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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Agente de trânsito leva soco de motorista por não ter troco

Incidente aconteceu na terça-feira (29) em Umuarama, na região noroeste.
Os dentes afundaram e a gengiva foi cortada, segundo o pai da agente.
Uma agente de trânsito levou um soco na boca de um motorista, na terça-feira (29), na cidade de Umuarama, na região noroeste do Paraná. Franciele Fernanda Amaral, 25, trabalha na fiscalização do estacionamento rotativo Zona Azul. Ela foi agredida porque não tinha troco para uma nota de R$ 100.
“A Fran falou que não tinha trocado, mas ele não queria devolver o cartão. Então, ela pegou o cartão da mão dele e foi empurrada. Ela devolveu o empurrão e levou um soco. Foi tão forte que os óculos dela voaram do rosto”, contou Érica Cristina dos Reis, 21, colega de Franciele e foi a primeira a acudir a moça.
Procurada pelo G1, Franciele não pôde gravar entrevista por causa dos ferimentos. “Ela não está podendo falar, porque machucou muito a boca. Os dentes afundaram para dentro e a gengiva ficou toda cortada pelo aparelho”, explicou o pai da jovem, José Carlos Amaral.
Sinto uma grande revolta aqui dentro. É um pedaço de mim que foi machucado”
José Carlos Amaral, pai da agente
Indignado, José não quer que a filha retorne ao trabalho. “Sinto uma grande revolta aqui dentro. É um pedaço de mim que foi machucado. Como pai, eu digo que ela não vai mais voltar”.
Na manhã desta quarta-feira pai e filha foram até a delegacia de Umuarama e registraram boletim de ocorrência contra o motorista. Franciele fez ainda exame de corpo de delito e tirou uma radiografia do maxilar.
De acordo com o delegado adjunto Antônio Colombo, a polícia vai encaminhar os depoimentos e os resultados dos exames para o fórum da cidade. Se os laudos constatarem a agressão, o motorista pode responder por lesão corporal.
Ainda, segundo o delegado, o homem também prestou queixa contra a moça. “Ele fez um boletim de ocorrência dizendo que agiu em legítima defesa, pois a moça o teria agredido com a prancheta”. Porém, o motorista ainda não regressou à delegacia para fazer o exame de corpo de delito.
Protesto
As colegas de Franciele interromperam o trabalho na manhã desta quarta-feira (30) para protestar e pedir mais respeito por parte dos motoristas. As agentes da Zona Azul caminharam pelas ruas da cidade, levando cartazes com pedidos de paz.
Fonte: -- http://g1.globo.com/parana/

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Especialistas dão orientações de como se recuperar de um trauma

Cada um pode reagir de uma forma, diante de um acidente, de um susto. O importante é que dá para superar o trauma, seja com tratamento ou com a ajuda de parentes e amigos.
Em outra edição, o Bom Dia Brasil mostrou: o revestimento da turbina de um avião se soltou logo depois da decolagem e provocou pânico entre os passageiros. Mas tudo acabou bem, não passou de um susto. Ficou a pergunta: o que fazer? Como agir em uma situação de emergência, como na pane de um avião, na batida de um trem ou de um ônibus?
Muitos passageiros têm passado por esses sustos. E isso pode provocar um trauma grave? A resposta dos médicos é ampla: cada um pode reagir de uma forma, diante de um acidente, de um susto. Até mesmo fatores genéticos podem influenciar nesses casos. O importante é que dá para superar o trauma, seja com tratamento ou com a ajuda de parentes e amigos.
A fuselagem da turbina se soltou bem na hora da decolagem. E os passageiros reagiram, cada um de um jeito. “Algumas pessoas começaram a gritar para a aeromoça, outras rezaram, outras choraram”, conta uma testemunha.
Foi em um voo que ia de Natal para São Paulo. Uma hora depois, o avião pousou sem problemas. Passageiros e tripulantes de outro voo que partiu de Ribeirão Preto, no interior paulista, na semana passada, também passaram apuros. Um pássaro entrou em uma das turbinas do avião, que teve de pousar pouco tempo depois de ter decolado. Como reagir a uma batida entre dois trens? Aconteceu semana passada na capital paulista. Mais de 100 pessoas foram levadas para hospitais.
Acidentes podem provocar traumas. No caso da dentista Thatiane Cristina de Freitas, o susto foi no trânsito. Depois de bater o carro, ela parou de dirigir. Já são 14 anos longe do volante. Até no banco do passageiro, Thatiane sente medo: “Se a pessoa faz uma ultrapassagem mais brusca, fico gelada, fico em choque”.
Ficar nervoso e agitado durante alguns dias depois de viver uma situação inesperada é considerado normal pelos especialistas. Esse comportamento começa a preocupar quando o trauma se prolonga, persiste por mais de um mês. Aí é preciso buscar ajuda.
Quem passa por um trauma geralmente lembra com frequência do que aconteceu e sofre com isso. Ou, ao contrário, evita a todo custo falar ou reviver o acontecimento. Também pode desenvolver o que os especialistas chamam de hipervigilância, quando a vítima se mantém alerta a todo o momento.
“O problema é como isso vai influenciar a vida daquela pessoa, como a pessoa vai responder ao trauma e como esse trauma pode paralisar a vida dessa pessoa”, comenta o psiquiatra Jair Borges Barbosa Neto, da Unifesp.
O tratamento é feito com terapia e medicação em alguns casos, mas a família e os amigos também podem ajudar. “Se a pessoa acabou de sofrer esse trauma, é importante que ela procure ajuda da sociedade, ajuda das pessoas que estão em volta dela. É importante ela conseguir pedir principalmente aos familiares, aos amigos, que ajudem, que acolham aquela dor. Se não tiver sendo suficiente, ela deve procurar também ajuda de profissionais da saúde ou psicologia, ou psiquiatra mesmo, se for o caso”,
A Thatiane decidiu: vai ter novas aulas de direção, desta vez, com o psicólogo do lado.
De acordo com os médicos, uma pessoa pode desenvolver um transtorno de estresse pós-traumático até 10 ou 20 anos depois de ter sofrido um trauma. É o caso de veteranos de guerra.
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo também aponta que uma em cada dez pessoas que sofrem traumas, pode desenvolver o estresse agudo, que dura cerca de um mês.
Fonte: 28/05/2012 08h49 - Atualizado em 28/05/2012 08h51

