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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pesquisa revela que um a cada três jovens dirige sob efeito de álcool

54% dos acidentes foram causados por jovens entre 18 e 35 anos. Levantamento considera período de agosto de 2011 a junho de 2012.

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) mostra um dado preocupante: um em cada três universitários faz uso de bebidas alcoólicas e saem de carro depois, o que tem contribuído para o crescente número de acidentes de trânsito envolvendo jovens. De acordo com o levantamento de uma seguradora, 54% dos acidentes entre agosto de 2011 e junho de 2012 foram causados por jovens entre 18 e 35 anos. Uma das explicações para esses números é a imprudência, mas o risco aumenta quando se combina a direção com bebidas alcoólicas.
A realidade pode ser confirmada em todos os plantões da Santa Casa. Segundo o médico traumatologista Ricardo de Castro, os jovens têm abusado cada vez mais e têm sofrido mais acidentes. “Cada vez mais eles chegam alcoolizados após um acidente de trânsito, como causador ou vítima do acidente”, disse Castro. “Com isso, a gravidade das fraturas e as sequelas aumentam”, completou.
Acidentes de trânsito é maior entre os jovens que bebem (Foto: Wilson Aiello/EPTV)Alguns estudantes contam que já dirigiram embriagados. Um deles teve o carro destruído em um acidente após ter bebido. “Eu bati na traseira de outro carro e destruí os dois. Honestamente não me lembro muito bem como aconteceu, só acordei na delegacia da polícia”, contou Daniel Corbo, estudante de engenharia de materiais. Agora dizem que tomam mais cuidado, alugam vans para ir e voltar das festas ou elegem alguém que não vai beber para ser o motorista.
Dados da PM
Segundo dados da Polícia Mlitar, no ano passado, 14 mil motoristas, não só jovens, mas de todas as idades, foram autuados no Estado de São Paulo por dirigirem sob efeito do álcool. Desses, 2,7 mil e foram presos em flagrante. Neste ano, só até agosto, foram 19 mil autuações e 2,3 mil prisões de motoristas que dirigiam embriagados.

Fonte: 27/09/2012 15h25 - Atualizado em 27/09/2012 15h50

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Após inquérito do MP, CET diz que limite de 60 km/h reduziu acidentes

MP investiga se objetivo da prefeitura foi arrecadar mais.

CET defende parâmetro afirmando ainda que número de multas caiu.
Avenida dos Bandeirantes, onde limite caiu de 70 km/h para 60 km/h (Foto: Juliana Cardilli/G1)A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou na tarde desta quinta-feira (20) que a redução do limite de velocidade para 60 km/h em vias da capital paulista fez aumentar o respeito por parte dos motoristas e ainda diminuiu o número de acidentes de trânsito.

O comunicado divulgado pela companhia foi uma resposta à divulgação por parte do Ministério Público de que abriu um inquérito para investigar possíveis irregularidades na diminuição do limite de velocidade em vias da capital paulista de 70 km/h para 60 km/h. O objetivo, segundo o MP, é averiguar se a mudança na velocidade máxima ocorre com o único objetivo de evitar acidentes ou se há intenção de maior arrecadação com multas pela Prefeitura de São Paulo.
MP investiga redução no limite de velocidade em ruas de SP pela CETCET uniformiza velocidade máxima em mais 6 vias de SP nesta segundaA CET nega a tese de indústria da multa. O Programa de Padronização da Velocidade é implantado desde 2010 e já atingiu mais de 270 vias da cidade, que passaram a ter o limite de 60 km/h. Um dos dados apresentados pela CET diz respeito a multas. Foram 5,6 milhões neste ano, até julho. Desse total, 1,7 milhão por excesso de velocidade - no mesmo período do ano passado foram cerca de 2 milhões.
A CET também divulgou dados que mostram a redução no número de acidentes em diversos eixos. Em um deles, o Leste/Oeste, que abrange as avenida como Francisco Matarazzo, Elevado Arthur da Costa e Silva e Avenida Antônio Estevão de Carvalho, entre outras, houve redução de 14% no número de acidentes e atropelamentos no corredor. Foram registrados 2.179 acidentes entre os meses de abril e novembro de 2010, ante 1.870 no mesmo período de 2011.
Inquérito

O promotor Valter Santin pede esclarecimentos ao município sobre a sinalização de vias, sobre os critérios para a fixação da velocidade, índice de congestionamento antes e depois da mudança e ainda a quantidade de veículos multados por excesso de velocidade nos últimos cinco anos e os valores arrecadados por essas autuações.
A CET afirma que prestou todas as informações solicitadas pelo Ministério Público.

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Fonte: 20/09/2012 19h33 - Atualizado em 20/09/2012 19h33

sábado, 15 de setembro de 2012

ONG Alerta faz palestra na Viação Belém Novo.


A Viação Belém Novo S.A. nasceu da paixão de Edgard Dutra Pinheiro pelo transporte coletivo e do sonho em se tornar um dos mais sólidos empresários do ramo. Fundada em 27 de novembro de 1962, com a primeira garagem para ônibus urbano de Porto Alegre, iniciou suas atividades com o empenho de Edgard e seus sócios:
Allmeida e Erany os quais optaram em concentrar as atividades de transporte na zona sul da capital. Anteriormente a fundação da Belém Novo, Edgard e seus sócios trabalhavam no transporte coletivo da Vila Santa Isabel, principal núcleo habitacional da cidade de Viamão, no qual se concentrava a maioria da população.
 A campanha do candidato a vereador Tapir Rocha, pelo PTB, tendo como tema principal o preço das passagens de ônibus, assustou os jovens empresários: “Era como um rastilho de pólvora”, relembra Edgard, o qual foi aconselhado por seu contador a trabalhar em outra região.
 Outro fator que levou o trio a trocar Viamão pela zona sul de Porto Alegre foi a decisão do prefeito José Loureiro da Silva, ao iniciar seu segundo mandato, em 1960, de “dar um jeito no Departamento Autônomo de Transportes Coletivos – DATC, o que resultou na entrega de linhas exploradas pelo município à particulares. “Resolvemos concentrar tudo na zona sul de Porto Alegre, até porque lá as ruas já eram pavimentadas”, diz Edgard. Encerradas as atividades do DATC, a Prefeitura entregou à Viação Belém Novo as linhas Lami e Cantagalo.
As linhas Vila Nova, Belém Velho e Campo Novo foram entregues aos permissionários da Parque Madepinho. Entretanto, não deu certo. Nenhum ônibus encostado aparecia no dia em que estava escalado para operar na linha Belém Velho Rincão – distante e carente de passageiros. Quem estivesse na escala dava um jeito de fazer o motor estragar, ou simplesmente não aparecia.
Os problemas logo provocaram uma divisão entre os permissionários. A Rui Ferreira coube as linhas Belém Velho, Vila Nova e Campo Novo, as quais mais tarde foram vendidas à Belém Novo. Atualmente, a Viação Belém Novo S.A. é administrada pela família Pinheiro. Localizada da Av. Beira Rio, 175, bairro Belém Novo, conta também com uma garagem de apoio localizada na Estrada Monte Cristo, nº. 470 – Bairro Vila Novo.
Constituída de uma frota de 98 veículos e com aproximadamente 400 colaboradores em seu quadro funcional, opera 09 linhas principais transportando cerca de 01 milhão de passageiros por mês. Hoje, 04 décadas depois, a família trás consigo os ensinamentos de Edgard Dutra Pinheiro resumidos em uma frase que ele usava para definir a paixão que começou num longínquo dia de 1956: “O transporte coletivo é um desafio, mexe contigo e, se tu gostas, todo dia tem coisa nova”. 2004 © Viação Belém Novo S.A. - Av. Beira Rio, 175 - Bairro Belém Novo - Porto Alegre - RS - Brasil - Fone: (51) 3245-8200

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Justiça decide punir com mais rigor quem mata ao volante

