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sábado, 13 de novembro de 2010

VIDAS AUSENTES

Vidas ausentes
A cada cinco horas, uma família é dilacerada pela notícia da morte brutal em acidentes no trânsito gaúcho. Histórias particulares se condensam em estatísticas, como as 1.405 vidas ceifadas de janeiro a outubro deste ano, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Do total, 359 não chegaram aos 30 anos de idade – e 259 ficaram entre os 18 e 24 anos. Atordoados diante da lógica invertida, casais que perderam filhos eternizam a última lembrança de seus tesouros: o quarto.
O colorido impregnado no dormitório juvenil contrasta com o caminho acinzentado que os pais passaram a percorrer. As flores, a luz da vela e os adornos típicos de quem, aos 18 anos, ainda tateava no mundo adulto são os itens visíveis do quarto de Alessandra Andreolla Feijó, filha do empresário e vice-governador Paulo Afonso Feijó, 52 anos, e da professora de educação física Lisette, 49 anos.
– Nos primeiros seis meses eu dormia aqui, vez por outra. A sensação é de que, no quarto, estamos mais perto. Era o cantinho dela – conta Lisette.
Luanda Patrícia, filha dos empresários Eliane, 37 anos, e Roque Redante, 43 anos, de Guaporé, também tinha 18 anos quando partiu. O dormitório rosado ficou intacto. Num bloco, Luanda deixou rabiscados 45 desejos que ela calculava alcançar antes dos 35 anos. Cumpriu, pelas suas anotações, apenas três: “dançar em cima de um palco loucamente”, “dormir com a roupa que saiu” e “viajar com as amigas”.
Em Flores da Cunha, a empresária Noeli Agostinetto, 38 anos, mãe de Willian, 19 anos, quis fazer diferente. Logo após a morte do adolescente, tentou se desfazer de tudo, mas já na primeira doação, o coração apertou. Ela e o marido, Cladecir, 44 anos, acabaram vencidos, e as recordações de azul até hoje predominam nos 11 metros quadrados do cômodo incólume.
Ezequiel foi fruto da oitava tentativa de Marta Maria Pretto de engravidar. Quinze anos depois, com a morte do marido, o garoto virou a família de Marta. Mais três anos se passaram e o filho, de 28 anos, se foi, lançado contra a traseira de um caminhão.
– Eu sinto o cheiro dele. Tem vezes que é mais forte. Acho que depende de mim, de como estou – confidencia a mãe.
Quando a garganta da costureira Maria de Lourdes Webber Raupp, 59 anos, engasga, ela solta um berro, para dor da vizinhança. Dia desses, na pequena Dom Pedro de Alcântara, no Litoral Norte, gritou de saudade das traquinagens de Gabriel, 22 anos. O som, estridente, ecoou a ponto de despertar solidariedade. Ela recusou e explicou:
– Deixa eu gritar. Preciso aliviar o peito.
Na casa de Odete da Luz, 53 anos, e do marido, Edemar Rossetto, 57 anos, no município de Novo Barreiro, até a extensão do telefone é mantida no quarto de Everton, morto aos 29 anos, cuja despedida paralisou a vida do casal, há nove meses, até na arrumação da casa.
– Ele dizia que a cortina da sala incomodava. Sempre a prendia em um vaso de flores. Foi o que fez pela última vez antes de sair na tarde do acidente. Desde então, não consegui mais soltar a cortina – conta a mãe.
Os jovens tombados nessa guerra urbana deixam planos incompletos.
Mariana ainda cultivava desejos infantis, aos 11 anos, quando partiu, forçando Nara e Clóvis Rodrigues a zelar por ursos de pelúcia, Barbies, roupas e sapatos da menina, intocados desde a ausência da filha única.
As histórias se cruzam e se repetem. Pais e mães carregam consigo objetos de valor inestimável. Noeli usa a corrente e o crucifixo de Willian, e o pai, um anel do garoto. Lisette adotou a gargantilha preta com pingente dourado em forma de coração, mimo de Alessandra. Eliane não desgruda da aliança que Luanda usava no dia da partida.
A dor das famílias amplia a sensação de impotência. Sonham em mudar o cenário dessa guerra que leva para o túmulo jovens que não se alistaram. Nesta e nas próximas páginas, as imagens retratam sete histórias paradas no tempo.
Fonte: ZEROHORA.COM, 14 de novembro de 2010

>Em documentário interativo, veja o desabafo das famílias conduzido por um ensaio fotográfico.

