiça pelo que enfrentou ao tropeçar numa calçada em ruínas e ferir o rosto. O acidente aconteceu em 2000, Dona Maria tinha 66 anos. O processo terminou recentemente, alcançou Dona Maria aos 77 anos. A indenização que a prefeitura foi condenada a pagar está assim dividida: R$ 12,5 mil por danos materiais e R$ 20 mil por danos morais.
    Dona Maria tropeçou numa pedra deslocada por uma raiz na Rua Do Guia Lopes. O tombo feriu seriamente a boca de Dona Maria. Para custear o tratamento dentário, ela vendeu uma vaga de garagem que mantinha em São Pelegrino. Demorou 11 anos para ela ser indenizada, mas fez a lei valer.
    Por que a prefeitura (na verdade o município, que somos eu, você, nós) foi condenada a indenizar a Dona Maria e não o proprietário da calçada em que a idosa tropeçou? Porque a prefeitura (o município, eu, você, nós) descumprimos a lei. E o que a lei determina? A lei determina que a prefeitura (o município, nós) fiscalize as calçadas e notifique o proprietário que mantém calçada em ruínas. A construção e a manutenção da calçada é responsabilidade do proprietário, mas a fiscalização cabe às prefeituras. Está na Constituição (artigo 37, parágrafo 6º).
    A prefeitura (o município, nós...) é alvo de outras três ações indenizatórias por danos materiais e morais de cidadãos que tropeçaram em calçadas. Ainda não houve julgamento desses três casos, portanto ainda não se sabe quanto a prefeitura (o município, nós) terá de desembolsar em caso de derrota. Um só advogado de Caxias, Adir Ubaldo Rech, trabalha em sete ou oito ações semelhantes.
    Dona Maria fez o que todo cidadão que se machuca em calçadas em ruínas deveria fazer: buscou seus direitos e processou o município.E o que o município (eu, você, nós) pode fazer para evitar que mais pessoas se machuquem e sejam indenizadas com dinheiro público? Exigir fiscalização. Como? Denunciando calçadas em ruínas ao Alô, Caxias: 3218.6001. Importante: ao telefonar, anote o número do protocolo e cobre providências da denúncia.
    Outra dica, essa para as vítimas das calçadas em ruínas: procurem seus direitos. Talvez o dinheiro público pago em indenizações comece a faltar na saúde, na educação, em infraestrutura. Daí, talvez, nós comecemos a cobrar com mais vigor o direito de andar em calçadas decentes. Na carona, talvez adquiramos o hábito de cobrar outras demandas e a ajudar a consertar outras “calçadas” que atravancam nosso cotidiano.

  • Fonte:
  • Jornal Pioneiro (Caxias do Sul) 15//06/11, GILBERTO BLUME


  • terça-feira, 14 de junho de 2011

    PROGRAMA TRAVESSIA DE PEDESTRES

    Onde não houver semáforo, pratique esta lição

    Recomendações para o pedestre

    1. Procure a faixa para atravessar a rua
    2. Coloque-se em lugar visível ao condutor
    3. Aguarde na calçada o momento certo para atravessar
    4. Acene com a mão pedindo passagem
    5. Aguarde a parada dos veículos
    6. ATRAVESSE SOBRE A FAIXA COM PASSOS FIRMES
    7. Agradeça ao motorista

    Recomendações para o condutor

    1. Reduza a velocidade ao aproximar-se da faixa
    2. Observe se há pedestre na faixa ou próximo dela
    3. PARE ANTES DA LINHA DE RETENÇÃO
    4. Só dê partida quando o pedestre concluir a travessia
    5. A vida agradece
    6. Fonte : http://www.joaopessoa.pb.gov.br/secretarias/sttrans/campanhaseducativas/faixadepedestre/

    sábado, 11 de junho de 2011

    Contra atropelamentos, SP vai ganhar 11 zonas de proteção para pedestres

    Plano da Prefeitura é reduzir pela metade número de mortos entre o centro e a Paulista, com uso de placas, orientadores e marronzinhos
    29 de abril de 2011
    Renato Machado - O Estado de S.Paulo
    A cada quatro mortos no trânsito paulistano, dois são pessoas que se aventuram entre motos e automóveis para atravessar uma via. A aposta para reverter esse problema na cidade de maior frota do País (7 milhões de veículos) é criar 11 zonas de proteção ao pedestre, que servirão de modelo para o resto da capital.