A justiça decidiu levar a júri popular o motorista de um carro de luxo que, em setembro do ano passado, provocou uma série de acidentes em São Paulo e matou uma pessoa.  
 Nesta semana, a Justiça decidiu levar a júri popular o motorista de um carro de luxo que, em setembro do ano passado, provocou uma série de acidentes em São Paulo e matou uma pessoa. Segundo a perícia, Felipe Arenzon saía de uma casa noturna embriagado e estava a mais de 120 quilômetros por hora num lugar onde a velocidade máxima é de 60 quilômetros por hora.
A decisão de punir com mais rigor quem mata ao volante é uma nova tendência entre os juízes brasileiros, como mostra a reportagem especial de Sônia Bridi e Paulo Zero. “A Izabella foi feliz durante os 11 anos de vida dela. Se existiu alguém feliz foi ela”, lembra Argélia Gauto, mãe de Izabella. “A gente saía, e tinha aquelas máquinas de tirar fotografia.
 A última foi essa que eu peguei o cabelo dela e fiz como se fosse o bigode”, mostra Chico Caruso, pai de Izabella. As imagens feitas por Argélia deveriam ser de uma breve despedida. Izabella, a filha dela com o cartunista Chico Caruso, ia passar o ano novo na praia com a família da amiguinha. Mônica, a motorista, com a babá no banco da frente. Izabella atrás, entre os filhos de Mônica. Eles nunca chegaram ao destino. “Eu falei: 'Não é possível, a morte não combina com ela, a morte não combina com ela'.
 Mas era verdade”, diz Chico. O acidente foi bem perto da Praia de Búzios, no litoral do Rio. O policial militar André Luiz Fernandez vinha dirigindo na direção contrária à de Mônica. Foi jogado para fora da estrada por uma camionete que forçou uma ultrapassagem. “O ônibus jogou pra lá também, porque não tinha muita pista pra jogar, por causa do poste. E eu vim parar no mato.
Fui atrás dele para poder fazer o que eu tinha que fazer, entendeu? Dar voz de prisão”, conta Fernandez. Mas era impossível seguir a camionete a mais de 140 quilômetros por hora na estrada cheia de curvas. Ele só ouviu a batida. “Como se tivesse botado uma bomba.
 Foi um barulho seco, seco”, lembra o policial. Na camionete o motorista levava a filha pequena no banco da frente, sem cinto de segurança. Ele perdeu o controle na curva e bateu em cheio na Scenic dirigida por Mônica. Ela e Izabella morreram na hora.
O motorista da camionete se feriu levemente. A filha dele teve traumatismo craniano, mas sobreviveu. “Não me lembro de nada, graças a Deus”. Três meses em coma, e seis anos de vai e vem a hospitais. A babá Rita de Cássia Antônio ficou cega de um olho.
Tem um implante no quadril. E ainda precisa de uma cirurgia para corrigir a fratura no pulso. “Eu fazia faxina a semana toda. Cada dia numa casa, de subir, descer escada, limpar parede, lavar cozinha, hoje em dia não tenho mais condições de fazer isso”, lamenta a babá. Rita passa roupa para fora para complementar a aposentadoria de um salário mínimo por invalidez.
 “Quando minha prima Argélia perguntou: 'O que vai acontecer com ele?'. Eu disse: 'Vai pagar uma cesta básica ou um trabalho comunitário, só isso'”, conta a advogada Jussara Gauto. “No momento que eu entendi tudo, fui buscar a Justiça. Porque eu não aceitava. Ninguém ia me dar cesta básica”, relata Argélia. A prima advogada foi buscar a pena de prisão para o motorista. “Eu havia dito para a Argélia: 'É uma tese que ainda não foi usada'.
 Em 2006, isso aí era como um tiro na Lua”, conta a prima. Historicamente no Brasil, a morte no trânsito é tratada como homicídio culposo. É quando o acidente é provocado por descuido, imperícia, imprudência, ou o motorista não previu o risco, mesmo dirigindo embriagado ou em alta velocidade. A pena máxima é de quatro anos e pode ser convertida em serviços comunitários. Na maioria dos casos, o condenado escapa da cadeia doando cestas básicas.
 Já no dolo eventual, ou homicídio doloso, a Justiça entende que o motorista assumiu o risco de matar ao andar em alta velocidade, embriagado ou participando de um racha, por exemplo. Nesse caso, o acusado vai para o banco dos réus e é o júri popular que determina se ele é culpado.
 A pena vai de seis a 20 anos de prisão. E foi essa a interpretação da Justiça no caso da morte de Izabella. No mês passado, Juamir Dias Nogueira Junior foi condenado a oito anos de cadeia pelas mortes de Izabella e Mônica. Procurado pelo Fantástico, se recusou a comentar a sentença. “No fundo, há uma luta entre o bem e o mal, e o que resultou disso? A aprovação do crime doloso para crime de trânsito”, conta Chico Caruso.
 A luta é também no campo das ideias. Uma corrente jurídica considera que dolo não se aplica a crimes de trânsito. “Em geral, os crimes de trânsito são culposos. No dolo, o agente afirma pra si mesmo: 'Aconteça o que acontecer, vou continuar dirigindo em excesso de velocidade'.
 E na culpa: 'Eu dirijo em excesso de velocidade porque sou um exímio motorista e posso evitar o acidente', explica o jurista Juarez Tavares. “Se ele participa de um racha, de um pega, se ele dirige o veículo embriagado a meu ver, em tese, ele está assumindo. Ele pode não querer matar ninguém. Até presume-se que não queira, mas ele está assumindo um risco”, avalia o desembargador José Muiños Piñero. Essa é a interpretação que está ganhando força.
A Justiça gaúcha quer botar no banco dos réus, por 17 tentativas de homicídio doloso, o motorista que em uma esquina de Porto Alegre se envolveu em uma disputa com ciclistas que faziam uma manifestação.
 E produziu cenas de violência que chocaram o país e correram o mundo. A Justiça entendeu que ao acelerar pra cima dos ciclistas, o economista Ricardo José Neis assumiu o risco de matar ou machucar. Ele se defende dizendo que estava cercado e ameaçado pelos ciclistas e que, diante disso, teve que fugir. Fantástico: O senhor se arrepende de ter acelerado? Ricardo José Neis: É a mesma coisa que você perguntar se eu me arrependo de estar vivo, de ter preservado a vida do meu filho. Se eu quisesse eu teria machucado eles realmente, se fosse a minha intenção. “Eu acho que nós tivemos muita sorte nisso e ele também.
Porque eu não queria estar na consciência desse cara hoje”, diz o técnico de palco Marcos Rodrigues. A maioria dos réus que a Justiça manda para o júri popular recorre para ser julgado por culpa, não por dolo. Os processos se arrastam durante anos.
 A nova tendência da Justiça, de mandar para a cadeia quem mata no trânsito, é uma reação a números assustadores. Só em 2010, quase 43 mil pessoas foram mortas nas ruas e estradas do Brasil. Se continuar nesse ritmo, até 2015, vai ter mais gente morta por carros, ônibus, motos, e caminhões no país, do que a tiros, facadas, pancadas, ou seja, todas as outras formas de homicídio. “O Brasil tem uma guerra nacional decorrente de acidentes de trânsito. Isso tem que ser de certa forma tolhido, diminuído ou erradicado”, observa o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp. O ministro Gilson Dipp foi o presidente da comissão de juristas que elaborou a proposta do novo Código Penal, que está sendo analisada no Senado.
Para facilitar a punição no trânsito, foi criado um novo tipo de culpa, a gravíssima ou temerária. É para quando não for comprovado que o agente quis matar, nem assumiu o risco, mas agiu com temeridade. A pena passa para quatro a oito anos de prisão. A proposta de lei enquadra como culpa gravíssima dirigir embriagado ou participar de racha.
 O racha seria punido com dois a quatro anos de prisão. E embriaguez, de um a três anos. Assim, quem mata no trânsito poderia pegar penas maiores, e ir para a cadeia, sem passar pelo júri popular - o que ainda encontra resistência entre muitos juízes. No Rio, o juiz mudou o processo contra Rafael Bussamra, que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, o filho da atriz Cissa Guimarães. Em vez de júri popular, ele vai responder por homicídio culposo.
 Segundo testemunhas, Bussamra e o amigo Gabriel de Souza Ribeiro entraram num túnel fechado para obras para fazer um racha. Rafael andava de skate com amigos na boca do túnel e foi arremessado a 60 metros de distância.
O juiz alegou que o atropelador não agiu com indiferença, porque ligou para a polícia e a ambulância. “ Os pais, o pai e o irmão foram lá para corromper essa polícia que eles chamaram para ajudar?”, afirma Cissa Guimarães, mãe de Rafael.
 Pouco depois do acidente, Rafael Bussamra, o irmão e o pai foram flagrados por câmeras de segurança corrompendo policiais militares para esconder as provas do crime. Os policiais já foram condenados a cinco anos de prisão, em regime semi-aberto, por corrupção passiva. Mais do que a pena máxima a que Bussamra está sujeito por homicídio culposo. Rafael Bussamra, o pai, o irmão, e o advogado deles não quiseram falar ao Fantástico.
 Cissa recorreu: “Eu vou até o final, pela memória do meu filho. Mas acima de tudo para acabar com essa impunidade que me dá enjoo. Que me dói”. Há 12 anos, o advogado Luiz Felizardo Barroso tenta mandar para a cadeia os homens que ele considera responsáveis pela morte do filho. “Toda justiça que tarda é a negação da própria justiça. E a nossa, no Brasil, infelizmente, tarda muito”, diz Barroso.
 No escritório, o neto, que tinha oito anos quando ficou órfão, ocupa a mesa do pai, Ricardo de Camargo Barroso. Amanhecia na véspera de Natal no ano 2000. Ricardo ia surfar. À sua frente, em outro carro, um amigo surfista, que nunca esqueceu daquela manhã. Tinha um carro tombado no meio da pista.
 Ele e Ricardo deixaram os carros no acostamento, com o pisca alerta ligado. Ricardo tentava tirar o motorista preso nas ferragens. “Nisso, o Peugeot começou a pegar fogo. Quando eu estou abaixado pegando o extintor de incêndio, eu escuto um barulho de freada forte e uma batida. Tinha um carro que tinha batido, com a frente toda levantada. E 'cadê o Ricardo? Cadê o Ricardo?', aquela confusão, poeirada danada”.
Ricardo, outro voluntário que ajudava no socorro do primeiro acidente e a vítima, que até então estava apenas ferida, morreram na hora. Na denúncia à Justiça, o Ministério Público diz que o carro que matou Ricardo e mais duas pessoas corria a mais de 110 quilômetros por hora, dentro da cidade, e participava de um pega.
Os dois acusados - André Garcia Neumayer, que dirigia o carro que bateu, e Juliano Bataglia Ferreira, que participava do pega - foram mandados a júri popular, mas recorreram até o Superior Tribunal de Justiça, que confirmou a decisão. O advogado dos acusados ainda vai pedir embargo no Supremo Tribunal Federal. “Não houve pega, em primeiro lugar.
 E segundo, nós vamos ter que considerar que esses garotos são suicidas, eles assumiram o risco de ceifar suas próprias vidas a partir do momento que eles batem no outro carro”, defende o advogado. Se conseguirem impedir o júri popular, os dois acusados não serão julgados por nada. Depois de 12 anos nos corredores da Justiça, a acusação por homicídio culposo já está prescrita. Araçatuba, interior de São Paulo. Dois casos, duas decisões distintas.
 O carro em alta velocidade, fazendo pega, avança o sinal, provoca o acidente e deixa com sequelas um universitário brilhante. O motorista, filho de um fazendeiro, é indiciado por homicídio doloso, foge, e é capturado numa fazenda no Mato Grosso. Mas a sensação de que a Justiça de Araçatuba seria mais rigorosa com os crimes do trânsito durou pouco.
Menos de três meses depois, o promotor encarregado da acusação se envolveu em um acidente numa rodovia que dá acesso à cidade. Provocou a morte de três pessoas. Mas ele não vai a júri popular. Alessandro, Alessandra e o filho dela, Adriel, de sete anos, morreram na hora. Na camionete do promotor foram encontradas bebidas.
Na delegacia, um médico atestou a embriaguez, mas ele se negou a colher material para exame. “Se fosse eu, estaria preso. Como ele é promotor e tem dinheiro,está lá”, lamenta Alberto dos Santos, pai de Alessandro. O Ministério Público transferiu o promotor Wagner Rossi para São Paulo e o denunciou por homicídio culposo.
 Cinco anos depois do acidente, o foro especial do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o promotor a quatro anos de prisão, convertidos em serviços comunitários, suspensão da carteira de motorista por quatro anos e indenização de R$ 15 mil às famílias das vítimas.
 O advogado dele vai recorrer. Fantástico: O senhor considera que essa pena foi dura? Advogado: Claro que foi. Foi duríssima, foi duríssima. A palavra acidente existe porque acidentes acontecem. Ao distinguir entre um acidente inevitável, e o comportamento arriscado e violento que mata no trânsito - a Justiça brasileira não só vai punir, mas prevenir tragédias.
 “A vida da minha filha não tem preço. A gente não quer isso. A gente quer um mundo melhor, onde as pessoas possam sair se divertir, passear, brincar, e voltar pra casa”, pede Argélia.
 Fonte: g1 10/08/2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ong Alerta circulando...