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Diferenças entre o homem e a mulher na direçáo veicular

Não só as diferenças físicas entre o sexo masculino e feminino justificam o desequilíbrio comportamental. O metabolismo, a agilidade, os atos impensados, a pressa, a orientação espacial, a necessidade de impor condições, de se julgar o dono do mundo são alguns fatores que dissocia o comportamento do homem e da mulher.
Diferenças comportamentais do universo masculino e feminino fizeram com que pesquisadores da University of Virginia atrelassem o fato a condições genéticas e a ação dos estrogênios.
O hemisfério direito do cérebro é emotivo e o esquerdo analítico. Na mulher parece haver uma conexão maior entre esses hemisférios daí talvez atitudes mais seguras, mais bem direcionadas, melhor analisadas.
O cérebro masculino é cerca de 10% maior que o feminino o que não significa melhor desempenho intelectual já que os testes de QI (Coeficiente de Inteligência) são semelhantes.
Os homens são mais rápidos no raciocínio matemático e espacial enquanto as mulheres são melhores com as palavras, com as relações humanas. Não temos dúvida que isso é uma verdade.
Julgamos o homem mais genérico, pouco analítico e pouco emotivo nas atitudes e execução de tarefas. Já as mulheres mais analíticas, detalhistas e emotivas executando tarefas com prévio planejamento e segurança.
Na direção veicular vemos esse comportamento presente. O homem ativo, austero, exigente, dominador, agressivo, imediatista, irritado enquanto a mulher passiva, cautelosa, paciente, tranqüila.
A agilidade, a pressa, muitas vezes a compulsão para velocidade são fatores presentes no universo masculino. Daí podermos entender que o homem na direção veicular tem todos os componentes para a sinistralidade. Observe que os acidentes são de médio a graves, quase sempre com vítimas. Já com as mulheres temos mais freqüentemente os acidentes leves, sem vítimas, com pequenos danos materiais.

Quem seria o melhor motorista? O homem ou a mulher?

Não tenho dúvida em afirmar que a mulher desenvolve essa atividade com melhor habilidade e qualidade que o homem. Afirmo isso tendo em vista a grande sintonia entre o hemisfério cerebral que é analítico e o que é emotivo, daí existir contenções para execução de tarefa com risco. Ela é portadora de todo o perfil ideal para execução dessa tarefa. Basta vermos os dados estatísticos de acidentes de trânsito que vamos concluir que a mulher é dotada de características próprias para enfrentar a direção veicular e o trânsito.
É ela que mais respeita a sinalização, raramente comete ato inseguro e se sai muito bem diante de condição insegura.
Já o homem, de raciocínio rápido e com boa orientação espacial é capaz de exageros com relação à agilidade, o respeito à sinalização, torna-se mais competitivo, detém uma direção ofensiva e chega ao acidente de média e grande proporção com muito mais facilidade.
A mulher, pelo que apresentamos é realmente mais lenta com relação à orientação espacial, mas isso não desvaloriza a seguridade que ela porta e por isso a caracterizo como uma excelente operadora de máquina sobre rodas.



Principais diferenças:






 
 


 
 
 
 
 
 
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da ABRAMET

http://www.abramet.com.br/
dirceurodrigues@abramet.com.br

:Fonte: http://www.perkons.com.br/?page=noticias&sub=opiniao&s



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Donos de veículos caros e potentes organizam corridas ilegais na BR-060


                                               

 
Isaque Ribeiro não teve a menor chance ao tentar realizar uma curva a mais de 200km/h. A manobra seria um troféu para o jovem de 23 anos, apaixonado por velocidade. Mas a diversão perigosa e perseguida a qualquer custo acabou em tragédia. Um erro de cálculo fez a moto superpotente derrapar e bater em uma barreira de proteção. A violência partiu o corpo do motociclista ao meio.
O acidente que tirou a vida de Isaque ocorreu em 8 de janeiro, no Km 72 da BR-060, rodovia que liga Brasília a Goiânia. A estrada é a preferida daqueles que têm veículos de duas rodas de altas cilindradas para a prática de racha. Aos domingos, dezenas deles se encontram em um restaurante em Abadiânia (GO), onde definem as regras das corridas clandestinas. A irresponsabilidade resultou em sete mortos nos últimos cinco meses. Todos conduziam veículos caros e capazes de ultrapassar os 300km/h.
Na internet, um vídeo com o momento exato de um acidente foi acessado por mais de 43 mil pessoas. A imagem mostra uma colisão a 250km/h entre dois motociclistas. Um deles caiu e só conseguiu sair ileso porque vestia um macacão superresistente, que custa em torno de R$ 10 mil. A roupa é semelhante à usada por pilotos profissionais. Em outra postagem na rede mundial de computadores, motoristas se exibem perigosamente para as câmeras. Um deles guia uma Kawasaki Ninja sem as mãos, enquanto outro ultrapassa três caminhões enfileirados em local proibido sobre uma Honda CB600F Hornet.

Fonte: Saulo Araújo , orreio Brasiliense, Publicação: 20/05/2012 08:00 Atualização: 20/05/2012 10:17

domingo, 20 de maio de 2012

Fique Alerta:Sono está ligado a 30% das mortes em acidentes graves no trânsito

Café e energéticos são métodos pouco eficazes para se manter desperto na estrada

No Brasil há, hoje, cerca de 40 milhões de carros nas ruas. Ao mesmo tempo em que o mercado quatro rodas cresce, os índices preocupam. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), 30% das mortes ocasionadas em rodovias brasileiras são causadas por motoristas que dormem ao volante, representando 20% do total de acidentes envolvendo veículos no país.
A desatenção ao volante é uma das principais consequências de uma noite mal dormida. Para Renata Federighi, consultora de sono da Duoflex, é fundamental que o indivíduo esteja com o sono em dia antes de pegar a estrada.
— A privação das horas de descanso provoca a redução da capacidade de raciocínio, a perda dos reflexos, além da sensação de fadiga, que pode resultar em pequenos cochilos — alerta.
De acordo com Renata, é importante que as pessoas tenham em média um período de sete a oito horas de sono por dia. A consultora reforça ainda que consumir café, energéticos ou mesmo molhar o rosto durante o trajeto são métodos pouco eficazes no combate ao sono.
— Quando o condutor sentir que o sono chegou, a melhor opção é parar o carro e tirar uma soneca — recomenda.
Fique alerta19/05/2012
09h01


