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quinta-feira, 26 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
Beber e Dirigir: Treinamento de policiais para obter provas
O Brasil ainda está em uma fase anterior em relação aos países mais desenvolvidos na legislação de trânsito e sua aplicação, lembra Pechansky. Ainda se discute a validade e a legalidade de se implantar determinados mecanismos de controle e punição dos motoristas alcoolizados.
A questão do depoimento policial como prova da embriaguez do condutor, por exemplo, é um dos aspectos mais discutidos. Quanto aos alcoólatras, a vantagem nos países de legislação mais avançada é que muitas vezes se oferece a opção do tratamento, que pode também ser compulsório.
O Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas (Cpad), localizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e sob a direção de Pechansky, já treinou 3 mil policiais rodoviários brasileiros para capacitá-los na identificação e no registro mais apurado de casos de embriaguez ao volante, possibilitando a obtenção de provas mais robustas.
Outros 2 mil deverão passar pelo curso, em uma parceria com o governo federal. Em 10 e 11 de outubro, o Simpósio Internacional sobre Drogas, Álcool e Trânsito (Sidat) debaterá esse mesmo assunto, reunindo especialistas do Brasil e Exterior na capital gaúcha.
QUANDO É DEPENDÊNCIA
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A medicina trabalha com critérios
para diagnosticar casos de dependência de qualquer tipo de droga
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- Essa inovação no diagnóstico
ocorreu na década de 1980 e pode ser aplicada em qualquer indivíduo. Alguns
desses critérios são:
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PERDA DE CONTROLE
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- Desejo incontrolável de consumo.
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TOLERÂNCIA
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- Necessidade de consumir doses
maiores para obter o mesmo efeito de quando se bebia doses menores.
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SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
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- Surgimento de sintomas físicos e
psíquicos quando o consumo é reduzido ou interrompido.
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TENTATIVA DE EVITAR A SÍNDROME DE
ABSTINÊNCIA
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- Busca pela bebida para não
sentir os sintomas da abstinência.
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CONSUMO DE BAIXO RISCO
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- Consumo de baixo risco é aquele
cuja ingestão de determinadas quantidades de álcool que não causa
dependência. Para os homens, essa quantidade significa 14 doses por semana e
não mais que quatro doses por ocasião. Já para as mulheres, 12 doses por
semana e apenas duas por evento. Uma dose corresponde a 10 gramas de álcool,
o equivalente a uma latinha de cerveja ou uma taça de vinho bem servida.
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Fonte: Fonte: Hospital Albert
Einstein (SP)
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COMO É LÁ FORA
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O controle e a punição a
motoristas embriagados em outros lugares do mundo AUSTRÁLIA
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Na saída das boates, é possível
assoprar em um tubo na parede para identificar o grau de álcool no sangue em
um aparelho. Beber e dirigir é considerado uma vergonha tamanha que deixar
alguém sair de casa embriagado para pegar a direção é muito malvisto. A folha
de registro de infração da polícia australiana é mais completa do que a
brasileira, já que o nível de treinamento do policial de rua ou rodoviário
permite maior detalhamento na notificação do acidente, na identificação do
que ocorreu.
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CANADÁ
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Policiais cobram a multa de
trânsito na hora. Não é aberto um processo com possibilidade de recurso, como
no Brasil. Além da cobrança, o motorista canadense é penalizado no seguro do
carro, que no ano seguinte sobe de preço por causa da infração.
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SUÉCIA
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Em lugares como Suécia, Dinamarca
e Noruega, toda viatura tem bafômetro, e qualquer policial rodoviário é
treinado para identificar provas que não dependem do aparelho. Um policial
que suspeita que o motorista está sob efeito de alguma substância pode solicitar
ao condutor que caminhe em linha reta, levante uma perna etc. As provas
clínicas são suficientes, pela lei, para notificar o motorista como
intoxicado, mesmo que sequer se saiba qual foi a droga utilizada.