Quem deveria dar exemplo informar, alertar, educar, no tränsito tira proveito do poder, estacionam em cima de faixa proibidas, em esquina, acham que por serem azuis pode! Náo tem desculpa, que estacionem o carro e façam seu serviço a pé!.
Abuso do poder neste país esta sem controle!
Porto Alegre, 09, 2012.

sábado, 1 de setembro de 2012

Tecnologia ajuda a aumentar a segurança no trânsito de São Paulo

Autoridades de trânsito de São Paulo estão usando a tecnologia para punir motoristas infratores. O repórter Alan Severiano mostra como funcionam essas novidades.
A esquerda não é o lado dele, mas quando o caminhoneiro quer voltar, já é tarde. Trava a estrada bem no trecho de serra. Contra infrações desse tipo, um equipamento especial foi instalado na rodovia que liga São Paulo a Santos.
Fios de cobre no chão detectam o tamanho do veículo que passa pela faixa da esquerda. Se for um grandão, como caminhão ou ônibus, o radar fotografa.
“Nós tivemos 83% de redução de acidentes nesses cinco meses de operação, acidentes envolvendo veículos pesados”, afirma José Carlos Cassaniga, diretor da Ecovias.
A vigilância eletrônica levou policiais das estradas pra salas de controle. Nos centros de controle de oito rodovias que circundam São Paulo, os olhos dos guardas são 341 câmeras.
“A viatura, normalmente no trecho em que ela está, ela consegue ver um quilômetro a frente, um quilômetro atrás. Já a distância, pelo monitoramento, ele já tem visão total do sistema”, explica Newton Michelazzo, com. Polícia Rodoviária/SP.
Um motorista rodou quatro quilômetros de ré pelo acostamento. Os policiais que assistiam à distância acionaram os colegas para o flagrante olho no olho.
Nas ruas da cidade, o big brother das infrações ganhou, esse ano, um reforço carregado a tiracolo. O alvo do radar-pistola são os motoqueiros.
“Mira, no caso pro veículo, a moto, e aperta o gatilho ele registra a velocidade. Se ele tiver acima da velocidade, a foto é tirada automaticamente”, mostra Sérgio Rodrigues, agente de trânsito.
Portátil, o radar pode ser direcionado pra onde o agente de trânsito quiser. Assim, fica mais fácil identificar a placa de quem trafega acima da velocidade permitida. É literalmente uma arma pra surpreender o infrator.
Os seis radares trocam de lugar a cada dia, e flagram motoristas em 65 pontos diferentes da cidade. As placas de sinalização de radares não são mais obrigatórias no país, mas em São Paulo elas ainda existem. Mesmo assim, por dia são 350 infrações que viram multa.
A CET, que paga R$450 mil por ano pelas pistolas, defende o investimento. “O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidente e, óbvio, de mortes no trânsito. Então o principal objetivo é a mudança de comportamento do condutor”, observa Dulce Lutfalla, assessora de fiscalização.

Fonte: g1, 01/09/2012 20h37 - Atualizado em 01/09/2012 20h37

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Garantir a ordem urbana é responsabilidade dos prefeitos

Cuidar de ruas, calçadas e espaços públicos é dever dos municípios.

