Sobrecarregada, Estrada do Conde se deteriora

ASFALTO ESFARELADO
Sobrecarregada, Estrada do Conde se deteriora
A Estrada do Conde, que liga Eldorado do Sul a Guaíba, virou uma colcha de retalhos. Alternativa de desvio ao pedágio na BR-290, a estrada vem se deteriorando devido ao fluxo intenso de carros e ônibus.

Projetada para a passagem de 600 veículos por dia, recebe atualmente 11 mil, além dos caminhões que carregam e descarregam ao longo do trecho de 11 quilômetros.– Já esteve muito pior, mas ainda há buracos na estrada e no acostamento, principalmente perto da ponte – conta o mecânico industrial Jean Pierre Marin, 48 anos, de Eldorado do Sul.O tráfego de veículos pesados, com mais de 7 mil quilos, é proibido, mas a fiscalização, segundo a administração de Eldorado do Sul, é prejudicada pela redução de efetivo.

Utilizando a Estrada do Conde para ir de sua casa, na zona norte da Capital, ao trabalho em Guaíba, o contador Everson Bianki, 38 anos, tem deixado seu veículo na garagem por conta de problemas na suspensão:– Esses dias, tinha três carros parados na estrada por causa de um buraco.

Colocam uma camada muito fina de asfalto, que não dura nada.Para o empresário José Antônio da Rosa, 49 anos, que passa duas vezes ao dia pela Estrada do Conde, os remendos são apenas paliativos.– O fluxo é muito grande e no final do dia é muito complicado, é preciso ter cuidado – avalia.De acordo com o secretário de Obras de Guaíba, Jeferson Zenker, há um projeto antigo que visa à recuperação do asfalto da estrada.

Não há, no entanto, recursos para custear a obra.– A obra teria de ser uma parceria entre as duas cidades e a Metroplan. O que temos, no momento, é uma verba para a operação tapa-buracos – diz Jeferson.Para o secretário de Obras de Eldorado do Sul, Vilmar Pereira da Silva, a estrada não tem estrutura para o tráfego que possui atualmente.

O estado precário do asfalto também vem sendo amenizado pela cobertura dos buracos.– Com o tempo, a estrada sofreu um acúmulo grande de ônibus e praticamente todos os veículos desviam do pedágio – explica Vilmar.roberta.schuler@diariogaucho.com.br
Fonte: ZH 03/07/09