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domingo, 1 de março de 2009

Painel RBS-Violência no trânsito

Emocionado, Paulo Feijó fala sobre violência no trânsito
Vice-governador que perdeu a filha em acidente de carro esteve no Painel RBS
Um mês depois da morte da filha, o vice-governador Paulo Feijó e sua mulher Lisette Feijó deram depoimentos emocionados no Painel RBS sobre violência no trânsito nesta manhã.
Eles perderam a filha Alessandra em um acidente de carro na Capital.
— Como pai, estou inconsolável e como homem público peço desculpas a todos aqueles motoristas e passageiros que andam pelas ruas hoje. Porque lamentavelmente o serviço público, no que diz respeito à segurança da via pública, é ineficaz — afirmou o vice-governador.
Logo após o depoimento do marido, Lisette chorou ao fazer um apelo aos jovens e às instituições para que tenham prudência no trânsito: — Não é fácil estar aqui. Como mãe, é um vazio tremendo que a gente tem. Não é dor no corpo.
É um vazio que eu vou levar para o resto da vida.
Gostaria que os jovens prestassem mais atenção porque os jovens acham que podem tudo. Nós todos já fomos jovens, nós todos já achamos que podíamos tudo... É natural... Cabe, à educação na escola, às revendas de carro, mostrar os cuidados maiores que os jovens devem ter.
O que queremos aqui, hoje, é que outras famílias não passem o que a gente está passando.
É muito difícil. E que os jovens comecem a tomar mais cuidado, prestar mais atenção.
Que sirva de exemplo — infelizmente minha filha — para eles cuidarem mais no trânsito.
A presidente da Fundação Thiago Gonzaga, Diza Gonzaga fez um apelo à conscientização. Dirigindo-se ao vice-governador, ela compartilhou seu sentimento em relação a perda do filho Thiago, que morreu em um acidente de carro há 13 anos.
— Não é a ordem da vida. As pessoas dizem que o tempo ajuda, que o tempo diminui a dor. Não é verdade, viu Paulo e Lisette. A gente tem que aprender a caminhar com essa dor a dor diminui, mas não é verdade. A gente vai caminhar sempre com essa dor todos os dias, com algumas recaídas. Confesso que para mim o mês de maio é muito difícil.
Meu filho nasceu no mês de maio e se foi no mês de maio. Se eu pudesse, até hoje, 13 anos depois, eu arrancaria esse mês do calendário. Mas tem que caminhar — disse ela. Questionada sobre a força que a move para manter a fundação que trabalha há 12 anos na conscientização de jovens, Diza respondeu: — Essa força vem do meu filho, do Thiago.
Da alegria daquele jovem lindo, de 18 anos, que eu fui levar em uma festa e que infelizmente pegou uma carona sem volta... Quero aproveitar esse momento para dizer que tem vaidade nisso também. Para mim, como para vocês a Alessandra era o ser mais especial, mais bonito, mais inteligente. Para mim o Thiago era o mais inteligente, o mais bonito.
Eu não podia deixar que ele virasse mais um número nessa fria estatística. Também queria evitar que outros pais como eu perdessem filhos. Meu filho não é um número, a morte dele não foi em vão. Existe uma fundação, um trabalho diuturno porque eu não credito em campanha em véspera de feriado, acredito em educação. É só através da educação, da mobilização da sociedade que a gente vai salvar muitas Alessandras, muitos Thiagos, muitos Fernandos, muitos Rodrigos.
Fonte: Zero Hora

Um comentário:

Anônimo disse...

Não tem o que dizer, paz e luz.