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sábado, 11 de abril de 2009

Cresce o número de pessoas que admitem beber antes de dirigir

Cresce o número de pessoas que admitem beber antes de dirigir
O aumento no número de pessoas que admitem beber excessivamente antes de dirigir voltou a subir e preocupa o Ministério da Saúde.
Com a lei seca, os níveis vinham caindo e chegaram a 0,9% da população em agosto de 2008. Mas, em novembro, o ministério detectou uma regressão e, desde então, a quantidade de pessoas que dirige após beber abusivamente vem subindo a níveis equivalentes aos anteriores à lei, cerca de 2%.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, apresentou ontem os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). "O País precisa desesperadamente que essa lei funcione", destaca.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera consumo abusivo a ingestão de álcool de quatro ou mais doses para mulheres e de cinco ou mais doses para homens. Quem admite beber até três ou quatro latas de cerveja ou doses de bebidas destiladas, antes de dirigir, não entra nesta conta.
De acordo com Temporão, 17 mil mortes por ano ocorrem em função da mistura de bebida e direção.
"É pior do que uma guerra. E nesta guerra nós temos dois componentes centrais: a repressão, através de blitz, multa e cadeia, e a conscientização, que se alcança ao longo dos anos", comenta.
O ministro negou que o governo tenha investido pouco na fiscalização, o que teria provocado a acomodação das pessoas após os primeiros meses da lei.
No Brasil, os dados sobre o consumo de álcool mostram tendência de crescimento.
Em 2008, 19% declaram ter consumido álcool de forma abusiva em alguma ocasião nos últimos 30 dias. Em 2007, foram 17,5%; em 2006, primeiro ano do Vigitel, foram 16,1%.
O consumo é mais frequente em faixas etárias jovens - alcançando 30% dos homens e 10% das mulheres entre 18 e 44 anos.
Os ministérios da Saúde e das Cidades lançam hoje a campanha de prevenção a acidentes voltada tanto para aqueles que dirigem alcoolizados, quanto para os caminhoneiros que consomem anfetaminas durante a jornada de trabalho.
Fonte: Jornal do Comércio RS, 08/04/2009

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