sexta-feira, 18 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

Acidentes de trânsito

Nas grandes cidades brasileiras, especialmente em São Paulo, é enorme o número de acidentes de trânsito. Grande parte, felizmente, é constituída por abalroamentos sem vítimas e o prejuízo é só material.
Alguns acidentes, porém, são mais graves. É o caso dos atropelamentos de pedestres e dos acidentes com motos, veículos que têm infestado ruas e avenidas das cidades maiores e mais densamente povoadas. Os motoqueiros prestam um serviço importante, levando papéis ou pequenas encomendas de um canto para outro mais rapidamente do que se fosse usado outro meio de transporte. No entanto, trata-se de uma atividade de alto risco. Eles se locomovem, muitas vezes imprudentemente, por entre as filas dos carros e acidentam-se com muita facilidade.
Em relação aos acidentes automobilísticos, o uso obrigatório do cinto de segurança representou um avanço na proteção de motoristas e passageiros, mas ainda não consegue evitar um tipo de traumatismo chamado chicote, ou seja, a batida dos carros faz com que a cabeça seja jogada bruscamente para frente e para trás o que pode provocar uma lesão na medula espinhal na altura da coluna cervical com sequelas muito graves.

PRINCIPAL CAUSA DE MORTE NA JUVENTUDE

Drauzio – Qual é a magnitude do problema representado pelos acidentes de trânsito em termos de morbidade e mortalidade em nosso País?
Julia GreveNos pacientes jovens, com menos de 35 anos, os acidentes de trânsito e a violência urbana são as causas mais importantes de mortalidade. Especificamente, em se tratando da população masculina com menos de 35 anos, os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte no Brasil inteiro. Embora não tenhamos dados confiáveis a respeito, provavelmente eles sejam também a causa principal de morbidade, lesões e incapacidades graves nessa faixa etária.
Drauzio – Entre os acidentes de trânsito, quais são os mais frequentes?
Julia Greve – Apesar de o Brasil ser um país tão grande e com tantas estradas, os acidentes ocorrem com mais frequência dentro do perímetro urbano, nas ruas ou avenidas de alta velocidade. Em geral, são acidentes graves e os que trazem maiores problemas em termos de saúde. Em cidades como São Paulo, por exemplo, prevalecem os atropelamentos e os acidentes com motocicletas nos quais as vítimas costumam sofrer lesões muito sérias e até fatais.
A propósito, não se pode deixar de mencionar a questão do álcool, uma droga lícita responsável por grande parte dos acidentes. Todo o mundo acha que pode beber um pouco, pegar o automóvel e sair por aí e nossa sociedade é permissiva e complacente com as pessoas que dirigem embriagadas.

ÁLCOOL E ACIDENTES DE TRÂNSITO

Drauzio – Em países com leis rígidas em relação ao álcool, nota-se que a população leva isso muito a sério. Numa festa, os que vão dirigir na volta para casa não experimentam uma gota sequer de bebida alcoólica. No Brasil, ao contrário, no que se refere ao uso do álcool, as restrições existentes para as pessoas que vão pegar num volante são logo desrespeitadas e elas voltam a dirigir embriagadas.
Julia GreveO Código de Trânsito promulgado em 1997 prevê penas severas para o motorista que dirige embriagado. Ele perde a carteira de motorista e responderá a processos se for apanhado dirigindo bêbado. No entanto, como costuma acontecer em nosso País, não há fiscalização efetiva sobre os transgressores. Parece não existir, ainda, por parte das autoridades e dos cidadãos, a preocupação com o fato de que o álcool é a grande causa de morte no trânsito, e isso impede a adoção de medidas efetivas para resolver o problema.
Num primeiro momento, policiamento e repressão forte é o que resolve. Claro que programas educativos são importantes. No Japão, se o indivíduo for apanhado dirigindo embriagado, as sanções são pesadas. Ele perde a carteira e vai preso. Mesmo nos Estados Unidos ou na Alemanha, país em que as pessoas ingerem habitualmente mais álcool, nota-se um comportamento mais responsável em quem bebe e pretende dirigir. É uma questão de postura social. O brasileiro é mais permissivo e não demonstra estar preocupado o bastante quanto à educação dos filhos no que se refere ao álcool.
Quem já não escutou – “Bebe um pouquinho. Tudo bem. Um pouco só dá para dirigir”. Na verdade, não é bem assim. Mesmo bebendo pouco e a coordenação motora não estando seriamente comprometida, a euforia provocada pela bebida pode ser tão perigosa quanto não conseguir manobrar o volante com destreza.
Drauzio – Nos países em que a legislação é rígida, o uso do bafômetro é encarado com naturalidade e não é raro encontrar pessoas que foram testadas várias vezes por ano nas ruas, na saída dos supermercados ou perto de bares e cinemas. Aqui, não conheço ninguém que tenha passado por essa experiência. Essa certeza de impunidade facilita o consumo de bebidas alcoólicas. É comum ver nas ruas, especialmente nas noites de sextas-feiras e nos finais de semana, gente bêbada dirigindo automóveis, fazendo acrobacias mirabolantes e pondo em risco a própria vida e a vida dos outros. Você não acha que deveria haver uma conscientização maior associada a uma fiscalização eficaz e permanente para reduzir o número de acidentes de trânsito?
Julia Greve – Acho que as duas medidas devem ser tomadas conjuntamente. Num primeiro momento, como o problema é grave, a repressão tem de ser enérgica e é inevitável. Na legislação brasileira existe um empecilho importante. A Constituição Federal reza que o indivíduo não pode fornecer provas contra si próprio e ele está fazendo isso no instante em que embriagado sopra no bafômetro. Esse artifício jurídico precisa ser discutido. Até que ponto uma pessoa embriagada, que coloca em risco a vida dos outros, tem o direito de negar-se a fazer esse exame?
Nos países que levam o problema a sério, se a quantidade de álcool presente no ar alveolar superar os níveis permitidos por lei, o infrator é levado à delegacia onde pode ser submetido a exames complementares, mas aquela primeira soprada é prova cabal e indiscutível de que ele estava embriagado e transgredindo a lei. No Brasil, como o sujeito pode negar-se a soprar o bafômetro, é levado à delegacia para colher sangue e tem de esperar o médico legista para uma avaliação. Com isso, já se passaram duas ou três horas, o nível de álcool no sangue baixou e não há punição possível. Pensando nisso, é que defendo a idéia da repressão. A sociedade precisa entender que essa história de dar um jeitinho de que se vangloriam tanto os brasileiros não resolve coisa alguma.
Por outro lado, o exemplo dos pais é fundamental para os filhos aprenderem que, sob nenhum pretexto, devem dirigir embriagados. Acidentes de trânsito não são privilégio do Brasil. Existem no mundo inteiro, mas aqui o número de mortes ligadas a indivíduos, que beberam mais do que deviam, é maior por causa da certeza da impunidade.

