Um manifesto pela legalização

TRANSPORTE
Um manifesto pela legalização
Mototaxistas e motoboys fizeram protesto pedindo a regulamentação da profissão em Santa Maria
Diante da possibilidade de uma reivindicação antiga virar realidade, os mototaxistas de Santa Maria não perderam tempo. Ontem à tarde, mais de 50 pessoas que vivem da atividade fizeram uma manifestação, percorrendo algumas ruas do Centro, para pressionar a prefeitura a agilizar a regulamentação da profissão na cidade.

É que no último dia 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que regulamenta a atividade de mototaxista e motoboy em todo o país, mas cada município deve decidir se vai implementá-la ou não em seu território.

– Para nós, isso ajudaria a organizar o serviço – avalia o presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Santa Maria (Sindimoto), Carlos Alberto Gonçalves Soares.Entre os participantes do protesto, a luta pela legalização da profissão é justificada por uma série de prejuízos que a falta de controle da atividade vem causando a quem depende do serviço. Sem regulamentação, não há fiscalização e, consequentemente, tornar-se um mototaxista vira só uma questão de vontade.

– Hoje, qualquer pessoa é mototaxista. Ficou desempregado, vira mototaxista. A regulamentação padroniza as motos e define quem pode fazer o serviço, mas a prefeitura precisa garantir a fiscalização também.

A gente gasta para cumprir as exigências, e ninguém fiscaliza? Aí, não dá – avalia Rodrigo Wachter, 27 anos, há sete trabalhando no ramo.Lei municipal – O secretário municipal de Controle e Mobilidade Urbana, Sérgio Medeiros, disse que, por enquanto, está buscando informações que possam respaldar a implantação ou não da lei que regulamenta a profissão de mototaxista e motoboy na cidade.

– É algo extremamente complexo, que não se resolve da noite para o dia. Não é só Santa Maria, mas todas as cidades estão estudando a questão – disse Medeiros, sem falar em datas para discutir o assunto com representantes da categoria.
MAIS
Medidas
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) ainda vai decidir o formato do curso profissional que os motociclistas terão de fazer e as punições aos que não cumprirem as exigências da lei
Fonte: Diário de Santa Maria, 05/08/09