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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Programa de segurança do trânsito

A situação atual exige uma mudança radical na política de prevenção de acidentes. Isto pressupõe a elaboração e a conseqüente realização de um programa envolvendo todas as atividades necessárias para atingir um objetivo preestabelecido de redução de acidentes.
Este programa inclui:
· Um objetivo quantitativo de redução de acidentes, definido claramente e amplamente divulgado.
· Um plano de ação de prevenção, contendo as ações prioritárias selecionadas para atingir a meta fixada, referentes às seguintes áreas de atuação:
Melhoria da rede
Novas rodovias
Comportamento dos usuários
Características e condições dos veículos
Regulamentação e controle
Socorros e atendimento médico.
· As medidas de gerenciamento e suporte que permitam a realização do plano de ação, principalmente:
Estrutura organizacional
Suporte político e social
Sistema integrado de dados
Financiamento
Competências técnicas e atividades de pesquisa
Monitoramento e avaliação
Dada a extensão do país, sua gama de instituições e sua diversidade, esta sistemática deveria aplicar-se a cada nível, federal, estadual e municipal.
O objetivo quantitativo de redução de acidentes é um elemento-chave do programa. É um desafio a ser lançado pelo governo a sim próprio e a toda a sociedade. Apenas a título de exemplo: “Vamos juntos reduzir de 10.000 o número de vítimas fatais nos próximos cinco anos!”, o que significaria passar de um total atual de 40 a 45.000 a um total em 2012 entre 30 e 35.000. Em seguida, no decorrer da realização do programa, dá-se ampla publicidade às estatísticas e às medidas tomadas para atingir o objetivo. É o foco de motivação da coletividade.
O plano de ação e as medidas de gerenciamento e suporte estão apresentados a seguir.
Fonte: Por Vias Seguras

domingo, 29 de agosto de 2010

Fim de semana de trânsito violento tem pelo menos 16 mortes em acidentes no Estado

Ocorrência mais grave ocorreu em Canguçu, onde três pessoas morreram neste domingo
O fim de semana violento no trânsito gaúcho tem pelo menos 16 mortes em acidentes. O mais grave ocorreu na madrugada deste domingo em Canguçu, no sul do Estado. Por volta das 3h30min, um Kadett colidiu contra uma árvore na ERS-265. Três pessoas morreram.
Neste domingo também foram registradas mortes em Pelotas, Viamão, Sapiranga e Porto Alegre. No sábado os acidentes resultaram em óbitos em Pinhal, Santiago, Carlos Barbosa, Júlio de Castilhos, Muçum, Farroupilha, Osório e Eldorado do Sul.
Confira o resumo das ocorrências:
Domingo
Pelotas — Adriele Cristiane Peres de Carvalho, de 24 anos, morreu na colisão entre um Corsa e um ônibus no bairro Três Vendas na manhã deste domingo. Outras três pessoas ficaram feridas no acidente.
Canguçu — Um acidente na ERS-265, em Canguçu, provocou três mortes. Um Kadett perdeu o controle e colidiu contra uma árvore. Morreram Márcio Renato Buttow e Iuri Franz da Silva, ambos de 24 anos, e Leonardo de Castro Damero, de 16 anos. Eles atuavam no futebol amador na cidade de Morro Redondo.
Sapiranga — Um homem morreu e outro ficou ferido em um acidente de moto no km 33 da RS-239, em Sapiranga, por volta das 4h20min deste domingo. A vítima fatal é o condutor do veículo, Sidnei Camargo da Silva, 27 anos. O carona, Jovane Ferreira, 27 anos, foi encaminhado para o Hospital Beneficente da cidade em estado regular.
Viamão — A colisão entre um Escort e um Pálio provocou uma morte e deixou pelo menos sete feridos em Viamão. O acidente ocorreu no km 1 da ERS-040. Segundo a Brigada Militar do município, morreu Maria Vergínia Santos Silveira, de 46 anos. Ela chegou a ser levada para o HPS de Porto Alegre, mas não resistiu aos ferimentos.
Porto Alegre — Por volta das 2h deste domingo, um homem não identificado morreu atropelado na Avenida Icaraí, bairro Cristal. Segundo a EPTC, o motorista do veículo envolvido fugiu sem prestar socorro.
Sábado
Pinhal — A jovem Carolina Martins, de 21 anos, andava de bicicleta quando foi atingida por um veículo na Avenida Paraguaçu, na altura do trevo que faz o limite entre Pinhal e Magistério, no litoral gaúcho. Segundo a polícia, o motorista fugiu do local sem prestar socorro.
Santiago — Mariane Guarda de Vargas, de 24 anos, dirigia um Fiat Uno que saiu da pista e bateu em uma pedra na RSC-377. Ela morreu no local.
Carlos Barbosa — Um homem morreu em acidente na RSC-470, em Carlos Barbosa, no início da tarde. Elias Couto da Fonseca 21 anos, era passageiro de um caminhão que tombou após colidir com a proteção lateral da pista, na altura do km 232.
Júlio de Castilhos — A colisão entre dois carros e uma camionete provocou duas mortes e deixou três feridos por volta das 14h30min na altura do km 289 da BR-158, em Júlio de Castilhos. Morreram Elaine Terezinha Cabral, 41 anos, e Francisco Dorival da Silva, 50 anos.
Muçum — Um acidente entre um Ka e uma caminhonete S10 provocou a morte de Valdiane Bufon Dalmora, de 41 anos, condutora do carro. A colisão ocorreu no final da manhã de sábado no km 82 da RS-129. Outras duas mulheres ficaram feridas.
Farroupilha — O adolescente Diogo Mateus Westerlund, de 16 anos, conduzia uma moto quando colidiu na traseira de um caminhão na RS-448, em Farroupilha. Ele chegou a ser levado para o Hospital São Carlos, mas não resistiu aos ferimentos.
Osório — A colisão entre o Fiat Uno e uma caminhonete L-200 provocou a morte de Pedro Henrique Sana, 21 anos. O acidente ocorreu por volta das 5h deste sábado na Rua Costa Gama, no centro de Osório.
Eldorado do Sul — No início da madrugada deste sábado, um homem morreu atropelado na BR-290, em Eldorado do Sul. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a vítima é andarilho, que não foi identificado.
Fonte: ZEROHORA.COM E RÁDIO GAÚCHA, 29/08/2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Rodovia encerra longa amizade