FOTOS DE RICARDO CHAVES TEXTOS DE KAMILA ALMEIDA

56 comentários:

ONG ALERTA disse...

O quarto de minha filha esta lá e seus sonhos perdidos...uma máe jamais deveria sentir esta dor, tudo que posso fazer hoje é lutar por um tränsito seguro só que infelizmente o governo náo tem ajudado a combater as mortes fazenso sua parte.
A vida é para todos devemos fazer o nosso melhor por aqui, mas tem pessoas que levam muito tempo para entender e infelizmente o ser humano náo sabe lidar com a morte, muito se afasttam, muitos tem medo de contágio sei lá, aprendi que os verdadeiros amigos nem sempre sáo verdadeiros...
Apenas uma máe que sobrevive, como muitas que conhecemos...tentando fazer sua parte.

ELIANA-Coisas Boas da Vida disse...

LISETTE
ACABEI DE ASSISTIR O DOCUMENTÁRIO FIQUEI MUITO TRISTE COM TUDO QUE TE ACONTECEU,EU TENHO UMA UNICA FILHA E NÃO SEI O QUE SERIA DE MIM SEM ELA!
DEUS VAI TE ORIENTAR A MELHOR FORMA DE AGIR!
FICA BEM
BEIJO

Unknown disse...

o__0

SEM COMENTARIOS!

º0º

xero

Nilce disse...

Lágrimas e dor no meu peito agora com você Lisette.
Sinto tanto é a única coisa que posso te dizer.
Que Deus esteja sempre com vocês.

Bjs no coração!

Nilce

Alma Aprendiz disse...

Só posso dizer:
Tenho muito respeito pela sua dor.
Só sabe o tamanho é quem já sentiu.
Beijos de luz no seu coração.

lolipop disse...

Não tenho palavras...admiro muito a forma que encontrou de resistir, ajudando outros. Sinto muito amiga.
Que Deus possa atenuar sua dor...
Abraço apertado

Luis Nantes® disse...

Lisette, meu comentário é em cima do seu, viu? Mas é triste esperar que governos seja ele municipal, estadual ou federal, venham a fazer algo por nós... Quando fazem é porque querem algo em troca, tá?

Lisette, minha cidade, Lorena SP, fica entre as duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo... Muito próximo de Aparecida do Norte (Capital Mariana da Fé), daqui até Aparecida, tem aproximadamente 18km, pela Rodovia de maior fluxo de veiculo do Brasil, Rodv. Presidente Dutra... Nesse pequeno trecho de 18 a 20km, na vicinal da Pres. Dutra, há vários galpões de baladas, forrós e etc... Noites e mais noites baladas e bebidas... Acidentes ocorrem e ninguém dá a minima prá isso... PRF tá nem aí... É triste ter que dizer isso, mas se não acredita, venha visitar Aparecida e procura saber sobre: Vaqueiro, Santá Fé, Caipirão, Augusto, Shoperia do Gordo, Manguetal e... Esses são os maiores, coisa de 800 a 1000 pessoas de quinta a domingo cada um deles... Esses galpões, são unidades industriais falidas que viraram baladas... Autoridades sabem muito bem que ocorrem acidentes por maioria excesso de alcool e insistem ficar com os olhos fechados e responsabilizar essas baladas e seus empresários...
Perdoe-me, sei que deve se sentir mau em houvir esse tipo de negligência do poder publico, mas é a verdade, viu?
Digitei bastante, né? Quase um texto... Beijos minha linda, estou ao seu lado no que for preciso para sua luta, tá?