    Robson Fernandjes/AE
    Paulista. Via tem conflito entre pedestres e veículos
    O programa vai ser anunciado no dia 11 pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD). Os locais de segurança serão chamados de Zona Máxima de Proteção ao Pedestre (ZMPP) e terão, além de sinalização específica, reforço de agentes de trânsito para garantir que motos e carros não invadam as faixas de pedestre durante a travessia das pessoas. Orientadores de tráfego também vão usar bandeiras para sinalizar que os veículos devem parar.
    "Não queremos que seja uma campanha que parta unicamente da Prefeitura. É preciso que seja algo com a participação do poder público, mas que envolva toda a população para ajudar a conscientizar sobre a importância de respeitar o pedestre", diz o secretário municipal dos Transportes, Marcelo Cardinale Branco. A meta da Prefeitura é reduzir pela metade os atropelamentos - a média de redução anual, por enquanto, é de menos de 10%.
    As 11 primeiras ZMPPs estarão em um perímetro que vai do centro da capital até a região da Avenida Paulista. Esses locais foram palco de 11% das mortes de pedestres no ano passado, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A lista final com os pontos está em fase de conclusão pelos técnicos do Município.
    Quatro locais, no entanto, já foram definidos como futuras ZMPPs. São os cruzamentos das Avenidas Ipiranga e São Luís, do Viaduto Jacareí com a Rua Santo Antônio, da Avenida Paulista com a Rua Augusta e o formado pelas Ruas da Consolação, Martins Fontes, São Luís e Xavier de Toledo.
    Nas apresentações do programa, o cruzamento da Paulista com a Augusta é usado como exemplo de "ponto de conflito grave" entre pedestres e motoristas. Isso porque os motoristas que saem da Paulista para entrar à direita na Augusta precisam dividir espaço com as pessoas que atravessam no semáforo vermelho para pedestres - o verde dura apenas 12 segundos.
    "É muito rápido e não dá tempo para as pessoas atravessarem. Todos ficam impacientes e depois se arriscam, mesmo tendo pouca visão dos carros que entram na Augusta", explica Élton Luís Apollo, de 48 anos, que caminha com ajuda de muletas e sempre tem de passar pelo local.

    Velocidade. Especialistas em segurança de pedestres avaliam que as campanhas de conscientização são importantes, mas o principal é fiscalizar os limites de velocidade e as condições dos motoristas. "É preciso fiscalizar bem a lei seca, porque sabemos que os motoristas bêbados são os principais responsáveis pelas mortes", diz o presidente da Associação Brasileira de Pedestres (Abraspe), Eduardo José Daros. "Outra medida que a Prefeitura não pode abandonar e precisa fiscalizar é a redução do limite de velocidade."
    Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110429/not_imp712286,0.php

    quinta-feira, 9 de junho de 2011

    Mortes envolvendo motociclistas crescem 754% no País

    Instituto Sangari diz que número indica necessidade urgente de treinar motoqueiros e reforçar fiscalização