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ESTADOS UNIDOS
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O país conta com as Drug Curts –
as Cortes de Drogas. Elas funcionam da seguinte maneira: uma pessoa pega
embriagada depois de um acidente é identificada como alcoólatra. Ela recebe
duas opções: fazer tratamento ou ir para a cadeia. Para aumentar a pressão
sobre o infrator, a cadeia fica ao lado da corte. Durante o tratamento, a
pessoa é submetida a exames de urina que apontam se está “limpo” ou recaiu.
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Além disso, em alguns Estados
americanos pessoas com problemas com álcool são obrigadas a ter um bafômetro
no carro. Antes de ligar o carro, o motorista deve soprar o bafômetro, senão
a ignição não se completa. Durante o percurso, o condutor é solicitado a
soprar outras vezes, sob pena de o motor desligar.
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JAPÃO
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Um motorista embriagado que
atropela uma pessoa, causando sua morte, pode ser condenado, de cara, à pena
de prisão perpétua. Depois, recursos podem reduzir a condenação, mas o
impacto da pena costuma inibir esse tipo de ocorrência por deixar claro que a
margem para escapar da punição é mínima.
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Fonte: Fonte: Flavio Pechansky,
diretor do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas (Cpad)
Zero Hora 21/9/13 |
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Pai de vítima do trânsito no ES relata dor em semana de conscientização
Semana Nacional do Trânsito começa nesta quarta-feira (18).
Nesta data, Aníbal José lembra aniversário de filho morto em acidente
Carro
em que estava o filho de Aníbal.
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Há quase um ano, o servidor público
Aníbal José de Souza não tem mais o convívio diário do filho Vinícius de Souza,
que faria 24 anos nesta quarta-feira (18). O jovem morreu em um acidente no
final de 2012, na GrandeVitória, após pegar carona com um amigo que
havia bebido, voltando de uma festa. No Espírito Santo, são muitas as famílias
que compartilham da dor de terem perdido filhos, pais, mães em situações
parecidas, e que poderiam ser evitadas. Coincidentemente, nesta data que traz
lembranças para a família de Vinícius, também é iniciada uma campanha de
conscientização, mais uma tentativa de conter esse tipo de violência: a Semana
Nacional do Trânsito, que acontece em todo o Brasil.
O
pai lembra com saudades do filho e contou que ele não tomava bebidas
alcoólicas, mas na noite do acidente, cometeu os erros de pegar carona com um
amigo alcoolizado e de não usar o cinto de segurança. "Meu filho ia na
balada com os amigos porque ele sempre trazia o carro, mas naquele noite, o
amigo bebeu e falou para ele que estava bom. Não deu o carro. Na volta, meu
filho estava sem cinto, o que foi outro erro, e morreu. O outro rapaz morreu
uma semana depois”, disse.
Quase um ano após o acidente, família de Vinícius não se conforma (Foto: Reprodução/ TV Gazeta
Ele acredita que a falta de
fiscalização também contribui para a grande quantidade de acidentes envolvendo
motoristas embriagados. “A fiscalização é muito mal feita. Na noite que meu
filho morreu, se tivesse uma blitz, talvez tinham parado eles e meu filho ainda
estaria comigo, comemorando o aniversário dele. Hoje, basta você sair na rua
para ver que muita gente não segue as normas de trânsito", falou o pai.
A
Semana Nacional do Trânsito é uma campanha do Departamento Nacional de Trânsito
(Detran), que neste ano tem como tema "Álcool, drogas e direção: Mantenha
distância". De acordo com o diretor geral do Detran-ES, Carlos Lopes, os
casos envolvendo ingestão de bebidas e entorpecentes são os que mais provocam
acidentes no Espírito Santo.
"Nosso
objetivo é trabalhar a conscientização dos motoristas. A questão da segurança
no trânsito no Brasil hoje é cultural, deve ser trabalhada com todos os
condutores, com ações educativas e preventivas. Temos boas expectativas no
Espírito Santo, a ideia é que contribuamos para promover essa mudança cultural
na mentalidade das pessoas, para que possamos tem um trânsito cada vez mais
humano e seguro", disse. A abertura da campanha acontece nesta
quarta-feira, em Vitória.
