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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A dinâmica do Atropelamento

A gravidade dos atropelamentos mantém direta relação com as características físicas e com a dinâmica dos corpos em conflito. O fato de a energia cinética aumentar em proporção muito maior do que a velocidade, confere aos atropelamentos conseqüências particulares severas dada a vulnerabilidade de um corpo frente a um veículo.
No mais freqüente tipo de atropelamento, cerca de 80% dos casos, o pedestre é atingido pela dianteira de um veículo. A idéia de que em um atropelamento o veículo "passa por cima" do pedestre não coincide com o que ocorre na maior parte dos casos. Situações em que o carro passa por sobre o corpo do atropelado podem ocorrer em casos como acidentes envolvendo ônibus ou caminhões.
Em choques com veículos comerciais (particularmente veículos pesados), ASHTON observa uma maior incidência de contatos laterais e traseiros, sendo graves as conseqüências nos choques em que os pedestres, ao serem lançados ao solo, são esmagados pela(s) roda(s) traseira(s) do veículo.
No entanto a dinâmica do atropelamento mais provável é aquela em que o pedestre, após o choque com a frente de um veículo, rola por sobre o capô e pára-brisa do carro que o atinge. O que ocorre após o choque depende de uma série de fatores, dentre os quais a velocidade do veículo e a altura do pedestre relativamente à frente do veículo e o pára-choque.
O local do contato inicial (normalmente, os membros inferiores) no choque contra o veículo influencia a gravidade da lesão do pedestre.Estudos sobre lesões de pedestres pelo INSURANCE INSTITUTE FOR HIGHWAY SAFETY, indicam que praticamente todos os traumas e fraturas na região pélvica e nas pernas dos pedestres são causados pelo contato com o veículo e não com o pavimento.
Os contatos com os pára-choques foram responsáveis por mais da metade (55%) das lesões pesquisadas pelo IIHS, sendo o contato com a estrutura frontal dos veículos acima do pára-choque responsável pela outra quase-metade (42%) das lesões verificadas. Os levantamentos deste estudo também revelam que fraturas de joelhos são mais prováveis quanto a altura dos pára-choques está 1/4 ou 1/3 da altura dos pedestres.
A probabilidade de lesões fatais é maior nos choques frontais do que nos laterais.
Em choques a velocidade acima de 60 km/h, o pedestre, em geral, rola por sobre a dianteira do carro após o segundo contato (provavelmente o da cabeça) contra o veículo, com o corpo dobrando-se e as pernas podendo atingir o teto do habitáculo. Dado as forças aplicadas ao pedestre, resultantes do choque, o corpo do pedestre é acelerado à velocidade do veículo e, ocorrendo a frenagem (e este é, geralmente, o caso), o pedestre prossegue na velocidade adquirida. Com a frenagem brusca, o carro reduz sua velocidade em uma proporção maior que a do corpo do pedestre. O pedestre é então, arremessado adiante do veículo em desaceleração, antes de atingir o solo.
A probabilidade do segundo contato ser o da cabeça contra o carro aumenta na proporção direta da velocidade do impacto e inversamente em relação à altura do veículo. A velocidade no impacto determina, também, o local do carro em que ocorre o choque da cabeça. A partir de 50 km/h, virtualmente todo pedestre sofrerá o choque da cabeça contra o veículo.
Em crianças com idades abaixo de cinco anos BRISON J.Y. and STULGINSKAS, J.V apontam a preponderância de lesões na cabeça e pescoço, a partir da explicação provável da lesão se dar devido à altura da criança em relação aos pára-choques dos veículos envolvidos. Segundo ASHTON, a criança é atingida, geralmente, pelo pára-choque na parte mais alta dos membros inferiores, e no torso pela dianteira do capô.
A percepção de que quanto mais alta a velocidade do veículo, maior o dano imprimido ao pedestre pode parecer por demais óbvia para demandar averiguação científica. Ainda assim, tal relação tem tido vasta documentação na literatura nas áreas de trânsito e transporte. O NATIONAL HIGHWAY TRAFFIC SAFETY ADMINISTRATION (NHTSA) identificou mais de 600 referências consideradas relevantes, com o objetivo de reafirmar e quantificar a relação velocidade do veículo-gravidade dos atropelamentos. Dentre estes, destacam-se os estudos do FATAL ACCIDENT REtoda PORT SYSTEM (FARS), que revelam tanto a relação direta da mortalidade-velocidade quanto os efeitos em diferentes grupos etários, demonstrando a extrema vulnerabilidade de pedestres acima de 65 anos de idade. O DEPARTAMENT OF TRANSPORT TRAFFIC britânico comprova a relação entre a velocidade do veículo no impacto e a grabvidade das lesões em estudo que demonstra que:

a 32 km/h, 5% dos pedestres atingidos morrem, 65% sofrem lesões e 30% sobrevivem ilesos;
a 48 km/h, 45% morrem, 50% sofrem lesões e 5% sobrevivem ilesos;
a 64 km/h, 85% morrem e os 15% restantes sofrem algum tipo de lesão.

Estes dados assemelham-se aos de PASANEN, que estima em 5% a parcela de pedestres que morreriam em atropelamentos a 32 km/h; 40% em choques a 48 km/h; 80% em choques a 64 km/h e aproximadamente 100% em velocidades acima de 80 km/h.

Efeito de um atropelamento:

Uma pessoa atropelada a uma velocidade de 60Km/h equivale a uma queda do 11º andar de um prédio, a 80Km/h do 20º andar e se for a 120Km/h como se fosse do 45º andar.

Fonte: http://www.atividadesrodoviarias.pro.br/

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28 comentários:

ONG ALERTA disse...

Um estudo muito interessante de ser lido pois náo dos damos conta de que um choque pode ocasionar em um corpo humano.

Zilani Célia disse...

OI LISETTE!
É AMIGA,LENDO UM TETO DESTES NOS DAMOS CONTA DE NOSSA RESPONSABILIDADE AO DIRIGIRMOS UM CARRO, ATÉ PORQUE NELE GERALMENTE NOS ACOMPANHAM FAMILIARES OU AMIGOS.
ABRÇS

zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI

Mariangela l. Vieira - "Vida", o meu maior presente. disse...

Realmente muito verdadeiro, Lisette, um choque pode nos trazer muitos danos e sequelas!
Beijo
Mariangela

Pérola disse...

Conduzir um carro é realmente empunhar uma arma letal.

Beijinho

Anônimo disse...

Morro de medo de passar por essa experiência!

Por Amor disse...

Realmente minhas amigas ...é assustador ...graças a DEUS dirijo a quarenta anos e nada atropelei na vida ...Deve ser um terror para que sofre o atropelamento ...mas também um grande choque para quem o faz ...Pedro Pugliese

Enigmático Byjotan disse...

Tem sangue escorrendo pelas ruas de nosso país.Realmente não podemos mais ficar de braços cruzados.Parabéns pelo tema louvável.Abraço carinhoso de alguém sensível a proposta.:-BYJOTAN.

ValériaC disse...

O estudo é interessante,nos ajuda entender muito, mas atropelamentos são sempre lamentáveis, por isso é preciso a conscientização e responsabilidade de todos, na tentativa de minimizar ao máximo o efeito dos acidentes nas pessoas.
Beijos,
Valéria

Anônimo disse...

Lisette. Muito curioso esses dados. Eu nunca tinha lido algo explicado assim. Beijos!

chica disse...

Interessante mesmo isso! Bom saber! beijos,chica

Flor de Jasmim disse...

Eu sei-o bem e sinto infelizmente, os que tive nunca fui culpada, mas o pior e com menos gravidade foi uma criança que atropelei, ela nada sofreu, mas eu ainda hoje ouço os seus gritos, e o som daquele corpinho contra o meu carro, ela fugiu à mãe e correu para a estrada, nada de grave porque eu ia super de vagar, outros 2 sofri bastante, ainda hoje sofro.

Beijinho e uma flor

Antônio Lídio Gomes disse...

Ô Lisette, quando será que sairá das pranchetas um carro mais evoluído tecnologicamente falando? Já parou para analisar que este motor à explosão e movido por combustível fóssil é um atraso muito grande?
Sinceramente, sonho com veículos estilo Os Jetsons.
Beijos.

