Translate

quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu preciso mesmo substituir os quatro pneus ao mesmo tempo?

A resposta para esta pergunta depende de seu carro. Hoje em dia, a maioria dos carros é de tração dianteira e alguns poucos são de tração traseira. Por isso, não há necessidade de substituir todos os quatro pneus ao mesmo tempo. Geralmente dois de cada vez já é o suficiente. Mas, por sua vez, os carros de tração nas quatro rodas estão se tornando mais populares e eles precisam que todos os seus quatro pneus sejam substituídos ao mesmo tempo.
Nos veículos equipados com tração nas quatro rodas, o diferencial e o computador trabalham juntos para enviar a quantidade certa de torque para cada roda com o intuito de minimizar as derrapagens e aumentar o controle. Se um desses pneus tiver um tamanho diferente dos outros – porque três pneus estão desgastados e apenas um está novo – o computador fará uma leitura incorreta e o diferencial trabalhará dobrado. Dirigir assim por muito tempo poderá até mesmo quebrar a transmissão do carro.
Há exceções – até mesmo para carros com tração nas quatro rodas. Se os pneus tiverem sido usados por algo em torno de dois mil quilômetros e um deles precisar ser substituído, não tem problema. Além disso, se você precisar rodar um pouco com um pneu diferente – por exemplo, para chegar até a borracharia mais próxima, isso também não provocará um dano grave.
Lembre-se sempre também de fazer um rodízio com os pneus já que isso estende a vida deles – seja qual for o veículo. O rodízio de pneus nos veículos com tração nas quatro rodas também garante que não haverá sobrecarga no sistema de transmissão.
Fonte: http://carros.hsw.uol.com.br

terça-feira, 29 de março de 2011

Adaptações para deficiente

Poucas cidades no Brasil são adaptadas para o transito dos deficientes físicos. As péssimas condições de conservação das calçadas e a falta de rampas e outras adaptações dificultam a vida dos cadeirantes. No entanto, para aqueles que possuem condições de comprar um automóvel, algumas empresas especializadas em realizar adaptações garantem que qualquer deficiente físico possa dirigir normalmente.

Com a crescente procura por este tipo de serviço, o preço das adaptações caiu bastante. Embora o valor das mudanças varie de acordo com a necessidade e o tipo de veículo, hoje, o cadeirante pode até encomendar um veículo zero quilômetro com todas as alterações garantidas pela montadora, comodidade difícil de imaginar alguns anos atrás.

Uma das maiores empresas do setor de veículos adaptados é a Cavenaghi, que presta serviços para as maiores montadoras do Brasil, como Volkswagen, Fiat, Citroën, Peugeot e Toyota, entre outras. A história da empresa começou há mais de 40 anos, quando um mecânico especializado na manutenção de veículos antigos foi procurado por um amigo que teve a perna esquerda amputada. O desejo dele era voltar a dirigir, e o resultado foi um dispositivo que controlava o pedal da embreagem do carro por um comando nas mãos, como nas motos.

A partir daí, a oficina começou a desenvolver produtos voltados para a condução de veículos, como o Comando Manual Universal – que permite acelerar e frear o veículo por meio de uma alavanca. Hoje, a Cavenaghi possui três linhas básicas de produto – batizadas de Transporte, Autonomia e Direção – e fabrica outros acessórios, como cadeiras de rodas, almofadas e utensílios domésticos. Todo tipo de veículo pode receber as adaptações.

A empresa estuda cada caso de forma individual e analisa as deficiências do condutor e as características do automóvel para definir o que precisará ser feito. Um veículo com câmbio manual, por exemplo, necessita de um sistema de embreagem computadorizada – que aciona o pedal automaticamente assim que o condutor faz o movimento para engatar uma marcha –, recurso dispensável em veículos com caixa automática ou automatizada.

No dia que QUATRO RODAS visitou a oficina da Cavenaghi, vários tipos de automóveis aguardavam serviço. Empresas de táxi e órgãos da prefeitura escolhem veículos mais espaçosos, como as vans (Fiat Ducato e Renault Master) e multivans (Fiat Doblò e Renault Kangoo são os preferidos). Entre os carros de particulares, chamava atenção o pequenino smart fortwo e uma perua Chevrolet Caravan em estado razoável de conservação.

O gerente de engenharia da empresa, Alexandre Scherer, conta que a empresa já fez adaptações até em esportivos importados, como Ford Mustang e Porsche Cayenne. As adaptações feitas pela Cavenaghi possuem garantia dada pela própria empresa. Todas as modificações são reversíveis, ou seja, podem ser removidas facilmente, permitindo a condução do veículo por motoristas que não possuem deficiências.

BENEFÍCIOS

O deficiente físico tem direito a isenção de impostos (IPI, IPVA e ICMS) na compra de um veículo. No entanto, para obter o benefício, é necessário seguir alguns procedimentos. Clique aqui para saber o que fazer para comprar seu carro. Fonte:revista Quatro rodas

segunda-feira, 28 de março de 2011

10 dicas para dirigir com segurança

Antes de sair com seu carro nas ruas é importante ter consciência da responsabilidade que carrega ao ligar o motor. O carro além de um bem que proporciona conforto aos seus proprietários, também pode ser considerado uma arma letal, pois em um pequeno deslize ou distração, um grave acidente pode acontecer. Pensando nisso, elaboramos 10 dicas de segurança para dirigir bem e sem preocupações. 1. Evite Altas Velocidades Evite trafegar em altas velocidades nas rodovias, o ideal é manter uma média de 80 km/h. Não dirija na velocidade máxima permitida pela rodovia, quanto maior a velocidade mais difícil será evitar os perigos que podem aparecer, como por exemplo um animal de grande porte atravessando a rodovia. Lembre-se, as rodovias não são pistas de corridas. 2. Mantenha uma Distância Segura do Carro da Frente Mantenha sempre uma distância segura para o veículo da frente, principalmente quando estiver chovendo. Tente calcular pelo menos 3 segundos de distância tomando como base algum ponto de referência na pista. Com uma boa distância, você poderá prever o perigo e realizar a frenagem completa do seu carro sem que ocorram acidentes. 3.Ultrapasse com segurança Antes de realizar uma manobra de ultrapassagem é necessário seguir alguns cuidados importantes. Evite a aproximação exagerada do carro a ser ultrapassado e procure, com muito cuidado, levar o seu carro à esquerda para verificar o movimento da pista contrária (em caso de mão dupla). Se estiver na mesma velocidade do carro a ser ultrapassado, mantenha a distância de um carro e ao iniciar a manobra de ultrapassagem acelere o suficiente para garantir uma velocidade bem superior ao do carro da frente. Tenha paciência e espere o momento mais seguro para realizar a manobra. 4. Cuidados com a Neblina Caso esteja dirigindo e perceba que há neblina na pista, acione os faróis baixos e em seguida ligue os faróis de neblina, caso seu carro possua o acessório. 5. Cuidados com a Chuva Ao dirigir na chuva, reduza a velocidade, mantenha uma distância segura do carro da frente, segure firme o volante e evite frear ou acelerar demais o veículo, pois isso diminui o equilíbrio do carro. 6. Segure o Volante Corretamente Segundo os especialistas, a forma correta de segurar o volante, comparando-o a um relógio, seria no horário 1:50, com uma mão na hora e outra nos minutos. Se o carro possuir Air Bag, a posição ideal é 2:45. É extremamente importante segurar o volante com as duas mãos, sempre que não estiver mudando as marchas, pois caso o carro passe por cima de algo que possa tirar a estabilidade o motorista irá necessitar de mais força para segurar o carro na pista. 7. Como Frear com Segurança Procure frear sem deixar marcas no chão, ou seja, não deixe as rodas travarem. Com as rodas travadas, o carro irá arrastar pela pista, tirando o controle do motorista sobre o veículo. 8. Revise a Mecânica do seu Carro Sempre que possível, tenha cuidados com a mecânica do seu carro. Antes de uma viagem é sempre importante realizar uma revisão mecânica, não deixe tudo para última hora. 9. Verifique os Itens de Segurança Antes de sair com seu carro, verifique se os itens de segurança estão em perfeito estado. É sempre bom checar os cintos de segurança, os pneus, suspensão, freios e demais itens de segurança. 10. Realize inspeções periódicas É importante verificar periodicamente o nível do óleo do motor e da água do radiador, a profundidade dos sucos dos pneus, a calibragem dos pneus e a carga da bateria. Fonte: http://www.saiudelinha.com.br/