Entre as atribuições do prefeito, também está o combate a poluição sonora.
Comente agoraAs calçadas, ruas e espaços públicos precisam de organização para garantir o acesso seguro dos moradores. A ordem urbana está entre as atribuições dos prefeitos.
Aos 89 anos, a aposentada Maria de Lourdes Santiago enfrenta os perigos de uma simples caminhada. Flagrantes ao desrespeito ao código de postura dos municípios aparecem em cada esquina. A garagem e até um salão de beleza estão em plena calçada. Uma montanha de pneus à venda também ocupa irregularmente o espaço do pedestre, que acaba sendo obrigado à andar no meio-fio.
“Muita das vezes eu deixo o carro em casa e utilizo as calçadas. Mas é um problema. Eu me sinto inseguro”, afirma o engenheiro elétrico Elias Silva. Para o diretor do núcleo de posturas do município, Jacinto Campina, é preciso que a população se conscientize que a calçada é um bem público.
É responsabilidade da prefeitura promover o ordenamento dos espaços públicos. As leis que disciplinam o uso destes locais estão no código de postura dos municípios, uma espécie de manual de civilidade que diz o que pode e o que não pode ser feito. O desafio do prefeito eleito é garantir o cumprimento das normas e fazer prevalecer o interesse coletivo. Assim, a cidade fica mais bonita, organizada e segura.
Para manter a ordem urbana, a prefeitura deve, por exemplo, determinar a hora e o local de uma feira livre, disciplinar diversões em áreas públicas e combater a poluição sonora e visual. Também faz parte do trabalho coibir a ação irregular dos ambulantes, a venda de produtos ilegais, além de frear os abusos no trânsito.
O urbanista Juliano Ximenes diz que sem organização todos perdem. “Se formos pensar em cidade de médio e grande porte, um grande prejuízo é a questão da mobilidade, do tráfego, dos transportes. Se você não tiver um tratamento rigoroso do sistema viário, das pistas, das calçadas, você prejudica o pedestre e aumenta o risco de acidentes, atropelamentos e diminui a fluidez do tráfego”, comenta.
Melhorar as cidades representa qualidade de vida para a população. “O ordenamento instalado e negociado com todas as partes aumentaria a eficiência da cidade. Assim como melhoraria o aspecto urbanístico do município. Você teria cidades com características ambientais mais interessantes, com mais espaços públicos, com um ar melhor e temperaturas mais amenas”, completa Ximenes.
Miguel Souza Filho comprou uma cadeira de rodas motorizada para se locomover melhor. Mas ainda sonha com o dia em que as pessoas com deficiência, possam ter o direito de ir e vir com segurança.

Fonte: g1, 28/08/2012 14h06 - Atualizado em 28/08/2012 14h06

domingo, 26 de agosto de 2012

Mãe deixa filho de 4 anos trancado em carro em Itapetininga, SP

Criança ficou cerca de 40 minutos dentro do veículo em shopping.

Pessoas que passaram pelo local ouviram choro do menino.
Bombeiros quebraram um dos vidros do veículo para retirar a criança que estava chorando. (Foto: Gláucia Souza / G1)Um menino de quatro anos foi deixado trancado em carro no estacionamento de um shopping de Itapetininga (SP). A criança ficou por aproximadamente 40 minutos dentro do veículo, que tinha placas de Itu (SP), sob o sol e totalmente fechado.
A criança estava com os cabelos molhados de suor. (Foto: Gláucia Souza / G1
)O caso foi registrado por volta das 14h quando a temperatura na cidade era de aproximadamente 27º C. O menino de quatro anos foi deixado pela mãe e pela babá. Pessoas que passaram ao lado do carro ouviram o choro. A administração do shopping foi avisada e o caso anunciado em alto-falantes. Como o responsável pelo carro demorou a aparecer, o fato gerou comoção entre os frequentadores do local que se aglomeraram em volta do veículo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para resgatar o menino.
Houve tentativa de orientar a criança a abrir as portas, mas ele não conseguiu. Os bombeiros então quebraram o vidro do motorista e o menino foi retirado do local. A criança chorava e estava com os cabelos molhados de suor.
Após aproximadamente cinco minutos, a mãe apareceu e perguntou sobre quem teria quebrado o vidro do veículo. Em seguida, foi até a viatura onde um soldado tentava acalmar a criança.
Em entrevista ao G1, a mulher que é comerciante em Itapetininga, disse que havia saído para trocar moedas. Ela afirmou que demorou cerca de 15 minutos. Testemunhas alegam que foram cerca de 40 minutos. A mãe disse ainda que o filho estava acordado quando ela saiu e o menino pediu para ficar no carro. “Ele ganhou pintinhos e quis ficar com eles”, afirma.
No banco, junto ao menino, estavam dois pintinhos dentro de uma caixa de papelão. Os animais apresentavam fadiga pelo calor. Também havia verduras que estavam murchas. A mulher foi levada para o plantão policial no carro da Polícia Militar. Ela foi autuada pelo crime de abandono de incapaz e liberada. O caso será encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para investigação. O Conselho Tutelar deverá monitorar a família.
(Correção: No momento em que a mãe chegou junto ao carro, o G1 questionou sobre a idade do menino. Ela disse que ele tinha cinco anos. Já na delegacia, onde foi feito o boletim de ocorrência, ficou confirmado que o menino tem quatro anos. A data de nascimento dele é 1 de agosto de 2008).

Fonte: g1, 26/08/2012 15h14 - Atualizado em 26/08/2012 18h00

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Michigan testa solução para o trânsito que deixa carros mais inteligentes


Começou nessa terça (21), em Michigan, a segunda fase do estudo que pretende revolucionar o mundo da direção, realizado em parceria entre o Instituto de Pesquisas em Transporte da Universidade de Michigan (UMTRI, sigla em inglês) e o Departamento de Transporte dos Estados Unidos. O projeto tem o objetivo de usar a comunicação sem fio, tal como a usada atualmente em dispositivos móveis, para captura e troca de informações entre os veículos, diminuindo assim os problemas com engarrafamentos e acidentes rodoviários.
Veículos trocarão dados como posição e velocidade (Foto: Reprodução/ Departamento de Trânsito dos Estados Unidos)O experimento envolve 2.836 veículos, incluindo carros, ônibus e caminhões. Durante um ano, essa frota contará com dispositivos que realizarão a transmissão de informações como velocidade, posição, veículos próximos, aceleração, freios, entre várias outras. Assim, o motorista poderá ter acesso em tempo real às condições do tráfego a sua volta, escolhendo rotas de fuga e diminuindo o uso da marcha lenta, por exemplo.
Sistema da Microsoft monitora ruas de Nova Iorque em tempo real A transmissão dos dados é feita em alta velocidade com uma baixa latência, a uma frequência de 5,9 gigahertz, através do sistema Dedicated Short Range Communications (DSRC). O nome, ao como destinado à comunicação de curto alcance, se dá em função de o sistema cobrir um diâmetro de 300 metros.
A Universidade de Michigan ganhou contrato de US$ 14,9 milhões, equivalente a R$ 30 milhões, para participar do projeto, que teve início há um ano. Outras instituições a lucrar com o estudo são as montadoras de automóveis. Oito delas, incluindo General Motors e Ford, já forneceram ao projeto 64 veículos com sistemas de segurança integrados. O interesse da indústria automobilística é o acesso às informações resultantes do experimento para desenvolvimento de veículos mais seguros e ecologicamente sustentáveis, as grandes exigências do mercado atual.
A estimativa é que a quantidade de dados obtidos seja equivalente a uma pilha de DVDs de aproximadamente 41km. Como se não fosse suficiente, outras seis cidades nos Estados Unidos estão servindo de sede para realização de testes similares em “clínicas de motoristas”, onde são avaliadas as reações de pilotos de carros em situações controladas – para motoristas de caminhão ainda serão construídos locais como estes.
Os relatórios finais serão usados pelo Departamento de Transporte americano e pelo National Highway Traffic Safety Administration para, entre outras providências, tomar medidas que diminuam o número de mortes das estradas. De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, os acidentes são responsáveis por cerca de 32 mil vítimas fatais entre 4 e 35 anos por ano.
Raquel Freire
Fonte: g1, 23/08/2012 07h40 - Atualizado em 23/08/2012 07h40
Via: Wired