NÍVEIS DE ALCOOLEMIA

Drauzio – Nos países de legislação mais rígida, as pessoas sabem exatamente o que podem beber antes de pegar no volante. No Brasil, isso não está claro. As pessoas custam a entender que beberam demais, sempre se julgam aptas para dirigir e é raro entregarem a chave do carro para quem não bebeu. Segundo as leis em vigor no País, o nível de álcool permitido é de até 0,6g por litro de sangue. Quanto uma pessoa pode beber para atingir esse limite de concentração de álcool no sangue?
Julia Greve – Considerando a média das pessoas (homens, mulheres, peso, altura, etc.), a maioria pode beber duas latas de cerveja, ou uma dose de bebida destilada forte, como uísque ou vodca, diluída em água ou soda, ou um copo, um copo e meio de vinho. Uma dessas doses fará com que a alcoolemia alcance quase 0,6g/l. Portanto, a pessoa estará perto do limite permitido por lei, o que não quer dizer que esteja em condições de dirigir, porque existem algumas que se alteram com pequena quantidade de álcool. Está provado que nas mulheres, nos magros e em quem não está acostumado a beber, o álcool demora mais tempo para diluir-se no sangue e provoca certa euforia que interfere na autocrítica e na habilidade para guiar um automóvel.
Esse é outro ponto importante que se deve destacar. A pessoa bebe para ficar mais alegre, para se liberar e a primeira coisa que perde é a capacidade de avaliação crítica. Inúmeros trabalhos demonstram que o indivíduo que sofreu um acidente e estava embriagado, esqueceu-se também de colocar o cinto de segurança, correu demais e foi imprudente na direção. Por isso, há países que advogam alcoolemia igual a zero para o motorista. Quem vai dirigir não deve beber, porque são imprevisíveis as alterações comportamentais que o álcool pode provocar. É o caso do meninão que bebe na boate para ter coragem de paquerar a menina e acaba se acidentando seriamente na volta para casa.
Drauzio – Você diz que duas latinhas de cerveja, ou dois copos de vinho, ou uma dose de bebida destilada são o suficiente para atingir a alcoolemia de 0,6g por litro que é o nível de álcool no sangue permitido pela legislação brasileira. Eu diria que, nas noites de sexta-feira, praticamente todos os jovens que dirigem estão infringindo a lei. Não conheço rapaz que saia para um programa e beba somente uma latinha de cerveja, por exemplo.
Julia Greve – Certamente eles bebem mais, mas como a cerveja é uma bebida em que o álcool é diluído em grande quantidade de líquido, ele pode não atingir o nível de alcoolemia se beber três ou quatro latinhas durante um longo período de tempo. Bebidas destiladas, ao contrário, concentram grande quantidade de álcool em pequeno volume de líquido e mais de uma dose extrapolam os limites aceitáveis pela legislação.
Se o vinho for tomado acompanhando as refeições, a absorção é mais lenta. Parece razoável que duas pessoas bebam uma garrafa durante o jantar. Elas podem não estar embriagadas, mas a dosagem da alcoolemia provavelmente indicará que o limite foi alcançado.
Estudo realizado com alunos da Faculdade de Medicina revelou que, depois da terceira lata de cerveja, tanto bebedores inveterados quanto os não habituais tinham ultrapassado o nível de 0,6g/l. Tratava-se de uma situação particular, porque eles estavam proibidos de ingerir alimentos. É claro que se pudessem comer alguma coisa, a absorção seria menor.
No entanto, as pessoas precisam ficar atentas. Mesmo a cerveja, considerada a bebida nacional e classificada como fraquinha, tem álcool em quantidade suficiente para provocar alterações importantes. Essa é uma das grandes preocupações que se deve ter no Brasil. Os números do IML indicam que 50% dos mortos vítimas de acidente de trânsito estavam embriagados no momento do acidente.
Drauzio – Esse é um número viciado porque não considera os que estavam embriagados e não morreram.
Julia Greve – E há outros aspectos. Esse número se refere às vítimas que morreram e foram autopsiadas no IML, o que não acontece com todos os acidentados. Além disso, muitos motoristas embriagados não se ferem nos acidentes, mas provocam a morte de terceiros que não estavam embriagados.
Drauzio – Como você acha que esse assunto deve ser tratado?
Julia Greve – O problema do álcool é sério e a solução não é simples. A repressão é importante, assim como o é a educação. A questão é como convencer um jovem de que ele não pode beber. Campanhas moralistas não surtem nenhum efeito. A mídia está repleta de mensagens do tipo: “Se beber, não dirija”. De certa forma, essa banalização do assunto faz com que as pessoas se mostrem anestesiadas e não se impressionem com o testemunho de alguém que sofreu um acidente grave depois de ter bebido. Os aspectos educativos são importantes, mas é preciso conscientizar a sociedade de que muita gente está morrendo por causa disso e que inverter essa situação é responsabilidade de todos.