A ÚLTIMA FESTA
Rodovia encerra longa amizade
Colisão entre carro e caminhão mata jovens de 26 e 27 anos na BR-392, enquanto iam de Rio Grande a Pelotas de madrugada
Amigos desde a infância, a ponto de se considerarem irmãos, Roberto Tomazini dos Santos, 26 anos, e Rossano Tust Rodrigues, 27 anos, tiveram as vidas interrompidas na manhã de ontem na rodovia Rio Grande-Pelotas (BR-392).
A Mercedes-Benz em que estavam colidiu contra um caminhão com placas de Curitiba.Roberto, mais conhecido como Bebeto, era vocalista de uma banda e retornava de Rio Grande com o melhor amigo após se apresentar na casa noturna Effect.
O acidente aconteceu por volta das 5h30min no km 40 da BR-392, na localidade do Povo Novo, em Rio Grande.De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, após ouvir testemunhas no local, o veículo dos jovens seguia no sentido Rio Grande-Pelotas quando se chocou com o caminhão.
A Mercedes-Benz na qual estavam pertencia à revenda onde Bebeto trabalhava.Embora estivessem separados geograficamente nos últimos meses devido à mudança de Rossano para Porto Alegre, após a formatura no curso de Direito, os dois jovens continuavam ligados.
– Todo mundo em Pelotas conhecia os dois – conta Cauã Oliveira, 25 anos, amigo dos jovens.Com aspirações de se tornar juiz ou promotor, Rossano trabalhava na Capital num escritório de advocacia e estava passando alguns dias na cidade natal após um período afastado. Já Bebeto, lembrado pelos amigos como uma pessoa sempre de bom humor. Além de trabalhar durante o dia em numa revenda, à noite tocava em bares.
– O Bebeto era o tipo que aproveitava o momento, conquistava todos com seu carisma – relatou o amigo Diego Madruga, 27 anos.Amigos se conheceram em relacionamento entre os paisOs dois jovens se conheceram após um relacionamento entre os pais dos dois.
Segundo Rômulo Tomazini dos Santos, 22 anos, irmão de Bebeto, embora sua mãe não tenha continuado com o pai de Rossano, os rapazes ainda se consideravam irmãos. Torcedores do Pelotas, costumavam ir juntos ao Estádio Boca do Lobo.
– Acho que de alguma forma foi melhor para os dois morrerem juntos, pela amizade forte que tinham – diz Oliveira.Os velórios dos pelotenses ocorrem nas capelas do Cemitério São Francisco de Paula, onde ambos serão sepultados hoje pela manhã. Para o irmão de Bebeto, a despedida deverá ser bastante tumultuada pelo fato do irmão ser bastante conhecido no município. Rossano será enterrado às 10h, e Bebeto, às 11h.sancler.ebert@zerohora.com.brSANCLER EBERT
Fonte: zero hora, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Motorista morre em acidente envolvendo dois carros em São Paulo

Dois carros bateram por volta das 2h30, em frente ao estádio do Pacaembu. Um dos veículos foi jogado contra dois postes. O homem que dirigia o outro carro ficou ferido.
Fonte: g1, 26/08/2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O prejuízo gerado pela imprudência

RETROCESSO NAS RUAS
Um dos mais completos estudos brasileiros sobre embriaguez no trânsito calculou o dano anual com as mortes associadas ao álcool nas vias da Região Metropolitana
Qual o custo imposto a um pai de família obrigado a sepultar um filho de 20 e poucos anos vitimado pela mistura assassina de álcool e volante? Como medir o prejuízo causado a uma viúva diante do marido sem vida, abraçado pelos metais de um automóvel? Como dimensioná-los?
São perdas imensuráveis. Mas nem tudo é incalculável nesta carnificina diária. Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) chegou a uma soma tão surpreendente como assustadora.
A partir de uma estimativa feita com 155 mortos de Porto Alegre e Região Metropolitana, comprovadamente embriagados e que chegaram ao Departamento Médico Legal em 2007, chegou-se a uma despesa de R$ 45 milhões por ano, ou R$ 291 mil por pessoa. Este cálculo corresponde ao prejuízo com os chamados, pelo estudo, custos indiretos – o valor que o morto deixa de gerar para a sociedade em salários e consumo.
A Lei Seca, implantada em 2008, é uma das legislações mais restritivas em vigor no mundo. Só que não funciona – pelo menos não como deveria.
Porto Alegre, por exemplo, registrou aumento de mortes no trânsito Diretor do Centro de Pesquisa de Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Flavio Pechansky costuma fazer uma pergunta no início de seus palestras:– Quem já passou pelo bafômetro?Ninguém se pronuncia.
Para o psiquiatra, a Lei Seca ainda engatinha.– Para que uma lei com estas características “pegue”, toda uma cultura relacionada às questões regulatórias, trânsito, álcool, impunidade e cumprimento das leis precisa ser modificada. Como nosso país vive um regime de impunidade, a lei pode até ser perfeita no papel, mas não será executada de uma hora para outra sem mudanças culturais – analisa Pechansky, que defende punições swift and certain (certeiras e rápidas).
300 mil vítimas em uma década
Dizer que o morticínio no trânsito no Brasil equivale a uma guerra não é apenas força de expressão. Basta cotejar números. Em uma década, tombaram nas rodovias, ruas e avenidas pelo menos 300 mil pessoas, mais que os soldados americanos vitimados na II Guerra Mundial (291 mil).
Um dos autores do estudo, Sabino Porto Junior, professor da Faculdade de Economia da UFRGS, sustenta:
– Se você pune as pessoas, você reduz acidentes de trânsito. Mas não é isso que acontece. Como resultado, temos uma perda de renda, uma perda produtiva. Toda sociedade perde.
As palavras de Porto são ratificadas pelas pesquisas contidas na publicação Uso de Bebidas Alcoólicas e Outras Drogas nas Rodovias Brasileiras e Outros Estudos – um amplo compêndio de investigações, que teve o psiquiatra Pechansky entre os organizadores.
Para o responsável pelo Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, José Roberto Goldim, o próprio nome conspira contra a medida:– Não deveria se chamar Lei Seca porque não existe proibição ao consumo de álcool. As pessoas podem beber. Só não podem beber e dirigir.
Doutor em Medicina pela UFRGS, Goldim alerta para um detalhe que poucos levam em consideração sobre a possibilidade de conduzir veículos.
– Dirigir não é um direito. É uma concessão do Estado, que dá a permissão para a pessoa dirigir – afirma
Professora afiliada da Universidade Federal de São Paulo, Ilana Pinsky crê que a sociedade ainda escolhe as leis que devem ser cumpridas – e, até agora, decidiu desrespeitar a Lei Seca.
– Não caiu totalmente a ficha de que dirigir alcoolizado causa um prejuízo para todos. Em alguns países, as pessoas compreendem que os benefícios serão para todos – diz Ilana.
Fonte: zero hora, 08/2010 carlos.etchichury@zerohora.com.brCARLOS ETCHICHURY