É
lamentável, pois os únicos condenados em crimes de trânsito são as famílias das
vítimas"
Fabiano
Contarato, delegado de Trânsito
Atropeladas ainda se recuperam;
Relacionado
ao tema da campanha, outro acidente envolvendo motorista embriagado, que ganhou
grande repercussão, foi o atropelamento de mãe e filha na Reta da Penha, em
Vitória, em outubro de 2012. O condutor era um médico psiquiatra, que após
atingir as vítimas e bater em uma farmácia, foi flagrado por uma câmera de
videomonitoramento tentando esconder uma garrafa de cerveja que estava dentro
do carro. A mulher, Elisângela Pereira, chegou a ficar internada em uma Unidade
de Terapia Intensiva (UTI). O médico ficou preso durante três dias, mas foi
solto após pagamento de fiança.
Dez
meses após o acidente, o pai e marido das vítima contou que elas estão bem, mas
ainda em processo de recuperação e dependendo de remédios. "O médico
liberou minha esposa para trabalhar há pouco tempo, mas mesmo assim não pode
ficar muito, se desgastar muito. Ela ainda trabalha na mesma casa de família de
antes do acidente. Tomar remédios ainda faz parte do processo de recuperação. A
minha filha também está se recuperando bem, já foi liberada para ir à
escola", disse Alexandre Pereira. Uma irmã de Elisângela tem está a
ajudando no trabalho.
Câmera
flagrou momento que médico joga fora uma garrafa de cerveja, após atropelar mãe
e filha, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Fiscalização
Apenas
neste ano, em todo o Espírito
Santo, três mil motoristas já foram multados por embriaguez ao volante.
Dessa forma, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar garantiu que há
fiscalização, e até um novo projeto que entrou em prática recentemente, com
intuito de prevenir acidentes provocados por motoristas alcoolizados.
A
ideia é que um policial a paisana esteja sempre em locais de muito movimento de
bares, principalmente à noite, observando se algum motorista vai dirigir após
ter bebido. "O policial fica em um veículo descaracterizado, vigiando pelo
tempo que for necessário, principalmente no horário da noite e da madrugada, e
assim que algum cidadão embriagado tentar assumir a direção do veículo, o
policial vai passar essas informações para a viatura", disse o tenente
coronel Marcelo.
Delegado aponta falhas na legislação
O
delegado de Trânsito, Fabiano Contarato, acredita que os acidentes desse tipo
só vão diminuir quando a legislação mudar. Para ele, a lei atual colabora com a
impunidade desses motoristas. "Prova disso é que nos temos flagrantes de
motoristas dirigindo sob influência do álcool ou qualquer outra substância de
efeito psicoativo, que causaram acidentes há cinco, seis anos, e não tiveram
sua carteira suspensa. É lamentável, pois os únicos condenados em crimes de
trânsito são as famílias das vítimas", disse.
Fonte
:G1
sábado, 14 de setembro de 2013
Os valores da gentileza e da cordialidade no trânsito
Você sabia que em países mega populosos (como a Índia) os carros têm que dividir as ruas com ciclistas, pedestres, cachorros, cavalos e até elefantes? Pois saiba que é verdade! E isso acontece devido à falta de calçadas, guias e escassa sinalização de trânsito.
Quem acompanha os nossos canais nas redes sociais pôde assistir, há algumas semanas, este vídeo onde se pode ver claramente a situação caoticamente organizada do trânsito em um dia normal na cidade de Vadodara: http://gentil.vc/6r
Por outro lado, contrastando completamente com a situação dos países asiáticos, na Suíça, o trânsito é tão bem organizado que os condutores chegam a parar diante de faixas de pedestre vazias – tudo pelo respeito à sinalização.
Enquanto isso, São Paulo tem o 6º trânsito mais desgastante do mundo (de acordo com estudos internacionais divulgados na Conferência Internacional de Trânsito da Europa), seguido de perto por Nova Déli.