ACIDENTES COM MOTOS

Drauzio – Que perigo as motos representam no trânsito das grandes cidades?
Julia Greve – Nas regiões urbanas, em termos de vítimas graves ou fatais, acidentes com motos só perdem um pouco para os acidentes com pedestres. Se considerarmos o número de pessoas que anda a pé e o número de motoqueiros, proporcionalmente as motos representam um problema maior na cidade de São Paulo. Basta observar como os motoboys dirigem entre os automóveis nos corredores de trânsito para se ter uma ideia do risco que correm. De um lado são jovens com menos de 20 anos submetidos a condições de trabalho absurdas que ganham por corrida que fazem e têm de cumprir prazos e horários rígidos. De outro, são jovens interessados num esporte radical que lhes libere muita adrenalina.
As autoridades de trânsito devem estar conscientes do problema, mas acredito que haja certa pressão para manter essa atividade profissional num país em que arranjar emprego está cada dia mais difícil. No entanto, as perdas humanas e os custos sociais são bastante altos. Em geral, as empresas não registram esses funcionários que trabalham como autônomos, não têm seguro saúde e vão parar nos hospitais públicos onde chegam a ficar internados por meses, às vezes, um ano inteiro, e de lá saem, em muitos casos, com sequelas permanentes. As empresas deveriam incluir no custo um seguro para os motoboys que sofressem um acidente. Além disso, é preciso tomar providências a fim de evitar que nossos jovens continuem morrendo por uma postura inadequada no trânsito.

LESÕES NOS ACIDENTES DE MOTOS

Drauzio Uma cidade como São Paulo talvez não dispense mais o trabalho dos motoqueiros que circulam feito formigas em alta velocidade pelos corredores de trânsito. Suas atitudes são temerárias e parece que não contam com a possibilidade de um imprevisto. Que tipo de lesões eles sofrem com mais frequência?
Julia Greve – As pernas costumam ser a região mais comprometida nos acidentes de moto, principalmente a tíbia, osso muito exposto e desprotegido. Não importa como tenha ocorrido a acidente, o motoqueiro sempre cai da moto. Muitas vezes é lançado longe e sofre lesões graves com perda de pele que infeccionam e demandam longo tempo de tratamento ou até mesmo a amputação do membro.
Na verdade, num país sem campos minados nem guerras, estamos criando uma geração de indivíduos que perderam a perna em acidentes de moto ou que tiveram que amputá-la como consequência desses acidentes.
Em segundo lugar, vêm os traumatismos da face e do crânio, em geral traumas mistos também com lesões graves. A propósito, é importante observar que alguns trabalhos de campo com motoqueiros mostram que as condições do capacete que usam deixam muito a desejar. Os protetores estão vencidos ou foram retirados, a mentoneira está quebrada ou não existe, e os capacetes servem, quando muito, para esquentar a cabeça e enganar a fiscalização. Quando arremessados da moto, os motoboys batem a cabeça que é pesada e está mal protegida e sofrem traumas de crânio de difícil e lenta recuperação. Eles ficam em coma durante muito tempo e nunca se sabe como será sua recuperação.
Em terceiro lugar, estão as lesões dos braços e do plexobraquial, nervos que enervam os membros superiores. Os motoqueiros podem sofrer trações violentas provocadas por movimentos bruscos da coluna cervical em relação ao tronco e que resultam em estiramento ou ruptura. O plexobraquial é arrancado na região da medula na altura da coluna cervical, o que resulta em paralisia do membro afetado. Às vezes, essas lesões são tão graves que nenhuma microcirurgia consegue reparar o dano e fazer o paciente recuperar os movimentos.
Por fim, vêm os acidentes que lesam tronco e coluna. Quando o motoqueiro está em velocidade e bate em alguma coisa ou se depara com um obstáculo, é lançado longe, porque a energia acumulada na moto é transferida para seu organismo. Dessa forma, tanto motoqueiros quanto pedestres recebem um impacto sem nenhum tipo de proteção o que explica a gravidade das lesões sofridas por esses indivíduos. Nos automóveis, o ocupante que usa o cinto de três pontas está muito mais protegido do que aquele que não o usa.
Julia Greve é médica fisiatra e trabalha no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Após um ano de campanha, cresce respeito ao pedestre em SP

Segundo levantamento, aumento foi de 16% após programa.
Apesar disso, 39% dos motoristas ainda não param na faixa.
O respeito dos motoristas aos motoristas de São Paulo pelos pedestres aumentou após um ano de campanha na cidade de São Paulo, segundo pesquisa feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
De acordo com o levantamento, o respeito dos condutores aos pedestres aumentou 16% no primeiro ano da campanha em relação ao ano anterior, e os motoristas têm acionado a seta para indicar conversões 8% mais do que antes do programa.
A pesquisa foi feita entre 24 de abril e 04 de maio e utilizou contagens e entrevistas. Apesar dos dados positivos em relação ao respeito, a pesquisa também indicou que 39,1% dos motoristas ainda não param na faixa para os pedestres.
“Os motoristas têm que parar na faixa. A faixa é o espaço do pedestre. Se pedestre se manifestar, fizer um sinal de braço, já existe uma tendência de o motorista parar na faixa”, disse Nancy Schneider, supervisora de educação e segurança da CET. “Nós estamos com 850 orientadores de travessia, fazendo o trabalho de ensinar o pedestre.”
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/apos-um-ano-de-campanha-cresce-respeito-ao-pedestre-em-sp-diz-cet.html



sábado, 12 de maio de 2012

Gaúchos morrem mais no tränsito aos sábados

Dados deste ano apontam que o último dia da semana registra 24% dos óbitos no trânsito do RS
Uma tendência preocupante serve de aviso aos motoristas que sairão às ruas e estradas gaúchas no próximo fim de semana. As mortes no sábado representaram 24,27% do total de vítimas do trânsito nos três primeiros meses de 2012 no Rio Grande do Sul.
Levantamento feito pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a pedido de ZH, aponta um aumento na proporção de óbitos no sábado em relação ao mesmo período de anos anteriores e revela um perfil de vítima mais jovem do que a média.