sábado, 26 de março de 2011

Pedestres em perigo

Cerca de metade das pessoas que morrem em acidentes de trânsito no Brasil são pedestres, e uma parcela significativa destes acidentes ocorrem à noite. Nesse horário a visibilidade do pedestre e do motorista é prejudicada, e ser avistado a pouca distância é extremamente perigoso, porque entre avistar um pedestre e o motorista conseguir parar totalmente o carro, a distância percorrida pode alcançar mais de 80 metros, isso se o motorista estiver a 90 km/h em uma via plana e seca. Outro fator que influencia muito é a ingestão de bebida alcoólica, pois o comportamento do próprio pedestre é afetado quando está bêbado podendo se expor a acidentes.
Existe uma relação direta entre a velocidade de impacto sobre o pedestre e a gravidade dos ferimentos causados, a uma velocidade de 32 km/h a probabilidade de um pedestre atropelado morrer é de 5%; se essa velocidade dobra, atingindo 64 km/h, a probabilidade de morte aumenta passando para 85%. E se atingir 80 km/h a morte é praticamente certa. Esse é um dado assustador, tendo em vista que estamos acostumados a dirigir em uma velocidade alta nas ruas do Brasil.
Para melhorar a seguraça do pedestre seria necessário que o governo trabalhasse na iluminação de travessias de pedestres e na construção de passarela. Mas também existem atitudes do próprio pedestre que podem garantir a sua segurança, segue abaixo algumas delas:

Dicas para pedestres:

* Sempre atravesse na faixa

* Inicie a travessia de uma rua logo que o farol fique vermelho para os carros. Assim, você evitará o risco de o semáforo abrir, quando você estiver na metade da via.

* Continue a observar os carros enquanto atravessa a rua, mesmo que você esteja na faixa de segurança.

* Mantenha sua atenção redobrada ao entardecer e à noite.

* Fique atento aos trechos da calçada que são espaço comum para os pedestres e os carros, por exemplo, saída de garagens e postos de gasolina. Nesses casos, só atravesse se tiver certeza de que nenhum carro está saindo da garagem.

* Ande longe do meio fio. Um carro em alta velocidade pode te desequilibrar.

* Certifique-se de que o motorista consiga vê-lo e vice-versa.

* Em ruas sem sinalização, atravesse no meio do quarteirão, pois este é o local de melhor visão.

* Ao andar em estacionamentos, preste atenção à luz de ré dos automóveis para ver se não estão saindo.

Fonte: http://www.pedestre.org.br/

sexta-feira, 25 de março de 2011

mulher é multada por não usar cinto de segurança em motocicleta

No aviso de multa, a descrição do veículo é de uma moto. Mesmo assim, a comerciante recebeu a cobrança de R$ 127 e cinco pontos na carteira
Há dois anos, a comerciante Maria Aparecida Dorighello circula de moto pelo pequeno município de Floresta, na região norte do Paraná. Apesar da tranquilidade do lugar, ela não descuida da segurança.
Para andar de moto, todo cuidado é pouco. Quem é motociclista sabe disso. Os itens de segurança são fundamentais, e o capacete é o principal deles. “Sempre uso o capacete, mas cinto de segurança só no carro”, conta Maria Aparecida.
Por incrível que pareça, a comerciante foi multada justamente por não usar cinto de segurança na moto. No próprio aviso de multa, a descrição do veículo é de uma motocicleta. Mesmo assim, a comerciante recebeu a cobrança de R$ 127 e cinco pontos na carteira. A notificação foi enviada pelo Detran do estado de Goiás. “Nunca estive lá e nem sei o caminho para ir para lá”, diz a comerciante.
A falta de cinto de segurança também foi motivo para a primeira multa do motociclista Rodrigo de Oliveira. Há dois anos ele recebeu a notificação em Maringá. O absurdo era tão grande que ele quase não acreditou. “No começo eu achei engraçado e pensei que fosse uma brincadeira”, diz o motociclista.
“O pessoal que trabalha com isso tem de tomar mais cuidado para não acontecer esse tipo de coisa”, completa a comerciante Maria Aparecida Dorighello.
O Detran informou que, se uma multa dessas chegar, o condutor vai ter de perder um tempinho para entrar com recurso e informar o erro.

Fonte: Bom dia Brasil 25/03/11

quarta-feira, 23 de março de 2011

Acidentes na Via Dutra deixam três mortos e quatro feridos


Perto de Guarulhos, um engavetamento envolveu três caminhões e um carro. Em Caçapava, uma carreta prensou um carro em um caminhão.

Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas em dois acidentes no fim da noite da última terça-feira (22), na Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio.
Perto de Guarulhos, um engavetamento envolveu três caminhões e um carro. Todos pegaram fogo e um motorista morreu.
Na região de Caçapava, a cem quilômetros dali, uma carreta prensou um carro em um caminhão. Também houve incêndio e duas pessoas morreram carbonizadas.
Fonte: g1, Edição do dia 23/03/2011