CamilaSB disse...

Olá Lisette, até me arrepiei ao ler estes estudos... eles são bem elucidativos, de como os veículos, viram armas perigosas e letais ... os condutores e os pedestres, devem tomar os devidos cuidados - para evitar acidentes...
Obrigada pelo seu trabalho incansável, sempre a alertar para a prevenção...
Beijinhos querida, tenha uma semana tranquila :)

Unknown disse...

Brilhante pesquisa Lisette,
penso que tudo se encaixa de acordo com o impacto da velocidade com que vinha o automóvel.
De um jeito ou de outro devemos estar atentos pois que tudo acontece muito rapidamente.

Obrigado pelo excelente trabalho que nos oferta.

Abraços

Livinha

Vera Lúcia disse...


Olá Lisette,

O artigo é bem informativo.
Ser vítima é tão sofrível quanto causar um acidente que resulte em sequelas ou morte.
Precisamos estar sempre atentos e conscientes.

Beijo.

Maria Alice Cerqueira disse...

Querida amiga,

Meu silencio tem sido longo.

Mas não tem sido por esquecimento, mas sim por conta dos acontecimentos do dia a dia.

Quero muito agradecer a sua presença amiga lá no meu cantinho, a qual trás muita alegria para o meu coração.

Que Deus a abençoe, e realize todos os seus sonhos e projetos.

Uma linda semana para você coberta de muita paz e Amor!

Abraço Amigo

Maria Alice

Emília Pinto disse...

O importante nisto tudo continua a ser a velocidade; se ela for moderada, o acidente nunca será muito grave; o mal é que os condutores exageram e andam sempre apressados. Não sei onde querem chegar com tanta pressa. Obrigada, Lisette por tantas informações úteis e que desconhecia. Beijinhos
Emília

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Lisette
Aproveitando uma horinha livre...
Que Deus nos proteja de ver outros atropelamentos neste feriadão!!!
Bjs de paz

Magia da Inês disse...

♪彡♪♫°¸.•♫°`

Bom fim de semana!
Beijinhos.

♪♫♫°✿°`╮

Luciana Santa Rita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciana Santa Rita disse...

Oi Lisette,

Tudo bem? Gostei do estudo, com precisão técnica e só reforça a minha tese de que a velocidade dos carros, ônibus, caminhãp, moto não poderia ultrpassar a 50 km.

Beijos.

Anne Lieri disse...

Lisette,dados que nos ensinam muito e é bom mesmo repassar a todas as pessoas!Tem gente que mesmo na cidade anda a mais de 60km por hora o que não deveria acontecer!Bjs e bom final de semana!

Luma Rosa disse...

Lisette, não pude ler sua postagem na íntegra. Parei em um certo momento, pois recentemente perdemos o filho de um casal amigo. O ciclone que acomenteu minha cidade, fez com que a moto que estava essa pessoa, fosse jogada para longe, não dando tempo para outro veículo que vinha atrás freiar, acontecendo o que você relata "passa por cima". Algumas situações são tão inesperadas que a gente acaba acreditando no destino. Bom final de semana!! Beijus,

brisa48@bol.com.br disse...

Amiga
Nem todas as crianças no dia 12 vão receber presente mais vc pode doar um olhar de amor e uma palavra de carinho, transmitindo a esperança de que um dia todos terão a mesma oportunidade na vida. Um feliz feriadão repleto de alegrias e bençãos. E que Deus esteja te protegendo e te guardando sempre.
um beijinho.
Ana
COM CARINHO

Ane disse...

Impressionante tudo isso...
Imprudência e velocidade alta são mesmo fatais!
Um abraço!

Crista disse...

É um verdadeiro ALERTA!
Seria tão bom se todos se conscientizassem...
Tenho-te dentro do meu coração...

lenalima disse...

NOSSA AMIGA ...É FORTE!
BOA SEMANA! BJSSS

Cancer de Mama Mulher de Peito disse...

Triste verdade.
Bjs.
Wilma
www.cancerdemamamulherdepeito@blogspot.com