Coração disse...

Lisette,

Eu estou aqui em lágrimas.
Não consigo imaginar a sua dor.
Tenho um filho e não sei como viveria sem ele. Só peço a Deus que continue te dando forças, a você e seu marido.

Fique bem!
Alessandra está ao lado do Pai.


Beijos.

Mariana disse...

Sei da tua dor, e não posso ter a dimensão dela, pois somente quem sente sabe o qt é intenso.
Estou contigo nesta luta e acreditando que a Alerta fará a diferença.
Q em 2011 as palestras sejam mais intensas, venham mais convites, pois sei q por onde a ONG passa deixa semente do bem e da Vida.
Te admiro, te amo
E ergo a Bandeira da Alerta por amor ao meu Matheus e a todas as mães.

Pelos caminhos da vida. disse...

Na casa da minha mãe Constantina ficou a gde saudade dos filhos Reinaldo e José Alfredo que partiram, é muito triste ver uma mãe enterrar um filho, a minha enterrou dois, a dor da ausência, da saudade, da vontade de abraçar, de beijar, cada vez aumenta mais.
Tem uma jaqueta de couro(essa era a marca registrada do meu irmão José Alfredo, com o cheiro do seu perfume), dói, dói demais, nunca aprenderemos a lidar com essa dor, com essa perda.
Deixo aqui os meus sentimentos a vc minha gde amiga Lizette e a todos que aqui perderam tb seus entes queridos.

Bom domingo.

beijooo.

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Lisette querida!
Peço a Deus que alivie o teu lindo e sofrido coração.
Beijinhos, muitos!

Vida disse...

Me perdoe por não ter lido, pois as imagens falam por si.
Eu sei o que é ausência.
Não de um filho, mas de um PAI, que me deixou muito cedo.
O sei que é a ausência para uma mãe? Já presenciei tantas...
De tantos alunos...e, de tantas mães que deixaram seus filhos.
Sempre...parece que sou eu que estou perdendo uma vida.
Fique em paz.
Porque ela ...já está
Beijo querida.

Eliane Gonçalves disse...

Lisette,

Acabei de ler a reportagem na Zero Hora e não sei descrever o que senti...foi uma mistura de dor, com impunidade...e também de impotência...porque como ajudar, para que tenhamos um trânsito mais seguro...
Continue com seu trabalho da Ong, ele é muito importante para conscientizer as pessoas e talvez com a educação possamos modificar a realidade do nosso trânsito atual.

Dora Regina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dora Regina disse...

Lisette, estou sem palavras, não tenho noção do tamanho da sua dor, só imagino que é muito grande...
Só posso desejar que Deus a abençoe, hoje e sempre!!
Um abraço!!

Marilu disse...

Querida amiga, nenhuma palavra serve de alívio a uma mãe que perde sua filha, uma vida arrancada bruscamente, sonhos perdidos, jamais realizados, dor que não passa, e a saudade que só faz aumentar. Mas Deus te deu essa coragem de lutar para que outras famílias não passem por esse sofrimento. Beijos no teu coração

Pena disse...

Preciosa Amiga:
Um blogue imprescindível.
Necessário. De ouro puro.
Parabéns pela atitude gigantesca.
Abraço amigo de respeito.
Quando é que a Cidadania plena fará parte das pessoas em todo o lado quando estão ao volante?
Sempre a admirá-la imenso.

pena

Bem-Haja, imprescindível amiga.

chica disse...

E tua luta mostra tua força...beijos,chica

OLHAR CIDADÃO disse...

LISETTE
Meu fraterno abraço.

Vendo seu post, fico pensando, o que posso fazer, de que maneira eu posso ajudar a tornar essa dor que você e seus familiares sentem, essa ausência que nem de longe eu posso mensurar e imaginar o tamanho, menos comum, frequente e banalizada. Venho tentando através de meu blog, postar matérias que mostrem a necessidade de se encarar os crimes de trânsito como algo realmente grave, com a presença de dolo, sempre que álcool, velocidade e irresponsabilidade estiverem presentes.

