Dados defasados reforçam Lei Seca

Dados defasados reforçam Lei Seca
Prestes a completar um ano, a Lei Seca ganha, mesmo que por meio de um levantamento desatualizado do Ministério da Saúde, argumentos para se manter mais viva do que nunca.Dados coletados dos hospitais das capitais, entre elas Porto Alegre, revelam que o número de internações por acidentes de trânsito caiu, comparando-se o segundo semestre de 2008 com o mesmo período de 2007.A Lei Seca entrou em vigor em 20 de junho.

Os dados coletados pelo ministério referem-se a 2007 e 2008, não contanto ainda resultados deste ano. Ao todo, foram menos 24.545 hospitalizações, uma queda de 23% nos atendimentos financiados pelo SUS.

O número de mortos caiu em 17 capitais. Nas demais, houve aumento, com exceção de Porto Alegre, onde o mesmo número de pessoas morreram nos segundos semestres de 2007 e 2008.– Temos convicção de que foi a Lei Seca o fator que reduziu as internações e mortes.

Havia uma tendência natural de queda, mas a nova regra mudou completamente esse movimento, acentuando-o – afirma Deborah Malta, coordenadora da área de Doenças Não-transmissíveis e Agravos do Ministério da Saúde.

Para chegar aos resultados do impacto da Lei Seca no trânsito, os técnicos usaram como base os dados dos sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) e de Internações Hospitalares (SIH), além do Inquérito Nacional de Fatores de Risco e Proteção para Doenças e Agravos Não-transmissíveis (Vigitel).Essas são as fontes que vêm sendo utilizadas pela pasta para o monitoramento dos impactos da lei nos atendimentos do SUS e na ocorrência de óbitos no Brasil. Para o ministério, devem ser mantidas e potencializadas a fiscalização.

Porto Alegre
Mortalidade por acidente
de trânsito
2007 2008
1° semestre 80 95
2° semestre 76 76
Internações por acidentes
de trânsito
2007 2008
1° semestre 4.029 3.590
2° semestre 3.857 2.370

Fonte Jornal Zero Hora, 18/06/09