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

Juntamente com as comemorações da pátria e a primavera, setembro também traz algo mais. Temos atualmente, a semana nacional do trânsito. É um tempo de conscientização da população para o trânsito. E a questão é muito importante, visto o número fantástico de acidentes que ocorrem todos os dias, em todas as cidades brasileiras.
A educação deve começar cedo. A impressão que temos é que o indivíduo só começa a se preocupar com as informações sobre trânsito quando está na época de “tirar a carteira de motorista”. Aí, é aquele corre-corre, aulas teóricas, legislação de trânsito, aulas práticas, tudo muito rápido porque precisa da carteira. Aprende-se tudo de uma vez, tudo decorado, coisa que muito rapidamente se esquece.
Realmente, o trânsito faz parte de nossas vidas. Mas, infelizmente, a importância dada a este assunto não parece tão grande. Todos os dias assistimos reportagens na TV sobre acidentes no trânsito. Fala-se que aumenta a cada dia a quantidade de mortos, mas, tudo continua na mesma.
Nós já nos habituamos a ouvir, nos noticiários, sobre os acidentes, mas não conhecemos aquelas pessoas que morreram e então, tudo fica no esquecimento. Dentro de poucos segundos, já não sabemos mais sobre o que o repórter falou.
Pessoas morrem todos os anos, principalmente nos feriados prolongados. A pressa de chegar, a bebida alcoólica ingerida momentos antes de dirigir, a desatenção ao volante, os carros em péssimas condições de uso, estradas esburacadas, enfim, tudo leva a acidentes horríveis, muitas vezes, com crianças sendo vítimas de adultos irresponsáveis. E aí eu pergunto: o que falta? Educação no trânsito? Começar a ensinar sobre trânsito bem cedo?
A sociedade está preocupada com este tema. O aumento do número de veículos nas ruas também é assunto preocupante. Algumas cidades já atingiram um número absurdo de veículos nas ruas. O problema é que muitas cidades não estão preparadas para suportar esta mudança. Este grande número de veículos causa uma desenfreada corrida na formação de novos condutores, o que pode acarretar um número maior de novos motoristas, sem muita experiência, conduzindo veículos pelas ruas.
E, para piorar, esta crise aérea, que fez muita gente deixar os aviões e pegar a estrada de ônibus ou no próprio carro. Seria ótimo se todos, ao tirar seus carros da garagem pensassem em levar mais pessoas, ou seja, levar o amigo, parente, colegas de trabalho, de colégio, enfim, aumentar o número de pessoas nos veículos, diminuindo o número de carros nas ruas, com uma só pessoa. Até o meio ambiente ganha com isso, visto que diminuirá os gases poluentes.
Muito tem se falado na segurança para as crianças, mas hoje em dia, até as calçadas estão representando perigo. Não é raro ouvir nos noticiários: “atropelada criança na calçada” ou “atropelado no acostamento”. É uma verdadeira guerra urbana, onde os carros, para alguns, representam liberdade e status e, de vez em quando, são usados de forma irresponsável, por motoristas bêbados ou com muito sono ao saírem das baladas.
Não basta sinalizar as vias públicas, ou colocar radares nas avenidas, é preciso educar para o trânsito. Os pais, ao saírem de casa com seus filhos no carro, devem agir com responsabilidade, respeitando as leis do trânsito e passando isso aos seus filhos. Sem dúvida, nosso comportamento influencia as crianças e, todos nós, em dado momento, somos pedestres também e, algum dia, mais cedo ou mais tarde, nossos filhos serão condutores de algum veículo e estarão sujeitos a vários perigos.
Sabemos que o exemplo vindo do adulto vale mais que muitas palavras e as crianças têm facilidade em aprender o que vêem. Portanto, temos que deixá-las ver apenas o que é correto. Nossas atitudes são copiadas pelos nossos filhos, então, não é difícil educar para o trânsito, basta nós mesmos pararmos de infringir as leis.
É necessário por um fim a esses acidentes diários, pois com isso, muitas vezes, perdemos futuros médicos, cientistas, atletas, ou futuros presidentes, de forma estúpida, em situações que, de modo geral, poderiam ser evitadas.
Por: Sonia das Graças Oliveira Silva

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Em PE, cresce o número de crianças vítimas de acidente com motos

.Código de Trânsito Brasileitos proíbe transporte de menores de sete anos.

Quinze dos 60 leitos para crianças no maior hospital de emergência do NE estão ocupados.
 Aumenta o número de crianças com ferimentos graves por causa de acidentes com motos que chegam ao Hospital da Restauração (HR), no Centro do Recife. A reportagem do NETV 2° Edição foi às ruas e constatou que, mesmo a prática sendo proibida pelo Código de Trânsito Brasileiro, é fácil encontrar crianças sendo transportadas irregularmente.
Quinze dos 60 leitos reservados para crianças no maior hospital de emergência do Nordeste estão ocupados por vítimas de acidentes de motos. O Código de Trânsito diz que conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor transportando criança menor de sete anos ou que não possa cuidar da própria segurança é infração gravíssima. A multa é de R$191,00 mais sete pontos na carteira de habilitação.
Adultos conduzem os menores sem capacete, com três (ou mais) pessoas em uma moto, com crianças espremidas no meio ou sozinhas na garupa. Vitória, dois anos, é uma das vítimas da imprudência. Ela estava na moto com o pai e uma tia, quando eles bateram em outra moto. A menina teve uma fratura no fêmur e está há mais de um mês no Hospital da Restauração. “Ele ia levar ela para casa e a colocou [na moto]. Não sabia o que ia acontecer. Eu também não sabia, agora estou com medo”, falou a mãe de Vitória, Luziana de Melo.
O tempo médio de permanência dos pacientes na Restauração é de sete a 11 dias. Crianças dificilmente ficam internadas menos de 45 dias e, muitas vezes, permanecem imobilizadas, entre uma cirurgia e outra.
Rafael já passou por quatro cirurgias. Está vivendo no Hospital há sete meses. Fraturou as duas pernas, o fêmur, um braço e a bacia e não consegue andar. Estava na moto com o irmão e uma menina de 12 anos. Todos sem capacete. Os outros dois morreram.
G1 também flagrou menino sendo levado em moto,
sem capacete, em Olinda (Foto: Luna Markman/ G1)Faz sete meses que Rafael viu a morte de perto, no asfalto. Desde lá vive na enfermaria. A maioria das crianças chega ao HR com fraturas diversas. Se perdeu a pele, precisa de enxertos para fazer a cobertura. Algumas têm partes do corpo amputadas. Estes pacientes mobilizam uma equipe que a unidade de saúde nunca tinha precisado formar.
"Antes, as crianças envolvidas com acidentes de moto tinham eram atropeladas. Hoje, elas estão na garupa e às vezes, dirigindo", diz o médico que coordena o atendimento e coordenador do Comitê de Prevenção aos Acidentes com Moto, João Veiga.
“Chegam aqui crianças em estado grave, que vão ser atendidas por uma equipe multidisciplinar, onde precisam ser operadas várias vezes por causa de lesões no membro infeiror, no crânio, cirurgias plásticas. Há pessoas que vêm com a família, pai e mãe, que ficam internadas também. Então, é um tipo de paciente complexo, grave e caro”, explica.
Fonte: .14/08/2012 20h27 - Atualizado em 14/08/2012 20h27


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Consultor de trânsito traz dicas de como dirigir em dias de neblina

Ruas da Baixada Santista amanheceram cobertas pela neblina.

Orientações simples podem evitar graves acidentes.
O consultor de trânsito Érico Almeida traz dicas para dirigir em dias com muita neblina, como aconteceu na manhã desta sexta-feira (3) na Baixada Santista. A conscientização dos motoristas e orientações simples podem evitar graves acidentes.
Com a visão prejudicada, quem dirige em dias de neblina, na estrada ou nas vias das cidades, deve redobrar a atenção, e reduzir a velocidade é a primeira regra. Segundo o consultor de trânsito, são dicas simples que podem evitar acidentes. “Manter distância dos outros veículos, não usar pisca alerta no carro em movimento e não parar sobre a pista”. Ainda de acordo com Érico, o indicado nos casos como esse é usar farol baixo. “Sempre farol baixo pois é mais próximo do chão e com isso não irradia iluminação e não se perde a visão de profundidade”.
Para o consultor, a segurança no trânsito depende exclusivamente do condutor do veículo. “A segurança depende única e exclusivamente do motorista. É dele a responsabilidade de preservar a vida dele e dos outros. Dirigir com segurança na via pública é fundamental.”