domingo, 20 de março de 2011

Carros brasileiros são reprovados em teste de segurança

A Latin NCAP realizou hoje um evento de lançamento em São Paulo, iniciando seus trabalhos de avaliação de segurança de modelos vendidos na América Latina. Os resultados dos oito testes realizados com veículos à venda no Brasil foram divulgados, com surpreendente má performance geral. Dos modelos testados, a nota maior na proteção de adultos ficou com o Toyota Corolla, que ganhou quatro estrelas. Já a proteção para crianças, em todos os modelos avaliados, não passou de duas estrelas.
A avaliação seguiu o padrão europeu, com testes de impacto frontais a 64 km/h. Dentro dos veículos, dois bonecos adultos foram posicionados nos bancos da frente, enquanto no banco traseiro foram colocados dois bonecos equivalentes a crianças de 3 anos e de 18 meses.
Seis veículos foram testados, dois deles nas verões com e sem air bag: Toyota Corolla Xei, Chevrolet Meriva GL Plus, Fiat Palio 1.4 ELX, VW Gol Trend 1.6, Peugeot 207 e Geely CK1. De acordo com a avaliação geral da entidade, todos ficaram devendo em segurança, principalmente infantil.
Nos modelos em que havia proteção por airbag, o dispositivo não funcionou apropriadamente, chegando a permitir o choque do peito do motorista contra o volante, como no caso do Meriva.
O Fiat Palio demonstrou ter estrutura muito dura, segundo a avaliação, podendo machucar gravemente a pélvis e o fêmur dos ocupantes durante a colisão. O Peugeot 207 também apresentou problemas estruturais, com uso de materiais inadequados e diferentes dos recomendados na Europa. No caso da versão sem airbag, o choque do motorista contra o painel tornaria o acidente fatal.
Apesar de ainda não ser vendido no Brasil, o chinês Geely CK1 também foi testado e recebeu a pior avaliação. Não ganhou nenhuma estrela para ocupantes adultos e apenas duas para crianças. Segundo o Latin NCAP, a carroceria entra em colapso com o impacto, levando pedais, coluna de direção e volante a “entrarem” no motorista. A associação não recomenda a importação do modelo.
Segundo avaliação do Latin NCAP, é necessário maior investimento em segurança nos carros vendidos no país, principalmente na proteção para crianças. Segundo Michel Van Ratingen, representante do Euro NCAP, duas estrelas não é um bom resultado e apenas um dos cinco modelos testados trazia a opção de desativar o airbag para levar cadeirinha infantil no banco da frente, evitando esmagamento em caso de colisão.
Segundo o representante do Latin NCAP, Jean Marie Mortier, "o custo anual com acidentes de automóvel no Brasil é de R$ 22 bilhões". A entidade informou que alguns testes foram pagos pelas próprias montadoras, enquanto outros foram realizados com carros comprados pelo instituto.
O Latin NCAP foi criado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com supervisão da matriz europeia. No Brasil, a entidade é representada pela Pro Teste. (com Alberto Cataldi)
Resultado dos testes, onde a nota máxima possível é de cinco estrelas:

Chevrolet Meriva GL Plus com airbag – adultos: 3 estrelas / crianças: 1 estrela

Fiat Palio 1.4 ELX com airbag – adultos: 3 estrelas / crianças: 2 estrelas

Geely CK1 sem aibag – adultos: não atingiu nenhuma estrela / crianças: 2 estrelas

Peugeot 207 com airbag – adultos: 2 estrelas / crianças: 2 estrelas

Peugeot 207 sem airbag – adultos: 1 estrela / crianças: 2 estrelas

Toyota Corolla XEi com airbag – adultos: 4 estrelas / crianças: 1 estrela

VW Gol Trend 1.6 com airbag – adultos: 3 estrelas / crianças: 2 estrelas

VW Gol Trend 1.6 sem airbag – adultos: 1 estrela / crianças: 2 estrelas

Fonte: Autoesporte.com.br ,por Renata Viana de Carvalho


sábado, 19 de março de 2011

Chip especial avisa se pneu de caminhão furar ou ficar 'careca'


Foto RunOnFlat permite rodar 80km a 80 km/h
com o pneu furado
Identificação por radiofrequência monitora condições técnicas.Sistema web armazena dados da frota e permite controle em tempo real
Chega ao Brasil ainda no primeiro semestre um pneu para caminhões que vem de fábrica com chip de identificação por rádio frequência (RFID), tecnologia que permite o monitoramento das condições técnicas do equipamento.
Trazido pela Goodyear, trata-se de uma evolução do modelo anterior no qual o chip era vendido separado do pneu. O custo de instalação do produto é minimizado e o cliente ganha tempo em sua operação de manutenção.
O chip é responsável por armazenar as informações de posição no veículo, quilometragem, pressão de ar e profundidade de sulco, que são monitorados por um sistema de gerenciamento de frotas, o Tire IQ. O pneu com chip estará disponível primeiramente no modelo 295/80R22.5 G658 a partir do segundo semestre de 2011.
Desenvolvido em plataforma web, o sistema RS Web oferece como principal benefício o armazenamento dos dados dos pneus da frota, transmitidos eletronicamente a partir do Tire IQ ou por controle manual.
O sistema pode ser acessado de qualquer computador com conexão à internet e receber upgrades e novas funcionalidades, disponibilizadas a todos os usuários em tempo real. Suas funções são controlar e gerar relatórios de todas as atividades de movimentação e manutenção realizadas nos pneus e veículos da empresa, diretamente relacionadas com o desempenho da vida total deles.
Outros lançamentos e recursos apresentados no evento Goodyear Innovation Experience 2011 ocorrido em Americana, SP, na primeira semana de março, foram as tecnologias Aquamax, FuelMax e RunOnFlat.
Aquamax
Como o nome sugere, essa tecnologia permite maior controle do carro em condições de pista molhada, inclusive lâmina d´água. Os pneus conseguem manter o carro firme e sob controle do motorista mesmo em curvas rápidas e fechadas.
Um dos grandes destaques é o desenho de banda de rodagem assimétrico, que é feita de um composto especial de borracha. Esse design ajuda a otimizar o contato com o piso, drenando um maior volume de água. Outra vantagem gerada por este formato é o desgaste uniforme dos pneus, possibilitando maior durabilidade. O modelo Eagle Excellence AquaMax está disponível nos revendedores autorizados da empresa ou ainda em seu website.
Fuelmax
O diferencial dessa tecnologia é a redução no coeficiente de resistência do rolamento do pneu, que gera menor consumo de combustível e, como consequência, diminui a emissão de CO2 dos veículos na atmosfera.
Pneus com Fuelmax têm um composto especial na banda de rodagem, exclusivo do fabricante, que diminui sua resistência ao rolamento. Isso influencia diretamente no desempenho, com significativa economia de combustível em sua vida útil.
Modelos com a nova tecnologia FuelMax, para aplicação em automóveis, caminhões e ônibus, estarão disponíveis nas revendas oficiais da Goodyear e centros automotivos autorizados a partir de março de 2011.
RunOnFlat
Essa tecnologia foi lançada em 2008, mas reforçada no evento de inovação de 2011. Pneus com o RunOnFlat podem rodar pelo menos 80 km a 80 km/h e até dispensam o estepe. Mesmo com a perda total da pressão do ar, o pneu Run On Flat permite ao motorista conduzir seu veículo até um local seguro para providenciar a troca.
Entre os benefícios dos pneus desenvolvidos com essa tecnologia estão maior segurança e controle do veículo, já que o condutor pode escolher o melhor local para parar e providenciar o reparo do pneu. Outro é o aumento da capacidade de carga do veículo, já que não é necessário levar um estepe.
Fonte: Gabriel dos Anjos Do G1, em São Paulo

quinta-feira, 17 de março de 2011

Especialistas em trânsito dão dicas para deixar a viagem mais seguras

Ideal é manter uma distância segura do veículo da frente. Nunca tente competir com outro motorista, pois cada um tem seu ritmo. Atenção ao calçado: descalço pode, de chinelo é proibido
A equipe de reportagem do JH percorreu a estrada ao lado do consultor em direção defensiva, César Umhabi. Uma câmera é instalada no carro do piloto de testes. Enquanto o equipamento é instalado a gente checa os pneus. Tem que calibrar assim que sair da garagem. Isso porque quando o pneu esquenta dá a impressão de que já está cheio.
“Você vai achar uma pressão maior, vai diminuir a pressão e em função disso vai estar descalibrando e não calibrando o pneu”, orienta o especialista.
Na estrada, nada de competir por espaço. “Essa ideia de que eu estou a 120 km/h eu estou na velocidade, você não é polícia. Você não tem que parar o outro porque você não é polícia. Se ele está acima da velocidade, é um problema dele, você mais do que nunca deve se afastar porque ele é um risco.”
Mantenha uma distância de dois segundos do carro da frente. “Aquele carro a hora que chegar um ponto fixo eu vou olhar pra aquele ponto fixo e contar mil e um, mil e dois. São 2 segundos. Atrás de um caminhão você vai ter que manter pelo menos uns 3 segundos. Mil e um, mil e dois, mil e três.”
Na cidade isso nem sempre é possível, diz o outro instrutor de trânsito. “Se vejo que o trânsito está parado na frente e o veículo de trás talvez não percebeu, utilize o pisca-alerta para dar aviso.”
Essa é uma dica bem importante. Se perceber que o trânsito está parando de repente, mas vem um carro em alta velocidade atrás, você pode ligar o pisca-alerta pra alertar.
Para quem está pensando em relaxar, atenção! Dirigir de chinelos é proibido. Descalço, pode.
E para as mulheres: sandálias só se tiverem tiras para amarrar no pé.