    O número de mortes causadas por acidentes envolvendo motocicletas aumentou 754% entre 1998 e 2008, conforme o Caderno Complementar Mapa da Violência, feito pelo Instituto Sangari. O trabalho, divulgado ontem, mostra que a explosão nas estatísticas está relacionada não apenas com o aumento expressivo da frota, mas com o maior risco no uso do veículo. Em 2008, foram registradas 87,6 mortes para cada 100 mil motos no País. Uma proporção 170% maior do que a taxa da frota de automóveis: 32,5 mortes a cada 100 mil veículos. Em 1998, a taxa de mortes por motos era de 67,8 a cada 100 mil - uma proporção 75% maior do que a taxa da frota de carros.
    "Os números são assustadores. A direção de moto tornou-se aparentemente mais arriscada", afirma o autor do trabalho, o pesquisador Júlio Jacobo Waiselfiz. Em sete Estados e no Distrito Federal, as mortes provocadas por esse tipo de acidente já podem ser consideradas uma epidemia. Em Rondônia, Roraima, Tocantins, Paraíba, Piauí, Santa Catarina, Brasília e Mato Grosso do Sul, a taxa ultrapassa 10 mortes por 100 mil habitantes.
    As maiores vítimas dos acidentes são jovens. O trabalho mostra que é na faixa entre 15 e 24 anos que o número de mortes é expressivamente maior do que nas demais idades. "Em nenhuma outra categoria de veículo constatamos tal fenômeno", completa o pesquisador. Entre 2004 e 2008, os óbitos juvenis aumentaram 15 vezes mais que no restante da população.
    Para o pesquisador, os números evidenciam a necessidade de se adotar rapidamente medidas para formação e treinamento de motociclistas, além de um reforço em todo o sistema de fiscalização. "Caso nada seja feito, a tendência é de que as estatísticas de trânsito piorem ainda mais."
    No período analisado pela pesquisa Mapa da Violência foram registradas 38.273 mortes nos diversos tipos de acidente de trânsito. "Guerras como a das Malvinas tiveram número de vítimas menor", lembra Waiselfiz.
    Código. O trabalho identificou uma redução de mortes depois do novo Código de Trânsito Brasileiro, de 1997. Mas os reflexos não se mantiveram por mais de três anos. Em 2000, a curva de acidentes fatais voltou a subir. A exceção fica por conta de acidentes envolvendo pedestres, que caíram de forma significativa ao longo do período.
    O número de acidentes fatais entre ocupantes de automóveis duplicou. Entre os de caminhão, triplicou. E entre os ciclistas, quadruplicou. "Ao fazer uma análise do avanço da frota, no entanto, percebemos uma tendência de queda nos acidentes fatais. Mas algo que foi totalmente neutralizado pela explosão de mortes entre motociclistas."

    terça-feira, 7 de junho de 2011

    Especialistas sugerem integração do sistema de transporte público com forte investimento em metrôs e trens

