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quarta-feira, 22 de julho de 2009

(Muitas) vidas perdidas

(Muitas) vidas perdidas
Número de vítimas e acidentes no primeiro semestre na região aumentou
Homem, acima dos 40 anos, passando por uma rodovia de Santa Maria. Este é o perfil da maioria das 63 pessoas que perderam a vida no trânsito da região nos seis primeiros meses do ano. São três vítimas a mais do que no mesmo período de 2008.
Mas essa não é uma história só com números. Ela tem nomes e sobrenomes. João Manoel da Silva é um deles.O lubrificador aposentado de 73 anos morreu na noite de 29 de março. Ele ia para um culto nas proximidades da BR-287, quando foi atropelado por uma motocicleta, em Santa Maria.
Pouco antes da tragédia, ele tinha saído de casa e se despedido de Silvana Montenegro da Silva, 73 anos, com quem foi casado durante 56 anos e teve quatro filhos. Para ela, Silva disse que não demorava a voltar, mas, para o desespero de Silvana, não cumpriu a promessa.
A idosa ainda teima em olhar para o portão da casa como se houvesse esperança e não se conforma em ver a cadeira em que o marido gostava de sentar no pátio.Giovane Montenegro da Silva, 39 anos, filho de João Manoel, tem consciência de que, para a sua família e para as das pessoas que se envolveram nos outros 55 acidentes com morte entre janeiro e junho na região, é tarde demais para pensar em como as coisas poderiam ter sido diferentes.
Mas, ele sabe que, para muita gente, ainda dá tempo de rever o comportamento no trânsito para evitar que os acidentes aconteçam.– Todos têm de prestar atenção no que estão fazendo. O trânsito não é brincadeira.
Qualquer descuido pode trazer consequências irreparáveis – afirma Giovane.A mais violenta – Entre as vítimas no trânsito, 47 perderam a vida em rodovias, contra 15 em vias urbanas e uma em estrada de chão. Mas, desta vez, a BR-287 foi a mais violenta da região, com 10 vítimas, ocupando o lugar que, nos seis primeiros meses de 2008, foi da BR-158.
Santa Maria continua a ostentar o título de cidade com mais mortos: 23 (veja quadro).Para o delegado de Trânsito da cidade, Roger Spode Brutti, uma mudança nos números depende do comportamento dos motoristas.
Ele argumenta que muitos assumem um papel violento no momento em que dirigem. Outros, na visão do delegado, usam o trânsito para aliviar o estresse e tornam comuns práticas como não respeitar a sinalização e desvalorizar a vida das outras pessoas.Para que mais pessoas não venham a fazer parte do triste enredo das mortes no trânsito, cada um precisa cumprir com a sua parte.
Fazer revisão no carro antes de viajar, olhar para os lados antes de atravessar uma via e respeitar a sinalização são medidas básicas que podem ajudar a evitar que o trânsito se transforme no final triste de outras famílias.marilice.daronco@diariosm.com.br
Fonte: Diário de Santa Maria, 22/07/09

6 comentários:

Lisette Feijó disse...

Cuidados são muito importantes, como a Ong foca Veículo, Via e Motorista os três necessitam estar em condições.

Maria Inês Mascarenhas disse...

E continuam falam só da gripe dá mais IBOPE??
Morrem muito mais pessoas no trânsito por dia!!!
Continua tua batalha Lisette.

Jurandir Santos disse...

Ninguém leva a sério até bater na sua porte...

Ricardo Conceição disse...

maior fiscalização, sinalização, ajudam e muito!

Túlio Ramos disse...

O que o governo faz em relação a evitar acidentes???

Túlio Ramos disse...

O que o governo faz em relação a evitar acidentes???