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Onde falhou

RETROCESSO NAS RUAS
Comportamento
Existe a ideia de que a sociedade pode escolher as leis que vai cumprir e as que não vai cumprir. Os brasileiros ainda não compreendem que os benefícios serão para todos.
Fiscalização
Polícias reduziram as blitze para fiscalizar bêbados ao volante. Carentes de pessoas e equipamentos, elas ainda não têm a cultura de submeter motoristas a bafômetro.
Punição
Mesmo quando agentes flagram condutores bêbados, há uma sensação de demora em punições como a cassação da carteira.
Campanha
As ações educativas atuais não convencem os motoristas do risco do álcool.
Mortes se concentram em locais próximos a bares
Na contramão de outras capitais, Porto Alegre registrou aumento de 16% no número de mortes em ruas e avenidas. Até metrópoles conhecidas por seu trânsito caótico, como São Paulo e Rio, acumulam vitórias na luta contra a carnificina de trânsito (ver quadro à direita).
– Os dados sugerem que Rio de Janeiro e São Paulo aparelharam bem suas polícias, providenciaram treinamento forte, e mantém regimes intensos de fiscalização. Desta forma, o motorista percebe que há policiais e fiscais nas ruas com o objetivo constante de fiscalizar a relação beber e dirigir – opina o psiquiatra Flavio Pechansky, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trânsito e Álcool (NEPTA).
Uma pesquisa realizada em São Paulo e Belo Horizonte, antes e depois da implantação da Lei Seca, reforça a percepção do especialista. Ao ouvirem 2,5 mil motoristas paulistas e 2 mil mineiros, sempre nos finais de semana, pesquisadores constaram uma redução em 30% de pessoas dirigindo alcoolizadas.
– Não precisamos de penas severas, mas as pessoas precisam ter a sensação de que podem ter uma punição rápida – diz a professora da Universidade Federal de São Paulo, Ilana Pinsky, uma das responsáveis pela pesquisa.
A ação das autoridades, na Capital, pode ser facilitada por um estudo coordenado pela psiquiatra Raquel Brandini de Boni, integrante do NEPTA. De acordo com Raquel, o geoprocessamento dos acidentes noturnos indica que eles ocorrem nas regiões da cidade que concentram o maior volume de bares e boates.
– É fácil de verificar que as áreas de maior concentração de bares são também as áreas que mais concentram acidentes durante a madrugada – pondera Raquel.
Responsável pelo comando de Policiamento da Capital, coronel Antero Batista de Campos Homem, reconhece que o arrefecimento na fiscalização da Lei Seca, mas assegura que barreiras continuam sendo realizadas.
– Cada tempo ao seu tempo. Naquela ocasião (quando a Lei Seca foi implantada), era oportuno que se fizessem mais barreiras. Mas agora passamos a atuar em locais mapeados, com ações pontuais – assegura o oficial.
Fonte: zero hora, 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Nova York encontra caminho para diminuir número de acidentes no trânsito

Nova York encontra caminho para diminuir número de acidentes no trânsito
O trânsito de Nova York nunca registrou números tão baixos quando se fala em acidentes com morte. Mas enquanto houver uma morte, ainda há muito o que melhorar.

Fonte: g1, 20/08/2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Propaganda de carro terá que trazer mensagem de educação no trânsito

Toda peça publicitária da indústria automobilística veiculada em rádio, televisão, jornal, revista e outdoor terá que trazer mensagens educativas de trânsito. A norma foi estabelecida por uma portaria publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta e passará a vigorar a partir de 16 de setembro.
Em cumprimento a uma lei de 2006 que complementava o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) publicará entre três e seis mensagens educativas de até seis palavras tratando dos temas das campanhas de trânsito promovidas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Os padrões de como as tais mensagens serão veiculadas foram elaborados pela Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) e Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e encaminhadas ao Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária).
As orientações já são seguidas por peças publicitárias de bebidas alcoólicas e de cigarros, que veiculam frases como, “beba com moderação” ou “fumar é prejudicial à saúde”.
A portaria também estabelece que qualquer propaganda em outdoor localizados na beira das estradas contenha informações sobre educação no trânsito. As punições para quem não cumprir a nova regra, no primeiro momento, é uma advertência por escrito e suspensão da peça por 60 dias. Em casos de reincidência pode chegar a 5 mil vezes o Ufir (Unidade Fiscal de Referência) além da suspensão permanente da propaganda.
Fonte:economia@eband.com.br
Redação: Helton Simões Gomes
Quarta-feira, 4 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Região segue sem luz após acidente com três mortes na Zona Leste de SP