GRÁFICO: Os tipos de rodovias e o perfil dos mortos 
A constatação de que praticamente uma em cada quatro mortes ocorreu no último dia da semana coloca em alerta autoridades e especialistas. A violência sobre rodas fez 482 vítimas fatais entre janeiro e março em 2012 no Estado — oito mortos a menos do que o registrado no primeiro trimestre do ano passado. Nos sábados, foram 117 mortes. E uma contagem extraoficial feita por Zero Hora aponta que o número de vítimas no trânsito ao longo do mês de abril deve garantir que a proporção de mortes aos sábados se mantenha alta em relação aos demais dias da semana.
Diretor-presidente do Detran, Alessandro Barcellos entende que tanto os órgãos públicos responsáveis pela segurança no trânsito do Estado quanto a sociedade têm de estar atentos, mesmo ponderando ser necessária uma avaliação com mais fôlego ao longo do ano. Chefe de policiamento e fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no RS, o inspetor Antônio Marcos Martins Barbosa diz ainda não ser possível perceber a elevação. Mas o dado preocupa:
— A gente procura fazer um remanejamento de efetivo para termos um maior número de policiais trabalhando nesses dias.
Imperícia é dos um dos fatores
Especialistas apostam em um mantra repetido a cada final de semana pelas autoridades para justificar o aumento na proporção de mortos no trânsito, aos sábados.
Sábado é o dia da balada, em que todo mundo bebe. Apesar da intensificação das blitze, as pessoas procuram andar em ruas onde não há fiscalização. Em estradas, é pior. Há uma tendência de andar em velocidades maiores — avalia João Fortini Albano, professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Albano entende que a divulgação dos números do Detran dá indicativos às autoridades para um reforço ainda maior na fiscalização. O especialista afirma que campanhas de conscientização devem ter o efeito pensado em longo prazo — para conter de imediato índices como esses, a solução estaria no rigor com os maus motoristas. Além da imprudência, a falta de experiência e a imperícia dos condutores que se aventuram por estradas desconhecidas são agravantes.
— Há um movimento de pessoas que não estão acostumadas a transitar em rodovias. Durante a semana, há motoristas profissionais ou amadores que estão acostumados a andar em rodovias — confirma o chefe de policiamento e fiscalização da PRF, Antônio Marcos Martins Barbosa.
Especialista em segurança viária do Laboratório de Sistemas de Transportes da UFRGS (Lastran), Christine Nodari faz a ressalva de que pode haver oscilações da média de acidentes. Para ela, seria preciso um período maior de análise para embasar mudanças nas ações de prevenção. Ainda assim, Christine afirma que os órgãos de fiscalização precisam ficar atentos.
Fonte: ZERO HORA
Pedro Moreira

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Educação para o Trânsito com Qualidade

Que trânsito queremos?
Geralmente ficamos discutindo sobre o que não queremos no trânsito, sobre a violência, sobre os congestionamentos... Sugiro que façamos diferente! Seguindo a regra da PNL – Programação Neorolinguística - que recomenda que devemos focar nossos pensamentos e nossas ações no que desejamos, pois nosso desejo é uma ordem, vamos refletir sobre o que queremos no trânsito. Eu quero fluidez e segurança, quero transitar com tranqüilidade; chegar ao meu destino sem obstáculos, sem sustos, sem atrasos. Este é o meu desejo.

Por que não temos o trânsito que queremos?
Por trás da violência viária há uma imprudência: excesso de velocidade, ingestão de álcool ou de outras drogas antes de dirigir, uso do celular ao volante, ultrapassagem perigosa, dirigir com sono, dirigir sob efeito de remédios que diminuem a concentração ou o reflexo. Essas são algumas das causas visíveis, relatadas pelos envolvidos na violência de trânsito, pelas testemunhas ou diagnosticadas pela perícia.

O que leva uma pessoa a ser imprudente?
Os motivos podem ser vários:
1. Desconhecimento das leis de trânsito. Isso existe mais do que se imagina. Motoristas que não conhecem o CTB, que não conhecem seus direitos e deveres no trânsito.
2. Desconhecimento dos perigos presentes nas estradas. Causado muitas vezes pela falta de atenção na sinalização de trânsito, nas placas de advertência sobre obras e desvios na rodovia, por exemplo.
3. Desconhecimento da utilidade dos equipamentos de segurança. Observo isso com freqüência quando nas palestras falo sobre o risco do não uso do cinto de segurança no banco de trás. Muitas pessoas demonstram que não sabiam dos riscos, que nunca haviam imaginado que o uso do cinto de segurança no banco de trás dos veículos é tão importante.
4. Falta de valores positivos, de respeito pelo outro, de valorização da vida, de coletividade, de cooperação, de responsabilidade, de ética e cidadania.
São carências que precisam ser tratadas e o remédio eficaz para a cura definitiva é a EDUCAÇÃO.

O que é educação?
Muitos relacionam a palavra educação às atividades desenvolvidas nas escolas. Um ambiente que possui dinâmicas que utilizam alguns elementos como: aula expositiva, debates, quadro negro, giz, livros didáticos, computadores, cadernos, lápis, borracha, canetas, réguas, entre outros.

No dicionário Michaelis a palavra Educação está conceituada como:
1 Ato ou efeito de educar.
2 Aperfeiçoamento das faculdades físicas intelectuais e morais do ser humano; disci­pli­na­mento, instrução, ensino.
 3 Processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício: Educação musical, profissional etc.
4 Formação consciente das novas gerações segundo os ideais de cultura de cada povo.
5 Civilidade.
 6 Delicadeza.
7Cortesia. (Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=educa%E7%E3o – acesso em 18/02/2011)
A Educação não se resume num simples conceito, é algo mais amplo, pois tem influência das diversas culturas da sociedade. Educação é energia, é ação, é vida. É um processo contínuo e cumulativo que ocorre em diversos contextos sociais, possibilitando a construção de novos conhecimentos.
Ela deve proporcionar o desenvolvimento de um sujeito autônomo, reflexivo e crítico, consciente de sua função como cidadão atuante na sociedade, interagindo com outros indivíduos, com culturas e valores diferenciados, contribuindo para ações e decisões efetivas na transformação da sociedade.
Conforme a Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 1°
A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm - Acesso em 17/02/2011)
Costumamos falar que nos formamos em determinado curso, no entanto, conforme Rubem Alves “formar é colocar na forma, fechar. Um ser humano «formado» é um ser humano fechado, terminado” . Ele afirma que “Educar é abrir, desformar”. Uma festa de conclusão de curso deve ser chamada de festa de “desformatura”. Coloca também que:
Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e sem que ela dê alegria.Educar é ensinar a pensar, isso é, a brincar com os conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca. (Disponível em www.rubemalves.com.br)

