A necessidade da educação no trânsito
Em uma escola, crianças já aprendem as regras de circulação em ruas e avenidas antes mesmo de saber ler e escrever. E conheça os “anjos da nigth”.
O pátio da escola é um local de recreação. Mas também é o lugar faz parte de uma estratégia para tratar de um assunto muito importante: a segurança no trânsito.
Os alunos deixaram a sala para simular no pátio o trânsito de uma cidade e todas as situações que podem acontecer.
No pátio, os alunos são divididos em motoristas, pedestres, guardas de trânsito.
“Nós trabalhamos de forma lúdica uma coisa extremamente importante, que é a segurança no trânsito.
Nós incentivamos as crianças a, desde cedo, respeitar as regras e leis de trânsito”, ressalta a professora Marilene da Silva.
Na minicidade montada no pátio do colégio, quase todos os quarteirões têm sinais que organizam o tráfego. Placas alertam os pequenos motoristas e pedestres.
“Temos a placa de ‘pare’, ‘vá em frente’, ‘não ultrapasse a velocidade de 80 quilômetros por hora’ e ‘é proibido virar à direita’”, enumera o pequeno Luca Silveira Santos, de apenas 6 anos. Quem comete infração é punido com multa.
Exatamente como no trânsito de uma cidade de verdade. Os alunos têm entre 5 e 6 anos de idade.
Com os exercícios aprenderam as regras da boa convivência no trânsito, o que muitos adultos, já experientes, muitas vezes parecem ter esquecido. O esforço destes pequenos cidadãos é para mudar uma estatística que assusta muito.
O trânsito no Brasil mata mais do que muitas guerras. Só no estado do Rio de Janeiro, segundo o Detran-RJ, morrem, por dia, sete pessoas. Em 2007, mais de 37 mil motoristas, passageiros e pedestres foram vítimas de acidentes.
Muitos deles são jovens. Pelos números do Detran-RJ, em 2006, duas pessoas em média com idade entre 20 e 24 anos morreram em acidentes a cada dia. Outras 24, na mesma faixa etária, ficaram feridas. As estatísticas motivaram a escolha do tema da campanha da Semana Nacional de Trânsito de 2007, que pede aos jovens paz e amor no trânsito.
“O jovem tem uma certa característica de querer impressionar, seja uma garota ou os amigos, e acaba cometendo o excesso de velocidade. O jovem tem uma sensação de poder sobre a máquina, e acaba abusando.
Além disso, ainda tem o problema do uso de drogas e bebidas alcoólicas”, explica Alda Araújo, diretora do Detran-RJ.
O perigo no trânsito sempre foi tema constante nas conversas entre Sérgio e André, muito antes de o filho ter idade para dirigir.
“Eu sempre falo com meu filho sobre o aspecto da cidadania no trânsito.
É extremamente importante dirigir preocupado em não atrapalhar, em não atropelar”, ressalta o administrador Sérgio Bispo.
O assunto, agora, é ainda mais freqüente. Há dois meses, o estudante André Bispo tirou a primeira carteira de habilitação. Ele ganhou um carro, assumiu mais responsabilidades, mas continua com o acompanhamento do pai.
“Ele vai me dando as dicas, vai passando as coisas e eu vou executando”, conta André. “Uma preocupação muito grande é em relação a álcool e direção.
A gente cansa de ver acidentes por causa dessa combinação perigosa”, alerta Sérgio. Além da preocupação com a bebida, a velocidade também faz parte da discussão em família. Sérgio escolheu um carro menos potente para presentear o filho.
“Não é necessário ter mais do que um carro 1.0 para andar na cidade, ou até para viajar. Se você considerar os limites de velocidade praticados no país, o carro 1.0 cumpre isso perfeitamente”, observa Sérgio.
Anjos da Night: conscientizando que bebida e direção é uma mistura perigosa O início da noite é o horário que este grupo de jovens começa a se preparar para entrar em ação. O figurino é sugestivo: eles se transformam em anjos da noite, no projeto Anjos da Night.
A missão: percorrer bares e boates do Rio para conversar com os freqüentadores, todos na mesma faixa etária deles.
E convencer que a mistura bebida e direção pode ser muito perigosa. A tarefa nem sempre é fácil. Eles competem com o barulho das músicas, da conversa alta e a sedução da bebida, que está ao alcance dos olhos e das mãos dos clientes do bar.
“Tem que ter jogo de cintura, até porque, às vezes, a pessoa está em uma conversa particular, ou já está meio calibrada.
Você tem que chegar com calma e saber até que ponto você pode ir e tentar conscientizar a pessoa da melhor forma possível, sem ser chato”, explica Luiz Carlos Figueiredo Júnior, um dos anjos da night. O projeto começou há dois meses.
Nos fim de semana, a equipe, vestida de anjo, circula em vários pontos da cidade do Rio com a mensagem da prevenção.
A iniciativa foi do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Município do Rio do Rio de Janeiro, que percebeu entre os clientes a falta de conscientização.
“Nossa função, assim como a dos órgãos públicos, é chamar a atenção para esse fato. Não se deve exagerar na bebida para pegar o carro depois.
Essa combinação é, realmente, muito perigosa. Se você exagerar no álcool, pegue um táxi ou passe o carro para um amigo.
Além de botar a sua vida em risco, você também pode tirar a vida de outras pessoas”, alerta Leonardo Feijó, diretor do sindicato.
Fonte: G1
4 comentários:
Educar é em casa, mas muitas pessoas não tem esta capacidade colocando a carga nas escolas?
Frnanda Guerra
É sempre a responsabilidade da educação...as pessoas não sabem mais ser educadas.
Educação e atenção são fundamentais no trânsito!
Necessidade de educar pais e filhos...
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