Fonte: 03/08/2012 16h33 - Atualizado em 03/08/2012 16h33

sábado, 4 de agosto de 2012

Motociclistas têm até 2013 para se adequarem a novas regras em BH

Fiscalização, que começaria sábado (4), foi transferida para janeiro de 2013.
Adiamento é causado pela falta de vagas em curso obrigatório.
Motociclistas fazem protesto em ruas de Belo HorizonteUso de antenas de proteção contra cerol será obrigatório em motos Motoboys têm até fevereiro de 2013 para fazer curso, diz Contran A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) anunciou, nesta quinta-feira (2), que motociclistas da capital e da Região Metropolitana tem mais seis meses para se adequarem às novas regras de segurança do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicadas em 2009. A fiscalização, que começaria neste sábado (4), foi transferida para janeiro de 2013.
Segundo a BHTrans, a medida foi tomada porque faltam vagas no curso que os motociclistas são obrigados a fazer para trabalhar. Além disso, a empresa informou que portaria municipal vai passar por mudanças.
Nesta semana, motoboys fizeram protesto pelas ruas de Belo Horizonte para contestar as novas regras. A resolução exige, além do curso, idade mínima de 21 anos para a profissão, habilitação há pelo menos dois anos na categoria A, uso de equipamentos de segurança, antena corta-linha, protetor de pernas, placa vermelha – para diferenciá-los de motos particulares –, adaptação na motocicleta para transporte de carga e inspeção semestral no veículo.
Fonte:.03/08/2012 09h31 - Atualizado em 03/08/2012 18h40

terça-feira, 31 de julho de 2012

PRF divulga o último balanço da Operação Férias Escolares 2012

Polícia Rodoviária intensificou fiscalização durante o mês de julho.
Duas mortes foram registradas no último final de semana da operação.
Comente agoraA Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou na manhã desta segunda-feira (30), o quinto e último balanço da Operação Férias Escolares, realizado nas estradas federais do Pará durante o mês de julho de 2012. Foram registrados 35 acidentes, com 18 feridos e dois mortos.
De 2.231 veículos fiscalizados, 745 foram notificados por estarem infringindo o código de trânsito brasileiro. Também foram testes de alcoolemia, que flagrou 10 condutores dirigindo sob efeito de bebida alcoólica. Oito deles foram autuados, presos e encaminhados à Polícia Civil por apresentarem níveis de álcool no sangue considerado crime de trânsito.
Uma das mortes foi registrada no município de Anapu, às 7h30 da última sexta-feira (27), no km 523 da rodovia BR-230. Uma carreta carregada com chapas de metal caiu em uma vala e tombou, o que causou a morte do condutor Willimar Carvalho de Souza. A PRF atribui o acidente a falta de atenção do motorista.
O outro acidente com morte foi registrado em Castanhal. Mário Pinheiro Pereira, de 72 anos, morreu após ter sido atropelado por um veículo quando tentava atravessar a rodovia. A Polícia Rodoviária Federal também acredita que o acidente pode ter sido causado pela falta de atenção do pedestre.
Operação Férias Escolares 2012
As ações da PRF começaram dia 29 de junho e seguiram até o último domingo, 29 de julho. Em 31 dias de operação, foram registrados 373 acidentes de trânsito nas rodovias federais no Pará, que deixaram 220 feridos e 22 mortos.
Com quase 30 mil veículos fiscalizados durante a operação, 6.753 notificações foram aplicadas. Um total de 117 carteiras nacionais de habilitação foram recolhidas e 897 documentos foram retidos, para posterior devolução, após a regularização dos respectivos veículos.
Ainda houve a retenção de 195 veículos para regularização de licenciamento e equipamentos obrigatórios. Outros 41 motoristas foram notificados por dirigirem alcoolizados, entre eles 37 foram detidos pelo crime de embriaguez ao volante.
Em comparação com os dados de 2011, a Polícia Rodoviária Federal constatou que houve uma redução de 20% no número de acidentes, mas um aumento de 11,6% no número de feridos, além de uma morte a mais. Outros números também caíram, de acordo com o relatório divulgado pela PRF: em 2011, foram 67 condutores autuados por embriaguez; em 2012, este número caiu para 41. Os condutores presos pela mesma infração em 2011 chegaram a 49; já em 2012 foram 37.
Fonte: .30/07/2012 11h12 - Atualizado em 30/07/2012 20h10

terça-feira, 24 de julho de 2012

Detran rastreia os 10 trechos que mais matam no trânsito do RS

Como diminuir os riscos nas estradas, uma das maiores causas de morte no Brasil?
Um comitê composto por autoridades municipais, estaduais e federais está disposto a enfrentar esse desafio.
A primeira ideia é atacar pontos críticos situados em 50 municípios gaúchos e que são responsáveis pela maioria dos acidentes de trânsito no Estado. O diagnóstico desses locais de mortandade é fruto de um levantamento criterioso pelo qual o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) rastreou como ocorreram as mortes de 9.708 pessoas em desastres no Rio Grande do Sul, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011.
Dessas mortes, 1.923 (20%) aconteceram em 50 municípios, que representam 10% do total de cidades gaúchas. A análise dos dados mostra a lógica: via de regra, o maior número de mortes ocorre nas cidades maiores. Mas nem sempre é assim. São Leopoldo, por exemplo, tem um ponto crítico que registra mais mortes que os localizados em Porto Alegre, cidade sete vezes mais populosa.
Os acidentes são causados, basicamente, por três fatores, que atuam de forma isolada ou em conjunto: efeito humano, infraestrutura das vias e condições do veículo. O condutor costuma ser apontado por especialistas como o maior causador de desastres, ao abusar da velocidade, ao não usar cintos e ao consumir álcool ou drogas antes de dirigir. Com relação às vias, os pecados mais comuns são a falta de sinalização, a ausência de proteção e a existência de obstáculos às margens, como árvores ou postes. Por último vêm os problemas dos veículos: falta de manutenção, desgaste de peças e falhas mecânicas.
O governo estadual assegura estar disposto a não culpar apenas os motoristas. No comitê de trânsito, liderado pelo vice-governador Beto Grill, é consenso que as estradas gaúchas são ruins e perigosas. Nos próximos dias, o comitê deve eleger dois pontos prioritários – pinçados dentre os campeões em acidentes – para um diagnóstico in loco. Policiais rodoviários e engenheiros irão aos locais e elencarão providências. Inclusive estruturais, se necessário.
– Nos casos indicados, vamos fazer passarelas, colocar lombadas e mudar o traçado das vias, se a solução for essa – garante o engenheiro mecânico Rodrigo Kleinübing, perito criminal e coordenador da Câmara de Segurança Viária do comitê.r
Fonte: Zero Hora
21/7/12
Humberto Trezzi

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Motoboys devem se adaptar às novas regras da profissão até 4 de agosto de 2012

