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terça-feira, 5 de maio de 2009

Tem curva perigosa na Ipiranga

Tem curva perigosa na Ipiranga
Trecho entre a Santa Cecília e a Silva Só é armadilha para os motoristas
Moradores e comerciantes da região chamam o “S” da Avenida Ipiranga, entre a Rua Santa Cecília e a Avenida Silva Só, no sentido bairro-Centro, de “curva da morte”.
O desenho sinuoso do trecho e a falta de uma sinalização eficiente favorecem a ocorrência de acidentes envolvendo motoristas que circulam em alta velocidade.
Na madrugada de domingo, Alexandre Corrêa de Barros, 26 anos, perdeu o controle do Corsa Sedan que dirigia e bateu num poste de concreto – a 10 metros de uma parada de ônibus, morrendo no local.
Foi a segunda morte do ano no trecho por onde passam cerca de 4 mil veículos por hora.O relato das colisões impressiona pela violência geralmente seguida de morte, gente ferida e carros, motos e bicicletas retorcidos.
Comerciante há nove anos na esquina da Ipiranga com a Rua João Guimarães, Paula Regina de Oliveira, 41 anos, afirma que já viu muitos acidentes naquele ponto.
– Mas não é só na curva da Ipiranga, os carros também batem na esquina da João Guimarães com a Felipe de Oliveira – acrescenta.Paula acredita que uma sinaleira poderia frear o ímpeto dos apressados e garantir uma travessia segura para o pedestre.
Entre as Ruas João Guimarães e Alcides Cruz até existe uma faixa de segurança, mas ninguém se arrisca a cruzar ali, em meio ao intenso fluxo de veículos.Na manhã de ontem, o vendedor autônomo Ismael Lopes Monllor, 49 anos, esperou mais de dois minutos para atravessar as quatro pistas.– Não quis atravessar correndo, pois a visão do pedestre é prejudicada pelas árvores (nas margens do Arroio Dilúvio).
Preferi esperar a passagem dos carros – admite Ismael.Motoboys e ciclistas também são fechados por carros que passam zunindo naquele trecho.– É um ponto perigoso. Os carros não respeitam ninguém – revela o instalador de som Davi Ribeiro, 32 anos.eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.brEDUARDO RODRIGUES
Contraponto
O que diz diretor de Trânsito e Circulação da EPTC, Sérgio Marinho
Não há necessidade de instalação de uma sinaleira.
Levantamento técnico feito pela empresa aponta que o fluxo de pedestres é pequeno. Para colocar um semáforo próximo à passarela sobre o Arroio Dilúvio seria necessário que cem pessoas por hora cruzassem a via.
Os números da EPTC mostram que o índice de pedestres que atravessa a Ipiranga não chega a 10% desse total.
Marinho afirma que a via está bem sinalizada e foi modificada recentemente para melhorar o fluxo. Mas ele não descarta um novo estudo no local.
O perigo em números
COLISÕES
Acidentes na Ipiranga, entre a Santa Cecília e a Silva Só:
Ano Total
2008 177
2009 39*
FERIDOS
Ano Total
2008 34
2009 11*
VÍTIMAS
2008 nenhuma
2009 1*
*de 1º de janeiro a 30 de abril OBS: a segunda vítima em 2009 morreu no dia 3 de maio Fonte: EPTC
Fonte Jornal zero Hora, 05/05/09

5 comentários:

Ricardo Conceição disse...

Onde estão os engenheiros que projetam, estudam, e pensam em como fazer?

Fernanda Guerra disse...

Precisamos de mais responsáveis no trânsito.

Paulo Soares disse...

Curvas perigosas ou tudo perigoso cade a fiscalização.

Fernanado Rosa disse...

Perguntem para EPTC se existe engenheiro ou se sabem para que serve um?

Vera Tobias disse...

Estão arrumando uma avenida em Porto Alegre passou por algum engenheiro?