Colisão na Avenida São Miguel matou jovens durante a madrugada.
Um dos carros derrubou poste, que fechou parte da via.
Três jovens morreram e três ficaram feridos em um acidente na Avenida São Miguel, Zona Leste da capital paulista. Um dos carros derrubou um poste, que fechou uma parte da avenida. A região está sem luz desde a madrugada desta segunda-feira (16) e a previsão é que o retorno ocorra no início da tarde.
No carro estavam seis jovens. Três morreram na hora: um de 14 anos, um de 20, e outro de 23 anos. Dois feridos, um de 14 e outro de 16 anos foram internados no Hospital de Ermelino Matarazzo e estão fora de perigo. Um rapaz de 28 anos permanece em observação no Hospital Municipal do Tatuapé.
Avenida São Miguel é liberada após perícia em local de acidente O acidente foi por volta de meia-noite. Como o poste caiu, parte da região ficou sem energia elétrica. Técnicos da Eletropaulo trabalharam durante toda a manhã. A faixa dos ônibus ficou interditada por quase nove horas. Trinta e duas linhas que tinham sido desviadas para ruas próximas voltaram a circular normalmente às 9h.
Fonte: g1, 17/08/2010 12h10 - Atualizado em 17/08/2010 12h10

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Rodovia da morte: pelo menos 18 pessoas já perderam a vida na BR-392 desde maio

Os três acidentes mais graves na rodovia ocorreram à noite
Um apelido indesejável pode colar definitivamente na BR-392 neste ano.
O número de acidentes dos últimos três meses da rodovia, uma das mais importantes para o sul do Estado, impressiona e serve de alerta para quem a usa regularmente: foram pelo menos 18 mortos em colisões desde maio.
Um elemento une as três colisões mais graves, que mataram, respectivamente, quatro, cinco e, neste domingo, sete pessoas. Todos ocorreram à noite. O primeiro acidente dessa série de desastres, e que chocou o Estado, matou quatro integrantes da mesma família no dia 9 de maio. Todos estavam em uma Belina e viajavam até Santana da Boa Vista para celebrar o Dia das Mães.
Mais de dois meses depois, outro grave acidente abalou a região. Na noite de 27 de julho, houve uma colisão frontal entre um Uno, com placas de Curitiba, e um Gol, com placas de Canguçu, que deixou três mortos no local. O acidente aconteceu no km 120 da rodovia. Outras duas pessoas morreram no dia seguinte, elevando para cinco o total de vítimas. No dia 5 de julho, morreram ainda duas pessoas em uma colisão na altura no km 157. Uma Parati seguia na direção de Pelotas quando bateu de frente com um Fusion. No choque, morreram as duas pessoas que estavam na Parati.
O condutor do Fusion sofreu lesões leves. Mas a BR-392 ficou conhecida em todo o país no início de 2009. No dia 15 de janeiro, o ônibus que transportava a delegação do Brasil-Pe virou em uma alça de acesso da rodovia. No acidente, morreu o atacante e ídolo do clube, o uruguaio Cláudio Milar, além do zagueiro Regis Alves, de 29 anos. Também morreu o preparador de goleiros Giovani Guimarães.
Fonte: clic rbs,

Trânsito 15/08/2010 23h31min

sábado, 14 de agosto de 2010

Média diária de mortes no trânsito é a maior em quatro anos no RS

Em comparação com o primeiro semestre de 2009, o aumento neste ano é de 15%
O número de mortes no trânsito do Rio Grande do Sul passa de 1 mil neste ano. De acordo com dados do Detran, a média até o final de julho já é superior a quatro mortes por dia. Fazendo uma comparação com o primeiro semestre do ano passado, o aumento é de 15%.
No entanto, o que mais chama a atenção é a crescente elevação deste índice desde 2006. Há quatro anos, a média era pouco maior do que três mortes diárias, chegando a quase quatro no ano passado (veja abaixo). O RS perde apenas para São Paulo, conforme os dados do Detran.
O que não muda nestes casos é o perfil das vítimas e locais onde são registradas as maiores ocorrências. As pessoas que mais morrem no trânsito, mais de 20%, são homens jovens. Em relação a feridos, passa de 30%. O maior número de vítimas fatais é em estradas e a imprudência continua sendo a principal causa.
Para o consultor de trânsito do Sindicato das Auto Escolas do RS, professor Eduardo Baureira, a imprudência tem três questões fundamentais que elevam o número de acidentes no Estado. A primeira questão é o fator consciência.
Baureira diz ainda que a formação atual do condutor é limitada, com poucas aulas noturnas e em estradas, e se tivesse maior carga horária, também entra o problema do custo elevado.
Por fim, a imprudência também tem como causa a educação de base do condutor. O professor lembra ainda que tem de se levar em conta neste elevado número de mortes no trânsito o aumento da frota no RS.
No ano passado, o Estado recebeu uma média de 750 veículos novos por dia e, nos primeiros meses de 2010, esse número é superior em 4%, se comparado aos primeiros meses do ano passado.
Outros problemas aliados à imprudência, são a conservação e manutenção dos veículos e, segundo especialistas, falta de fiscalização nos locais onde os acidentes ocorrem com maior frequência, ou seja, nas estradas.
Média de mortes por dia
2006 - 3,24
2007 - 3,84
2008 - 3,90
2009 - 3,91
2010 - 4,40 (até final de julho)
Fonte: RÁDIO GAÚCHA, 08/ 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tese de doutorado na USP abordou 400 motoristas de Manaus.

