MOTOS NO TRÂNSITO
Entregadores são as principais vítimas
O preço das corridas contra o tempo tem sido alto para muitos motociclistas. O número de profissionais em serviços de entrega domiciliar cresce pelas ruas do Estado. E são eles as principais vítimas dos acidentes de trânsito.
Entregadores são as principais vítimas
O preço das corridas contra o tempo tem sido alto para muitos motociclistas. O número de profissionais em serviços de entrega domiciliar cresce pelas ruas do Estado. E são eles as principais vítimas dos acidentes de trânsito.
Quem sobrevive a uma queda ou colisão guarda no corpo as marcas da violência. Daniel Luiz de Jesus, de 26 anos, já sofreu dois acidentes de moto. Em 2004, o entregador de salgadinhos precisou fazer uma operação no braço depois de fraturá-lo. Agora é a perna direita que precisa de cuidados. Na última colisão, com um caminhão, no final de
maio, ele fraturou com exposição a tíbia e a fíbula. Hoje, ele frequenta sessões de fisioterapia no Centro de Reabilitação Catarinense.Para o especialista em programas de segurança no trânsito, J. Pedro Corrêa, que lançou o livro 20 Anos de Lições de Trânsito – Desafios e Conquistas do Trânsito Brasileiro de 1987 a 2007, o fenômeno dos motoboys é o problema mais devastador enfrentado nos últimos anos pelas autoridades de trânsito.
– Na década de 1980 as dificuldades econômicas do país empurraram os trabalhadores para fora de seus empregos, jogando-os na informalidade. De outro lado, a indústria de motocicletas começou a despejar produtos com preços jamais vistos. Foi assim que oferta e demanda de motos namoraram, casaram rápido e prometeram uma união longa e complicada – escreveu o pesquisador.
A constatação é facilmente observada nos pátios dos postos da Polícia Rodoviária Federal, onde 95% das motos acidentadas e depositadas têm de 125 a 250 cilindradas.– De um lado está o mercado de trabalho, que não oferece emprego para mão de obra menos qualificada; de outro, a facilidade de aquisição de motos de baixa cilindrada por preço acessível – completou o especialista.
De acordo com as autoridades policiais, é alta a frequência com que proprietários de motos são detidos sem carteira de habilitação. Muitos compram a moto primeiro e depois ficam sem dinheiro para fazer a carteira de habilitação.
Ou seja, esquecem do principal.Profissão está regulamentadaDepois da sanção do presidente Lula à lei que regulamenta a profissão de mototaxistas, no dia 30, o Secretário de Transportes da Capital, João Batista Nunes, anuncia que uma área técnica já está estudando a legalização da atividade.
De acordo com a Associação dos Mototaxistas de Florianópolis, que comemorou a decisão, a cidade tem pelo menos mil profissionais em serviços de entrega.Em Santa Catarina, duas cidades têm lei que ordena o trabalho dos mototaxistas. Em Blumenau, no Vale do Itajaí, a regulamentação existe desde 2001. Em Balneário Camboriú, no Litoral Centro-Norte, desde 1997.
Fonte: diario.com.br, 03/08/09
2 comentários:
Muito boa opção da moto mas cautela, andar devagar, cuidado no trãnsito são fundamentais.
Acidentes com motos esta no limite regras e multas mais rigorosas ajudam a pensar 2 vezes.
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