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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Um em cada cinco para-atletas do Brasil sofreu acidente de automóvel.




Praticamente um em cada cinco atletas da equipe brasileira que competirá nos Jogos Paraolímpicos do Rio tem deficiência causada por um problema crônico do Brasil: os acidentes de automóvel.
Levantamento feito pela reportagem, com base em dados do CPB (Comitê Paralímpico do Brasil), aponta que ao menos 50 para-atletas da delegação brasileira foram vítimas de colisão de veículos ou atropelamentos. Eles representam 18% da delegação.
Foram levadas em conta informações de 282 do total de 287 para-atletas (com o veto à Rússia na Paraolimpíada, mais cinco brasileiros foram integrados ao grupo, e a reportagem não teve acesso aos dados desses que entraram por último).
O Brasil é um dos líderes mundiais em ocorrências e mortes nas ruas e estradas. Foram 43.075 mortes no trânsito do país em 2014, segundo informações preliminares do Datasus (Departamento de informática do Sistema Único de Saúde).

Origem da deficiência:
26%- Nascimento;
21%- Sequela de doença;
18%-  Acidente automobilístico
13% -Outros acidentes
12%- Complicações no parto
04%-Arma de fogo
05%- Outros

Levantamento: 282 atletas (Total da delegação: 287)
Média de idade dos atletas paraolímpicos brasileiros: 31 anos
Média de idade dos atletas olímpicos brasileiros: 28 anos
*Incluem ocorrências em casa, no trabalho ou em atividades de lazer
**No relatório de 3% dos atletas, a origem da deficiência não foi apresentada. No caso de 2%, são outras causas além das citadas acima.


   De acordo com o último relatório global da OMS (Organização Mundial de Saúde), com dados processados até 2013, o Brasil foi o quarto país das Américas com mais mortes em acidentes automobilísticos a cada 100 mil habitantes (23,4). Só fica atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela.
O time paraolímpico brasileiro reflete assim a intensidade desses traumas no país.
A avaliação dos dados também evidencia problemas de outras tipos. Considerando os acidentes em geral, o percentual sobe para 35%.
Em pelo menos 12 casos, o equivalente a 4%, a razão da deficiência foi um acidente com arma de fogo.
Outros 37 (13%) se feriram em episódios que incluem ocorrências no trabalho, em casa ou em alguma atividade de lazer.
Do total de atletas da delegação brasileira na Paraolimpíada, 38% têm deficiência congênita ou a adquiriram após complicações no parto.

REABILITAÇÃO
A quantidade expressiva de atletas com deficiência no grupo por consequência de acidentes automobilísticos se explica muito por conta da frequência com que a prática esportiva integra a reabilitação das vítimas.
Os centros de recuperação no país costumam incluir o esporte em seus programas.
"Quem adquiriu a deficiência depois precisa se readaptar e redescobrir o corpo novo que tem", diz Elisabeth de Mattos, professora da Escola de Educação Física da USP.
De acordo com Paulo Guimarães, engenheiro e diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária, ainda não há, porém, um sistema padronizado de recuperação de acidentados no SUS.
Na saúde pública, segundo ele, o tratamento para as vítimas ainda costuma esbarrar na insuficiência de leitos hospitalares para emergência e de profissionais.
Outra dificuldade é a reinserção social das pessoas com deficiência. Para Guimarães, o esporte pode "trazer acolhimento social e integrar a pessoa a outros grupos. Apesar de termos problemas, é algo que deve ser buscado".
"A prática esportiva ajuda a autoestima e permite que a pessoa se torne produtiva e descubra novas potencialidades", afirma a professora.

TOP 5
Independentemente da origem da deficiência, os brasileiros buscam feito histórico nos Jogos Paraolímpicos, que começam na quarta (7).
A meta traçada pelo CPB é que a delegação termine a Paraolimpíada entre as cinco melhores da classificação geral, utilizando como critério o total de medalhas de ouro.
Em Londres-2012, os brasileiros ficaram em sétimo, com 43 medalhas (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes).
Diferentemente do que acontece no universo olímpico, o país já é considerado uma potência paraolímpica.Com 287 para-atletas, o contingente nacional que competirá no Rio constitui recorde –em Londres, por exemplo, foram 189 atletas.




33 comentários:

Lu Citadin disse...

"Façamos da interrupção um caminho novo. Da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro!"

Fernando Sabino

Anete disse...

Cuidados no trânsito são importantes demais!
Boas lições podemos tirar das Paraolímpicas!!
Um abraço carinhoso...

Unknown disse...

O índice é muito alto. Sabemos que pouquíssimas vítimas de trânsito conseguem tirar da fatalidade um caminho para vitórias no esporte, afinal o caminho é cheio de obstáculos e poucas oportunidades,

Aleatoriamente disse...

Fiquei refletindo... Meus Deus! A importância desse tema é muito grande.
Precisa ter realmente uma prudência maior, um cuidado.
Há tantas coisas que leva a essa imprudência.
Belo texto moça, saudades de ti e da casa.

Beijão.

chica disse...

Que fique registrada esse reflexão! bjs,chica

Prata da casa disse...

Impressionantes os números. Dão que pensar!
Bjn
Márcia

CÉU disse...

Que post mais completo e infelizmente tão real.

Beijo, querida!

Ivone disse...

Uma triste realidade, infelizmente morrem mais em acidentes de trânsito aqui no Brasil do que em muitos lugares que estão em guerras!
Abraços apertados!

O meu pensamento viaja disse...

São números terríveis. Há que reflectir.
Beijo

Mariangela l. Vieira - "Vida", o meu maior presente. disse...