Fila dupla, luz alta à noite e desembarque irregular também estão na lista.
Atenção, senhores prefeitos: buraco na rua é o item que mais provoca emoção raivosa em motoristas. Pelo menos é o que diz uma tese de doutorado em psicologia da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, no interior do estado.
O segundo lugar no ranking de maiores provocadores de raiva ao volante ficou para ruas estranguladas ou ocupadas por outros motoristas que param em fila dupla. Em terceiro está aquela luz alta emitida pelo veículo que vem em sentido contrário.
A tese de doutorado "A emoção raivosa em motoristas de automóvel, caminhão, motocicleta, ônibus e táxi", aprovada em 26 de julho, é resultado de oito anos de trabalho do professor Luis Alberto Passos Presa. Ele é autor do livro "A mensuração da raiva em motoristas", sua dissertação de mestrado publicada em 2002 pela editora Vetor.
Presa submeteu 400 condutores de Manaus a testes divididos em cinco categorias, de acordo com os veículos que conduzem. Eles responderam a um teste psicométrico com 44 itens utilizado em psicologia chamado Staxi (Inventário de Expressões de Raiva) e ao formulário Situações de Raiva no Trânsito (SRT), com 20 itens específico sobre situações de raiva no trânsito.
Neste segundo teste, cada entrevistado respondeu um , dois, três ou quatro para cada um dos 20 itens apresentados. Ante a expressão 'quando estou dirigindo no trânsito e buzinam instantaneamente para mim quando abre o semáforo sinto....', o pesquisado respondia com uma dessas quatro expressões: 'nenhuma raiva', 'pouca raiva', 'raiva média' e 'muita raiva.'
Veja o ranking completo das 20 situações de maior raiva no trânsito: por posição
surgem buracos grandes e inesperados que agridem meu veículo
passo por motoristas que que estacionam em várias filas, chegando a fechar a fila
à noite, motoristas me colocam luz alta nos olhos, dificultando a visão
vans que param em local inadequado para pegar ou largar passageiros
vejo carros da polícia cometendo infrações no trânsito, sem urgência
veículos grandes cruzam a minha frente, obrigando me a frear
percebo que há guardas escondidos, multando motoristas
pedestres atravessam arriscadamente, obrigando-me a frear
há trânsito lento em fila única e motoristas avançam na contramão
veículos lentos não saem da esquerda, obrigando-me a ir pela direita
operários estão tapando buracos em horário de movimento intenso
engarrafamentos e ou trânsito lento me fazem ficar atrasado
motoristas andam próximos a mim com ruídos altos
motoristas ficam muito próximos da traseira do meu veículo
ciclistas andam pela contramão, obrigando-me a desviar
passo diariamente por uma obra que dura meses
motoristas em geral passam por mim quando abre o semáforo
sou xingado por ter dado chance para pedestre ou veículo passar
buzinam instantaneamente para mim quando abre o semáforo
motoristas andam acima da velocidade permitida para o trecho
Fonte: autoesporte.com, 08 /2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Motorista tem mal-súbito, morre e causa acidente na Dutra

Um motorista de 64 anos teve um mal-súbito e morreu, por volta das 16h desta segunda-feira, quando circulava pela via Dutra, em Guarulhos, na pista Rio-São Paulo. Luis Egberto Bernardes colidiu com o caminhão que estava na sua frente, o que provocou a interdição do tráfego nas pistas um e dois.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o homem é morador de São Paulo e dirigia um furgão Mercedes 180 D. Até as 20h, o trecho ainda não havia sido liberado porque a perícia da Polícia Civil trabalhava no local e os agentes aguardavam a chegada de familiares para levar o corpo ao Instituto Médico Legal.

Fonte: g1,Segunda, 9 de agosto de 2010, 20h04 Atualizada às 21h03

domingo, 8 de agosto de 2010

Fim de semana tem pelo menos sete mortes em acidentes de trânsito no Estado

Quatro vítimas morreram atropeladas, sendo duas na BR-116
Pelo menos sete mortes foram registradas em acidentes de trânsito desde as 18h de sexta-feira no Estado. As ocorrências mais recentes foram em Veranópolis, onde Jonatan dos Santos, de 17 anos, morreu ao colidir de moto em uma árvore, e no pequeno município de Camargo, que fica na região de Passo Fundo, onde Sílvio Miguel dos Santos, de 20 anos, morreu em uma capotagem na ERS-132.
Das sete vítimas, quatro morreram atropeladas. Dois casos foram na BR-116, em municípios da Região Metropolitana. No sábado, Antônio Breve Mendes da Silva, de 24 anos, morreu ao ser atingido por um veículo no trecho de São Leopoldo. Já na sexta-feira, um carroceiro não identificado morreu em Eldorado do Sul. Os outros atropelamentos ocorreram na ERS-734 em Rio Grande, e na RS-389, em Arroio do Sal.
Das sete vítimas, quatro tinham 25 anos ou menos. Até agora são quatro mortes em rodovias estaduais e três em estradas federais.
Confira o resumo dos acidentes neste fim de semana:
Domingo
Veranópolis - Acidente na madrugada deste domingo provocou a morte de Jonatan dos Santos, de 17 anos. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o jovem conduzia uma motocicleta e colidiu em uma árvore no km 180 da ERS-470.
Camargo - Um acidente ocorrido por volta das 4h deste domingo provocou uma morte no município de Camargo, que fica na região de Passo Fundo, no norte do Estado. Segundo o Grupo Rodoviário da Brigada Militar de Casca, que atendeu à ocorrência, um automóvel Passat capotou no km 9 da estrada Vila Maria-Nova Alvorada (ERS-132).
Nesse acidente morreu Sílvio Miguel dos Santos, de 20 anos, que era um dos passageiros do carro. Os demais ocupantes do veículo foram levados para o Hospital Cristo Redentor, em Marau.
Sábado
São Gabriel - A colisão entre um automóvel Palio e um caminhão, na tarde deste sábado, provocou uma morte na BR-290, em São Gabriel. A vítima, identificada pela PRF como Leonardo Seibel, de 25 anos, morreu carbonizada.
São Leopoldo - Pedestre Antônio Breve Mendes da Silva, de 24 anos, morreu atropelado na noite deste sábado na BR-116, em São Leopoldo.
Sexta-feira
Rio Grande - Por volta das 23h30min desta sexta-feira, Nilson Rodrigues da Rosa, 41 anos, morreu atropelado ao desembarcar de um ônibus no bairro Junção, em Rio Grande. O acidente ocorreu na altura do km 15 da ERS-734.
Eldorado do Sul - Um carroceiro, ainda não identificado, morreu atropelado em Eldorado do Sul. O acidente ocorreu por volta das 21h15 no km 298 da BR-116.
Arroio do Sal - Uma mulher morreu atropelada por um Gol em Arroio do Sal, no Litoral Norte. O acidente ocorreu na noite desta sexta-feira no km 64 da RS-389. A vítima foi identificada pelo Grupo Rodoviário da Brigada Militar de Torres como Carmelita Flores, de 48 anos.
Fonte: ZEROHORA.COM E RÁDIO GAÚCHA, Trânsito | 08/08/2010 | 12h14min

