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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mascote do trânsito é convidado a visitar a BR -116

A RAPAZIADA DA ÉRICO
É uma rapaziada viva a da Escola Érico Veríssimo. Testemunhei semana passada, quando fui falar a eles, um bate-papo, afinal de contas, que a vida é troca permanente. Conversei com os alunos do 2° e do 3° ano do ensino médio, e aquilo foi um interesse vivo, o tempo todo. Conversamos sobre tudo, que jornalismo, educação, aprendizado e vida permitem falar sobre qualquer tema.E nem poderia ser diferente, surgiu no meio o assunto da BR.
Faz parte da realidade deles conviver com os perigos da rodovia todo santo dia. A estrada passa a 50 metros do portão da escola. O pessoal da Érico perdeu um coleguinha em dezembro de 2008, 11 anos ele tinha. Dessa forma, esse pessoal da Érico é próximo, pode-se dizer íntimo, dos perigos e da insegurança.
Muitos deles convivem com o risco enorme de ter de atravessar a 116 todo dia, em horários de pico, como são no início e final das manhãs e tardes, quando um verdadeiro trem passa pela BR. É carro, caminhão e ônibus que não para mais, em fila, e não sobra chance para atravessar.Disse-me uma aluna que alguma coisa precisa ser feita, pode ser passarela, mas pode ser sinaleira também.
E perguntou-me em que pé estamos, afinal. Alguma coisa foi feita, alguma providência, alguma iniciativa? Nada, tive de falar, sem saber que uma nova tragédia se avizinhava no São Ciro, ainda que o menino de 15 anos que agora morreu não fosse aluno da escola, mas a rapaziada de lá tem bem a noção do que uma perda assim significa.O pessoal do 2° ano da Érico está fazendo um jornal e anda atrás de assunto.
Tristemente, tem mais um aí, uma nova tragédia. Não são poucos os que torcem a cara para o jornalismo porque ele vive de notícias ruins. O que se há de fazer? Bem que era melhor noticiar uma passarela em São Ciro, uma manchete para o jornal do 2° ano, mas essa notícia não nos é oferecida. Em vez disso, a Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade criou um mascote para o chamado Programa de Humanização do Trânsito.
O mascote, que se pretende um símbolo para essa humanização, tinha por obrigação visitar imediatamente o pessoal da Érico. Deveria ir lá, mostrar-se parceiro nessa empreitada de humanizar a BR-116. Falei com a diretora, ela confirmou que a escola faria gosto na visita. Mas será que o mascote vai? Tenho lá minhas dúvidas
Fonte: COTIDIANO CIRO FABRES -Jornal Pioneiro

2 comentários:

ONG ALERTA disse...

Urgente uma passarela são apenas crianças! Não tem que conviver com o perigo deste jeito, que absurdo.

Ricardo Conceição disse...

A escola deveria sair deste local perigoso.