Fonte: Jornal Hoje, 2011.

terça-feira, 15 de março de 2011

Máfia das multas e lombadas eletrônicas fatura R$ 2 bi por ano

O repórter Giovani Grizotti mostra o retrato escandaloso de como funciona a indústria das multas no Brasil.

O Fantástico foi até a periferia de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul para documentar uma situação absurda: um edital que está pronto para ser publicado prevê a instalação de uma lombada eletrônica em uma rua de chão batido, onde só passam carroças e bicicletas e onde galinhas dividem espaço com poucos pedestres. O que está por trás desse escândalo? Corrupção.
Fraudes e muitas negociatas. É um retrato escandaloso de como funciona a indústria das multas no Brasil. Uma indústria que fatura R$ 2 bilhões por ano.
A investigação do Fantástico começa em Porto Alegre. Na capital gaúcha, o representante da empresa Engebrás, Marcio Paim Velho, se prepara para negociar a instalação de lombadas eletrônicas e radares fixos, também conhecidos como pardais.

A conversa foi registrada com uma câmera escondida pelo repórter do Fantástico Giovani Grizotti, que se passou por funcionário de uma prefeitura gaúcha e teve a colaboração de um ex-funcionário público do Rio Grande do Sul com experiência em licitações na área de trânsito. Marcio faz uma avaliação de quanto pode pagar de propina. Ele diz que, em média, 10%. “Se quiser um pouquinho mais, um pouquinho menos, depende”.
Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito criou regras para a instalação de controladores eletrônicos de velocidade no Brasil. Pelas normas, é preciso um estudo técnico que leva em conta itens como quantidade de veículos e pedestres que utilizam a via, índices de acidentes e a velocidade permitida. Só com esse estudo, feito por empresas especializadas, é que pode ser autorizada a instalação de pardais e lombadas.
O representante da Engebrás indica uma empresa para fazer os estudos técnicos: ACT, de Porto Alegre.
Chamados pelo repórter e sem saber que estão sendo filmados, os três sócios da ACT foram até uma prefeitura do Rio Grande do Sul. Dois deles são também funcionários do governo gaúcho e um do governo federal.
São eles: João Otávio Marques Neto, funcionário da Eletrosul, uma estatal da área energética; Gisele Vasconcelos da Silva, técnica da diretoria do Detran do Rio Grande do Sul; e Paulo Aguiar, coordenador do setor de lombadas eletrônicas e radares do Daer, o departamento de estradas do estado.
Paulo Aguiar responde a processo sob a acusação de ter favorecido a Engebrás em um contrato que causou um prejuízo de R$ 13 milhões aos cofres do estado. A Engebrás foi a empresa que indicou os serviços da ACT ao repórter.
Dias depois do encontro na prefeitura, Paulo Aguiar recebeu o repórter supostamente interessado em contratar a ACT. O negócio é privado, mas a conversa foi na sala do Daer, em Esteio, Região Metropolitana de Porto Alegre. Paulo Aguiar propõe uma fraude: a contratação da empresa seria pela modalidade carta-convite, pela qual a prefeitura convida três fornecedores a apresentar um orçamento para depois escolher o de menor valor. Paulo indica duas empresas parceiras que devem ser convidadas a elaborar orçamentos. Elas vão apresentar um preço maior. Assim, a proposta da ACT será mais barata, e vai vencer a licitação
“Sem problema. Tenho mais duas empresas que trabalham comigo”, garante.
O contrato é fechado em outro prédio público. Desta vez, o segundo sócio da ACT, João Otávio, recebe o repórter na Eletrosul. Ele tenta aumentar o valor do contrato e oferece uma propina.
“Não dá para subir um pouquinho? Eu até passaria um percentual de comissão de 10%”, diz.
Gisele Vasconcelos, terceira sócia da ACT, entrega o orçamento na frente do prédio do Detran gaúcho, onde trabalha, e reforça que os outros dois orçamentos serão enviados pelo correio, com valores maiores, conforme combinado.
Os valores enviados pelos Correios são um pouco maiores que o da ACT, que apresentou um custo de R$ 20 mil.
No dia marcado para o pagamento, o ex-funcionário público que acompanhou as negociações aparece com um envelope supostamente contendo os R$ 20 mil da concorrência fraudada. Logo em seguida, chega o repórter do Fantástico.
Repórter: O que tem nesse envelope? Vocês estão fazendo alguma negociação aqui?
XXX: Não, senhor. Estamos almoçando, e esse cidadão veio aqui falar conosco.
Repórter: Quem é esse cidadão?
XXX: O senhor me desculpe, mas eu não posso.
Repórter: O senhor conhece esse cidadão que estava aqui?
XXX: Não. Não conheço. Ele chegou aqui e sentou. Não conheço.
Repórter: Nunca viu ele?
XXX: Não.
Repórter: Vocês não ofereceram propina para esse cidadão?
XXX: Pelo amor de Deus.
A investigação segue no rastro das fraudes praticadas pelas empresas que fabricam radares. Uma delas é a Perkons, de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que tem contratos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A Perkons diz que inventou a lombada eletrônica e é líder no segmento no Brasil.
Alexandre Carvalho representa a empresa no Rio Grande do Sul. Logo no começo, ele revela como garantir a Perkons como a fornecedora dos radares para uma prefeitura, antes mesmo de começar a licitação: preparando um edital viciado.
Quem senta para negociar é o gerente da Perkons, Jobel Araújo, que confirma a oferta de propina feita pelo vendedor Alexandre Carvallho.
“O Alexandre me falou 8,5% daquele valor, mais que isso começa a ficar inviável”, diz.
A empresa preparou o edital sem realizar um estudo técnico, como manda a lei, para saber se nesses locais é necessário instalar os radares. Preste atenção no edital: Rua Gralha Azul. Este é o endereço que apareceu no começo da reportagem. Na viela de chão batido, a empresa confirma a necessidade de instalar lombada eletrônica. E nas quatro faixas. Que faixas são essas?
“É um absurdo, uma falta total de critério. Ela não é nem pavimentada. Não tem as mínimas condições técnicas para que se justifique a implantação de uma lombada eletrônica”, avalia o engenheiro de trânsito Mauri Pânitz.
Outras revelações comprovam a falta de critérios para instalar radares no país. Em Curitiba, há empresas que oferecem negócios mais lucrativos para as prefeituras corruptas. O encontro com o Alexandre Matschinke, vendedor da Dataprom, revela uma cena de corrupção explícita.
“Se tu me ‘der’ abertura para eu ir lá e montar o teu projeto inteiro, ‘você’ vai me falar: ‘Eu quero 15%, eu quero 10%’. Eu coloco isso no valor”, diz Alexandre Matschinke.
Ele admite que o custo da propina sai do bolso do contribuinte. Esqueça os percentuais comuns nesse tipo de negociação. Aqui, é tudo no meio a meio.
Outra empresa: a CSP, de Florianópolis, mesma prática. O vendedor Tiago Rodrigues diz que pode negociar de 12% a 15% de propina. “Como o montante é maior, eu posso negociar com que o diretor dê uns 15% tranquilamente”, afirma.
Negociada a propina pelo vendedor Tiago Rodrigues, é marcada a entrega do edital.