O pouco que posso, faço, e faço em respeito as famílias que perderam seus entes, e em respeito a vida de tantos outros, para que não passem por tamanho sofrimento.

Seu blog é um espaço importantíssimo.

Anônimo disse...

Lisette , querida

Sem comentários , sou mãe
e entendo perfeitamente
seu sentimento , sua dor.
Só quem sabe a dor de uma saudade,
é quem perdeu alguém muito precioso.

Sábiamente Chico disse:
Saudade é arrumar o quarto de um filho que já se foi ...


Todo meu Carinho , sempre !

Bjo.

Sandra disse...

Que comovente esse post, Lisette.
Me fez chorar. Feridas assim nunca se fecham e sangram pra sempre, não é? Eu sei que sim.
No entanto, te desejo força para seguir em frente e pra alcançar o que se tornou sua meta nesta vida: vias mais seguras.

Um beijo carinhoso no seu coração.
Deus seja contigo.

Unknown disse...

Quando abri o seu blog e me dei conta do que se tratava, eu respirei fundo. Vi a foto da sua filha já com lágrimas nos olhos. Ainda estão rolando...enquanto escrevo aqui.
Não sou mãe, mas sou filha. E rezo todos os dias para que Deus não me leve ou à minha irmã antes deles, para que eles nunca passem pela dor que voce hoje,infelizmente,tem de passar. Talvez esteja sendo egoísta mas, de alguma maneira, é o certo a fazer. A pior dor do mundo com certeza é esta. É um ataque contra à natureza uma mãe ter de enterrar a sua cria.
"A experiencia é uma professora brutal; mas, voce aprende.". Postei isso no meu blog também. Esta frase é cruel mas é verdade. Talvez esse blog seja o seu aprendizado,no meio dessa brutal experiencia.
Por isso, já estou te seguindo. Paz, e que Deus te abençoe.

Everson Russo disse...

Um domingo cheio de paz pra ti querida e um bom feriado...beijos.

Michelle Louzeiro Nazar disse...

Querida Lisette... Bateu um aperto aqui no meu peito quando li esse post e também ao ler seu primeiro comentário por aqui. Nenhuma mãe deveria passar por tamanha dor! E achei tão válido você nos falar sobre as amizades que realmente ficam depois de um fato como este..parece, realmente, que as pessoas pensam que a dor é contagiosa; na verdade, era justamente na dor que mais precisaríamos de quem diz nos entender e amar e etc. Sei bem o que é isso..mas você é uma linda fortaleza, que nos encanta, nos impulsiona e nos faz ver que ainda há muito a ser feito e dito e que sua passagem na Terra é de luz e transmissão de ensinamentos. Seja cada vez mais luz por onde passar! Beijinhos minha querida amiga de blog, quem sabe um dia não nos conheçamos pessoalmente? Acredite nos sonhos dela, tenho certeza de que nem todos foram perdidos, pois você, com certeza, a ensinou sobre amar e a ser, verdadeiramente, humana.

Unknown disse...

olá passando para conheçer seu blog, parabéns

Val Du disse...

Lisette,
bom feriado.

Beijos.

Tânia T. disse...

:'(

Nossa.. esse post está triste demais..

Realmente'
Nenhuma mãe merece esse sofrimento.. é tristeza demais!!!

:'(

soninha disse...

Sei do tamanho que é tua dor, do teu amor pelas tuas filhas,sei que se mostra forte mas lá no fundo precisa também de colo,realmente mãe nenhuma deveria passar pelo que tu tem passado,pois a saudade essa é cruel.Peço sempre à deus para te iluminar e te dar muita força para continuar.Beijo em teu coração...

Desnuda disse...