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

10 dicas para quem usa o trânsito. Você usa?”

Para não cometer infrações, não se distrair, não perder a calma ou a concentração, para reagir de forma adequada às adversidades e chegar ao destino de forma segura e tranqüila, aí vão algumas dicas:
1) ANTES DE SAIR
1: planeje antecipadamente o que vai fazer: só de pensar no assunto, você aumenta a segurança na viagem. Tomar decisões no calor do momento, quando uma situação de risco potencial já está acontecendo, pode levá-lo a escolhas erradas e perigosas.
2) ANTES DE SAIR
2: coloque seu carro em ordem, dos documentos aos pneus. Negligenciar a manutenção básica do veículo é por em risco a própria vida. Isso não é bobagem e muito menos dispensável, como pensam alguns. Seu carro pode ser moderno, ter alta tecnologia. Mas não tem vida própria.
3) ANTES DE SAIR
3: dedique 30 segundos para dizer a si próprio que está assumindo a responsabilidade pelo que está prestes a fazer. Não subestime seu papel, o condutor do carro está na mesmíssima posição do piloto do avião: o “comando” das vidas de quem vai dentro do seu carro, e das que cruzarão pelo seu caminho, estará em suas mãos.
4) PRÉ-REQUISITO
1: conhecer as leis de trânsito. O domínio mínimo das regras pelos usuários garante funcionalidade e segurança aos deslocamentos. Quem não sabe as regras, atrapalha o jogo. É bom lembrar: ninguém pode alegar desconhecimento da lei para tentar justificar erros e omissões.
5) PRÉ-REQUISITO
2: respeitar as leis. Conhecer não basta. Aceitar e submeter-se a regra é essencial. Mesmo que você não concorde, conforme-se e cumpra. Os “rebeldes e teimosos” são os grandes causadores das desgraças no trânsito brasileiro. Oportunamente, aja como cidadão e exponha de forma adequada aquelas suas ótimas idéias que podem fazer o trânsito ser muito melhor do que é. Enquanto você não conseguir mudar as leis, respeite as que estão aí.
6) TRANSITANDO
1: o talento mais desejável nos deslocamentos é a capacidade de perceber riscos. O ambiente trânsito é naturalmente perigoso, não o subestime. Isso é fundamental para a segurança de cada um e de todos. Considere inclusive os riscos que você próprio está levando às ruas, por estar cansado, estressado, com sono, etc.
7) TRANSITANDO
2: usar os conceitos de Direção/Comportamento Defensivo. Até hoje não inventaram nada mais simples e eficaz: trata-se de um conjunto de “dicas” tal qual uma “tática” para garantir a segurança de todos, tornando este “jogo” menos maluco e perigoso. Vai desde “olhar para os dois lados antes de atravessar”, até o “veja e seja visto por todos”, passando é claro pelo sacramentado “todos devem usar sempre o cinto de segurança”.
8) TRANSITANDO
3: aja com “espírito cidadão”. O trânsito é o maior ambiente social que existe. O espaço disponível - e o direito de transitar nele - é igual para todos. Em muitas situações há um grande desconforto e agravamento real da funcionalidade e da segurança, por conta da “superlotação”: há cada vez mais pedestres, mais carros, motos, caminhões, etc, enquanto que a largura das ruas, avenidas e estradas continua a mesma.
É natural que tudo fique mais difícil e, portanto, imprescindível, para o bem estar e segurança de todos, que você compreenda e aceite isso. Conforme-se para não se estressar mais do que o necessário (ou do que o inevitável).
9) TRANSITANDO
4: seja tolerante com as falhas e erros dos outros. Você pode estar coberto de razão e o outro totalmente errado mas, descontrolar-se por raiva ou indignação pode ser a gota que falta para que aconteça um desastre. Respire fundo e lembre-se: até que seu carro esteja parado e estacionado em local seguro, a possibilidade de alguém se machucar é sempre muito alta.
10) A TODO E QUALQUER MOMENTO
Esteja ciente de que o bom funcionamento e a segurança no trânsito depende dos usuários do trânsito, isto é, de VOCÊ e todos os OUTROS! Isso é fato. Os desastres, que podem perfurar, rasgar, arrancar, esmagar, queimar, estraçalhar, matar ou deixar inválidos, não perdoam os descuidados que subestimam os riscos do trânsito.
Por fim, lembre-se: não há regras ou fiscalização que dê conta de comportamentos distorcidos, individualistas e irresponsáveis no trânsito. A estupidez humana não tem limites. Mas nossa inteligência e bom senso também não. Que vença o que há de melhor em nós! Faça sua parte e, acredite, você tem muito a contribuir.
Fonte: Celso Alves Mariano:Diretor de Relações Institucionais da Tecnodata, Especialista em Trânsito pela PUC/PR, Professor e Comunicador.
http://www.tecnodataeducacional.com.br/especialista/

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Opinião de especialistas do trânsito

