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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O drama de atravessar o Obirici

O drama de atravessar o Obirici
Deficiências no transporte coletivo e engarrafamentos transformam em martírio o retorno de moradores à Zona Norte pelo viaduto
- Texto enviado por Claedi Forner“Todos os dias, próximo às 18h, meus pensamentos já começam a ficar perturbados. Por quê? É final de tarde, e eu, como milhares de outros trabalhadores, vou para casa.
Deveria ser bom, né? Mas moramos na Zona Norte e nosso ônibus passa pelo Viaduto Obirici. Não sabemos a que horas chegaremos em casa, pois, todos os dias, o engarrafamento é enorme.Em dias de calor, o ônibus não anda, não entra um ventinho.
Nos de frio, congelamos. Passada a parada após o viaduto, tudo se transforma.
Depois de uma hora ou mais trancados no engarrafamento, parece que a vida vai voltar ao rumo normal.Este é o final de tarde de todo morador da Zona Norte. Trabalhar o dia inteiro e enfrentar o Viaduto Obirici.
Que sina! Mando e-mail para a prefeitura, e a resposta é: 'Seu e-mail foi encaminhado à EPTC por competência'.
Quando a EPTC responde, diz: 'Sua reclamação não pode ser computada, pois você deveria tê-la enviado através de formulário específico na internet'.Agora, vou me estender mais um pouco. Há novas linhas que saem do terminal da Cairu e seguem pela Sertório.
Mas só há um horário para cada uma: Leopoldina, Parque dos Maias e Agostinho. Elas são muito rápidas, pois não passam pelo viaduto.
Mandei uma sugestão à EPTC, para colocarem pelo menos mais um horário, e a resposta foi: 'Você deve fazer a solicitação através da associação do seu bairro'.”- Enviado por Ana Letícia Donner“Há mais de dois anos, os moradores da zona norte da Capital que utilizam o transporte coletivo vêm enfrentando um problema no retorno do trabalho e da escola: um congestionamento que começa na Estação Obirici, na Assis Brasil, e se prolonga até a nova estação do viaduto da Dom Pedro.
O trajeto pode não ser muito grande, mas o tempo de espera faz com que as viagens, que em horários sem trânsito levam 35 minutos, aumentem em 40 minutos.
Assim, o tormento leva uma hora e 15 minutos.O passageiro espera muito tempo em pé, em uma estação malprojetada, visto que retém a fumaça liberada pelos ônibus e também o som dos motores devido à sua forma circular, sem aberturas.
Ao embarcar no coletivo, com sorte, consegue-se sentar.Os passageiros já puderam perceber que as causas principais dessa espera são o tamanho da estação, que não suporta a quantidade de ônibus nos horários de pico, e o cartão TRI.
Além do sistema de identificação ser lento, o espaço para o embarque de passageiros na parte da frente dos ônibus, antes da máquina de leitura do TRI, é pequeno.
Ou seja, as pessoas se aglomeram enquanto passam pela roleta lentamente.
O ônibus é obrigado a ficar parado, pois o restante dos passageiros aguarda na rua para embarcar.Mas o pior de tudo é que a EPTC recebe nossas reclamações, não resolve e não nos dá previsão, nem satisfação.”- Enviado por Régis Selenti“Todos os dias, de segunda a sexta, a partir das 18h, perde-se dentro de um ônibus mais de 40 minutos, no trecho que vai da parada do Bourbon até a loja Empo, no corredor da Assis Brasil sobre o Viaduto Obirici devido ao megacongestionamento.”
Fonte:Jornal Zero Hora, 23/04/09

2 comentários:

Claudia Fernandes disse...

O drama de respeitar o pedestre poderia ser.

Anônimo disse...

Drama de atrevessar qualquer rua em Porto Alegre, falta é respeito.