Legislação que regulamenta a atividade estabelece os requisitos mínimos de segurança para mototáxi e motofrete
Para ser motoboy, a partir do dia 4 de agosto de 2012, será necessário ter, no mínimo, 21 anos e carteira de habilitação na categoria “A” com validade de pelo menos dois anos. A legislação que regulamenta a profissão de motoboy no Brasil e estabelece os requisitos mínimos de segurança para mototáxi e motofrete estipula ainda que o condutor terá que apresentar certidão de antecedentes criminais e comprovante de curso de qualificação, com aulas sobre segurança, ética, disciplina, legislação e vários outros temas, aprovado pelo Detran.
 Os motoristas com mais de 21 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não poderão mais exercer a atividade.
Contudo, as mudanças provenientes da Resolução nº 356 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) não são somente para os motoristas, conforme explica a advogada da IOB Folhamatic, Milena Sanches: as motocicletas deverão conter protetor de motor “mata-cachorro”, aparador de linha antena “corta-pipa” e dispositivo para transporte de carga.
 “Aqueles que não estiverem de acordo com a lei, terão que arcar com multa mínima no valor de R$ 191,54”, informa a especialista em Direito do Trabalho, salientando ainda que os motoboys deverão submeter seus veículos a vistorias semestrais estabelecendo, dessa forma, os requisitos mínimos de segurança tanto para mototáxi, quanto para motofrete. “Além disso, o artigo 139-A do Código Brasileiro de Trânsito estipula que as motocicletas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias só podem circular com autorização emitida pelo Detran”.
Com a regulamentação das profissões de motoboy e mototáxista, prevista na Lei nº 12.009/2009, a partir da vigência da Resolução do Contran, serão vedados os motofretes para transporte de combustíveis, produtos tóxicos ou inflamáveis, com exceção do gás de cozinha e de galões de água mineral. “Nesses casos, a motocicleta deverá conter o ‘sidecar’, um dispositivo anexado a moto, especial para esse tipo de transporte. Quando em serviço, o motoboy deverá estar vestido com colete e capacete retrorrefletivos, aprovados pelo Contran”, pontua Milena.
A norma também disciplina que a pessoa ou empresa que contratar os serviços de um motoboy será responsável por danos cíveis oriundos do descumprimento das normas relativas ao exercício da atividade. “Há alguns anos, a profissão de motoboy nem existia na lei. Hoje, essa nova regulamentação pode ajudar a vida desses profissionais. Atualmente, são inúmeras as empresas que utilizam os serviços dos motoboys e a profissão, por si só, é de alto risco. Com certeza, essas determinações trarão mais segurança para os motoboys de todo o Brasil”, finaliza a advogada.

Fonte: http://revista.penseempregos.com.br/especial/rs/editorial-empregos/

domingo, 15 de julho de 2012

Para especialistas em trânsito, mudança não virá a curto prazo


Psicóloga diz que campanha da CET é ineficaz. Diretores de educação no trânsito explicam como é desafiador mudar os hábitos da população
Mudar hábitos de pedestres e condutores tem sido um desafio para a cidade de São Paulo. Diante dos alarmantes índices de mortalidade no trânsito, com 19 pessoas atropeladas por dia e 630 mortes no último ano, segundo dados da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), a prefeitura colocou em prática a campanha de respeito à faixa de pedestres. A partir disso, o iG ouviu especialistas e foi em busca de cidades em que o pedestre é respeitado - graças a programas educacionais ou intensa fiscalização.
A psicóloga e neuropsicanalista, Eliana Nogueira do Vale, explica que o primeiro passo de uma campanha efetiva, que envolva mudança da população, é colocar as partes envolvidas em um cenário positivo. “É necessário mostrar aos pedestres e condutores como eles são importantes para fazer o ambiente funcionar”.
Buscar uma convivência melhor entre as partes é algo necessário, explica Eliana. Porém, o tempo que isso pode levar precisa ser considerado. “O processo de reeducação, exige uma modificação mental com uma reprogramação do cérebro para a criação de uma nova memória”. Isso demanda tempo e pode variar para cada ser humano. “Depois de uma ação ser repetida várias vezes, se torna mais fácil até virar um hábito”, conta.
Para Eliana, a atual campanha da CET é “ineficaz e não produzirá resultados a médio prazo”. Muitos ensinamentos que aprendemos são por imitação e pressão social. Diante disso, a campanha necessita ter maior impacto local. Já na segunda fase do programa, a CET atua em 1% da cidade – nas consideradas Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre.
“Não dá para prever quando a massa irá aderir novas atitudes, seja de forma repressiva ou não. Com o correto investimento, será desenvolvida a consciência com ‘C’ maiúsculo”, brinca. E foi exatamente o que aconteceu na cidade de Brasília, no Distrito Federal, segundo o professor da Universidade de Brasília (UnB) e presidente do Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito (IST), David Duarte Lima.
“Ficou entendido que o uso correto da faixa de pedestre tem ligação direta com a qualidade de vida e segurança. Independentemente de ordem de governo ou polícia. Isso é bom para todos”. Segundo o professor, o ponto mais interessante foi como a população incorporou a campanha. “A partir do momento que você desce do carro, passa da condição de motorista para pedestre. Todos nós somos os dois personagens em algum momento”, diz.
Lima explica que a fiscalização com aplicações de multas é necessária, porém possui efeito rápido. “O caminho educativo é um processo longo, mas com efeitos mais duradouros”. Concordando com a psicóloga Eliana, o professor ressalta que com o hábito a própria pessoa passa a se fiscalizar. “Cada um é o seu próprio agente de trânsito”, conclui.
O ponto interessante ao comparar São Paulo com outras cidades é perceber que, segundo autoridades de trânsito, tanto Brasília como São José dos Pinhais, cidade da região metropolitana de Curitiba, apresentam baixos índices de mortalidade no trânsito pelo “constante monitoramento das condições de tráfego”.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tire dúvidas sobre como controlar o carro em situação de risco

Uma velocidade controlada previne contra grandes sustos na estrada.

Manter os pneus em boas condições ajuda a evitar a aquaplanagem
Apesar de dirigir com todo o cuidado, prestar atenção e seguir a sinalização, o caminho do motorista está sujeito a surpresas o tempo todo. Algumas vezes esses imprevistos podem ser um tanto desagradáveis. Em razão disso, ao se deparar com uma situação diferente é preciso reagir com rapidez e, ao mesmo tempo, com a calma necessária. Para conseguir essa proeza, um pouco de informação ajuda, e bastante.
Uma situação que pega muita gente de surpresa é a aquaplanagem. Com a pista molhada uma fina camada de água pode se formar entre os pneus e o solo. Essa camada faz com que o carro perca o contato com o chão e assim o automóvel pode deslizar sem controle algum do motorista. Em geral a aquaplanagem pode ocorrer acima dos 50 km/h, mas conforme o volume de água já pode interferir no controle do carro mesmo aos 30 km/h. Manter os pneus em boas condições ajuda a evitar esse imprevisto.
Mas se você se deparar com uma condição dessas, o melhor a fazer é tirar o pé do acelerador gradativamente. Não pise na embreagem, é de extrema importância manter o veiculo engrenado, principalmente nessa situação. Não pise no freio nem vire o volante bruscamente. É importante manter o carro em linha reta. Ao perceber que o carro está perdendo o contato com o solo, alivie o pé do acelerador e vire suavemente a direção para direita e par esquerda até sentir que o contato com chão foi restabelecido.
Uma derrapagem também é situação que amedronta motoristas. Nos carros com tração nas rodas dianteiras a tendência é sair de frente, ir reto em uma curva, por exemplo. Se acontecer isso com você, não pise no freio, tire o pé do acelerador e gire o volante para dentro da curva com a intenção de retomar a trajetória da pista.
Já nos automóveis com tração nas rodas traseiras a tendência é sair de traseira, ou seja, a parte dos fundos do carro escorrega para o lado de fora da curva. Nesse caso tire o pé do acelerador e gire o volante para o lado contrário da curva até que o automóvel recupere a trajetória e fique reto para a curva.
Lembre-se que qualquer carro pode sair de frente ou de traseira. Se for a frente que desgarrar vire o volante para a curva. Se for a traseira que desgarrar vire o volante para o lado contrário. Em qualquer condição retome a aceleração de forma gradativa.
Outra situação mais corriqueira na vida dos motoristas são os buracos. Sempre presentes nas estradas e nas cidades, é importante desviar deles sim, mas tomando o devido cuidado para não comprometer a segurança. Velocidades elevadas dificultam uma eventual necessidade de desvio e também pode comprometer o controle do carro. Por isso, algumas vezes é melhor ter uma roda amassada ou um pneu estourado do que descer barranco abaixo. Se perceber que não vai conseguir desviar de um buraco, mantenha o volante reto e não pise bruscamente no freio. Só o fato de aliviar o acelerador já ajuda.
Se ao passar por um buraco o pneu estourar ou esvaziar com o carro em movimento, não pise no freio. Provavelmente a direção vai puxar para um dos lados, mas tenha calma e procure manter o veiculo em linha reta. Tire o pé do acelerador e deixe o carro perder velocidade. Quando tiver o controle do carro indique a parada de emergência e saia para o acostamento. Lembre-se que muitas vezes um pneu furado pode ser uma cilada, assim procure encostar o carro em local que julgue ser seguro, mesmo que tenha que andar um pouco mais com velocidade reduzida.
Uma boa dica é, após pegar um buraco e não tiver o pneu furado ou estourado, faça uma inspeção para verificar se não surgiu uma bolha ou alguma rachadura. Se acontecer isso, mantenha esse pneu no estepe, ou nas rodas traseiras.
Ricardo Lopes da Fonseca