Até aqui ele imagina estar negociando com um assessor da prefeitura. Mas, quando o repórter se identifica, ele passa a negar tudo o que havia admitido segundos antes.
“Na verdade, não é direcionado. Eu não tenho nada para falar”, despista, afirmando que não ofereceu propina.
Ainda em Curitiba, o esquema se repete com a Consilux, que tem radares na capital paranaense e em São Paulo. Quem negocia é o diretor comercial, Heterley Richter Júnior. Ele promete o edital já pronto. A propina oferecida pela Consilux: 5%. O diretor da Consilux enviou a cópia do edital pela internet.
E será que todos os motoristas são iguais perante os radares? A resposta é não. É possível anular multas de apadrinhados políticos, amigos, parentes.
Perguntado se existe alguma maneira de livrar um cara desses da multa, o diretor comercial da Consilux assegura: “Tem. Você têm”. E confessa: a Consilux já anulou multas em Curitiba. Segundo ele, ninguém descobriu.
A equipe de reportagem segue para São Paulo, outro mercado explorado pela indústria da multa. São Paulo é o estado brasileiro com o maior número de radares: 4 mil, quase 11 milhões de multas em 2010, uma a cada três segundos. Um representante de outro fabricante de radares, a Consladel, confirma a fraude que permite tirar multas antes que elas sejam enviadas ao Detran.
A partir daí, Cleberton Tintor segue o roteiro desse tipo de negociata: propinas, editais direcionados, fraudes.
“Eu tenho o edital pronto. Eu te passo os pontos e você ‘encaixa’ o valor que eu te dei.
Aí, eu acerto até o valor da comissão. Então, comissão de 3% a 5%, tira multa e direciona o edital”, explica.
Outra empresa paulista, a Splice, também faz parte do esquema ilegal. E as cenas flagrantes de corrupção se repetem. Sobra dinheiro até para a campanha eleitoral de prefeitos corruptos.
Para o vendedor da empresa, José Leandro Vitt, a fraude dos editais é comum no mercado. E acusa a concorrente gaúcha Eliseu Kopp de participar do esquema.
O Fantástico teve acesso a editais publicados por quatro prefeituras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina em que a Kopp venceu a licitação. Nos de Lagoa Vermelha, Erechim e Rio do Sul, trechos inteiros são exatamente iguais.
Sem saber que está sendo gravado o funcionário da Eliseu Kopp, Jean Carlos Ferreira, admite a montagem de editais para direcionar a licitar em favor da empresa.
“Esse aqui é o meu produto. Se você gostar, eu vou te dizer quais são as especificações dele. Eu vou te dar uma ajuda. E tu ‘vai’ montar. É assim que as prefeituras fazem. É legal”, afirma.
Não. Isso é crime contra as licitações. E contra o bolso do contribuinte.
“O que nós constatamos nesses editais são situações de possível direcionamento dessas licitações em função, por exemplo, da especificação dos equipamentos que estão sendo demandados. Um edital direcionado seria uma falha gravíssima”, diz Cezar Miola, vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Gande do Sul.
Há dois anos em Carazinho, no interior gaúcho, o promotor da cidade conseguiu suspender as lombadas e radares da Eliseu Kopp. Mas a razão foi outra. Ele descobriu que 85% da arrecadação com multas seriam repassados à empresa. Quanto mais multas, mais dinheiro para a Kopp. Em outra cidade do interior gaúcho, Vacaria, a cláusula do contrato que previa os repasses à empresa foi suspensa. Em um ano, a prefeitura economizou R$ 1 milhão.
O repasse de percentuais de multas às empresas como a Eliseu Kopp pode livrar milhares de motoristas das penalidades. Isso porque as multas podem ser anuladas. Foi o que decidiu a Justiça do Ceará depois de denúncia feita pelo procurador da República Oscar Costa Filho.
“Uma resolução do Contran de outubro de 2002 diz que todas aquelas multas que tenham com base em contratos que estipulassem a chamada cláusula de produtividade ou cláusula de remuneração – o que significa quanto mais multas se aplica mais se arrecada – devem ser imediatamente retiradas do sistema”, explica.
E o que acontece quando o radar não está onde deveria? Em 2009, um estudo apontou os 50 trechos de rodovias brasileiras onde mais acontecem acidentes com mortes.
“As pessoas que estão sendo mortas todos os dias no trânsito acabam sendo totalmente desvalorizadas por estudos que estão sendo mal feitos e radares mal colocados”, comenta o programador Israel dos Santos Rodrigues.
Segundo o levantamento, lidera o ranking de mortes um trecho na Rodovia BR-282, no oeste de Santa Catarina. Na semana passada, 27 pessoas morreram em um acidente envolvendo um ônibus e uma carreta.
“Nós temos que fiscalizar, usar os equipamentos disponíveis, a tecnologia que está aí para salvar vidas, desde que tenham critérios para isso. E, claro, um dos critérios é que não tenha falcatrua, tráfico de influências, interesses. Os radares devem estar nos locais onde realmente vão salvar vidas. E falcatrua com vidas é inadmissível”, ressalta Diza Gonzaga, da Fundação Thiago Gonzaga Vida Urgente.
O Fantástico pediu explicações para as empresas citadas na reportagem.
“A empresa não participa de acordos de mercado. A empresa não faz direcionamento de editais. Pelo que eu vi da declaração, foi dentro de uma conversa informal onde o funcionário estava dizendo ao pretenso representante da prefeitura que ele estava oferecendo uma especificação do produto. Até porque essa não é, não foi e nunca será a orientação da empresa”, afirma Nelson Momo, diretor da Kopp.
A Consilux também se manifestou.
“A nossa política é muito clara: não admitimos nada parecido com isso. Todos os nossos contratos são muito transparentes. Não existe a menor possibilidade de ter qualquer tipo de negociata”, diz o diretor-presidente da Consilux, Aldo Vendramin.
Em nota, a empresa Splice, de Votorantim, no interior de São Paulo, disse que repudia esquemas ilegais e que afastou o funcionário mostrado na reportagem.
Na capital paulista, a Consladel divulgou nota negando as irregularidades denunciadas e que o vendedor da imprensa imaginava estar negociando com um representante comercial, por isso, a oferta de comissão.
A Perkons, de Curitiba, disse que vai se manifestar depois de a reportagem ir ao ar. O advogado da Dataprom, também de Curitiba, disse que a empresa desconhece as práticas reveladas pelo Fantástico.
Procuradas, as prefeituras de Erechim e Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, e Rio do Sul, em Santa Catarina, negaram que os editais tenham sido direcionados para favorecer a empresa Eliseu Kopp.
O secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, a quem o Daer é subordinado disse que o coordenador Paulo Aguiar será exonerado do cargo nesta segunda-feira (14).
“Ver um agente privado oferecendo vantagens a um agente público narrando essa obtenção de vantagens é realmente personificar corrupção e algo revoltante”, avalia o procurador-geral do Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul, Geraldo da Camino.