Jornal Zero Hora pediu a opinião de três especialistas sobre alguns dos principais resultados da pesquisa divulgada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran):
Especialistas apontam educação contínua e fiscalização mais rígida para pacificar ruas e estradas do Estado:
Carlos Salgado: presidente da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas (Ab ead) e membro da Associação de Psiquiatria do RS
Eduardo Cortez Balreira: consultor técnico do Sindicato dos Centros de Formação dos Condutores do RS
Ricardo Schiavon: arquiteto com especialização em segurança no trânsito e coordenador do Movimento Gaúcho pelo Trânsito Seguro
69,1% dos gaúchos não se consideram imprudentes ao volante, e 88% reclamam do comportamento dos demais.
Por que o motorista gaúcho expressa esta contradição?
Carlos Salgado: É muito mais fácil observar o outro do que a si mesmo. Quando somos questionados sobre habilidades, como a forma de trabalharmos e dirigirmos, por exemplo, tendemos a fazer um juízo favorável de nós mesmos. É uma defesa da autoestima.
Eduardo Cortez Balreira : As pessoas se protegem. Por isso, a primeira opinião é que sempre a culpa é do outro.Esse número de 69% é muito alto, deveria ser muito mais restrito. As causas dos acidentes e dos problemas no trânsito mostram outra realidade. Se as pessoas tivessem consciência de si mesmas, os números seriam outros. A cultura no trânsito não está formada, um dos exemplos é a falta de respeito com a faixa de pedestres.
Ricardo Schiavon:Mas será que as pessoas, no dia a dia, admitem o erro? Será que não é mais fácil colocar a culpa no outro? Em geral, as pessoas já carregam isso nas suas vidas. Sempre são os outros os culpados. Faz parte da nossa cultura.
71,4% dos motoristas dizem que a sua maior preocupação no trânsito é a falta de consciência do condutor.
Seria uma característica do povo gaúcho não assumir responsabilidades? Isto se reflete no trânsito?
Carlos Salgado: Eu aposto que canadenses, javaneses e outros povos sejam iguais neste aspecto.Esse juízo fraco das nossas atitudes é comum em todo o mundo. Ter autocrítica com habilidades que mexem com a autoestima é um grande desafio. É se dar conta de uma limitação, e isso nem sempre é fácil.
Eduardo Cortez :Não acho que seja uma cultura só gaúcha.Em geral, as pessoas criam todo um perfil em torno do veículo. Ele lhe dá poder, autoridade e pode significar ser destacado dentro de um grupo social. Sentimentos como esses podem conduzir a respostas como essa. É um condicionamento de natureza psicológica, é mais fácil e simples atrelar a culpa ao outro.
Ricardo Schiavon: É contraditório, botamos a culpa nos outros de que falta consciência e não admitimos o erro.Além disso, a fiscalização é complicada também.O motorista diz que não excedeu a velocidade,mas é pego por um radar, tem a foto e vê que ultrapassou o limite, sim. E, quando é pego no flagrante, diz: “Seu guarda, eu só estava um pouquinho acima da velocidade”.Tudo tem uma desculpa.
90,6% dos condutores dizem que não tiveram nenhuma multa nos últimos 12 meses.
É a impunidade que gera a agressividade no trânsito?
Carlos Salgado:A transgressão ocorre a todo momento.Quando você caminha pela rua, você vê. Ela não está registrada nessa estatística porque falta fiscalização. E essa falta certamente contribui para a repetição da infração, que aumenta com o problema de um trânsito cada vez mais caótico.
Eduardo Cortez : Acredito que tenha uma relação, pois a impunidade tem um reflexo condicionante direto, que é no bolso. O código de trânsito é muito complacente. As multas deveriam ser mais expressivas como são em outros países. Por exemplo, a Alemanha, onde a pessoa vai para julgamento na mesma hora.Podemos ver na Lei Seca. A queda na fiscalização aumentou o número de acidentes.
Ricardo Schiavon: Se tivéssemos fiscalização em todas as esquinas,com certeza o número de infrações se reduziria. Falta fiscalização maior para ser pegono flagrante. Assim, quem sabe, o motorista poderia se dar conta de que a culpa é dele, e não do outro. A fiscalização educa, não apenas porque dói no bolso. Se souber que existe fiscalização,a pessoa vai pensar duas vezes antes de desrespeitar a lei. Mas é claro que a conscientização tem de estar em primeiro lugar.
33,3%dizem que foram punidos por excesso de velocidade.
Que tipo de punição surtiria mais efeitos?
Carlos Salgado:Para situações de extremo risco, como excesso de velocidade, deveria ser aplicada a suspensão do direito de dirigir. A situação de risco é total, principalmente pela recorrência da infração. Se a pessoa volta a repetir o erro,a punição deveria ser mais justa, com multas crescentes. Pagar uma quantia em dinheiro muitas vezes não é o suficiente. Mas claro que isso só faz sentido se a fiscalização funciona.
Eduardo Cortez :Essa questão é variável. Suspensão da carteira de motorista poderia ser uma boa ideia.
Ricardo Schiavon:Aumentar os valores da multa não seria a solução. Tem é de se ter conscientização de que excesso de velocidade é perigoso. A fiscalização mais efetiva é que tem mais resultado,não importa o valor da multa. Se, em uma viagem de longo percurso, eu souber que há fiscalização e eu for flagrado duas, três vezes,na próxima viagem não vou fazer de novo.Isso faz com que os condutores pensem e cumpram mais a regra.
Entre 3h30min e 4h, nos finais de semana e com ingestão de álcool ocorrem os acidentes, segundo os especialistas.
Que tipo de alteração de comportamento pode haver em uma situação assim? De que forma pode ser evitada?
Carlos Salgado:A redução na desenvoltura psicomotora cai bastante, a pessoa erra mais. O juízo crítico é diminuído, tanto para a escolha do parceiro da noite quanto para a velocidade máxima em uma via. Piora a avaliação de risco,o que causa o erro e os acidentes. Não podemos esquecer que certos remédios e drogas também têm esse efeito.
Eduardo Cortez :Consciência e punição é a solução. Ao perder parte do bom senso, também se perde a noção de espaço e de respeito ao próximo. Mais campanhas, cursos com mais ações que ataquem a alcoolemia podem ajudar. Alguns aspectos do Conselho Nacional de Trânsito estão defasados. As aulas estão ultrapassadas.Elas poderiam tratar do problema do álcool.O código poderia educar e com isso ajudar a consolidar a consciência dos motoristas.
Ricardo Schiavon: Temos a cultura do beber: bebe-se porque o time ganhou, porque o time perdeu. O jovem pensa que nada acontece com ele. Em um final de semana, no final da noitada, que tipo de perfil está ali? São jovens? Se sim,sabe-se quais são os lugares a atacar. Uma barreira no final de noite pode coibir consideravelmente as infrações. A questão do trânsito ainda cai na banalidade. Estamos estudando como fazer para mudar esse comportamento.
Apenas 17,3% dos condutores gaúchos têm curso superior completo.
O grau de instrução pode ser indicativo de agressividade ao volante?
Carlos Salgado:Pessoas com mais desenvolvimento cognitivo,em geral, tendem a ter maior avaliaçãode risco. Mas isso não é uma regra.Não podemos esquecer que o álcool e as outras drogas deixam todas as pessoas no mesmo nível.
Eduardo Cortez :Não deve ser. Porque essa educação da qual estamos falando é a educação de berço. Não vejo relação com o grau de instrução.
Ricardo Schiavon: O grau de instrução, nas suas devidas proporções,faz com que a sua vida seja mais agitada. Tem alto nível de estresse. Um executivo, por exemplo, está no trânsito e recebe uma ligação, atende, dirige distraído pensando no trabalho. Acho que pode haver uma certa influência, mas não tenho conhecimentode relação entre nível de escolaridade e acidentes.
50% dos entrevistados adotam como medida de segurança prever o comportamento do outro.
Se todo mundo se preocupar com a atuação do outro, corre o risco de esquecer de adotar mecanismos próprios de boa conduta na direção.Não dá mais trabalho?
Carlos Salgado:Eu acho que o indivíduo que consegue prever a atitude do outro consegue ter controle da própria. É extremamente positivo ter uma atitude defensiva no trânsito.
Eduardo Cortez: Essa preocupação e esse número estão adequados para mim. Você deve ter um percentual de atenção no que você está fazendo e outro igualmente alto no que o outro está fazendo.
Ricardo Schiavon: A direção defensiva é um aspecto de segurança no trânsito, mas temos de trabalhar muito com a cidadania. Se tiver conceitos sobre direitos e deveres mais presentes, não vou passar a responsabilidade para o outro. É questão de solidariedade, respeito, amizade. Assim,tudo pode ser mais tranquilo. Temos de criar as pessoas para que sejam bons cidadãos em casa, respeitem idosos e animais. Trânsito é gerenciar conflitos físicos e políticos.
Aponte três soluções para mudar a mentalidade dos motoristas:
Carlos Salgado:Retomar a fiscalização da alcoolemia dos motoristas, de forma frequente. Pode ser por amostragem, em pontos críticos da cidade.Em segundo, a promoção de ações de educação continuada mais rigorosas. Os condutores devem ser checados na prática,em reciclagens periódicas, por um profissional especializado. E melhorar a qualidade das estradas e da sinalização. Até o pardal é bom, desde que seja bem sinalizado.
Eduardo Cortez:O esforço legal deve ser maior. Acredito que devemos ter mudanças na legislação de trânsito em vários tópicos. Devemos ter mais campanhas de conscientização.A educação para o trânsito deveria começar na escola. O tempo de aula nos CFCs é muito pouco. Para mim, isso é uma grande falha.
Ricardo Schiavon: Respeito, compreensão e paciência. Se tivermos isso, vai se refletir no trânsito.
Fonte: zero hora, 2010.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Acidente deixa um morto e dois feridos em rodovia de SE