Muitas vezes, uma discussão mais acalorada entre condutores termina em violência. “Em cidades grandes, muitos motoristas já saem de casa prontos para atacar ou se defender.” – trecho do livro “Por Que Dirigimos Assim?”, do jornalista americano Tom Vanderbilt.
Fiscalizações e multas, muitas vezes, não são suficientes para reeducar quem já tem os seus vícios de direção.
Não há leis que ensinem às pessoas os valores da gentileza, do respeito e da cordialidade. É com a família que aprendemos a ser educados – e nosso comportamento como motoristas reflete o que aprendemos ao longo da vida.
E você, faz a sua parte? Como repassa os valores de gentileza na vida e no trânsito para os seus filhos? Comente e compartilhe suas experiências com a gente!
Fonte: tränsito gentil
domingo, 8 de setembro de 2013
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Crime foi em Uberlândia e a família deve manifestar pedindo justiça. Rapazes quebraram garrafa e chutaram o rosto da vítima.
A família do corretor de imóvies Guilherme Raniery Garces Ferreira, de 23 anos, pede justiça em Uberlândia. O rapaz teve a mandíbula fraturada e perdeu vários dentes após ter sido agredido por três homens em uma discussão de trânsito. A vítima está internada e ainda aguarda novas cirurgias para reconstituição do maxilar. Em protesto, a família planeja uma manifestação pacífica nesta semana contra a violência e em pedido de paz. O crime ocorreu na madrugada de sábado (31), no Bairro Fundinho. Segundo o empresário e irmão da vítima, Márcio Ferreira, o jovem estava com a esposa e o filho de quatro anos dentro do carro, por volta de meia-noite, voltando de uma festa de criança. “Eles viram um veículo modelo HB 20 fazendo zigue-zague na frente deles e chamaram atenção do motorista. Mais na frente os rapazes cercaram o carro e desceram. Meu irmão também desceu e um dos suspeitos quebrou uma garrafa de whisky no rosto dele”, disse. Neste momento Guilherme caiu desacordado no chão e os três homens o agrediram com pontapé. Ainda segundo o irmão da vítima, os rapazes fugiram quando outros veículos se aproximaram do local. “Minha cunhada e meu sobrinho ficaram em estado de choque, acreditando que meu irmão estava morto. Ele foi levado por testemunhas para o hospital, desacordado”, disse. Segundo Márcio, o irmão passou por uma cirurgia e teve várias fraturas na mandíbula. Nesta terça-feira (3) ele deve passar por mais um procedimento para reconstituir o maxilar e repor cerca de nove dentes que foram quebrados. Márcio afirmou que uma testemunha anotou a placa e reconheceu os envolvidos. “São jovens universitários, de classe média e aparentavam estar embriagados. A mãe de um deles ligou para minha família pedindo desculpas, mas meus pais não quiseram falar, estão abalados. Meu sobrinho nem dorme por lembrar do pai cheio de sangue”, disse o empresário. Um boletim de ocorrências foi registrado e segundo o delegado Bernardo Pena Salles, os suspeitos já foram identificados e o caso está em andamento. “À princípio o boletim era de lesão corporal. Mas devido às circunstâncias agora vamos instaurar um inquérito como tentativa de homicídio. O próximo passo será ouvir testemunhas e colher provas do crime”, disse. Márcio afirmou, ainda, que a família e os amigos estão em choque e querem Justiça, por isso decidiram levar o caso para o conhecimento da imprensa. “Nada justifica esta violência, ele podia ter morrido. Estamos revoltados, mas temos confiança nas autoridades e na punição destes covardes”, disse. Como forma de protesto, a família de Guilherme Raniery organiza uma manifestação que deve acontecer ainda nesta semana. A divulgação é feita por meio das redes sociais.
FONTE:g1: 02/09/2013 16h27 - Atualizado em 02/09/2013 17h22http://g1.globo.com/minas-gerais
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