Fonte: g1, 13/03/2011

sábado, 12 de março de 2011

A pracinha e o bom motorista

Um motorista não se forma a partir dos 18 anos, ou após a habilitação para dirigir. O trânsito começa tão logo o indivíduo se perceba como alguém que é separado de outras pessoas – e isto é por volta de um ano de idade.
Esperar, postergar, renunciar e ir aprendendo a conviver com as diferenças são conquistas de um longo e persistente processo. Capitaneando esta jornada há que existir alguém
(geralmente os pais, mas não necessariamente) que tome a sério esta tarefa e não desista.
Se quisermos observar a real formação de um bom motorista, basta observar o que acontece numa pracinha. Crianças de dois a quatro anos compartilham o espaço da areia, onde baldes, carros e panelinhas estão espalhados. Chega um menino e vai direto ao encontro do carro do “amigo”. O “amigo” retém o brinquedo para si enquanto diz um sonoro: “Não... é meu!!”. Logo surge a mãe do novato e explica a ele que o brinquedo é do menino e em seguida despeja na areia um carro de seu filho, para que ele também empreste algo seu.
Em outra parte, crianças estão em fila para descer no escorregador. Um menino menor fica parado lá em cima e demonstra ansiedade; já não sabe mais se quer descer. O que está atrás se impacienta e pega a dianteira, deixando o pequeno para trás. Nesta hora aparece um adulto que primeiro fala que a vez é do menino e que ele espere.
Como não surte efeito, o garoto é pego sem violência, mas com firmeza e o discurso é repetido: “Tu tens que aprender a esperar, é a vez do outro menino”. Assim outros tantos exemplos poderiam ser mencionados. Tudo acontece na pracinha – ela é um grande laboratório para aprender sobre trânsito.
O que acontece se não há para a criança alguém que esteja, em primeiro lugar, lhe vendo, para que possa intervir no momento necessário e, depois, que efetivamente apareça na hora certa com o limite adequado? Será possível, sem isso, que se desenvolva a capacidade de espera, tolerância e respeito às diferenças? Com exceções, é claro, muitos acidentes e incidentes seriam evitados se as partes envolvidas tivessem sido exaustivamente expostas a este tipo particular de aprendizagem.
Que a elas tivesse sido dito e demonstrado incontáveis vezes como se vive um mundo compartilhado. Sem isso, é inevitável que o produto final de uma história de desenvolvimento – o adulto – regule-se mais por seus próprios impulsos e desejos. Lamentavelmente, o que estas pessoas não puderam aprender é que há vantagens suficientemente poderosas na aquisição da capacidade de espera. Não vantagens imediatas, há que se dizer, mas vantagens a longo prazo. Sobrepor-se ao outro em benefício próprio acaba em algum momento cobrando seu preço, às vezes impagável.
por Caroline Milman*Psicanalista
Fonte: Zero Hora 04/03/11

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval é o mais violento nas estradas em oito anos


Foram 213 mortes em mais de 4 mil acidentes.

O carnaval deste ano foi o mais violento nas estradas desde que a Polícia Rodoviária Federal iniciou a divulgação dessas estatísticas, em 2003. Foram 213 mortes em mais de 4 mil acidentes.

Segundo a polícia, as principais causas são o aumento do número de veículos, a chuva e a imprudência.

Fonte: g1, 10/03/2011 21h03 - Atualizado em 10/03/2011 21h03

Acidentes de trânsito durante carnaval matam 213 pessoas no Brasil

São Paulo, 10 mar (EFE).- Pelo menos 213 pessoas morreram nos mais de quatro mil acidentes registrados no Brasil desde sexta-feira até a noite de quarta-feira, período de carnaval, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial.

Segundo o boletim da Polícia Rodoviária Federal, desde o início da operação especial de carnaval, para o qual foram desdobrados 9,1 mil agentes, 213 pessoas perderam a vida nas estradas brasileiras, quase 50% a mais que em 2010.

O número de feridos foi de 2.441, dado que significa um aumento de 27,4%.

No total, as autoridades registraram 4.165 acidentes de trânsito, 28,7% a mais que no mesmo período de 2010, devido principalmente às imprudências dos motoristas, ao excesso de velocidade e, em menor medida, ao consumo de álcool.

Os agentes realizaram 34.470 testes de alcoolemia, dos quais 1.049 deram resultado positivo.

Além disso, 479 pessoas foram presas por dirigir em estado de embriaguez.

Por ocasião das festas de carnaval, o fluxo de deslocamentos por estrada em todo o país registrou um "aumento impressionante", segundo a Polícia. EFE

Fonte: g1, 10/03/2011 21h12 - Atualizado em 10/03/2011 21h12

quinta-feira, 10 de março de 2011

Número de mortos nas estradas no Carnaval supera o do ano passado


A imprudência dos motoristas e a chuva foram as principais responsáveis pelo número de acidentes durante o carnaval. Em todo o Brasil, já foram 189 mortes e mais de dois mil feridos.

A operação de Carnaval da Polícia Rodoviária Federal só vai terminar à meia-noite. Mas já se sabe que o número de acidentes e mortes nas estradas deu um salto.
No mesmo trecho da BR-381, entre Belo Horizonte e o Espírito Santo, uma sequência de ultrapassagens proibidas.
Outros flagrantes se espalham por quase toda a rodovia. A imprudência dos motoristas e a chuva foram as principais responsáveis pelo número de acidentes durante o feriadão.
A operação de Carnaval ainda não terminou, mas a Polícia Rodoviária Federal adiantou que o Carnaval de 2011, em Minas, já atingiu uma marca histórica: a de feriado prolongado com o maior número de acidentes desde que esse levantamento começou a ser feito há dez anos.
Em todo o Brasil, até a meia-noite de terça foram quase 200 mortes, mais de dois mil feridos em 3,5 mil acidentes.
“Tudo que foi falado aconteceu. O movimento foi intenso, a chuva foi constante e os motoristas não colaboraram. Infelizmente nesse feriado não foi diferente. Muitos inocentes acabaram pagando com a vida por erros de motoristas imprudentes e às vezes até de motoristas inexperientes”, disse o inspetor Aristides Júnior, da Polícia Rodoviária Federal.
Preocupado com a segurança da mulher e dos três filhos, o analista de sistemas Guilherme Campos resolveu pregar cartazes no parachoque do carro pedindo cuidado na hora da ultrapassagem.
“Tem muita gente que corre demais na estrada e é bom a gente avisar que tem criança no carro pro cara desacelerar um pouco. Muitas vezes o acidente não depende de você, depende dos outros”.
Fonte: g1, 09/03/2011 21h10 - Atualizado em 09/03/2011 21h10

terça-feira, 8 de março de 2011

Número de mortos em estradas federais chega a 166 em quatro dias

Nesta segunda, Polícia Rodoviária Federal registrou 37 mortes.
Reforço na fiscalização nas rodovias federais vai até a meia-noite de quarta.

