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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Baltazar apresenta nova polêmica


12 de janeiro de 2009, Jornal Zero Hora
CAPITAL

Baltazar apresenta nova polêmica

Um erro de cálculo na largura da área de acesso às nove estações dificulta passagem dos ônibus

A Avenida Baltazar de Oliveira Garcia poderá ter uma terceira inauguração em breve. Liberada duas vezes para a circulação de veículos nas pistas laterais, sob o olhar desconfiado de moradores e comerciantes, a via volta a apresentar uma polêmica: os corredores de ônibus teriam sido mal construídos.A largura das faixas de entrada e saída e das que estão situadas junto à faixa de travessia dos pedestres ficou estreita demais para o ingresso simultâneo de ônibus nos dois sentidos da via, na zona norte da Capital.
Ou seja, há perigo que os ônibus batam traseira contra traseira ao passarem ao mesmo tempo pelo local, em sentido contrário.A observação foi feita por motoristas da empresa de ônibus Soul, de Alvorada, que avalia as condições técnicas do corredor a pedido da Metroplan. No teste, os condutores teriam alertado para o risco de acidentes.
Na quinta-feira, a reportagem esteve na primeira estação da avenida. Foram constatados dois problemas: a invasão das partes dianteira (ao entrar) e traseira (ao sair) do veículo na faixa em sentido contrário e marcas de colisão de pneus no cordão do canteiro central, causadas por motoristas que não conseguiram fazer a curva, na área de saída da parada.
A obra, dividida em dois lotes, foi inaugurada pela segunda vez em dezembro passado – dois anos e 10 meses depois do seu início, em março de 2006. As cinco estações do primeiro lote foram feitas pelo consórcio Metropolitano, formado pelas construtoras Sultepa e Pelotense.
As outras quatro paradas são de responsabilidade do consórcio Porto Alegre, das empresas Coesul e Dobil. Segundo a Metroplan, o projeto original é de 1997, mas teria sido modificado várias vezes.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informa que a sinalização completa da via será feita até março.eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.brEDUARDO RODRIGUES

Contrapontos

O que diz Flávio Carlos Heinz, coordenador do projeto Linha Rápida, da Metroplan
Segundo Flávio Carlos Heinz, 36 pontos (quatro por estação) sofrerão “pequenos” ajustes até o final do mês. Nas ilhas de travessia de pedestres (curva em “S” entre duas paradas), haverá redução de 20 centímetros nos dois módulos existentes.
– É para dar uma folga para os motoristas passarem por ali, são pontos de redução de velocidade e o tamanho precisa ser adequado à largura de alguns modelos de ônibus novos – explica Flávio.

O que diz a Sultepa

A empreiteira afirma desconhecer o assunto.
O que diz Leila Kosminski, engenheira civil do consórcio Porto Alegre
A engenheira afirma que a execução está de acordo com o projeto. Ele confirma que sabia da realização dos testes, mas não havia sido informada sobre o resultado. Segundo Leila, o consórcio executou o que foi projetado.

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