Lisette,

resido na mesma cidade onde nasci e de onde não pretendo mudar jamais. As amizades passam de gerações e assim formamos praticamente uma mesma família, entrelaçadas por laços de sangue ou de amizade fraternal. Casos abruptos e chocantes como estes aconteceram com jovens que marcaram profundamente as nossas famílias direta ou indiretamente , causando uma comoção geral na cidade. O ultimo caso foi na Copa Mundial de Futebol onde não obstante a Lei Seca um jovem , filho de uma amiga, na direção do automóvel alcoolizado causou um terrível acidente onde faleceu a sua irmã....

Abraço fraternal

Anônimo disse...

Lizette que Deus te dê forças para enfrentar este vazio, porém não esqueça de tua outra filha e de teu marido, eles ficaram e precisam de ti.
Bjs

Anônimo disse...

Lisette,

É tudo muito comovente. Não consegui me segurar e as minhas lágrimas rolaram porque não consigo me imaginar se algum dia eu perdesse meus filhos de uma forma tão trágica.

Seja firme no seu propósito de lutar pela segurança e proteção da vida.

Que Deus te cubra de bênçãos e te dê muita força e coragem para cumprir seus objetivos!

Um abraço de solidariedade e que você tenha uma semana de luz!

Anônimo disse...

Sempre digo que para mim a pior dor seria a perda de um filho. Não há o que console.
Beijos na alma, querida!

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Lisette
Passei para lhe desejar uma linda semana
Bjux

Celina disse...

OI ANIGA, ENTENDO A TUA DOR, PERDÍ TAMBEM UM FILHO,DEIXOU TRES FILHOS PEQUENO, MUDOU A ORDEM DA VIDA FOI ANTES DOS PAIS,E TEVE TEMBEM UMA DESENLACE TRÁGICO,A NOITE QUANDO VOU ORAR POR ELE, EU PREFIRO NÃO ME LAMBRAR DOS DETALHES, JÁ SOFRÍ MUITO TEVE UM INICIO DE DEPRESSÃO, TINHA PERDIDO, MARIDO E MÃE DENTRO DE TRES MESES, QUANTO ACONTECEU A DO FILHO EU NÃO SUPORTEI, FIQUEI NA CAMA INERTE, QUANDO UM DIA NUMA MANHÃ RADIOSA, OLHEI VÍ OS OUTROS FILHOS, OS AMIGOS A MINHA RELIGIÃO REAGÍ ,COMPREENDÍ QUE TODOS NOS ENCONTRAREMOS UM DIA, VOU TERMINAR A MINHA MISSÁO AQUÍ NA TERRA. COMO VC TEMFEITO QUERIDA, DEUS TE DER ENERGIA E MUITA CORAGEM, ATRAVÉS DA SUA ABENÇA. UM ABRAÇO CARINHOSO CELINA,MUITO OBRIDADA PALA VISITA E COMENTÁRIO.

Judite disse...

Que o bálsamo do renovo amenize sua dor, querida Lisette.
Tenho certeza de que sua filha está contigo aonde quer que vc vá.

Linda e abençoada semana pra vc!
Deus seja contigo.

http://www.youtube.com/watch?v=iXc-zCwvn5k

Juliana Dias disse...

Inimaginável dor!

Muita força!

Juan disse...

Amiga,

Que Deus console teu coração.

Só posso dizer que sinto muito.

Deus esteja com todos vocês.

Forças, amiga.

A paz de Deus!

Abraços

ValériaC disse...

Minha querida, a dor desta sua perda e de todos os que perdem seus filhos amados com certeza é imensa...é uma inversão tão grande dentro de nós... filhos jamais deveriam partir antes dos pais... infelizmente acontece... e não tem palavras que possa amenizar...
Só posso te admirar pela sua luta diária, através da ONG ALERTA em maior conscientização, responsabilidade no transito, enfim, para que sejam evitadas tantas perdas, tanta dor.
Eu vi o documentário hoje lá na Mariana e volto a dizer que muitos deveriam ver, para nunca nos esquecermos do tamanho de nossas responsabilidade perante a vida, para que todos façamos nossas partes.
Meu carinhoso abraço a ti amiga...beijo
Valéria

Machado de Carlos disse...