No quarto dia da operação carnaval, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabiliza a morte de 37 pessoas nas estradas federais do país, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (8). Entre meia-noite e 23h59 da segunda (7), houve 410 acidentes, com 310 feridos. Nos quatro dias da operação, o número de acidentes chega a 3.029 e o de mortos, a 166.

Durante toda a operação carnaval de 2010, que foi realizada entre 0h de sexta-feira (12 de fevereiro) e a meia-noite de quarta-feira (17 de fevereiro), ocorreram 3.233 acidentes e 143 mortes - saldo abaixo do registrado em quatro dias de operação de 2011.

O reforço na fiscalização e no policiamento nas rodovias federais de todo o país se estende até a meia-noite de quarta-feira (9).

Dia da operação Nº de mortes Nº de acidentes Nº de feridos
Sexta (4/03)
37 962 394
Sábado (5/03)
58 1.046 555
Domingo (6/03) 34 611 524
Segunda (7/03) 37 410 310
Total 166 3.029 1.783
Fonte: PRF

Na segunda-feira, a PRF realizou 5.867 testes de alcoolemia – popularmente chamado de bafômetro –, sendo que em 184 deles o resultado foi positivo para o consumo de bebida alcoólica,.

Com isso, 85 pessoas foram presas por embriaguez. Ao todo, foram fiscalizados 27.639 pessoas e veículos ao longo de 66 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o país.

Apreensão de carteiras
Durante a operação desta segunda-feira, a Polícia Rodoviária Federal recolheu 186
carteiras de habilitação. Segundo nota, a maior parte das ocorrências tratava-se de crimes de trânsito e suspeitas de falsificação.

Acidente no sábado
Todos os números de sábado são maiores que os da sexta-feira. Isso porque, o boletim da PRF inclui as mortes ocorridas na BR-282, quando 26 pessoas que estavam em um ônibus que seguia de Santo Cristo (RS) para Marechal Rondon (PR) perderam a vida após colidir em um caminhão que transportava madeiras.

Fonte: g1, 08/03/2011 10h37 - Atualizado em 08/03/2011 10h48

domingo, 6 de março de 2011

Quase 60 pessoas morreram no sábado nas estradas federais do país

Boletim da PRF indica que houve 1.046 acidentes, com 555 feridos.
Na sexta-feira, 1º dia da operação de carnaval, outras 37 pessoas morreram.

  Um acidente entre uma carreta e um ônibus deixou mais de 20 mortos na BR-282, em Santa Catarina. (Foto: Sirliane Freitas/Agência RBS)
Acidente entre ônibus e caminhão na BR-282, em Santa Catarina,
matou 26 pessoas (Foto: Sirliane Freitas/Agência RBS)

No segundo dia da operação carnaval, 58 pessoas morreram nas estradas federais do país, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre meia-noite e 23h59 do sábado (5), houve 1.046 acidentes, com 555 feridos.
Todos os números são maiores que os da sexta-feira, quando 37 pessoas morreram em 962 acidentes com 394 feridos. No total, entre sexta e sábado, 95 pessoas morreram somente nas rodovias federais.
O segundo boletim da PRF inclui as mortes ocorridas na BR-282, quando 26 pessoas que estavam em um ônibus que seguia de Santo Cristo (RS) para Marechal Rondon (PR) perderam a vida após colidir em um caminhão que transportava madeiras.
No sábado, a PRF realizou 5.777 testes de alcoolemia – popularmente chamado de bafômetro –, sendo que em 190 deles o resultado foi positivo para o consumo de bebida alcoólica, resultando na prisão de 75 pessoas por embriaguez.
Ao todo, foram fiscalizados 30.283 veículos ao longo de 66 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o país e houve 135 prisões em flagrante por crimes diversos. Foi o caso de um casal que viajava com seus três filhos menores de idade e em cujo carro a polícia encontrou 75,5 quilos de maconha. O flagrante ocorreu próximo da cidade de Quatro Pontes (PR) e terminou com o casal preso e as crianças encaminhadas ao Conselho Tutelar de Marechal Rondon.
Em outra ocorrência, três ocupantes de um carro, com idades entre 18 e 23 anos, foram presos em Mato Grosso do Sul após a PRF localizar 40 cédulas falsas de R$ 50 com eles.
O boletim foi elaborado com base em relatórios enviados por 400 postos policiais instalados nas rodovias federais.
Fonte: g1, 06/03/2011 12h02 - Atualizado em 06/03/2011 14h32

sábado, 5 de março de 2011

Acidente entre ônibus e caminhão gaúchos deixa pelo menos 26 mortos em Santa Catarina


Veículos de Horizontina e Pelotas colidiram por volta das 3h de sábado
Um acidente entre uma carreta e um ônibus com placas gaúchas causou pelo menos 26 mortes na BR-282, no oeste de Santa Catarina. A colisão aconteceu por volta das 3h deste sábado no km 639 da rodovia, em Descanso, entre os municípios de São Miguel do Oeste e Maravilha. O Hospital São Miguel do Oeste havia informado, equivocadamente, que eram 29 mortos, mas o número foi corrigido pela instituição.
O coletivo da empresa de turismo Nyland, de Horizontina, ia de Santo Cristo, no RS, para Pato Bragado (PR), levando uma equipe de bolão, que participaria de uma confraternização no Paraná. Hoje à tarde, a equipe faria uma partida amistosa com a equipe do Clube Aliança, em Marechal Cândido Rondon. Amanhã os gaúchos participariam de outro evento esportivo com a equipe de bolão da cidade vizinha de Pato Bragado.
No sentido contrário uma carreta bitrem, com placa de Pelotas, tombou em uma curva e deslizou cerca de 50 metros antes de colidir frontalmente com o ônibus. O motorista da carreta, Fernando Zanetti Furtado, morreu na hora.
As tábuas do caminhão projetaram-se sobre o ônibus, que transportava 43 passageiros e dois motoristas. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Regional do Extremo Oeste e ao Hospital São Miguel do Oeste, na cidade de mesmo nome.
A BR-282 ficou completamente bloqueada até as 5h do local do acidente até o posto da PRF em Maravilha a 30km de distância. A previsão de liberação era às 9h.
Fonte: zero hora, 05/03/2011