Que boa reflexão!
Que sirva de exemplo, para que todos tomem cuidados!
Bom fim de semana!
Beijos,
Mariangela

Pedrita disse...

nossa, que impressionante isso. muito triste. tb vários atletas vieram de países de conflitos. está linda a participação dos brasileiros. várias medalhas. até onde vi estávamos em 5 lugar. em um país que praticamente abandona esportes e cultura, é no mínimo impressionante. beijos, pedrita

Isa Sá disse...

é pena que não se dê muito destaque a esse atletas.

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Lucinalva disse...

Olá querida
Importante reflexão, desejo um ótimo final de semana.

Toninho disse...

Olá Lisette, os números não mentem e nos assustam.
Tenho acompanhado os jogos e vejo a superação.
Oxalá consigamos maior numero de medalhas para incentivo ainda mais aos deficientes.
Um bom domingo e boa semana amiga.
Abraços e bju de paz.

Magia da Inês disse...

✿⊰ه° ·.
Infelizmente muitas tragédias poderiam ser evitadas com procedimentos tão simples, como não beber ao dirigir.
Ótimo domingo! Boa semana!
Beijinhos.

⎝✿⊰ه° ·.

cantinhovirtualdarita disse...

Triste de saber
Mas a alegria de ve0los triunfando é
gratificante..parabéns a todos

Bom domingo
Bjuss
Rita!!

Eu...Suzana disse...

Infelizmente é a triste realidade que se vive no Brasil.
Leis fracas, impunidade, bebidas e excesso de velocidade são os grandes motivos de tantos acidentes que muitas vezes, além de ceifarem vidas, deixam pessoas mutiladas.
Bom domingo e abraço carinhoso.

Tetê Guimarães disse...

Infelizmente em nosso país a impunidade impera! Existem leis, mas nada acontece se não são cumpridas! Eu admiro é a superação desses atletas! A maioria de nós fica só lastimando nossas limitações e dificuldades e eles, com garra, vão à luta! Exemplo de vida! Que a semana seja repleta de benção! Bjks Tetê

ONG ALERTA disse...

Infelizmente o descaso do governo em relação a tudo neste país está demais!!!!

Teté M. Jorge disse...

A superação desses atletas é o que mais me chama a atenção.
Tanta gente com o corpo perfeito e sem qualquer determinação...
Boa semana e sucesso para eles.
Um beijo

Graça Pires disse...

Terríveis as estatísticas.
Que os atletas cheguem até onde desejarem nestes jogos.
Uma boa semana.
Beijos.

lenalima disse...

É assustdor, puro descaso, já estamos cansados dessa babárie, e não conseguimos fdazer nada, eu já não tenho mais esperanças que algo mude para melhor.

que Deus olhe por nós! bj

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

muito triste e as estatísticas assustam...

que os atletas triunfem ...

beijo

:)

Élys disse...

Éreciso que se busque ter mais cuidado no trânsito. Uma vida é muito importante e por isso uma conscientização maior por parte de todos deveria existir.
Um abraço,
Élys.

Denise Carreiro disse...

É só sairmos nas ruas e entenderemos as estatísticas. A semana passada meu marido estava parado no semáforo e quando este abriu, o carro de trás entrou na traseira de nosso carro. O motorista alegou que meu marido demorou para sair e disse que o mesmo era culpado do acidente. Ora, as pessoas não tem mais discernimento. A vida parece não ter mais valor. Muita paz!

Os olhares da Gracinha! disse...

Os números impressionam...bj

Poções de Arte disse...

E o pior é que os candidatos à prefeitura de São Paulo, com tantas coisas para fazer, estão preocupados em modificar novamente a velocidade das marginais, pois acham que a velocidade está muito baixa. (um processo que comerá dinheiro público, pois já está votado e sancionado). No fundo, estão preocupados com votos em vez de se preocuparem com a vida...
Lamentável!

Abraços e feliz quarta.

Os olhares da Gracinha! disse...

Os números impressionam...bj

SOL da Esteva disse...

Os valores que se perdem na vida das pessoas!...
Tanto se fala e diz. Necessitamos de resultados mais animadores.
Um MUITO BOM TRABALHO, Lizette.


Beijo
SOL

Evanir disse...

Mais um final de semana chegou,
carinhosamente venho desejar um feliz
e abençoado final de semana.
Meu agradecimento pelo seu abraço
no dia do meu aniversario.
A amizade é um gesto de carinho
um afago na alma...
È caminhar de mãos dadas na verdejante estrada,
nossa vida..
Bjs..Evanir.

Emília Pinto disse...

Por aqui, Lisette, acontece o mesmo, principalmente em acidentes de moto. E de admirar a coragem destes atletas Portugal só teve uma medalha de bronze nas olimpiadas e nestes já temos 4. Pena que de dê mais importância aos jogos olimpicos e estes fiquem quase no esquecimento. Eu vi a abertura dos paralimpicos e fiquei encantada; foi um espectáculo muito bonito e o Brasil está de parabéns. Um beijinho, amiga e obrigada por todas estas informações.
Emilia

JPM disse...

Saberiam me dizer onde está a diferença no ranquim das medalhas das olimpíadas para as para olimpíadas? Nas primeiras os EUA lideram com folga ao longo dos tempos, nas para olimpíadas ficam para traz; o Brasil é o contrário, nas olimpíadas lá traz, nas para, no grupo da frente...

Seria apenas uma questão comercial?

Ou aqui há mais deficientes?

Ou passaria pela carnificina do trânsito?

Arturo disse...

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