Todas as vezes que entre em seu blog fico admirado com o semblante de Alessandra. Como não creio na morte, imagino que Alessandra é um Anjo que precisou viajar mais cedo. Lá na Espiritualidade ela está olhando para os seus entes queridos, como fora uma menina muito amada! E este amor existe e ela está sempre, ao nosso lado.

Fique bem, tá?

Aparecida Miriam disse...

Não há como ler essas histórias sem que lágrimas escorram da face. Um filho é um pedaço da mãe que se vai, mesmo sabendo que podemos nos reencontrar, ficar sem eles dessa forma é uma dor sem tamanho. A vida tem que seguir, de uma outra forma, mas temos que continuar na luta diária para melhores pavimentações, estradas melhores projetadas, mais sinalizações, educação no transito, seja para quem dirige, seja para os pedestres. Façamos a nossa parte para que não percamos tantas vidas dessa forma! Beijo grande no coração Lisete, JESUS com você!

Ivana Lucena disse...

Minha querida, obrigada pela visita em meu Blog.
Fiquei muito honrada em poder conhecer o seu Blog e ver esse exemplo de quem transforma a própria dor em um motivo para evitar a dor de outras pessoas.
Que o senhor Deus te fortaleça. Tenho três filhas adolescentes, a mais velha com 20 anos, já dirige, cada vez que ela sai, nesse trânsito louco eu só fico sossegada quando a tenho de volta em casa.
Conte com mais uma amiga para divulgar essa causa, por um trânsito mais humanizado. Um abraço.

Anônimo disse...

Oi...não sei o que lhe dizer...sou mãe...tõ em lágrimas só de ler...jamais uma MÃE..deveria passar...por isso.

O meu carinho a vc e a todas as mães que passam pelo mesmo drama.

DEUS ABENÇÕE TODAS!

Bjos!

Zil

Everson Russo disse...

Um superbeijo de bom dia de feriado e uma linda semana pra ti amiga...

Flor de Lótus disse...

Oi,Lisette!Não a palavras que amenizem essa dor.O trânsito mata milhares a cada dia e vai continuar sendo assim enquanto não houverem leis rigorosas que punam devidamente aqueles que tiram vidas no trânsito.
O trânsito mata tanto quanto uma guerra...
Beijos

Me permita disse...

É tão triste a constatação dessa realidade! Um alerta, um conselho... para todas as pessoas! Ótimo texto! Abraço!

Mimirabolante disse...

Por mais que eu tente,jamais encontraria as palavras corretas para escrever aqui.....Tenho dois filhos(Débora com 27 anos e Daniel com 24 anos).Nos finais de semana ,só consigo dormir qd eles me avisam:Mãe ,cheguei!É um alívio ouvir isso!!!Contudo,qd eles saem,sempre peço a Deus por eles,por seus amigos,por seus colegas!!Sempre peço a Deus que não permita que uma mãe sofra!!!!E sempre sabemos de tristes relatos !!!Estes desta sua postagem,dá uma dor imensa ao meu coração !Desejo a vc Paz ,tranquilidade e que a sua filha esteja em um plano superior!Com carinho,Monique

orvalho do ceu disse...

Oi,querida
Acabo de chegar da roça e conversei hoje sobre isso...a senhora que estivemos a festejar seus 80 anos ontem... perdeu seu marido e seu filho... um próximo do outro e,falamos do que é perder um filho...
Ela mesma me confirmou que é muito pior a segunda hipótese que para ela também foi fato...
Deus te abençoe e te cubra com amor de mãe... poderoso e curador...
Bjm

Anônimo disse...