sexta-feira, 4 de março de 2011

Bafômetro agora será Obrigatório

MAIS RIGOR EM BLITZE

As blitze da Lei Seca ao volante realizadas na Capital deverão ficar mais rigorosas a partir deste mês. O novo modelo de fiscalização, a ser estendido nos meses seguintes para o restante do Estado, estabelece que todos os motoristas parados nas barreiras serão convidados a soprar o bafômetro. Aqueles que se recusarem, a exemplo do que é feito no Rio de Janeiro, terão a carteira recolhida e serão multados em R$ 957 mesmo sem apresentar sinais visíveis de embriaguez.
A exemplo do que já acontece no Rio, autoridades em Porto Alegre decidiram aumentar o cerco contra motoristas que dirigem sob o efeito da bebida, tornando obrigatório o exame de teor alcoólico, sob pena de multa e retenção do veículo. A aplicação começará pela Capital e se estenderá ao Interior.
Conforme reportagem publicada ontem por ZH, as blitze realizadas até o momento pela campanha Balada Segura são mais brandas do que as similares cariocas que inspiraram a iniciativa gaúcho. Enquanto no Rio todos os motoristas são solicitados a realizar o teste do bafômetro, o que resulta em nove exames a cada 10 veículos parados, no Estado apenas quem apresenta indício de embriaguez é convidado a soprar no equipamento – perfazendo uma verificação a cada 32 condutores.
A promessa do governo, feita após uma reunião de autoridades estaduais ligadas ao trânsito na ala residencial do Palácio Piratini, é de aumentar o rigor das barreiras. Para dar maior respaldo jurídico à medida, o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) deverá publicar até o dia 20 uma resolução normatizando o novo procedimento.
– As novas orientações deverão ser aprovadas no dia 15 e publicadas até o dia 20 – garante o presidente do Cetran, Jaime Pereira.
Conforme o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Alessandro Barcellos, a legislação brasileira permite que a recusa ao bafômetro resulte em recolhimento da carteira, retenção do automóvel e a aplicação da multa. Cada Estado, porém, interpreta a lei e estabelece um padrão de procedimento nas blitze com base em uma avaliação jurídica mais branda ou mais rigorosa.
– No Rio, desde o início foi dada uma interpretação com maior rigor. Mas quisemos contar com a manifestação do Cetran para termos maior garantia legal – afirma Barcellos.
A decisão foi divulgada após reunião entre Pereira, Barcellos, o vice-governador Beto Grill e integrantes do Comitê Trânsito Seguro, coordenado por Grill. Integrantes do grupo estiveram no Rio acompanhando o trabalho das equipes de fiscalização a fim de orientar o modelo gaúcho.
Depois de implantar a nova filosofia nas blitze da Capital, Barcellos pretende estender a iniciativa para o Estado até o final do ano. Essa medida será precedida pela montagem de uma coordenação centralizada das operações da Lei Seca e pela formação de uma equipe de agentes cedidos por organizações como a Brigada Militar – estratégia que também foi adotada no Rio.
– Queremos ter um pessoal selecionado e bem treinado para participar das blitze – revela Barcellos.
Inspiradas no modelo carioca, as operações gaúchas deverão contar com logotipo e sinalização visual própria para aumentar a visibilidade e o caráter educativo. O diretor-presidente do Detran acredita que a criação da equipe será feita em até dois meses.
marcelo.gonzatto@zerohora.com.br

MARCELO GONZATTO
O que deve mudar
Quem é convidado a soprar o bafômetro durante as barreiras
- Como é hoje: nas blitze da Balada Segura, em Porto Alegre, somente os condutores que apresentem sinal visível de embriaguez são convidados a soprar o bafômetros.
- Como ficará: todos os motoristas parados nas barreiras deverão ser solicitados a prestar o exame, mesmo que não apresentem indício de estarem bêbados.
Quem pode ser punido administrativamente
- Como é hoje: a multa de R$ 957, a retenção do veículo e o recolhimento da carteira de motorista são aplicados somente aos condutores que se submetem ao bafômetro e apresentam presença de álcool no sangue ou àqueles que se recusam a soprar o bafômetro e apresentam sinal de embriaguez.
- Como ficará: todo motorista que se recusar a fazer o teste, aparentando ou não estar embriagado, será multado, terá a carteira recolhida por pelo menos 24 horas e o veículo retido (podendo ser liberado se outro motorista em condições de dirigir se apresentar).
Quem pode ser punido criminalmente
- Como é hoje: somente fica sujeito à prisão, pagamento de fiança e processo criminal o condutor que se submeter ao bafômetro e o exame indicar concentração de álcool igual ou superior a três décimos de miligrama por litro de ar expelido dos pulmões.
- Como ficará: não vai mudar. Quem não soprar o bafômetro não será preso.

Fonte: 04 de março de 201, zero hora

quinta-feira, 3 de março de 2011

Projeto quer aumentar idade mínima para crianças em carona de moto

É fácil conseguir flagrantes de descumprimento do Código de Trânsito. Imagens foram feitas no Ceará e em Pernambuco. Até bebês são transportados em motos. A infração é gravíssima e o piloto pode perder a habilitação.
Hoje, a lei só autoriza que o motociclista leve na garupa crianças a partir de sete anos, mas um projeto que está na Câmara quer aumentar a idade mínima para 11 anos.
Segundo David Duarte, professor da Universidade de Brasília especializado em segurança no trânsito, todo ano, de 7 a 8 mil crianças se ferem em acidentes com moto. Os riscos aumentam quando elas não têm capacete ou usam um de adulto, e também quando ficam com as pernas balançando, sem apoio.
“A criança, sentada no banco, não consegue muitas vezes alcançar o estribo. Isso prejudica muito o equilíbrio da criança e a torna ainda mais vulnerável no caso de uma curva ou de uma situação de uma manobra brusca, por exemplo”, diz Duarte.
Fim do dia de aulas. Na periferia de Brasília, muitas crianças voltam para casa de moto. O açougueiro Aníbal Ferreira não acha que a motocicleta é um transporte seguro para crianças, e sequer para adultos, mas transporta o sobrinho porque “não há outro jeito”.
Veja no vídeo a opinião de Reivaldo Alves, presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Distrito Federal, contra a medida, e do deputado Júlio Delgado, do PSB-MG, favorável à alteração do código.

Fonte:Jornal hoje 01/03/11

terça-feira, 1 de março de 2011

QUARTOS VAZIOS À MOSTRA

ZH inaugura na Capital Exposição Vidas Ausentes
Fotos ficam no Iguatemi até 11 de março e, após, devem percorrer o Estado
O Grupo RBS abre na segunda-feira, às 14h, no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, a Exposição Vidas Ausentes, com fotos do editor de Fotografia de Zero Hora, Ricardo Chaves, e textos da repórter Kamila Almeida. A mostra traz imagens dos quartos de sete jovens, vítimas de acidentes de trânsito. Os ambientes foram preservados intactos pelos pais.
Otrabalho que deu origem à exposição foi uma reportagem publicada por ZH, em novembro de 2010 – ano em que, a cada cinco horas, uma família gaúcha perdeu um parente no trânsito. Kamila conta que os relatos sensibilizaram a ela e ao fotógrafo:
– Ver as camas arrumadas era muito dolorido. Depois que as famílias entenderam a importância da reportagem, passaram por cima da dor.
Roque Redante, pai de Luanda Patrícia Redante – cuja ausência foi uma das registradas –, diz que a mostra é um caminho para a conscientização sobre os perigos do trânsito:
– Se nossa dor servir para ajudar, vamos lá.
Ricardo Chaves explica que a intenção era despertar a atenção dos jovens para o sofrimento que uma morte abrupta deixa nos familiares.
– Queríamos fazer algo que chegasse com força às pessoas, mas de um modo delicado – conta o fotógrafo.

Serviço
- “Vidas Ausentes”, que tem o apoio da Fundação Thiago Gonzaga e do Iguatemi, fica, até o dia 11, na entrada principal do shopping. Depois, deve percorrer o Estado.
- Para visitar o site especial, com depoimentos dos pais e imagens das vítimas, acesse www.zerohora.com

Depoimento:

Lisette Feijó

presidente ONG Alerta, mãe de Alessandra Andreolla Feijó, morta em fevereiro de 2008

"A vida muda em questão de segundos… A ausência de um filho paralisa uma família.

É de extrema importância o papel de Zero Hora na divulgação de que o trânsito é uma guerra diária na rotina de todos nós.

Este trabalho serve como alerta: o trânsito é como uma arma, mata."

Fonte: Zero Hora 27/02/11