Temos Educação para o Trânsito no Brasil?
Trabalho na educação há 24 anos, há oito, tenho me dedicado a educação para o trânsito. Ainda sou novata diante de vários especialistas que também abraçaram esta causa. Mas confesso que por mais de uma vez pensei em mudar de foco, em me dedicar à prevenção da AIDS, da dengue, da gripe A. Como são valorizadas essas causas!
Em educação para o trânsito temos que mendigar por recursos, é como se estivéssemos pedindo um favor. Nossa proposta é promover a educação, a segurança, a vida! Isso não tem preço! Mas também não pode ser de graça, um trabalho com qualidade envolve dedicação.
Já visitei muitas prefeituras, tentando inserir a educação para o trânsito, em algumas consegui, em outras houve interesse por parte da secretaria de educação ou dos departamentos de trânsito, mas os prefeitos não aprovaram. (Nesses municípios a educação para o trânsito deve iniciar com os prefeitos.)
Em algumas foram logo dizendo que não tinham dinheiro. Não tem dinheiro? Não tem dinheiro para a educação para o trânsito, não há interesse em educar os habitantes do município para o trânsito.
Por que essa falta de interesse? Será que pensam que não há mais solução? Se não há mais solução por que estou escrevendo este texto? Por que você está lendo isto?
Tem solução sim! Outros países estão tendo sucesso, nós também podemos. Mas é preciso agir. É preciso educar para o trânsito pra valer e não apenas fazer de conta!
Temos educação para o trânsito no Brasil. Existem ótimas ações educativas sendo implementadas. Temos ótimos educadores de trânsito que, apesar das dificuldades, persistem e conseguem realizar belos trabalhos.
As ações educativas para o trânsito, no entanto, acontecem muito menos do que é necessário. Tenho visto muita preocupação com a quantidade, com a divulgação dos números de habitantes ou de alunos atingidos nas campanhas e programas educativos de trânsito. Será que essas pessoas “atingidas” estão educadas para o trânsito? Apenas quantidade não traz os resultados necessários, precisamos de qualidade.
Existe muito faz de conta, muita campanha realizada apenas para fazer as fotos. Em muitas cidades só lembram de educação para o trânsito em setembro, devido a Semana Nacional de Trânsito. Meu blog Educação para o Trânsito com Qualidade tinha uma média de 4 mil visualizações por mês, em setembro de 2010, teve 15 mil, em outubro do mesmo ano não chegou a seis mil. O aumento de acessos apenas no mês de setembro, comprova minhas palavras.

Para concluir, cito algumas frases sobre educação, sua função e importância:
"A educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido." (Burruhs Frederic Skinner)
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)
"Não se pode falar de educação sem amor". (Paulo Freire)
"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Immanuel Kant)
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." (Nelson Mandela)

Fonte: http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2011/02/educacao-para-o-transito-com-qualidade.html

terça-feira, 8 de maio de 2012

Buraco de rua em Porto Alegre recebe placa de 'feliz aniversário'

Cavalete protege buraco na Rua Ismael Chaves Barcelos, na Cidade Baixa.

Dmae diz que reparo não é de responsabilidade do departamento.


Buraco na rua completou 1 ano sem reparos, dizem moradores (Foto: Giovani Grizotti / RBS TV)Com uma placa de feliz aniversário, moradores da Rua Ismael Chaves Barcelos, no Bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, “comemoraram” nesta terça-feira (8) um ano de existência de um buraco que prejudica o trânsito na via. A rua está situada em uma das regiões mais movimentadas da capital gaúcha, entre as avenidas Borges de Medeiros e Praia de Belas, que fazem a ligação com o Centro da cidade.
“Faz bastante tempo que esse buraco está aqui atrapalhando a circulação dos carros. Mas ninguém faz nada, ninguém vem arrumar. Só deixaram um cavalete ali para ninguém cair. Pode até machucar alguém”, diz Rafael Santos, um dos moradores do prédio em frente ao buraco.
Procurado pelo G1, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), informou, através da assessoria de imprensa, que desconhecia o problema e que não havia registro de reclamação de moradores. Mesmo assim, uma equipe foi deslocada ao local para averiguar o problema e constatou que o reparo não é de responsabilidade do departamento. O Dmae afirma que não existe rede de água e esgoto passando pela rua.
Fonte: g1, .08/05/2012 17h54 - Atualizado em 08/05/2012 18h17

domingo, 6 de maio de 2012

Em Timon, exposição chama atenção de motoristas com fotos de acidentes

Exposição começa segunda-feira (7), na sede do Ciretran, em Timon.


Mostra é realizada pelo Departamento de Trânsito do Maranhão.
Exposição Pare, Pense e Mude do Detran
Depois de passar pelas cidades de São Luís e Imperatriz, a exposição fotográfica "Pare, pense, mude", com cenas de acidentes registradas ao longo dos anos pelos repórteres fotográficos dos principais jornais da capital, estará a disposição para visitação na cidade de Timon, MA, localizada a 450 km de São Luís. O evento é promovido pelo Departamento de Trânsito do Maranhão (Detran), a partir de segunda-feira (7), na sede do Ciretran, localizado na Rua Antônio Marques, 750, Parque Piauí, com visitação das 9h às 15h.
Trata-se de uma exposição com 30 fotos instaladas em quinze painéis de dois metros de altura por um de largura, frente e verso, com cenas de acidentes.
O objetivo da exposição é usar cenas de impacto e verídicas para chamar a atenção de motoristas, motociclistas e pedestres para a importância de seguir as regras de segurança do trânsito, ainda mais, com a chegada das festas de natal, final de ano e as férias, onde se registra um considerado crescimento de acidentes.
Todos os painéis registram acidentes fatais e não fatais ocorridas na capital São Luís e nas rodovias federais e fazem parte da ação estadual na campanha nacional Pare, Pense e Mude, Parada – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes. A proposta principal do Detran, por meio da Educação para o Trânsito, é desenvolver a exposição de forma itinerante pelo interior do estado e sempre lembrar que o país vive a “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito 2011-2020”.
“Essa iniciativa da exposição quer prestigiar os repórteres fotográficos que registram esses fatos, além de sensibilizar a sociedade no sentido de diminuir o número de acidentes de trânsito e, consequentemente, reduzir o número de mortes causadas por esses acidentes. Sabemos que uma imagem vale mais do que mil palavras. E as fotos da exposição falam por si só”, destacou o diretor geral do Detran do MA, Flávio Trindade Jerônimo, que fará a abertura da exposição em Timon.
Para o coordenador da Educação para o Trânsito do Detran, Roberval Lopes, “o trânsito só muda se nós mudarmos. Deve existir uma consciência sobre o valor da vida. Queremos uma mudança de comportamento”, disse Lopes, ao lembrar que 1,3 milhões de pessoas morreram em 2009, vítimas de acidentes de trânsito no mundo todo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Depois de Timon, a exposição segue, ainda no mês de maio, para as cidades de São João dos Patos, na Exporsertão; e em Balsas, na Agrobalsas.