Ñ sei o que dizer,é um dor sem igual e supera qualquer uma outra.
Que Deus na sua infinita beleza a carregue no colo e lhe de o conforto que necessita,pq esquecer a gente ñ esquece.
Eu tenho uma amiga que perdeu seu único filho ainda solteiro por volta dos 23 anos creio eu,foi uma morte brutal.
Nunca mais vimos essa minha amiga sorrir,ela era uma das mais alegres da turma,passou por um momento dificil. Me neguei a ir no velório ñ queria ir mas ela me mandou buscar eu nunca vou esquecer dia,foi cruel,ela quase rasgou a minha roupa de tanto q me agarrava me pedindo que trouxesse seu filho de volta, essa era a cena que eu quiz evitar. Eu ñ falava nada,eu ñ tinha o q falar e tudo o q eu fiz foi chorar junto pq ele também era meu amigo,extremamente carinhoso,alegre um menino 100%.
Faço idéia de sua dor minha amiga e da luta por um trânsito mais seguro.
Um beijo grande.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Perdi um sobrinho em Recife quando o mesmo pedalava uma bicicleta e foi atropelado, segundo informações, o motorista estava embriagado. Assisti todos os depoimentos, tristes e bastante sentidos. Resta-nos orar por todos e pedir a DEUS também pelos que não se foram.

Abraços,

Furtado.

O Hospicio... disse...

nossa chorei lendo isso...sinto tanto por vcs...bjos...obrigada pela liçao de vida!

Anne Lieri disse...

Lisette,quanta dor,meu Deus!Te amo,amiga!Seja forte e continue esse belo trabalho de alerta para conscientizar cada vez mais pessoas e sensibilizar as autoridades dos perigos nas estradas!Não sabia metade da sua vida,me perdoe!Bjs,

Toninho disse...

Esta inversão na vida é coisa mais dorida que o ser pode passar. É como não aceitar já nao compreendemos.É uma saudade que nao tem fim, uma dor que maltrata.Mas temos sua luta, seu grito, que há de ser pouvido por todos e todas autoridades,para que amanha novos pais nao possam viver esta dor.Meu abraço de paz e conforto.Assiti os relatos sao emocionantes e a gente sempre se coloca nesta situação.
Beijo de luz nos dias.

OutrosEncantos disse...

Lisete, nem sei que te dizer, porque nem sei que seria de mim sem meu filho.
Eu sei que faz tristeza, mas... aos amigos que afinal não são, e que são muito mais os que não são do que os que são, deixa, não penses, mas também não cries mágoa, porque te faz muito mais mal a ti do que a eles.

Vinha trazer-te selinhos e fiquei sem voz.

http://meusamigosseusmimosmeusencantos.blogspot.com/

Abraço-te

Unknown disse...

Minha cara Lisette,

Em primeiro lugar agradeço a sua visita no Eternos Prazeres, e digo que estar aqui nesse seu espaço de luta e tentativa de sobrevivencia é um fato muito importante, pois mesmo sem ter idéia do tamanho do seu sofrimento, também sou mãe, e ainda que não seja possível aplacar todo esse sofrimento, a divulgação dos fatos, e o relacionamento com o próximo talvez possam, a conta gotas transformar a sua vida.

Assim eu espero, e te desejo, que o Deus Maior possa estar em sua companhia.

Apareça sempre que tiver vontade, estarei feliz em recebê-la,

Renata Boechat

Daniel Savio disse...

Realmente uma grande perda, de uma pessoa que você ama que tinha tanto a viver...

Você lembra muito do trabalho que a Odele faz para concientizar sobre acidentes envolvendo piscinas (http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/).

Obrigado por fazer a tua dor algo mais visando o bem.

Fique com Deus, menina Lisette.
Um abraço.

Anônimo disse...

Maravilhoso post, não fosse a dor em cada letra, o documentário ficou emocionante..agente sente de longe a dor dos pais que tentam tocar a vida sem seus filhos...
E pensar que Minas foi campeã de acidentes no país nesse último feriado..
Um abraço Lisete...que Deus te console todos os dias..