    Especialistas ouvidos pela Agência Brasil afirmam que a única solução possível para diminuir o congestionamento em São Paulo é investir na integração do sistema de transporte público, além de ampliar a rede de metrôs e trens.
    Eles ressaltam, no entanto, que o metrô requer altos investimentos, além de ser um projeto de tempo de execução longo. Segundo os especialistas, na capital paulista, no curto prazo, poderia ser ampliado e modernizado o transporte por meio de ônibus. Eles recomendam também a criação de corredores exclusivos para os ônibus.
    “Os automóveis ocupam de 80% a 90% do espaço viário para transportar metade da demanda de clientes [pessoas]. Os ônibus ocupam, no máximo, 10% ou 20% do espaço para levar a outra metade”, disse Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transportes. Nessa comparação, Figueira destaca que não está considerando o transporte feito por trilhos.
    São Paulo tem uma população de 11 milhões de habitantes. Segundo a SPTrans, empresa responsável pelo transporte de ônibus na capital, somando a população da região metropolitana, são 17 milhões de pessoas.
    Cerca de 55% das viagens na região metropolitana, de acordo com a empresa, são feitas em transporte coletivo, num total de 6 milhões de passageiros transportados por dia. Para atender a essa demanda, existem 16 consórcios operando na região, com 15 mil veículos, em mais de 1,3 mil linhas. Na capital, existem atualmente dez corredores de ônibus.
    De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte, a média de passageiros transportados por ônibus, em março, chegou a 250,9 milhões, enquanto o metrô transportou 89,8 milhões. Por dia útil, os ônibus transportaram, em março, a média de 9,8 milhões de passageiros. A média diária no metrô foi 3,6 milhões.
    O pouco investimento no sistema de transporte coletivo faz com que se crie, em São Paulo, de acordo com Figueira, uma cultura voltada para o transporte individual, o que amplia os congestionamentos. “Nos anos 60, muita gente andava de ônibus. Ônibus era bom? Não. Os filhos dessas pessoas vieram e é a lei do mercado: a pessoa estudou, fez faculdade, evoluiu e a primeira coisa que ela quer fazer é sair do ônibus porque o serviço é ruim. É um processo autofágico. Está se plantando um não usuário a partir daí”, lamentou.
    Para Figueira, o ideal é destinar duas faixas por sentido nas principais avenidas da capital para o deslocamento de ônibus. A sugestão dele é que a faixa da esquerda seja exclusiva para ônibus urbano e a do meio, para ultrapassagem de ônibus em horário de pico, ônibus fretado, táxi com passageiro e automóveis com duas ou mais pessoas. As outras faixas seriam destinadas para os demais veículos.
    “Numa faixa de ônibus, se consegue levar, de 10 a 15 mil passageiros por hora/sentido. Na faixa de automóveis, não se leva mais do que mil ou 1,5 mil pessoas por hora/sentido, uma relação de dez para um”, exemplificou o consultor.
    Segundo Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis, implantar corredores de ônibus e planejar as linhas dos coletivos não têm custo muito elevado. “Pode-se começar a fazer os investimentos em transporte público agora, com essas medidas de menor custo”, afirmou. E a vantagem desse tipo de transporte, de acordo com ele, é que os ônibus alcançam praticamente todos os bairros da cidade.
    Mas, para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, investir somente em ônibus não resolverá o problema. Ele acredita que a melhor solução para a questão da mobilidade é o metrô.
    “Os corredores de ônibus, sozinhos, não têm capacidade para atender à demanda na cidade de São Paulo. O corredor de ônibus tem um limite físico operacional que se dá, teoricamente, em cerca de 46 mil passageiros por hora/sentido. Já o metrô chega a 96 mil passageiros hora/sentido, podendo até ultrapassar isso com medidas de redução de intervalo entre as composições”, observou. Ejzenberg enfatizou ainda que os corredores de ônibus têm uma limitação pelo fato de que nem toda avenida os comporta. Já no caso do metrô, faz-se uma rede pelo subsolo.

    Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-01/especialistas-sugerem-integracao-do-sistema-de-transporte-publico-com-forte-investimento-em-metros-e-

    sábado, 4 de junho de 2011

    Após colisão, motociclista para em cima de carro no litoral

    Acidente ocorreu em rua de São Vicente, na Baixada Santista.

    Motociclista sofreu ferimentos leves e já foi liberada por hospital.

    Acidente ocorreu em rua de São Vicente, na Baixada Santista.

    Após colisão, motociclista foi arremessada e parou no teto do carro; ela teve ferimentos leves (Foto: TVTribuna.com/G1)
    Após colisão, motociclista foi arremessada e parou no teto do carro; ela teve ferimentos leves (Foto: TVTribuna.com/G1)

    Um acidente assustou os pedestres que passavam pela Rua 11 de Junho, em São Vicente, na Baixada Santista, volta das 12h deste sábado (4). Uma motociclista se chocou contra um carro no cruzamento entre a Rua 11 de Junho com a Pero Correia, no bairro Boa Vista. Com o choque, a mulher que estava na moto foi arremessada e acabou indo parar no teto do veículo.
    As pessoas que passavam pelo local acionaram a emergência, que prestou os primeiros atendimentos no local e encaminhou a vítima para o CREI de São Vicente. Ela teve ferimentos leves, foi medicada e já foi liberada pelos médicos.