Fonte: g105/05/2012 03h00 - Atualizado em 05/05/2012 03h00

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Uso do celular aumenta em até 400% o risco de acidentes no trânsito


No Brasil, ato implica multa de R$ 85,13 e soma 4 pontos na carteira.
Principal perigo ao dirigir é fazer atividades que retirem as mãos do volante.
Celular e direção são uma mistura tão perigosa quanto conduzir um veículo alcoolizado. Isso porque falar ao telefone ou mandar SMS distrai o motorista e pode aumentar em 400% o risco de acidentes.
No Brasil, um infrator que conversa ao celular (mesmo pelo fone ou viva-voz) pode ser multado em R$ 85,13 e somar 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Não há dados nacionais sobre o uso do celular ao volante. Atualmente, o país contabiliza 212,6 milhões de pessoas com acesso à telefonia móvel e uma frota de 69 milhões de veículos de todos os tipos.

Segundo o especialista em segurança do trânsito Eduardo Biavati e o neurologista Marcelo Calderaro, o principal perigo é fazer atividades que exijam retirar as mãos do volante, como mexer em um aparelho eletrônico, ou que façam pensar sobre outras coisas. Isso inclui comer, beber, procurar algo, ler, maquiar-se, pôr um CD ou mudar a estação do rádio e, claro, usar o celular.
Dados de pesquisas do Departamento de Trânsito dos EUA apontam que 77% dos motoristas admitiram já ter utilizado o celular ao volante. Ainda não há estudos que demonstrem o número de acidentes causados por isso, provavelmente em razão da dificuldade em comprovar o uso.
Andar sem cinto no banco de trás é perigoso para passageiro e motorista. O governo americano estima que 5.870 pessoas morreram e 500 mil foram feridas em acidentes que, segundo relatos, envolveram distrações. Pesquisas nos EUA sobre acidentes associados a distrações indicaram que 12% estavam conversando com passageiros ou usando o celular.
Os motoristas mais jovens foram os que mais se envolveram em acidentes. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito.
Década de Ações para a Segurança no Trânsito (2011-2020), um projeto da Organização das Nações Unidas (ONU), prevê uma redução de até 50% das mortes ocasionadas pela violência no trânsito nos próximos 10 anos. Você pode fazer um teste do governo britânico para simular sua atenção no trânsito.

Várias informações ao mesmo tempo
O cérebro humano é mais potente que um computador, mas não tem uma capacidade ilimitada de processamento. Fazer mais de uma atividade importante ao mesmo tempo aumenta o risco de que uma delas saia mal, pois o tempo de resposta diminui. É como abrir vários programas e executar várias tarefas no computador simultaneamente: chega um momento em que a máquina trava.
A atenção é a capacidade que temos de acionar determinados canais sensoriais em determinado momento. Por exemplo, em uma rua barulhenta, quando atravessamos, nosso foco é para o local da faixa e o sinal de pedestres, mas, se ouvimos um grito, vamos olhar para onde vem essa informação, que também pode ser importante.
Somos bombardeados por informações 24 horas e filtramos o tempo todos os dados que são mais importantes naquela hora, aguçando os sentidos para isso.
No cérebro, todas as informações e os estímulos chegam a uma estação de transmissão chamada tálamo, estrutura em forma de borboleta. O lobo frontal determina o que deve ser filtrado naquele momento. Depois disso, a informação mais importante segue para ser processada para o nível de consciência, no córtex cerebral.

Aplicativo para Android
Recentemente, o Ministério das Cidades lançou um aplicativo na plataforma Android que bloqueia as chamadas para o celular quando alguém está dirigindo – qualquer um pode baixá-lo na página do Denatran.
Ao baixar o aplicativo na loja virtual, o motorista não poderá atender ao celular enquanto estiver dirigindo, pois o aparelho não vai tocar. As pessoas que ligarem ou enviarem mensagens de texto perceberão que a ligação será cancelada e, na sequência, receberão uma mensagem informando que o destinatário está ao volante. O motorista poderá, ao final da viagem, checar as ligações recebidas.
Para utilizar o aplicativo Mãos no Volante, você precisa ter um aparelho com o sistema operacional Android.

Fonte : g1, 17/02/2012 10h15 - Atualizado em 04/05/2012 15h45

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Polícia Rodoviária Federal divulga balanço das operações no feriado

A operação prendeu quatro pessoas por dirigir sob o efeito de álcool.

61 acidentes foram registrados.

Comente agoraA Polícia Rodoviária Federal do Pará divulgou hoje o balanço da Operação Trabalho, que fiscalizou o trânsito nas rodovias federais do Pará durante o feriado de primeiro de maio. Segundo a polícia, três pessoas morreram e 35 ficaram feridas em 61 acidentes registrados nas estradas do Pará. Foram cinco dias de fiscalização, realizada de 00h do dia 27/04 às 24h do dia 01/05.
Segundo a polícia, cerca de 75% desses acidentes ocorreram na BR-316. A principal causa dos acidentes apontada pela PRF foi falta de atenção, seguida por descuido na hora de manter a distância de segurança entre os veículos, dirigir sob o efeito de álcool, além de defeito mecânico e desobediência à sinalização.
Ainda de acordo com a PRF, nove pessoas foram autuadas por embriaguez ao volante e 226 testes foram realizados para verificar a quantidade de álcool presente no sangue. Quatro pessoas foram presas por dirigirem sob o efeito de álcool.
Foram 1.405 autos de infração de trânsito, com 33 veículos retidos por apresentarem irregularidades na documentação e/ou nos equipamentos obrigagótios, além de 22 carteiras apreendidas por vencimento ou apresentarem suspeita de falsificação.
As principais infrações registradas foram transitar pelo acostamento, conduzir o veículo com licenciamento vencido, equipamento obrigatório em mau estado de funcionamento ou inoperante e ultrapassar em local proibido pela sinalização.

Fonte: g1, 02/05/2012 12h12 - Atualizado em 02/05/2012 12h12