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segunda-feira, 20 de abril de 2009

CET e Subprefeituras não se entendem sobre sinalização em vias de SP

Cruzamento da Avenida Vital Brasil com a Rua Pirajussara tem buracos e faixa de pedestre está quase apagada (Foto: Patrícia Araújo/G1)
CET e Subprefeituras não se entendem sobre sinalização em vias de SP
Grandes avenidas da capital paulista estão sem faixas de trânsito. CET e Subprefeituras discordam sobre de quem sai recurso para reformas.
Cruzamento da Avenida Vital Brasil com a Rua Pirajussara tem buracos e faixa de pedestre está quase apagada (Foto: Patrícia Araújo/G1)
A ausência de faixas de trânsito em várias vias de São Paulo está deixando motoristas inseguros. “É preciso criar uma linha imaginária na própria cabeça e não prejudicar o tráfego ou causar um acidente", conta a publicitária Eliane Costa, de 26 anos.
Ela diz que só com essa linha consegue dirigir em trechos das avenidas Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul de São Paulo, e Francisco Morato, na Zona Oeste.
Enquanto motoristas como Eliana ficam inseguros e confusos no trânsito da cidade por causa da ausência de sinalização horizontal, quem deveria resolver o problema não consegue se entender e, com isso, a falta de faixas permanece.
Segundo a Secretaria de Subprefeituras, a competência sobre sinalização nas vias da cidade, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, é do órgão responsável pelo assunto que, no caso de São Paulo, seria a Companhia de Engenharia de Tráfego.
A CET concorda, mas informa que “em algumas vias, depende do repasse de verbas da Secretaria das Subprefeituras para reaplicar a sinalização que foi retirada pelo recapeamento da rua”.
Além das avenidas Jornalista Roberto Marinho e Francisco Morato, a reportagem do G1 encontrou problemas na sinalização de faixas nas avenidas Chucri Zaidan, também na Zona Sul, e Vital Brasil e Eliseu de Almeida, estas duas últimas na Zona Oeste.
Em todas elas, as divisões de faixa ou não existem ou estão quase apagadas. Em algumas, outras sinalizações como faixas de pedestres também desapareceram e desníveis no asfalto e buracos também prejudicam o tráfego.
De acordo com a CET, algumas dessas vias se incluem exatamente no referido caso do recapeamento e, portanto, a companhia estaria no aguardo da liberação dos recursos da Secretaria de Subprefeituras.
“Além da verba das Subprefeituras, a Secretaria Municipal de Transportes solicitou recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) para aplicá-los na recuperação da sinalização horizontal”.
Ainda segundo a empresa, só no segundo semestre de 2008, foram implantados 200 mil m² de sinalização horizontal na cidade, o que equivale à pintura de 12 mil faixas de pedestre.
A Secretaria de Subprefeituras, no entanto, afirma que, como a sinalização das vias na cidade é competência da CET, os recursos para as obras devem vir da própria companhia. A Subprefeitura informa que se responsabiliza apenas pelos serviços de recapeamento e tapa-buracos.
Problemas nas vias
Foram vários os problemas encontrados pelo G1 nas vias informadas à CET e a Secretaria de Subprefeituras. Na Zona Sul, a Avenida Jornalista Roberto Marinho, no sentido Jabaquara, tem quase todo o trecho, que vai duas quadras antes do cruzamento com a Avenida Santo Amaro até o cruzamento com a Rua Zacarias de Góis, sem divisão de faixa. Até a curva feita por baixo do Viaduto Deputado Luiz Eduardo Magalhães, para ter acesso à Avenida Washington Luiz, também não está sinalizada. No sentido oposto, a situação é a mesma, melhorando apenas na área próxima ao cruzamento com a Avenida Santo Amaro, em que é possível ver até uma faixa contínua e uma boa sinalização para pedestres.


Foto: Patrícia Araújo/G1
Pedestres usam a sinalização ruim na Avenida Francisco Morato como desculpa para atravessar fora da faixa de pedestre (Foto: Patrícia Araújo/G1)
Ainda na Zona Sul, parte da Avenida Chucri Zaidan recentemente recapeada também está sem sinalização de faixas. No trecho em frente ao Shopping Morumbi, o motorista visualiza apenas um tapete negro.
“Isso prejudica o motorista porque ele não sabe dividir a pista.
Aí fica todo mundo querendo andar pelo meio e acaba andando em ziguezague da esquerda para a direita. Isso prejudica o trânsito e termina ajudando no congestionamento”, afirma o taxista Marcelo Lima, de 37 anos, que há dez anos dirige na região.
Buracos e infiltrações
Na Zona Oeste da capital paulista, o problema se repete com um agravante na Avenida Vital Brasil. No trecho próximo ao cruzamento com a Rua Pirajussara, o asfalto está completamente desnivelado e o motorista precisa desviar o carro para percorrer a via.
Exatamente no cruzamento, existem vários buracos e a faixa de pedestre praticamente desapareceu. Em outra das vias mais movimentadas da cidade, a Avenida Francisco Morato, na maior parte do percurso só é possível visualizar a faixa contínua exclusiva para ônibus.
O problema chega até a ser usado como desculpa por pedestres para cometer infrações.
A reportagem do G1 flagrou um grupo atravessando fora da faixa de pedestres e andando alguns metros ao lado do acostamento, na área tachada.
Questionada sobre o porquê de ter cometido a infração, uma das pedestres, que não quis se identificar, disse que a sinalização na área é confusa.
“Passa um monte de carro por aqui e ninguém se entende.
Não tem faixa, a de pedestre já está quase apagando. Se os motoristas não respeitam, por que a gente vai respeitar?
” Na Avenida Eliseu de Almeida, uma reforma antiga prejudica o tráfego. Além do asfalto irregular e esburacado, a via, em boa parte de sua extensão no sentido Morumbi, possui apenas uma faixa contínua que já está apagando.
A Secretaria das Subprefeituras informou que o serviço de tapa-buracos nessas áreas deve ser concluído até o final desta semana.
Sobre o caso de vias em obras, como a Eliseu de Almeida, a secretaria afirma que é preciso primeiro que a obra seja concluída para, só em seguida, ser feito o recapeamento.
Fonte: O Portal de Notícias da Globo 20/04/09 - 07h24 - Atualizado em 20/04/09 - 07h24

6 comentários:

Maria Inês Mascarenhas disse...

Alguem liga, só pagando...

Lisette Feijó disse...

E as cidades que não tem CET como Porto Alegre como ficam, quem são os responsáveis??
Um órgão empurra para o outro e nada acontece.

Ricardo Conceição disse...

Problemas só ve quem quer.

Fernanda Guerra disse...

Se sai no Jornal vão correndo e arrumam? Este é nosso país.

Ricardo Conceição disse...

Não entendem é de nada, deveria ter um órgão que responsável atuante!

Paulo Soares disse...

Os órgãos deste pías não entendem de nada pois é só cargo de confiança não pessoal especializado, ao qual a população necessita.