    Motociclista morre ao cair de ponte no interior de Mato Grosso

    A passageira está internada em estado grave no Pronto Socorro de Cuiabá.

    Eles caíram de uma ponte na região de Acorizal, a 59 km da capital.

    Acidente com moto deixa uma pessoa morta e outra gravemente ferida (Foto: Thony - Site Acorimais)
    Acidente com moto deixa uma pessoa morta e outra
    gravemente ferida (Foto: Thony - Site Acorimais)

    Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida em um acidente envolvendo uma moto no município de Acorizal, a 59 quilômetros de Cuiabá.
    As duas pessoas que estavam na moto seguiam pela chamada "Estrada Velha". Eles passavam sobre uma ponte quando houve o acidente e o casal acabou caindo de cima do local.
    O condutor da moto, Édino Paula de Seni, de 22, não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. A passageira Alessandra Machado foi socorrida e encaminhada para o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). De acordo com as informações repassadas pela assessoria do PSMC, Alessandra está internada em estado grave e deve ser encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva do hospital.
    Segundo os moradores da região, a ponte onde aconteceu o acidente está danificada e sem proteção em uma das laterais.
    Fonte: g1, 04/06/2011 17h10 - Atualizado em 04/06/2011 17h10

    quinta-feira, 2 de junho de 2011

    Equipe de reportagem do JH acompanhou a saída de alguns motoristas para o feriado prolongado e não encontrou bons exemplos de segurança no trânsito.

    Feriado. Sol. Muita festa no caminho da praia. Será que é por isso que tanta gente se "esquece" da lei e da segurança?

    JH: só tem quatro pessoas aí atrás
    Motorista: mas são três cintos só
    JH: como fica?
    Motorista: vai ter que ir assim mesmo

    Rodovia dos Imigrantes, ligação de São Paulo com a Baixada Santista. Todo mundo quer chegar logo, mas tem aqueles motoristas que se acham no direito de cortar a fila - pelo acostamento.

    Pra aproveitar o feriado, a família viaja unida demais. Vão quatro no banco de trás. “Ta todo mundo sem cinto. Estamos totalmente erradas”, fala a aposentada, Neide Nadeu.

    De acordo com a Associação Brasileira De medicina de Tráfego, o cinto de três pontas reduz em até 45% o risco de morte em caso de acidente. Mas quanta gente acha normal viajar sem ele, né?

    JH: não tem cinto pra todo mundo aí atrás
    Motorista: não tem nada
    JH: tá viajando irregular. Não tem medo?
    Motorista: não

    No meio dessa multidão viajando, irregularidades são cometidas, até, por quem deveria, por dever de ofício, estar acostumado a cumprir as regras.

    JH: você está de cinto. Não tá?
    Motorista: não
    JH: a senhora ta de cinto?
    JH: o senhor sabe que como motorista é responsável
    Motorista: é verdade mesmo
    JH: tem cinto pra eles?
    Motorista: tem
    JH: eles estão sem por quê?
    Motorista: muito folgado

    Colo de mãe é sagrado, mas, transportar a criança no colo é infração de trânsito.

    JH: e a cadeirinha para menina?
    Motorista: ta aqui
    Mãe: ela ta chorando, acabei de tirar ela
    JH: é perigoso
    Motorista: vou colocar de novo
    JH: coloca aí de novo e boa viagem

    Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cadeirinha diminui em até 70% o risco de morte da criança. Na estrada, o colo não é lugar nem pros filhos, nem pros brinquedos deles.

    JH: não acha perigoso levar esses brinquedos ai na frente?
    Motorista: é perigoso, eu concordo

    Chegar pode ser demorado, mas não precisa ser perigoso.

    Fonte G1,21/04/2011 13h28 - Atualizado em