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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Veja como evitar bater o carro no trânsito

Veja como evitar bater o carro no trânsito
Em São Paulo são registrados cerca de três acidentes por hora com vítima.G1 convidou o piloto Roberto Manzini para dar dicas de direção defensiva.
Milene Rios Do G1, em São Paulo
Não há um dia sequer que o motorista passe pelas ruas e avenidas mais movimentadas de São Paulo e não veja, ao menos, um acidente de trânsito. Para se ter uma ideia, segundo o último balanço divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), apenas na capital paulista ocorreram 27.739 acidentes envolvendo vítimas em 2008, o que corresponde a 76 acidentes por dia, uma média de três acidentes por hora.
Isso sem contar pequenas batidas, sem vítimas, que não chegam a ser registradas pela CET. De acordo com a pesquisa, desse total, 18.495 são colisões ou choques, número que representa 66,7% dos acidentes. Mas onde está a causa? Nos motoristas.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) os fatores comportamentais, como desatenção, imprudência (sem cuidado) e imperícia (sem habilidade) são responsáveis por 50% dos acidentes de trânsito.
CLIQUE AQUI E CONFIRA OS VALORES DAS MULTAS DE TRÂNSITO Para mostrar os riscos que os condutores estão expostos todos os dias ao sair de casa, o G1 convidou Roberto Manzini, ex-piloto e diretor do centro de pilotagem que leva o seu nome, para dar uma volta por São Paulo e apontar quais os principais erros cometidos ao volante.
Antes de sair com o carro é fundamental achar uma posição segura para dirigir. “O motorista deve aproveitar todas as regulagens do veículo, como altura do banco, do cinto de segurança e do volante”, diz Manzini.
“Não há uma regra para se posicionar, o recomendado é encontrar uma distância que o condutor consiga administrar o volante com agilidade, sem ficar muito próximo para não incomodar as pernas”.
Ao trocar de pista, dê seta
Tudo pronto é hora de partir. Logo no início do percurso já notamos um vício perigoso: grande parte dos motoristas não dão seta. “É fundamental que o condutor sinalize o que pretende fazer, assim quem vem atrás já começa a se precaver e quem está à frente, no sentido contrário e até o pedestre têm condições de prever o que vai acontecer”.
Alguns quilômetros percorridos e já fomos obrigados a reduzir a velocidade. Segundo Manzini, um dos grandes problemas do fluxo de São Paulo são as paradas desnecessárias.
“O motorista tem que acertar a velocidade de acordo com o tráfego e, claro, dentro dos limites estabelecidos. Desta forma, ele evita o anda e para que também aumenta o consumo de combustível, aumenta o cansaço de quem está dirigindo e, consequentemente, aumenta o risco”.
Foto: Tiago Marconi/G1 Carro invade faixa de pedestres e avança no sinal vermelho (Foto: Tiago Marconi/G1)
Sinal fechado à frente, o melhor a fazer é ir reduzindo a velocidade. “Ao parar o carro o ideal é encostar o máximo para facilitar a passagem das motos”, diz o ex-piloto.
“As motos podem circular entre os carros, mas, por serem a parte mais frágil, devem fazer isso com prudência, em baixa velocidade e ficar atento à possível falta de atenção dos motoristas de automóveis”.
Dê preferência
Caso aviste um veículo à frente dando seta, o motorista deve diminuir a velocidade e não acelerar para garantir a sua posição. “Se o carro à frente sinalizar que vai ultrapassar outro veículo, ele já iniciou a manobra, então a preferência é dele”, afirma Manzini. “Neste caso, o condutor deve controlar a velocidade, olhar no retrovisor para ver se vem alguém atrás ou ao lado e mudar de faixa, lembrando que é proibido ultrapassar pela direita”. Outro hábito muito comum é andar “colado” ao veículo da frente. “O motorista deve parar em uma distância que caso ele precise sair para esquerda ou para direita ele consiga, sem precisar dar marcha ré ou fazer qualquer outra manobra”, diz o ex-piloto. “Nesta distância, caso o carro da frente resolva parar de repente o veículo consegue frear com segurança”.
Manter um bom espaço do carro à frente e uma velocidade compatível com o trânsito também permitem que o motorista enxergue a rua e consiga desviar de buracos sem precisar mudar bruscamente de trajetória. “Por ser brusco o motorista pode perder a direção, atropelar uma moto, fazer um carro bater na lateral do carro ou bater na lateral de outro veículo”. Por isso é preciso estar atento o tempo todo. “Talvez a maior causa de acidentes de trânsito hoje seja o celular”, afirma Manzini. “Ao falar no celular enquanto dirige o motorista desvia a atenção e depois que bate não sabe explicar como foi que aconteceu”.
Nem depressa, nem devagar
Para os cautelosos demais um alerta: andar muito devagar pode ser tão perigoso quanto dirigir em altas velocidades. “Pelo Código de Trânsito o condutor não pode andar na faixa da esquerda 50% abaixo da velocidade limite, então em uma faixa expressa na qual o limite é 90 km/h, se o motorista andar a 44 km/h está cometendo uma infração de trânsito”. Por outro lado, andar em velocidade acima do limite permitido pode custar a vida. “A maior disputa do motorista é sair e voltar inteiro para casa. Quem consegue isso é o grande vencedor”.
Fonte: O Portal de Notícias da Globo 03/08/09 - 06h08 - Atualizado em 03/08/09 - 07h55

11 comentários:

Lisette Feijó disse...

Sem duvida que o fator humanos é importante, mas não podemos esquecer que a via e o carro também são fatores de risco pois um depende do outro para um bom desempenho.
Nem sempre o motorista é o culpado, talvez seje mais fácil culpa-lo.

ONG ALERTA disse...

A ong alerta defende um tripé o veículo, motorista e a via, 33% para cada todos tem sua responsabilidade, motoristas conscientes, veículos manutenção e vias sinalizadas, conservadas...

Ricardo Conceição disse...

Evitar sempre, mas acidentes acontecem, precisamos melhorar o que for preciso para diminuir o número de mortes no trânsito.

Lu Citadin disse...

Uma excelente dica e um alerta para os motoristas,precisamos pensar no outro ao sair de casa e não achar que as "ruas foram feitas pra nós...."
Parabéns!

Maria Inês Mascarenhas disse...

Precisamos de mais respeito de todos pedsters e motoristas.

Túlio Ramos disse...

Realmante sair todo dia de carro é um risco constante as pessoas nem se dão conta, mas cada um tem que fazer sua parte cuidado sempre,

Mariana disse...

A responsabilidade deve ser de todos e por isso que devemos ficarmos em alerta pelos outros que não fazem a sua parte.
Adorei esta matéria.

Fernanda Guerra disse...

Sim a matéria é ótima mas precisamos que todos leem e ajudem a fazer correto.

Jurandir Santos disse...

Deveria ter um comercial sobre este assunto ou alguma novela que foque segurança nas estradas para todos verem e acharem bacana, porque fica tudo na mesma.

Sonia Ramos disse...

Muito dezzzzzzz vamosinformar o pessoal.......

Anônimo disse...

O problema é que todos sabem tudo até...parabéns pelo teu trabalho te admiro.