domingo, 8 de julho de 2012

Falta de conhecimento de regras faz crescer acidentes com ciclistas

Somente em 2010, 260 ciclistas perderam a vida no trânsito no estado de São Paulo. Quando as leis de trânsito não são respeitadas, o perigo aumenta muito. Os congestionamentos estão fazendo da bicicleta uma opção de meio de transporte cada vez mais comum nas grandes cidades brasileiras. Mas a falta de conhecimento das regras de trânsito por parte de ciclistas e motoristas fez o número de acidentes crescer. Veja na reportagem de Cesar Menezes. Foram duas cirurgias e Wesley ainda tem seis meses de fisioterapia. “Veio um carro atrás, foi desviar do buraco e bateu na bicicleta em que eu estava”, conta o estudante Wesley Lima. O número de ciclistas internados por causa de acidentes no estado de São Paulo aumentou. Só em 2010, 260 ciclistas perderam a vida no trânsito. Na disputa por espaço nas ruas e avenidas das cidades brasileiras, sofre mais quem é mais fraco. E quando as leis de trânsito não são respeitadas, o perigo aumenta muito. Basta um passeio por São Paulo para mostrar que essa é a realidade. Instalamos uma câmera no capacete de um ciclista experiente. Antes de sair, ele dá uma dica. “Você tem que conhecer o local em que está pedalando. Tem que conhecer a via, estudar a via. Faça o trajeto de bicicleta em um final de semana, quando é mais tranquilo, com alguém experiente”, sugere o consultor em mobilidade André Pasqualini. E vá com atenção. Um motorista distraído abriu a porta do carro e quase provocou um acidente. Mais à frente, uma ultrapassagem sem cuidado. E outro ciclista é fechado. Quem anda de bicicleta reclama dos motoristas. “Muitos não conhecem ou fingem que não conhecem a lei. Não cumprem a lei”, diz o desempregado Ademar dos Santos Branco. Mas ciclistas também ignoram as regras. Vão na contramão, na faixa de pedestre, desrespeitam o semáforo. Pedalar na calçada, não tem desculpa. Leis existem, mas não são aplicadas porque não foram regulamentadas. “Não há ainda todo o cadastramento das bicicletas. Então, não se tem como fiscalizar”, argumenta Irineu Gnecco Filho, da Companhia de Trânsito de São Paulo. Na falta da lei, a cidade tem investido em campanhas de educação. A segurança do ciclista é maior com capacete e roupas claras, quando ele sinaliza antes de uma conversão, evita avenidas movimentadas, trafega na lateral da pista e respeita as leis de trânsito. Fonte: Edição do dia 07/07/2012 07/07/2012 20h51 - Atualizado em 07/07/2012 20h55

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Falha humana é principal causa em 90% dos atropelamentos em São Paulo

Acidentes ocorrem seja por imprudência dos motoristas ou dos pedestres. Vítimas contam como sobreviveram e como lidam com a morte
O índice de mortes de pedestres em São Paulo é alto e exige atenção das autoridades de trânsito. Segundo a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), 90% das ocorrências tem como principal causa o fator humano. A imprudência, presente tanto no volante como nas ruas, tem sido fundamental para manter São Paulo como uma das cidades mais perigosas do País no trânsito. De um lado o pedestre se arrisca atravessando fora da faixa e "apertando o passo" nas ruas, e do outro o motorista, que simplesmente ignora a preferência do pedestre.
A combinação tem sido mortal, dizem especialistas. O iG escutou algumas vítimas do trânsito de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Os relatos dos entrevistados - tanto na posição de vítima como na de infrator - são similares. 'A passarela estava muito longe' ou 'eu estava indo logo ali' são desculpas utilizadas pelos pedestres. Do outro lado, 'eles são muito devagar' ou 'parecem que são donos da rua' são as reclamações de alguns motoristas que justificam a direção ofensiva.
Guerra Civil:
"A convivência entre carros e pessoas em São Paulo é tão perigosa e devastadora que toda vez que chego ao meu destino, me considero um sobrevivente. Virou uma guerra civil", diz o professor de dança de salão Luy Romero, que sofreu uma grande perda neste ano.
Warley de Souza, de 37 anos, companheiro de Luy havia 6 anos e também bailarino, foi atropelado, no dia 9 de abril, às 22h40, por carros que disputavam um racha no cruzamento da rua Capitão Pacheco e Chaves com a avenida Dianópolis, no bairro da Vila Prudente, em São Paulo.
Luy conta que o companheiro trabalhava em Santo André e, no momento do acidente, estava a poucos metros de casa. "Conversava com ele pelo celular. Ele disse que, por medo de ser assaltado, deveríamos desligar. Quando disse ‘tchau’, só pude ouvir a gritaria". No momento, o bailarino, que atravessava corretamente pela faixa, havia sido atingido por um carro em alta velocidade e lançado a cinco metros do solo. Warley caiu com a cabeça no asfalto, lesão que o deixou em coma por dois meses.
A dupla, conhecida como Luy e Ally, liderava a Companhia de Dança Ally Hauss, nome artístico da vítima. Juntos se apresentavam pelo País com números de dança indiana e neotribal. Com o acidente, Luy passou a assumir compromissos do grupo pensando que "um dia ele vai retornar para assumir tudo, como deixou". Segundo ele, a total recuperação de Warley, bailarino há 19 anos, sempre foi considerada "sonho" por médicos da UTI, do Hospital Heliópolis, onde o companheiro seguia internado.
"Minha rotina mudou completamente. Tudo o que faço agora é por ele, pensando em como recebê-lo. Se for preciso ensiná-lo a dançar outra vez, eu faço", contou emocionado. O grupo já estava alcançando os palcos internacionais - com apresentações agendadas na África, Estados Unidos e Chile.
"Seria um salto em nossa carreira. A companhia está parada, todos esperamos por ele". Mas a espera acabou. No último contato do iG com Luy, com traumatismo craniano e infecções adquiridas em seu tempo internado, o professor não resistiu e morreu dia 22. “O sonho da academia não irá morrer, nenhum agressor vai me tirar isso. Sem escolha, seguiremos sem ele”.
Sobreviventes
A analista de Recursos Humanos Tânia Mara Salini enfrentou aos 17 anos o "maior susto de sua vida", segundo ela. Hoje, sete anos após o acidente, Tânia ainda possui a cicatriz que não a deixa esquecer o dia em que ela resolveu atravessar fora da faixa de pedestres, em Jacareí, cidade do interior de São Paulo.
Em março de 2004, por volta das 17h, Tânia seguia a pé pela rodovia Nilo Máximo, estrada que segue à cidade de Santa Branca, para buscar o primo na escola. Ela conta que por ser horário de pico, por volta das 17h, o excesso de veículos possibilitava uma travessia "segura". Quando ameaçava atravessar, um caminhoneiro decidiu “ajudá-la” fazendo sinal com o braço indicando que ela poderia cruzar a via sem medo. Ela confiou. A visão de uma Kombi vindo em sua direção, no outro sentido da rodovia, é a ultima imagem que ela se lembra.
"Confiei nele, pensando que ele tinha uma visão melhor da pista. Olhei para o lado e vi o carro. Só deu tempo de fechar os olhos e esperar". Para ela, a faixa de pedestre não era uma opção já que "estava muito longe, a uns 500 metros dali". A ousadia rendeu à analista um ombro e cotovelo fraturados. Ao todo, recebeu seis pinos no braço direito, nove pontos no ombro e dez no cotovelo.
Mesmo depois de um longo processo de recuperação, com sessões de fisioterapia e sequelas, o trauma de atravessar fora da faixa durou seis meses. "É triste, confesso que não aprendi. Cheguei a ter medo de fazer isso novamente, passava perto da rua e me arrepiava. Só que isso durou pouco, ainda abuso", confessa.
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