Uma pessoa morreu e duas ficaram gravemente feridas em um acidente ocorrido no fim da noite de ontem na Rodovia BR-101, em Estância, Sergipe. Anderson Brunelli da Silva, de 36 anos, conduzia o carro quando colidiu lateralmente com um caminhão no quilômetro 142,5.
Sem controle, o veículo ainda atingiu a caminhonete, que saiu da pista e capotou.
Com o impacto, uma passageira do carro ainda no identificada morreu no local. Outro passageiro do mesmo automóvel e o condutor ficaram gravemente feridos e foram encaminhados ao Hospital de Urgência de Sergipe. Os motoristas dos outros carros viajavam sozinhos e saíram ilesos.
Fonte: g1, 02/08/2010 10h56 - Atualizado em 02/08/2010 10h56

domingo, 1 de agosto de 2010

Jovem sem carteira atropela 7 pessoas e mata mãe e bebê

Rio de Janeiro, 01 ago (EFE).- Um rapaz de 18 anos sem carteira de motorista e embriagado atropelou sete pessoas e matou uma mulher com bebê no colo em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, segundo a polícia.
O acidente ocorreu na madrugada deste domingo em frente a uma residência onde acontecia uma festa.
As vítimas foram identificadas como Marcia Amaral de Oliveira, uma jovem de 19 anos que conversava com outras pessoas na porta da casa, e sua filha Maiane Amaral de Lima, de 10 meses, que dormia em seus braços.
Testemunhas informaram que o motorista estava embriagado e realizava manobras perigosas antes do acidente.
Jeferson Dionísio dos Santos confessou que havia bebido e foi detido pela Polícia. Em entrevista a uma rádio local, ele disse que carro estava registrado no nome de sua mãe e que ele dirigia pela primeira vez, apesar de ainda não ter carteira de motorista. EFE
Fonte: g1, 01/08/2010 18h40 - Atualizado em 01/08/2010 18h40